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A equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva aponta que a falta de recursos para a área de segurança no governo Bolsonaro pode comprometer até mesmo os serviços de proteção que devem ser realizados durante a posse do petista em 1º de janeiro de 2023. Um dos coordenadores da transição, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) sustenta a crise financeira afeita da Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.

Segundo ele, a preocupação está ligada a itens básicos, como o pagamento de diárias para os policiais que compuserem os planos de segurança, tanto para autoridades nacionais, quanto estrangeiras, além da população que vai acompanhar o ato da posse.

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"O que se tem externado é essa preocupação, porque a posse envolve a mobilização de chefes de Estado de outros países, autoridades de várias nações que se dirigem ao país, naturalmente, para prestigiar a posse, e isso gera uma demanda na Polícia Federal. O quadro é que não tem diária hoje, nem da Polícia Federal, nem da Polícia Rodoviária Federal", comentou Flávio Dino. Não se trata de aumentar despesas, mas de manter serviços essenciais".

Flavio Dino não colocou a posse em questionamento, mas disse que há preocupação em recomposição de orçamento para garantir a segurança plena do evento.

"É dever nosso dizer que é muito difícil prover segurança se não houver a recomposição imediata dos recursos para diárias, porque é preciso mobilizar um contingente adicional, esse é o ponto num evento como a posse", comentou Dino. "O doutor Andrei (Passos, diretor da PF) tem feito contatos com o governo do Distrito Federal, mas essa é uma parte a segurança dos chefes de estado. Os indicadores são preocupantes, é preciso que haja alguma recomposição, estamos falando disso, basicamente, para segurança aos visitantes estrangeiros e segurança no próprio evento, no Congresso e no Palácio do Planalto."

Quase 40 milhões de crianças no mundo não receberam uma dose da vacina contra o sarampo em 2021, um número recorde, de acordo com um relatório publicado nesta quarta-feira (22), que também estima que os níveis de imunização anteriores à pandemia de covid-19 não foram recuperados.

A pesquisa, publicada conjuntamente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, adverte que esta redução impede que seja garantida a imunização generalizada desse grupo contra uma doença potencialmente mortal.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que, embora as vacinas contra a covid-19 tenham sido desenvolvidas e implementadas em tempo recorde, os programas de imunização de rotina sofreram atrasos tremendos, deixando milhões de pessoas em perigo.

"Implementar os programas de imunização é absolutamente crítico. Por trás de cada estatística deste relatório há uma criança correndo perigo por uma doença prevenível", alertou Tedros em um comunicado.

De acordo com o estudo, 25 milhões de crianças não receberam a primeira dose e 14,7 milhões a segunda. O contágio de sarampo pode ser quase 100% evitável mediante a vacinação.

Mas, por ser uma doença bastante contagiosa, estima-se que seja necessário vacinar 95% da população com duas ou mais doses para gerar imunidade coletiva e manter a enfermidade dentro dos limites.

Em 2021, apenas 81% das crianças de todo o mundo receberam a primeira dose e 71% a segunda. Esta é a taxa de cobertura mundial mais baixa da primeira dose desde 2008.

Os cinco países com maior número de crianças pequenas que não receberam a primeira dose foram Nigéria, Índia, República Democrática do Congo, Etiópia e Indonésia.

Nenhuma região da OMS conseguiu chegar à imunidade generalizada para conter ou eliminar o sarampo, por isso o vírus pode se espalhar rapidamente. Desde 2016, dez países que haviam contido o sarampo anteriormente vivenciaram surtos da doença.

O sarampo se caracteriza por febre alta e manchas vermelhas na pele, mas o perigo da doença reside no fato de que ela pode ser contagiosa dias antes do aparecimento do eritema.

As complicações podem incluir pneumonia e encefalite aguda, que podem deixar sequelas permanentes. Entre uma e três de cada mil crianças no mundo morrem por complicações respiratórias e neurológicas da doença.

Hoje (16) é comemorado o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose. A trombose é caracterizada pela má coagulação do sangue no interior de um vaso, que pode ser uma artéria ou, mais comum, em uma veia. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), a doença atinge mais de 180 mil pessoas no Brasil por ano.  

Ela é comum em pessoas idosas, obesas, sedentárias, fumantes, além das que possuem alguns casos de comorbidade entre familiares e também em pacientes que ficaram muito tempo acamados devido a algum trauma. Especialmente mulheres que tomam anticoncepcional e mães em período de pós-gestação também devem ter o sinal de alerta para os mínimos cuidados, sendo um deles redobrar a cautela durante longas viagens. Por isso, algumas dicas são fundamentais para que pessoas que realizam muitas viagens possam se prevenir dessa enfermidade que, em 90% dos casos, atinge as veias dos membros inferiores e tem as dores, inchaço e o aumento de temperatura nas pernas como os sintomas mais comuns.  

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Alguns cuidados fundamentais são: a manutenção da hidratação, para que o sangue não fique muito viscoso e facilite a formação de trombos; tentar manter as pernas em movimento, não permanecendo estático durante todo o percurso já que a trombose costuma aparecer devido à circulação ficar retida nos membros inferiores; procurar um médico especialista em trombose; parar de fumar; usar meias elásticas se você tem varizes. Para todas as pessoas que possuem essa doença, é aconselhável usar roupas confortáveis, evitando peças mais apertadas.

 “Existem medicamentos para reduzir a viscosidade do sangue e dissolver o coágulo, como os anticoagulantes, que ajudam a diminuir o risco, a evitar a ocorrência de novos episódios e o aparecimento de sequelas. Os massageadores pneumáticos intermitentes também podem ser usados nesses casos”, afirma o Dr. Drauzio Varella em seu site (www.drauziovarella.com.br)  sobre os medicamentos que podem ser usados para evitar a trombose. 

Um levantamento do National Institutes of Health, conjunto de centro de pesquisas nos Estados Unidos, mostrou que a pobreza, combinada com outros tipos de adversidades nos primeiros anos de vida, está associada a uma chance maior de morte prematura. No detalhamento do trabalho, publicado no “The Lancet Regional Health – Americas”, crianças que, além de pobres, viviam em moradias inadequadas, tinham risco de morte precoce aumentado em 41% se comparadas com as que se encontravam em um ambiente estável. Caso o agravante à pobreza fosse a separação dos pais, o percentual subia para 50%. Os dados foram extraídos de uma base composta por mais de 46 mil pessoas.  

A pesquisa confirma sobre o "expossoma", termo criado para designar a totalidade dos impactos a que o ser humano é submetido da concepção ao fim da existência. O conceito se baseia em três domínios, começando pelos fatores internos: idade, fisiologia e genoma. Os outros dois são os fatores externos gerais: condições socioeconômicas, aspectos sociodemográficos, local de moradia, entre outros; e externos específicos, como a dieta alimentar, ocupação e estilo de vida.

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“O estudo vai nos ajudar a entender o peso das experiências nos primeiros anos de existência na saúde humana. No longo prazo, esperamos desenvolver estratégias e intervenções para reduzir a exposição a essas adversidades” afirmou o principal autor, Stephen Gilman.

Os participantes eram filhos de mulheres que integraram um projeto chamado “Collaborative Perinatal” que cobriu um período de cinco décadas. Foram criadas cinco classificações para as dificuldades enfrentadas: 

Baixa: sem registro de incidente adverso significativo – 48% 

Negligência e castigos físicos ou abusos emocionais provocados pelos pais – 4%  

Instabilidade familiar, como divórcio, morte de pai, mãe ou irmão, mudanças frequentes de residência - 9%  

Pobreza combinada com condições de superlotação de moradia – 21%  

Pobreza combinada com separação dos pais, ajuda assistencial – 19%  

 

 Além de prejudicar pulmão e coração através das toxinas que se espalham pela corrente sanguínea, o cigarro também afeta a visão e pode levar à cegueira. Esta segunda-feira (29) marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo e alerta para as doenças decorrentes do tabagismo.  

De forma geral, o cigarro envelhece todas as células do organismo e estimula seu processo de oxidação. Esse efeito tende a aumentar a inflamação nos olhos e acaba interferindo nas estruturas oculares. 

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A oftalmologista Adriana Morgon do Instituto de Olhos do Recife (IOR) apontou que os fumantes têm mais chances de desenvolver catarata precoce e outros quadros como síndrome do olho seco e doença macular relacionada à idade. 

"Já se sabe que ele faz uma alteração no metabolismo do cristalino, causando uma catarata. Outra forma que ele atua é na retina. A gente tem a doença macular relacionada à idade, que é uma das principais causas de cegueira acima dos 50 anos, e já se sabe que quem fuma tem até três vezes mais chances de desenvolver a doença", informou a médica. 

As 4.700 substâncias tóxicas do cigarro também interferem no nervo ótico e aumentam a pressão intraocular já no uso imediato, sendo um risco aos pacientes com glaucoma, indicou a oftalmologista. "Foi feito um estudo em que se mediu a pressão do paciente antes dele fumar e, logo após ele fumar, essa pressão teve um aumento de 5 mm. Não tem como isso a longo prezo não ser danoso", comentou.  

Dra. Adriana Morgan também alertou para os efeitos aos ex-fumantes - Foto: Divulgação

Além das toxinas, a fumaça faz com que fumantes passivos fiquem expostos às mesmas alterações oculares. Ela causa um olho mais ressecado e pode desenvolver intolerância para quem usa lente de contato. 

Quem parou de fumar ainda não está livre dos riscos do cigarro aos olhos, pois os efeitos da experiência com o tabaco geralmente não são revertidos. Adriana recomenda que esses pacientes façam o exame completo e sejam acompanhados em consultas a cada seis meses para um eventual tratamento precoce. 

"Os efeitos do cigarro são cumulativos e quantitativos. Então, embora uma pessoa seja ex-fumante, as células já foram expostas àquela substância e tiveram um processo de envelhecimento. Isso não muda", frisou. 

Como recomendação, além de parar de fumar, é importante lubrificar o globo ocular com colírio e manter hábitos saudáveis de alimentação. Para quem convive com fumantes, é importante se manter afastado enquanto o cigarro estiver acesso e pedir para que o consumo ocorra em locais abertos e arejados. 

Um dos momentos mais especiais na vida de uma mulher pode se tornar um pesadelo se os cuidados devidos não forem tomados. Às vésperas do dia da gestante, comemorado nesta segunda-feira (15), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta para a diabetes mellitus gestacional, que afeta 18% das gestações no Brasil.

Condição temporária gerada pelas mudanças no equilíbrio hormonal durante a gravidez, a diabetes gestacional ocorre porque, em algumas mulheres, o pâncreas não funciona direito na gestação. Normalmente, o órgão produz mais insulina que o habitual nesse período para compensar os hormônios da placenta que reduzem a substância no sangue. No entanto, em algumas gestações, o mecanismo de compensação não funciona, elevando as taxas de glicose.

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O problema pode causar complicações tanto para a mãe como para o bebê. No curto prazo, a doença pode estimular o parto prematuro e até a pré-eclâmpsia. O bebê pode nascer acima do peso e sofrer de hipoglicemia e de desconforto respiratório.

A diabetes gestacional normalmente desaparece após o parto, mas pode deixar sequelas duradouras. As mulheres com o problema têm mais chance de progredirem para a diabetes mellitus tipo 2. As crianças também têm mais chances de desenvolverem a doença e de ficarem obesos.

Recomendações

A doença pode acometer qualquer mulher. Como nem sempre os sintomas são identificáveis, a SBD recomenda que todas as gestantes pesquisem a glicemia de jejum no início da gestação e, a partir da 24ª semana de gravidez (início do 6º mês). Elas também devem fazer o teste oral de tolerância à glicose, que mede a glicemia após estímulo da ingestão de glicose.

As recomendações principais, no entanto, são o pré-natal e a alimentação saudável. Quanto mais cedo o obstetra diagnosticar a doença e iniciar o tratamento, menores as chances de a mãe e o bebê sofrerem alguma complicação no curto e no longo prazo.

Além do controle das glicemias capilares, o tratamento da diabetes gestacional consiste num estilo de vida mais saudável, com atividade física e alimentação regrada. As refeições devem ser fracionadas ao longo do dia. As gorduras devem dar lugar às frutas, verduras, legumes e alimentos integrais. Se não houver contraindicação do obstetra, exercícios físicos moderados também devem fazer parte da rotina.

Na maior parte das vezes, esses cuidados dispensam a aplicação de insulina. Se, ainda assim, os níveis de glicose continuarem altos, o médico pode indicar a substância. A SBD alerta que as mulheres diabéticas tipo 1 ou 2 que engravidam não são consideradas portadoras de diabetes gestacional porque essa doença só aparece após o início da gravidez. As mulheres com altos níveis de glicemia na gestação devem fazer um novo teste de sobrecarga de glicose seis semanas depois de darem à luz.

Perfil

Em todo o mundo, o problema afeta cerca de 15% das gestações, segundo a International Diabetes Federation, o que representa 18 milhões de nascimentos por ano. No entanto, a prevalência varia conforme a região, indo de 9,5% na África para 26,6% no Sudeste Asiático. No Brasil, estima-se que a prevalência é de 18%.

Para prevenir a doença, as mulheres devem prestar atenção a fatores de risco: história familiar de diabetes mellitus; glicose alterada em algum momento antes da gravidez; excesso de peso antes ou durante a gravidez; gravidez anterior com feto nascido com mais de 4 quilos; histórico de aborto espontâneo sem causa esclarecida; hipertensão arterial; pré-eclampsia ou eclampsia em gestações anteriores; síndrome dos ovários policísticos e uso de corticoides.

Estudantes de todo o país começaram, neste ano de 2022, a trilhar um caminho um pouco diferente em suas escolas, com a implementação do chamado “novo Ensino Médio”. A reformulação no sistema de ensino-aprendizagem para essa faixa trouxe uma série de inovações e avanços, mas também suscita questões sobre sua plena aplicabilidade. Enquanto o novo Ensino Médio abre portas e oferece novas possibilidades ao aluno, também corre o risco de aprofundar desigualdades, caso não seja gerido de maneira adequada.

O novo Ensino Médio deixa para trás a grade curricular rígida e homogênea para todos os alunos e adota os itinerários formativos, que são “caminhos” pelos quais cada aluno pode optar por seguir dependendo de que área tenha mais afinidade, já pensando no seu futuro profissional. Os itinerários abrangerão as áreas de linguagens, ciências da natureza, ciências humanas e sociais e matemática. Apenas Português e Matemática continuam obrigatórias em todos os anos; as demais serão adequadas ao percurso escolhido pelo estudante, que também pode optar pelo ensino técnico.

Sob essa ótica, o novo Ensino Médio se apresenta bastante promissor, posto que resolve um problema da educação tradicional: tratar todos os estudantes de forma homogênea, deixando de lado suas preferências e aspirações. O adolescente, agora, ganha maior protagonismo sobre sua formação acadêmica e pode começar a se preparar melhor para um eventual curso superior que venha a escolher. É importante, no entanto, que sejam ofertadas ao aluno disciplinas que sirvam, de fato, para a vida, como educação financeira e, principalmente empreendedorismo. Este último serve não apenas para aprender a abrir uma empresa, mas como reunir um conjunto de habilidades e competências que fazem toda diferença na formação pessoal e profissional.

Por outro lado, um ponto contestável da proposta do novo Ensino Médio é justamente a oferta dos itinerários formativos. Cada escola ou rede de ensino poderá ofertar diversos itinerários, de acordo com sua capacidade. Aí surge um problema: a diferença de estrutura entre unidades. É de se imaginar, por exemplo, o descompasso entre o que uma escola particular da capital pode oferecer e o que uma pública do interior consegue alcançar. Desta forma, corre-se o risco de criar uma lacuna ainda maior entre realidades, com algumas trazendo ainda mais estrutura para os alunos, enquanto outras permanecem estagnadas. Os reflexos desse abismo social podem se tornar ainda maiores. Para que isso seja atenuado, é preciso ainda mais esforços e investimentos maciços na qualidade da educação pública, para que tenha as condições de oferecer o ensino que todos os alunos merecem.

O novo Ensino Médio é uma realidade e já começa a mudar a vida de adolescentes por todo o país. Daqui em diante, é certo que inconsistências e dificuldades vão surgir, e elas devem ser sanadas com probidade e responsabilidade pelas autoridades competentes. No fim, estamos falando do futuro de nossos jovens, o que é, por conseguinte, o destino do Brasil.

De acordo com o Governo de Pernambuco, a barragem de Serro Azul, em Palmares, na Zona da Mata Sul, não corre risco de vertimento. As informações são da Secretaria Executiva de Recursos Hídricos (SERH), e da equipe de segurança de barragens da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).

Ambas as instituições observaram que, com a diminuição da intensidade das chuvas na Região da Mata Sul, a tendência de elevação do reservatório está mudando, com queda do nível de água. Assim, também teria diminuído a possibilidade de vertimento nos próximos dias.

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Segundo a Apac, o reservatório é diariamente monitorado e passa por inspeções de segurança regulares (ISR), anualmente realizadas pelos técnicos da SERH. A última inspeção na estrutura foi realizada em dezembro do ano passado.

A Coordenadoria da Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) havia divulgado que o reservatório poderia chegar a 85% de sua capacidade até o fim da próxima semana, caso o ritmo das chuvas se mantivesse. O volume seria suficiente para provocar o primeiro vertimento da história da barragem, inaugurada em 2017.

A Defesa Civil também informou que cadastrará os moradores do entorno da barragem para removê-los para casas de parentes e amigos, bem como para abrigo do município. Os alertas causaram medo na população que vive no entorno da barragem.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu, nesta quarta-feira (29), um alerta de estado de atenção para pancadas de chuva com intensidade moderada a forte no período da noite. A previsão tem validade até a quinta (30).

O alerta laranja aponta risco moderado a alto e abrange quase todo o estado, exceto a região Sertão. Portanto, a Região Metropolitana do Recife (RMR), as Zonas da Mata e o Agreste devem ficar atentos aos índices de precipitação nas próximas 24h.

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As zoonoses, doenças transmitidas dos animais para o homem, como ebola, Covid-19 ou varíola do macaco, se multiplicaram nos últimos anos, aumentando o risco de surgimento de novas pandemias.

"A interface entre homem e animal é bastante instável agora", comentou há alguns dias Mike Ryan, chefe de situações de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS). "Os fatores de emergência e amplificação de doenças aumentaram", segundo ele.

Um exemplo disso, mas não o único, é a varíola do macaco, acrescenta. Essa varíola - "monkeypox" em inglês - causada por um vírus transmitido ao homem por animais infectados, geralmente roedores, é o exemplo mais recente da multiplicação dessas zoonoses.

São doenças infecciosas que os animais vertebrados podem transmitir ao homem. Algumas acabam sendo especificamente humanas, como foi o caso da covid-19.

Segundo a Organização Mundial da Saúde Animal, cerca de 60% das doenças emergentes são de origem zoonótica.

Surgiram há milhares de anos, desde que o homem intensificou suas interações com os animais domesticando-os, mas se desenvolveram muito nos últimos 20 ou 30 anos.

- Desmatamento -

Entre as razões para isso está "a intensificação das viagens, que permite que as doenças se espalhem mais rapidamente e de maneira mais descontrolada", explicou à AFP Marc Eliot, chefe do laboratório de descoberta de patógenos do Instituto Pasteur.

Além disso, ao ocupar áreas cada vez mais extensas do globo, o homem também contribui para perturbar o ecossistema e favorecer a transmissão de vírus.

A intensificação da pecuária industrial também aumenta o risco de disseminação de patógenos entre os animais. O comércio de animais selvagens também aumenta a exposição humana às doenças que eles podem transmitir. Por fim, o desmatamento aumenta o risco de contato entre vida selvagem, animais domésticos e populações humanas.

"Quando há desmatamento, a biodiversidade diminui; perdemos animais que regulam naturalmente os vírus, o que permite que eles se espalhem mais facilmente", explica à AFP Benjamin Roche, biólogo do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD).

As mudanças climáticas vão levar alguns animais a fugir de seus ecossistemas para regiões mais brandas, alertou um estudo publicado na revista Nature no final de abril.

Mas ao se misturar mais, as espécies transmitem mais seus vírus, o que favorece o surgimento de doenças potencialmente transmissíveis ao homem.

O estudo descreve uma "rede" de vírus passando de espécie para espécie e crescendo à medida que o planeta aquece.

Hoje temos meios de investigação fáceis e rápidos que nos permitiriam agir rapidamente em caso de aparecimento de novos vírus, aponta Eloit.

"Também somos capazes de desenvolver vacinas muito rapidamente", como visto com a covid-19, acrescenta.

Mas "toda uma linhagem de novas doenças potencialmente perigosas corre o risco de emergir. Teremos que estar preparados", alerta Eric Fèvre, professor especialista em doenças infecciosas veterinárias da Universidade de Liverpool (Reino Unido) e do International Livestock Research Institute (Quênia).

Isso significa, segundo ele, "insistir na saúde pública das populações" nos ambientes mais remotos, e "estudar melhor a ecologia dessas áreas naturais para entender como as diferentes espécies interagem".

Desde o início dos anos 2000, o conceito "One Health" tem sido enfatizado, promovendo uma abordagem multidisciplinar e global dos desafios da saúde, com estreitas ligações entre a saúde humana, a saúde animal e o meio ambiente.

Uma análise de segurança feita na escadaria e na trilha da Praia do Sancho e da Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha, indicou que a estrutura dos locais está sob alto risco de desmoronamento. O estudo foi encomendado pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), que é responsável pela área onde estão localizadas as duas praias. A informação é do G1. 

“O risco de desmoronamento no Sancho e na Baía dos Porcos é alto. São rochas soltas no paredão e na base da encosta. As rochas são angulosas porque vieram de cima, se desprenderam de algum lugar, de um paredão. Se existem rochas angulosas a indicação é não ficar nesses locais", afirmou o geólogo Fábio Reis, engenheiro civil que trabalhou na análise da área de Furnas, em Capitólio, Minas Gerais, onde o desabamento de pedras em um cânion deixou dez mortos. 

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Os especialistas envolvidos na análise em Noronha indicaram ações preventivas nas praias, que fazem parte do Parque Nacional Marinho. Entre as medidas indicadas, está a proibição do acesso em pontos de risco. A escadaria do Sancho está fechada para execução dos trabalhos preventivos desde o dia 24 de maio. A reabertura da praia acontece nesta quarta-feira (1º). 

“Demos início à limpeza da escada, vamos fazer um plano de subida e descida, com as pessoas mais distantes uma das outras. É preciso manutenção anual no Sancho e nas outras áreas onde existem rochas”, continuou Reis. 

Também estão previstas mudanças na visitação das praias, de acordo com o ICMBio. As falésias da Praia do Sancho estavam sem análise geológica há 12 anos. Os paredões têm cerca de 60 metros de altura e aproximadamente 855 metros de comprimento. O LeiaJá entrou em contato com o Instituto para obter mais informações sobre a análise e futuras ações, mas, até o momento desta publicação, aguardava o retorno do órgão. 

 

Por medida de segurança, neste sábado (28), a Neoenergia Pernambuco desligou a energia em áreas alagadas nas cidades de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Paulista, Igarassu, e Camaragibe. A companhia deu dicas de segurança aos consumidores em período de chuva.

Ainda sem prazo para a retomar a distribuição nas localidades mais atingidas, a Neoenergia informou que triplicou a equipe técnica de prontidão, mas o chamado dos clientes pode demorar a ser atendido em razão da dificuldade de acesso causada pelos alagamentos.

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Recomendações de segurança

- Evite ficar em áreas descampadas (abertas) como campos de futebol, piscina, lagos, lagoas, praias, ou próximo a árvores, postes, mastros e locais elevados. Recomenda-se ficar dentro de casa ou em local abrigado durante a chuva;

- Não ligue equipamentos elétricos se você estiver molhado ou descalço;

- Em caso de choque elétrico dentro de casa, desligue imediatamente o disjuntor;

- Desconecte das tomadas, com segurança, os aparelhos eletrônicos que não estiverem sendo usados;

- Se perceber que as paredes da casa estão úmidas, evite o contato com elas e não ligue equipamentos elétricos em tomadas instaladas ali, pois elas podem ser fonte de choques e mau funcionamento de equipamentos;

- Não seque roupas na parte de trás da geladeira. Isso representa risco de choque elétrico e pode danificar o equipamento;

- Ao ar livre, sempre mantenha distância da rede elétrica, independente se estiver chovendo ou não;

- Não fique debaixo de árvores e/ou estruturas metálicas durante temporais com raios e, em casa, evite o contato com objetos com estrutura metálica como fogão, canos etc., sobretudo se a casa estiver em campo aberto;

- Não realize serviços como instalação ou manutenção de antenas em locais onde o risco de exposição aos raios seja maior;

- Não instale, desligue ou remova antenas se estiver chovendo. Se sua antena cair sobre a rede ou próximo a ela, nunca tente segurá-la ou recuperá-la;

- Caso encontre um fio caído, jamais se aproxime e ligue imediatamente para a Neoenergia, no 116.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) subiu, para esta quarta-feira (25), o alerta de chuvas para o Grande Recife e regiões próximas. Agora, o nível de risco é vermelho na Mata Sul, Mata Norte e em toda a Região Metropolitana do Recife. De acordo com a autarquia, a chuva acumulou mais de 100 mm.

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“Devido aos acumulados de chuva estarem muito altos, foi alterado o nível de risco das regiões. A previsão da APAC indica que a chuva pode ir reduzindo ao longo do dia, mas de forma contínua e persistente, conforme o aviso anterior”, informou a APAC.

O alerta é válido até o fim desta quarta-feira (25) e pode ser renovado. É recomendado que a população se proteja e, se possível, evite o trânsito nas ruas.

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A Associação Médica Brasileira (AMB) publicou um documento, na segunda-feira (9), que alerta a população sobre o uso de cigarros eletrônicos. A nota pública, assinada por mais 45 entidades médicas e embasado por mais de 20 estudos e pesquisas, critica a possível descriminalização do uso e venda de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs).

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Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em sua resolução 46/2009, proíbe a comercialização dos dispositivos eletrônicos conhecidos como Vapes, E-cigarros ou Pen Drives, no Brasil. Apesar da proibição, os dispositivos são vendidos e utilizados no país. Mais de 650 mil brasileiros utilizam os DEFs, sobretudo jovens.

“Os usuários são, na maioria das vezes, jovens que nunca haviam fumado. São atraídos pelos aromas agradáveis dos cigarros eletrônicos, pelos sabores variados. Cigarro eletrônico faz e mal e muito”, aponta a oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO), de Belém.

A declaração assinada pelas sociedades médicas afirma que os cigarros eletrônicos, assim como os convencionais, trazem riscos à saúde, como o câncer de esôfago, pulmão, estômago e bexiga. Alguns causam ainda mais dependência, pois possuem uma quantidade maior de nicotina. Além desta, os DEFs possuem outras substâncias tóxicas capazes de provocar AVC e infarto.

“Essa consulta pública que a Anvisa está fazendo é reflexo do lobby poderoso da indústria do tabaco”, afirma Paula Sampaio.

A médica pneumologista Fátima Amine, coordenadora do Centro de Referências em Abordagem e Tratamento do Fumante (CRATF), do Governo do Pará, explica que o cigarro eletrônico tem uma toxicidade maior que o cigarro convencional, com substâncias químicas e cancerígenas, e a nicotina – responsável por causar a dependência do consumo.

Fátima Amine também aponta que o uso dos DEFs pode causar doenças respiratórias, gastrointestinais, orais, entre outras. “Está diretamente ligado à lesão pulmonar denominada Evali (descrita em 2019 nos Estados Unidos), causada por alguns solventes e aditivos, provocando um tipo de reação inflamatória no órgão, podendo causar fibrose pulmonar, pneumonia e chegar à insuficiência respiratória”, acrescenta.

Algumas pessoas acreditam que, em comparação com os cigarros eletrônicos, o cigarro convencional causa mais danos à saúde. Para a médica, isso acontece porque os dispositivos eletrônicos apresentam aromas agradáveis, sabores variados, inovação tecnológica e o estigma de liberdade, principalmente entre os jovens. “Também porque a indústria argumenta que tem risco reduzido e é destinado a adultos fumantes que não querem ou não conseguem parar de fumar”, diz.

Segundo a médica, é possível desmistificar esse conceito dando continuidade às políticas de controle do tabaco desenvolvidas pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), em conjunto com outros setores do Poder Público. “E também com as campanhas educativas voltadas, principalmente, para crianças e adolescentes e implantação de novos Centros de Tratamento do Fumante pelos municípios”, destaca.

A Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa) realiza duas grandes campanhas de educação durante o ano, sendo a primeira em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado no dia 31 de maio, e a segunda alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, no dia 29 de agosto.

“Nessas datas, são realizadas diversas atividades educativas, com distribuição de materiais, rodas de conversa, para mostrar os malefícios do tabaco e também para divulgar os serviços disponíveis no SUS para quem deseja parar de fumar”, informa Fátima Amine.

Serviço

Para quem deseja buscar tratamento, o Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante oferece atendimento gratuito com equipe multidisciplinar.

Endereço:

URE Presidente Vargas (Av. Presidente Vargas, Nº 513), em Belém.

Horário: segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.

Telefone: (91) 3242-5645.

Por Isabella Cordeiro e Juliana Maia (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Policiais civis do Rio de Janeiro prenderam, nesta terça-feira (26), três pessoas que trabalhavam em uma clínica clandestina de cirurgia plástica. O local funcionava desde 2020 no distrito de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e não possuía alvará de funcionamento ou certificado sanitário.

A clínica foi descoberta por meio de uma denúncia anônima. Lá, uma falsa médica, com o auxílio de outras duas pessoas, realizava procedimentos estéticos como lipoaspiração. A chegada da equipe ao local permitiu que uma vítima que passaria por um procedimento cirúrgico fosse poupada.

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As três pessoas presas vão responder pelos crimes de exercício ilegal da medicina, exposição a perigo da vida de outrem, uso de documento falso e associação criminosa.

Pesquisadores da USP em Ribeirão Preto realizam um estudo para identificar pessoas com maior ou menor risco de ter câncer. Os 15 mil moradores da região recrutados terão o material genético analisado. 

A partir desse material, os pesquisadores irão criar o chamado “escore poligênico”, que é a soma dos fatores hereditários de predisposição, ou não, da pessoa desenvolver algum tipo de câncer.

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De acordo com um dos coordenadores do estudo, o médico oncologista Leandro Colli, ao fim da pesquisa será possível racionalizar recursos da saúde, direcionando atendimento preventivo para aqueles com maior possibilidade de desenvolver a doença. Segundo ele, a partir disso o poder público terá formas mais eficientes de garantir ferramentas mais adequadas para a prevenção da doença.

Outra possibilidade, a partir da criação desse escore, é ver predisposição das pessoas a outras doenças, conforme explicou Leandro Colli. Para ele, o esforço servirá para outras prevenções.

O estudo integra o Pronon, o Programa Nacional de Atenção à Oncologica; e já é realizado há mais de 10 anos em outros países. A previsão é que esses escores poligênicos estejam concluídos daqui a 3 anos. 

Levantamento parcial elaborado por técnicos da prefeitura de Angra dos Reis em 2019 identificou que mais de 14,6 mil imóveis estão em áreas de risco. Entre os bairros mais ameaçados, está Monsuaba (com 501 edificações), o mais afetado pela chuva que atingiu a Costa Verde do Rio nos últimos dias, causando deslizamentos e mortes.

O mapeamento não informa a classificação de risco dos locais (de baixo a muito alto). Segundo o documento, a avaliação foi feita in loco, por meio de vistorias em conjunto com a Defesa Civil.

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Em 2013, o Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ) publicou o Diagnóstico Sobre Risco a Escorregamentos no Estado do Rio, no qual apontava Angra dos Reis, Niterói, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo como as cidades com mais setores de risco iminente. Petrópolis, na região serrana, teve a maior tragédia da sua história neste ano, com 234 mortos após um temporal recorde em fevereiro.

"(As regiões têm) Características que apontam para uma possibilidade muito alta de ocorrência de escorregamentos com danos: vertentes íngremes, amplitudes topográficas expressivas, maciços rochosos fraturados, depósitos de tálus e solos residuais dispostos diretamente sobre rocha, combinadas com ocupação urbana densa e vulnerável", aponta o documento do DRM-RJ.

O documento reconhece que desastres não são um risco só quando há eventos extremos. Ele ressalta que há locais com "alta probabilidade de ocorrência de escorregamentos com danos, mesmo num cenário de chuvas não excepcionais, ou seja, chuvas regulares que ocorrem todos os anos, principalmente no verão".

Dificuldade

O Plano de Emergência do Estado, de 2020, admite "grande dificuldade de realocar e remover grandes contingentes populacionais em uma região de topografia acidentada", como a Região Serrana, Costa Verde, Sul Fluminense, entre outras. Isso, continua o documento, é "um dos maiores entraves a qualquer política que vise ou venha a objetivar a prevenção de desastres naturais." Cientistas dizem que eventos climáticos extremos ficarão cada vez mais frequentes com o aquecimento global.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Xangai, uma das cidades mais populosas do mundo, parece uma cidade-fantasma diante da ameaça de confinamento para seus 25 milhões de habitantes decorrente de um surto de Covid-19.

Embora o número de casos de Covid-19 seja baixo em comparação com outros países, a China enfrenta, no momento, seu surto mais grave desde o início de 2020.

O país anunciou quase 5.300 novas infecções nesta terça-feira (15), marcando o retorno de testes em massa, confinamentos e restrições de viagens.

Um símbolo de Xangai, o píer Bund - às margens do rio Huangpu - ficou vazio esta semana pelas medidas para erradicar os casos locais de covid.

Apenas um pequeno grupo de pedestres com máscara tirava fotos da paisagem, enquanto os trabalhadores tiveram de ficar em casa, os alunos retornaram às aulas on-line, e os restaurantes foram fechados em alguns bairros.

As restrições em Xangai foram direcionadas às áreas com focos de contágio, em vez dos confinamentos gerais aplicados em outras cidades chinesas. Ainda assim, os moradores tinham dificuldades em saber o que fazer.

"Fomos informados ontem à noite que deveríamos suspender (o serviço de restaurante) e vamos cumprir. Caso contrário, seremos fechados", disse à AFP o proprietário de um restaurante no centro de Xangai.

Em um bairro vizinho, outro dono de restaurante reclamou que as medidas desencorajavam as pessoas a comerem fora. "Não temos tido muitos clientes esses dias", lamentou, observando que há muita ansiedade a respeito da situação atual.

Na rede social Douyin, versão chinesa do TikTok, uma mulher reclamou que a proibição foi anunciada logo no momento em que ela alugava espaço para abrir um restaurante. "Eu vou, literalmente, chorar", desabafou.

- Trajes de segurança -

Em Shenzhen, cidade do sul de 17,5 milhões de pessoas, um confinamento mais severo foi imposto, e vídeos nas redes sociais mostravam pessoas correndo aos supermercados.

Muitos locais foram bloqueados com barreiras de plástico vermelho, e longas filas se formavam entre as grandes torres onde os profissionais de saúde de trajes de segurança coletavam amostras para testes em massa de covid-19.

O rígido controle chinês obteve grande apoio popular, enquanto o número de mortos foi baixo e, após a caótica primeira onda de infecções em 2020, a vida voltou ao normal.

"Agora estou acostumado (com as medidas de controle). Convivemos com elas por muito tempo", disse Yan Zhiping, morador de Pequim, à AFP. "Enquanto nos protegerem bem, não haverá problema", completou.

A frequência das restrições sanitárias começou, no entanto, a esgotar a paciência de muitos. Com isso, intensificou-se o debate sobre se Pequim deveria ajustar sua rígida estratégia de "covid zero", principalmente diante da variante ômicron. Embora mais contagiosa, os casos ligados a ela têm sido menos graves.

Um morador de Xangai reclamou on-line que a cidade fez um "trabalho ruim" e acusou o governo de impedir as pessoas de postarem comentários negativos.

"A prevenção e o controle do vírus em Xangai é uma piada, uma piada extremamente irresponsável", postou outro.

O consumo de alimentos ultraprocessados pode aumentar em 45% o risco de obesidade para adolescentes, segundo estudo de pesquisadores da Universidade de São Paulo e publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics.

A pesquisa apontou ainda que uma alimentação com alto consumo desse tipo de produto aumenta em 52% o risco de acúmulo de gordura abdominal e em 63% a chance para gordura visceral, entre os órgãos internos.

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O trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Participaram do estudo 3.580 adolescentes com idade entre 12 e 19 anos nos Estados Unidos. As entrevistas e exames foram conduzidos entre 2011 e 2016. Os jovens foram entrevistados de forma qualitativa, em um método que relembra toda a alimentação da pessoa nas últimas 24 horas.

Daniela Neri, uma das responsáveis pelo estudo, disse que foram feitas duas entrevistas com cada adolescente, em geral, sendo uma em um dia útil e outra no fim de semana. Dessa forma, de acordo com a pesquisadora, é possível ter um panorama da alimentação no cotidiano do jovem. “Um entrevistador treinado pergunta tudo o que ele consumiu nas últimas 24 horas por refeição, como foi preparado, horário consumido. É um dos métodos com menor erro para avaliar consumo”, explicou.

Os adolescentes passaram também por exames que mediram a massa corporal e o acúmulo de gordura no abdome e nos órgãos internos. Daniela Neri enfatiza que a gordura visceral aumenta o risco para diversas doenças.

A partir dos dados coletados, os jovens foram distribuídos entre três grupos, dos que menos consumiam os ultraprocessados aos que mais tinham esses alimentos na dieta. “A gente conseguiu observar que a partir do aumento do consumo desse alimentos no peso da dieta, havia maior risco de obesidade”, disse a pesquisadora.

Gordura e açúcar

Daniela Neri disse que os alimentos ultraprocessados têm muito pouco conteúdo nutricional, mas são mais atrativos, especialmente para crianças, por terem sabores, cores e texturas feitos para agradar. “São formulações de substâncias obtidas a partir do fracionamento de alimentos frescos”, disse dando como referência produtos como refrigerantes, biscoitos recheados, macarrão instantâneo, salgadinhos e alimentos congelados.

Apesar do uso de alimentos frescos na produção, a pesquisadora alerta que o resultado final são produtos muito calóricos e com quantidades altas de sal, gorduras e açúcar. “Muito pouco do alimento fresco fica nessas formulações. Elas incluem açúcar, óleos e gorduras também. São acrescidos de muitas substâncias que são de uso exclusivo industrial, como concentrados de proteína, gordura hidrogenada e amidos modificados”, disse.

Para os jovens, os efeitos de um alto consumo desse tipo de produto são, segundo a pesquisadora, ainda maiores do que em adultos. “É uma fase de crescimento, desenvolvimento da criança. Então, o impacto é muito grande”.

Os sites de compra online ligados a Americanas S.A. permanecem fora do ar nesta quarta-feira (23). O problema ocorreu na madrugada do sábado (19), após a identificação de um "risco de acesso não autorizado".

Em três dias, o grupo composto por Submarino, Shoptime, Sou Barato! e Americanas desvalorizou R$ 3,4 bilhões, de acordo com a Economatica. Só nesta terça (22), o valor de mercado caiu mais de R$ 1,5 bilhão.

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Uma mensagem na página inicial confirma que as plataformas estão suspensas por questões de segurança. "A companhia informa que, por questões de segurança, suspendeu proativamente parte dos servidores do ambiente de e-commerce e atua com recursos técnicos e especialistas para normalizar com segurança o mais rápido possível", aponta.

--> Casas Bahia faz piada com a situação da Americanas

O sistema chegou a ser restabelecido ainda no sábado (19), mas voltou por pouco tempo e caiu no domingo (20).

"A Americanas acionou prontamente seus protocolos de resposta assim que identificou acesso não autorizado. A companhia atua com recursos técnicos e especialistas para avaliar a extensão do evento e normalizar com segurança o ambiente de e-commerce o mais rápido possível", comunicou a empresa nessa segunda (21).

A Americanas S.A. também anunciou que a instabilidade do sistema vai atrasar as entregas. "Todos os pedidos serão entregues, mas por conta das instabilidades do site, poderão haver atrasos", informou.

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