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A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016 – mais conhecida como a PEC do Teto – contou com o apoio de deputados federais aliados do PT. Um deles é o vice-líder da minoria, Silvio Costa (PTdoB), que votou a favor do texto. A postura do pernambucano tem sido observada por petistas como incoerente já que o parlamentar foi um dos defensores ferrenhos do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O deputado, entretanto, não considerou ter ido de encontro aos interesses do país com o alinhamento e ponderou que não fará o mesmo papel executado pelos partidos da atual bancada governista quando Dilma ainda estava no poder: “o do quanto pior melhor”. 

“Fui profundamente coerente. Não é verdade que este projeto tira direito dos trabalhadores. Agora reconheço que os servidores públicos federais perderam os direitos. Mas era aquela escolha: ou você ficava com os 2,2 milhões de servidores federais ou com os 204 milhões de brasileiros que não tem este privilégio, estão desempregados por causa da situação econômica do país e não conseguem manter as suas famílias”, justificou em conversa como Portal LeiaJá. Silvio Costa explicou que os salários da categoria serão corrigidos pela inflação ao longo de 20 anos, podendo ser revistos em 10 anos, dependendo do momento da economia brasileira.

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Sob a ótica dele, o que a política nacional necessita hoje é uma reavaliação da postura dos partidos de esquerda. “A esquerda perdeu a oportunidade de se reciclar e abrir um novo diálogo com a população. Cheguei a me reunir com deputados da nossa base para dizer que deveríamos votar a favor e mostrar a atual bancada governista que, diferente de vocês, nós temos responsabilidade. É preciso que a esquerda brasileira reveja alguns valores. É preciso acabar com este corporativismo”, salientou, garantindo ter dormido tranquilo após o voto dessa segunda-feira (10). “Afinal de contas, o que é ser de esquerda no Brasil? É defender a democracia? Eu defendo. É defender o estado de bem-estar social? Eu defendo. É  defender as políticas de inclusão social implantadas pelos governos dos presidentes Lula e Dilma? Eu defendo”, emendou.

Para o pernambucano, o estabelecimento de um teto para os gastos públicos com base na inflação do ano anterior já deveria ter sido implantado desde quando a petista governava o país. “Lula sempre quis colocar [Henrique] Meireles como ministro de Dilma, não conseguiu. O [Antônio] Paloci sempre pensou em uma proposta neste molde, mas lamentavelmente não conseguíamos construir apoio no Congresso. Em função disso, não houve um projeto semelhante já no governo Dilma. Não tínhamos força congressual”, salientou Silvio Costa, que acusa PSDB, PMDB e DEM de teremtrabalhado de acordo com o interesse deles pelo poder e não pela população. 

Silvio Costa também deixou claro que se mantém contrário ao governo do presidente Michel Temer. “Vou fazer oposição, não gosto deste governo, é um governo golpista, não respeito este governo porque violou a constituição, mas tenho responsabilidade com o meu país”, frisou.  Em textos divulgados antes da votação, Silvio Costa também desmistificou a tese de que a saúde e a educação seriam prejudicadas com a PEC. 

No comitê central do Recife, na noite deste domingo (2), o candidato do PT João Paulo, líderes do partido e militância comemoram a ida ao segundo turno com o prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB), que recebeu 49,34% dos votos válidos e o petista 23,76%. O deputado federal Silvio Costa (PTB) afirmou que esta disputa é singular. “Esta eleição tem uma importância histórica e temos 30 dias para discutir o futuro do Brasil”.

No seu discurso para a militância, o deputado afirmou que é importante “para que João Paulo vá até Brasília conversar com os deputados federais para não deixar o governo golpista de Temer tire os direitos dos trabalhadores”, frisou.

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Silvio Costa também disse que, a partir desta segunda (3), a luta continua. “Não vou falar tudo o que eu quero porque sou disciplinado, mas quero dizer que a partir de amanhã o coração dos trabalhadores vai voltar a bater forte porque vai dar PT”, acrescentou.

Eleição no Recife

O terceiro lugar na disputa ficou com Daniel Coelho (PSDB) que conquistou 18,59% da preferência do eleitorado. A democrata Priscila Krause recebeu 5,43%, Edilson Silva (PSOL) 2,10%, Carlos Augusto (PV) 0,62%, Simone Fontana (PSTU) 0,12% e Pantaleão 0,05%.

O candidato a prefeito do Recife João Paulo (PT) dividiu os holofotes da caminhada em reforço a sua campanha, nesta quinta-feira (22), com manifestações em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que virou réu na Lava Jato na última terça (20). Lula é classificado pelo Ministério Público Federal como o “comandante máximo” do esquema de corrupção na Petrobras.

Em apoio ao ex-presidente, o senador Humberto Costa (PT) disse que a capital pernambucana estará com Lula “para o que der e vier”. “O povo do Recife está aÍ para enfrentar ao seu lado. Igual a Lula Pernambuco nunca viu”, frisou. O líder do PT no Senado, também criticou a 34ª fase da Operação Lava Jato que prendeu hoje, preventivamente, o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega.

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“Um antro de abuso de autoridade deste juiz Sérgio Moro. Já tinham quebrado o sigilo fiscal e telefônico dele, já tinham feito um mandado de busca e apreensão, já tinham devassado a vida dele. E porque hoje mandam prender um homem que já estava com a vida devassada? Fizeram isso para desmoralizar o PT. Lula disse muito bem hoje que o nome desta operação deveria ser boca de urna”, referendou.

Candidato a vice na chapa liderada por João Paulo, Silvio Costa Filho (PRB) lembrou as ações da gestão de Lula pelo estado. “O senhor conseguiu mudar a matriz do nosso estado. Pernambuco hoje é um polo automotivo, petroquímico, um estado que mais capacita jovens do Pronatec”, frisou. Segundo ele, com toda a bagagem que Lula tem, em 2018 não será difícil ser novamente eleito. Solidarizando-se ainda com as denúncias que também envolvem a ex-primeira dama Marisa Letícia, Costa Filho enviou “um abraço e um beijo” a ela em nome de todas as mulheres.

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Durante um discurso rápido, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) fez uma breve homenagem a militância do PT a quem chamou de “mais agredida” e ao mesmo tempo “mais agerrida” do Brasil. “Os pernambucanos só se curvam para agradecer, mas lamentavelmente alguns pernambucanos e pernambucanas ingratos e traidores se curvaram pelo golpe. A elite deste país está tentando alvejar a carreira de Lula, mas as mulheres e homens de bem vão lutar pelo Brasil”, frisou.

Antes do comício, os aliados do ex-presidente participaram de uma caminhada pelas principais ruas da capital pernambucana. Da caçamba de uma caminhonete, eles saíram da Câmara Municipal até a Praça da Independência, onde aconteceram os discursos. Na Avenida Conde da Boa Vista, moradores de um apartamento protestaram contra o petista asteando uma bandeira do Brasil e um pixuleco, boneco com o semblante de Lula vestido de presidiário.

O deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) disse nesta quinta-feira, 22, que a prisão temporária do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega vai fortalecer as candidaturas do PT e de esquerda no Brasil nas eleições municipais deste ano. Para ele, a prisão de Mantega, revogada pelo juiz federal Sérgio Moro pouco tempo depois de cumprida, deve estimular a militância de esquerda a ir às ruas e defender os candidatos desse espectro político.

"Os excessos como o de hoje nos favorecem do ponto de vista eleitoral, porque estimulam nossa militância, que fica indignada e vai às ruas", afirmou Costa, que foi vice-líder do governo Dilma Rousseff na Câmara. Para o parlamentar, a prisão não deve ter efeito negativo sobre os candidatos, porque afeta apenas a opinião de parte da classe média brasileira que não vota no PT. "Não adianta sonhar. Parte da classe média não vai votar no PT", disse.

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Costa afirmou que "lamentavelmente, no Brasil, tem mais pobre do que rico". "E tenho certeza que as pessoas que precisam da política de inclusão social do PT, essas vão votar no partido", afirmou o deputado federal que, no Recife, apoia a candidatura de João Paulo (PT) a prefeito da cidade. O filho do parlamentar, Silvio Costa Filho (PRB), é candidato a vice-prefeito na chapa de João Paulo.

O deputado também criticou a ação da Polícia Federal, que cumpriu o mandado de prisão temporária de Mantega na manhã desta quinta-feira, quando o ex-ministro acompanhava sua esposa em um procedimento cirúrgico, em um hospital na capital paulista. "Respeito a Polícia Federal, o Ministério Público e o Poder Judiciário do meu País, mas entendo que têm ocorrido alguns excessos. A forma como prenderam Mantega foi um ponto fora da curva", disse.

Após Lula virar réu em ação penal da Operação Lava Jato, o deputado federal Sílvio Costa (PTdoB) declarou, nesta quarta (21), que ligou para o ex-presidente da República. “Encontrei um homem triste, sobretudo, por causa de dona Marisa Letícia, mas também encontrei um homem firme, determinado e consciente dos tempos difíceis que estão por vir. Há uma obsessão, por parte de muitos, em condená-lo e liquidar o seu futuro político”, expôs.

Mais uma vez, o deputado defendeu Lula. “O presidente Lula virou réu porque querem que ele assuma que é dono de um apartamento que não é dele. Não vão provar que é dele. O presidente Lula virou réu porque Paulo Okamotto pediu à OAS que arranjasse um local para guardar os presentes doados por chefes de Estado do mundo inteiro durante seus mandatos na presidência da República”, disse.

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Entre outros méritos, Sílvio Costa afirmou que o Governo Lula tirou 40 milhões de brasileiros da linha de miséria. “E que colocou filho de pobre para estudar Medicina e multiplicou o número de universidades pelo país. Sei que esses que odeiam o presidente Lula estão comemorando, quem sabe, tomando os melhores vinhos nos melhores restaurantes do Brasil ou nos seus belos apartamento das mais ricas avenidas do Brasil, porém, sei também que ao final a verdade sempre vence”. 

Lula no Recife

Sílvio Costa também falou sobre a vinda de Lula ao Recife, nesta quinta (22). “Seja bem-vindo ao Recife, presidente Lula, berço das revoluções libertárias. Vamos juntos com João Paulo para o segundo turno construir a mais bela vitória do PT no Brasil. É na dificuldade que a alma cresce. Não tenho a menor dúvida que, em algum momento, o presidente Lula será absolvido pelo Poder Judiciário do Brasil”, finalizou.

 

 

 

 

Nesta quinta-feira (15), o deputado federal Sílvio Costa (PTdoB) criticou a denúncia apresentada pelo procurador Deltan Dallagnol contra o ex-presidente Lula. Costa diz que não consegue entender como um procurador da República pode chamar o ex-presidente da República como “comandante de quadrilha”. “Pelo fato dele ter cumprido a sua obrigação constitucional de ter feito as nomeações dos diretores da Petrobras. Procurei e não encontrei, na Constituição do Brasil, nem um artigo que desse respaldo a essa gravíssima acusação. Como cidadão e deputado federal estou indignado com tamanha agressividade jurídica”, pontuou.

O parlamentar também citou as principais lideranças do PSDB para citar os escândalos de corrupção dos quais estão supostamente ligados. “Não vou usar a tese do senhor procurador Deltan Dallagnol, mas, na interpretação dele, eu poderia dizer que Geraldo Alckmin é chefe de quadrilha em São Paulo por causa dos roubos na Companhia de Trens Urbanos e na merenda escolar. Poderia dizer que Aécio Neves é chefe de quadrilha em Minas Gerais por causa dos desvios de recursos públicos realizados por funcionários de segundo e terceiro escalão durante a sua gestão. Poderia dizer que Fernando Henrique Cardoso também foi chefe de quadrilha por todos os atos de corrupção que afloraram em seu governo. O mesmo poderia dizer em relação a José Serra pelos escândalos de corrupção que ocorreram também no seu governo em São Paulo”, disparou o deputado.

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Sílvio Costa ainda afirmou que é de competência do presidente da República a nomeação de ministros e de diretores das empresas estatais. “O mais despreparado advogado do Brasil ou mesmo o mais desinformado rábula sabe que o chefe do poder executivo não pode ser penalizado por um desvio de conduta de um funcionário do terceiro escalão. Sabe, por exemplo, que até para crime de improbidade administrativa o gestor teria que ser ordenador de despesa. Portanto, o ex-presidente Lula não poderia sequer ser enquadrado no crime de improbidade porque ele não era ordenador de despesas”, defendeu.

Ainda citando as declarações do procurador Deltan. “Na tese do senhor procurador Deltan Dallagnol, a partir de agora, os 27 governadores do País e os 5.570 prefeitos do país poderão ser acusados de chefe de quadrilha por um ato praticado por qualquer funcionário do quarto escalão que tenha sido nomeador por eles. É inacreditável”, frisou. 

A Câmara Federal vota, na próxima segunda-feira (12), o pedido de cassação do ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Entre os parlamentares pernambucanos a expectativa é de que o mandato do peemedebista seja oficialmente destituído e o nome dele passe a ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. 

Crítico ferrenho das ações do ex-presidente, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) acredita que Cunha será cassado e, na semana seguinte, preso. “Ele é uma agenda vencida no Brasil. Por mais que o governo Temer, por medo, queira protegê-lo, vai ser cassado e com uma semana, no máximo 15 dias, preso”, projetou em entrevista ao Portal LeiaJá.

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São necessários 257 votos, dos 512 deputados, para que Cunha seja cassado e de acordo com o regimento interno da Casa, o quórum mínimo para que a sessão seja aberta também é de 257 parlamentares, mas o presidente Rodrigo Maia (DEM) já anunciou que só votará com ao menos 420 parlamentares. 

A determinação foi encarada por Costa como uma “manobra”. “Estão com medo de Eduardo Cunha. Ele vai fazer uma delação premiada que vai pegar Temer”, alfinetou. A sessão que votará a matéria está agendada para iniciar às 13h da segunda, mas a pauta deve ir a pareciação do plenário por volta das 19h.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa afirmou, nesta quarta-feira (7), que a atuação dos partidos de esquerda no Congresso Nacional a partir de agora, com a destituição do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), será unificada. De acordo com o petista, que participou da manifestação que uniu o Grito dos Excluídos e o “Fora Temer” no Recife, os argumentos dos parlamentares serão norteados pela proposta de novas eleições gerais e a manutenção dos direitos dos trabalhadores.

“Estamos discutindo com os partidos de esquerda sobre uma bandeira que nos unifique e hoje isso pode ser a pauta das eleições gerais. Acredito que esse governo não aguenta uma grande campanha de mobilização do povo, para que tenham condição de votar e escolher livremente o presidente, seus governantes”, salientou.  “Outra questão também relevante é que esse movimento [de unificação] significa uma resistência a uma possibilidade de perda de direitos que foram duramente conquistados nos últimos anos. Vamos impedir que passem essas propostas de reformas trabalhistas, de uma reforma da previdência que venha a prejudicar os mais pobres”, acrescentou.

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O deputado federal Silvio Costa (PTdoB) corroborou a postura do petista e garantiu que não votará as pautas do governo do presidente Michel Temer (PMDB). “Lamentavelmente parte da elite paulista e nordestina consolidou o golpe parlamentar... Garanto, não vou votar nenhum projeto do governo Temer, nenhum. Ele não tem legitimidade. Sei que o Brasil precisa de reformas, mas só existe reforma se existir democracia. Eles rasgaram a constituição”, cravou o parlamentar, também presente no ato da capital pernambucana.

“Dilma vai ajudar o país”                        

Com a saída do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência, há uma expectativa diante do papel que a petista terá a partir de agora. Segundo o líder do PT no Senado, a ex-presidente “vai ajudar o país”. “Dilma é uma liderança importante e deve assumir um papel de protagonismo. O partido deverá conversar com ela no sentido de como vai ajudar o Brasil”, afirmou.

Humberto disse ainda que estão com a fase de campanha eleitoral entrando na reta final, já que o pleito será no dia 2, e a expectativa do PT é de que seja organizado um ato para endossar o palanque do candidato a prefeito do Recife, João Paulo (PT), com a possível presença dela e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em defesa da presidente afasta Dilma Rousseff, nesta quinta-feira (18), o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) declarou que a história não perdoará os traidores e os hipócritas. Também reforçou a tese de “golpe” e que “políticos que não venceram ou não se elegeram pelo voto, em 2014, juntam-se a outros que nunca chegariam ao poder pelo voto - porque não têm voto, como Michel Temer -, e mais a um punhado de outros que não tiveram seus desejos atendidos pelo governo”.

O deputado afirmou que o povo vai às ruas. “Não vamos permitir o massacre final de uma mulher inocente. Não vamos deixar se consolidar esse golpe parlamentar contra a presidente Dilma. Não se pode tirar presidente da República, do seu cargo, em razão de crise econômica política no Congresso”, disse. 

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Silvio Costa ainda declarou que, quatro meses depois do afastamento de Dilma, os dados econômicos ficaram piores. “Passaram um ano e meio boicotando a economia, conspirando contra o governo, obstruindo propostas de reforma e medidas para recuperar a economia, sem se importarem com os danos de seus gestos sobre o povo trabalhador e sobre a vida das empresas. E ainda querem se postar como salvadores da pátria. São traidores. A história não os perdoará. Estarão nos livros como Rubião e Silvério dos Reis”, finalizou o parlamentar. 

 

 

O deputado federal Silvio Costa (PTdoB), nesta quinta-feira (18), se manifestou sobre o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O parlamentar declarou que, no próximo dia 29, quando Dilma irá ao Senado Federal realiza sua defesa, “os opositores e detentores de ódio” não irão poupar críticas. Ele destacou: “Ela irá se expor como presidente da República e como mulher , ao escracho, deboche e zombaria”.

Silvio Costa ressaltou que a história não perdoará “os traidores e hipócritas, que são os algozes da presidente Dilma. "O mais vergonhoso é que alguns desses senadores que executarão o golpe estiveram com a presidente em seu governo eram ministros e são testemunhas de que ela nunca aceitaria uma conversa não-republicana”, acrescentou. 

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Assim como Dilma em sua carta direcionado ao Senado Federal e à população, Sílvio argumentou que nada se provou contra a presidente. “É inocente, não cometeu nenhum crime. Os senadores estão sendo cruéis, estão consolidando um golpe parlamentar contra Dilma e contra 54 milhões de votos. Os senadores irão tomar o mandato e tornar a presidente Dilma inelegível por oito anos”.

Costa ainda comparou a Ditadura Militar de 1964 com o processo atual de impeachment. Ele disse que a Ditadura deixou sequelas até hoje não superadas pela sociedade brasileira. “Familiares de mortos, vítimas que sobreviveram, presos, torturados, exilados e desaparecidos não enterraram esse passado. Uma página que não foi virada na história do Brasil. Cinquenta e dois anos depois, um novo golpe está para se materializar no país. Agora, não mais pelas armas, mas, pelo Parlamento. Um golpe parlamentar contra uma presidente legitimamente eleita por 54 milhões de brasileiros. Um golpe parlamentarista sobre o nosso presidencialismo. Como disse Karl Marx, a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”, finalizou parafraseando Karl Marx. 

 

 

 

 

 

 

 

Com a provável aprovação do relatório favorável à continuidade do processo de impeachment e acusação de crime de responsabilidade da presidente afastada Dilma Rousseff na Comissão de Impeachment, os aliados da petista reforço o trabalho de conversa com senadores para tentar reverter o resultado no plenário. Pelo cronograma do colegiado, a discussão e a votação no plenário serão realizadas na próxima semana.

De acordo com o deputado federal Silvio Costa (PTdoB-PE), a defesa de Dilma não considera que o impedimento já é certo, especialmente porque há senadores insatisfeitos com as medidas tomadas pelo governo de Michel Temer. “Estive ontem com a presidente, temos uma nova reunião hoje. E deixa eu te dizer: sou da tese que enquanto o coração está batendo, a alma está sonhado. Existe possibilidade, sim, [de a provável condenação ser revertida]. O jogo não está jogado. Muitos senadores estão insatisfeitos com o governo interino. Estamos aprofundando as conversas com os senadores. Precisamos de seis votos. O jogo não acabou”, decretou ele, que sempre foi firme da defesa da petista.

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Ele ainda criticou o relatório de Antonio Anastasia, que considerou que a então chefe do Executivo federal cometeu crime de responsabilidade devido à "abertura de créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional" e pela realização de operações de crédito com instituição financeira controlada pela União", as chamadas pedaladas fiscais.

“Este é um parecer que não tem base jurídica. É político. Desde o início que a presidente Dilma está sendo vitima de um impeachment fraudulento. A maior prova disso é que o saber jurídico nacional está dividido quanto ao processo”, frisou Costa. “Este parecer é político e, sobretudo, feito por Anastásia. Ele deveria até ter vergonha de ser relator. Não tem legitimidade para isso não, com tantos problemas em Minas Gerais”, acusou.

Na Comissão de Impeachment, o senador Lindberg Farias (PT-RJ) disse que Dilma está sendo “vítima de uma quadrilha parlamentar liderada pelo Eduardo Cunha” e que o processo de impeachment sofre a “interferência indevida desse presidente interino e golpista Michel Temer.

O cronograma estabelecido pelo colegiado prevê que o parecer do relator seja discutido nesta quarta (3) e votado na quinta (4). Caso os senadores aprovem o relatório, a matéria seguirá para a apreciação do plenário do Senado. A expectativa é de que seja lido na sexta (5) e votado na próxima terça (9). Esse rito será comandando pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Para que o processo continue é necessária maioria simples de votos. O julgamento do impeachment, que decidirá se Dilma será afastada definitivamente, deve começar no dia 29 de agosto e durar uma semana.

Com a colaboração de Giselly Santos.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa avaliou a administração do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) como um “desastre político, econômico e social” e garantiu que fará uma “oposição extremamente forte” às propostas para as reformas trabalhista e da previdência que restrinjam os direitos dos trabalhadores e beneficiem a camada mais rica do país. A expectativa é que a equipe econômica de Temer encaminhe para o Congresso Nacional os projetos que promovem mudanças nas duas vertentes até o fim do segundo semestre.

“Vejo [o governo] como um desastre político, econômico e social. Um governo que se propôs ampliar o equilíbrio fiscal e só faz ampliar a dívida pública e comprometer a condição do nosso país de estar equilibrado. No ponto de vista econômico, não temos nenhuma luz no fim do túnel para o que estamos vivendo. O governo não apresentou nenhuma proposta concreta de retomada do crescimento”, salientou. “Politicamente, estamos vendo um governo extremamente conservador, que relega as políticas sociais para o segundo plano, que adota valores e proposições que não condizem com o Brasil do século XXI”, acrescentou o senador pernambucano.

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Corroborando a análise do senador, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) criticou o que ele chama de “pacote de Meireles”, referindo-se ao ministro da Fazenda Henrique Meireles. "Primeiro: esse pacto do Meireles que estabelece um teto, este teto a gente pode até discutir para custeio, mas não para saúde e educação. Segundo: a previdência, que é uma questão de estado, mas que tipo de proposta Michel Temer vai mandar: com seriedade ou para fazer demagogia? A reforma trabalhista temos que discutir sim, mas qual a proposta? De que forma ela chegará para o Congresso?”, indagou.

Sob a ótica de Costa, a administração de Michel Temer não é “um governo sério, porque é provisório e fruto de um impeachment fraudulento”.

O ato que oficializou a aliança entre PT, PTdoB, PTN, PRB e PTB para endossar a chapa liderada por João Paulo e Silvio Costa Filho, pré-candidatos a prefeito e vice, respectivamente, também serviu para a sinalização de que o senador Armando Monteiro Neto (PTB) voltará a disputa pelo governo de Pernambuco nas eleições em 2018. 

Ao discursar, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB), afirmou que o jogo protagonizado pelo grupo de siglas tem “dois tempos”. “Este é um jogo de dois tempos, 2016 é o primeiro tempo, quando o nosso centroavante está de vermelho e preto”, disse referindo-se a roupa de João Paulo, “mas o nosso centroavante de 2018 está de preto e branco”, apontou para Armando. “Perdemos em 2014, mas quem tem talento e faz política com respeito às pessoas sabe que ao final a verdade sempre vence”, completou.

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Apesar disso, Armando Monteiro negou que o acordo já sirva para 2018. Para o petebista, “não existe preço de reciprocidade” na aliança para as eleições municipais. “Esse nosso acordo nada tem a ver com 2018. Aqui não tem preço político. Nós temos absoluta liberdade para caminhar porque o nosso compromisso é oferecer o melhor à cidade do Recife. Hoje é pelo Recife”, destacou. 

Mesmo sem o pressuposto de reciprocidade, o PT, antes de se alinhar ao PTB este ano, havia cobrado uma postura favorável da legenda petebista à candidatura de João Paulo como resposta a participação do partido na disputa de 2014, quando Armando disputou a vaga de governador e João a de senador. 

O deputado federal Silvio Costa (PTdoB) cobrou, em nota, que o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife Geraldo Julio, ambos dirigentes nacionais do PSB, deem “explicações contundentes” sobre as acusações apontadas pela Operação Turbulência, que investiga o suposto pagamento de propina para as campanhas do ex-governador Eduardo Campos em 2010 e 2014 – entre elas a compra e empréstimo do avião que utilizava em agosto de 2014 quando morreu em um acidente fatal em Santos

Para o parlamentar, o PSB “está fugindo do debate, em um nítido desrespeito  ao  povo  pernambucano e aos brasileiros”. “É preciso que a Executiva do PSB, o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Júlio respondam duas questões básicas: Por que o governador estava andando em um avião que foi pago por uma peixaria? Por que 14 pequenas empresas de Pernambuco movimentaram R$ 600 milhões?”, indagou.

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Recordando ironias feitas, segundo ele, por socialistas ao senador Armando Monteiro Neto (PTB), quando foi à imprensa em 2014 questionar o uso do avião, Costa disse que agora sim, “graças ao trabalho sério e eficiente da Polícia Federal e do Ministério Público Federal”, a população está tomando conhecimento de que "a montanha pariu muitos ratos".

“É preciso que Paulo Câmara e Geraldo Julio deem explicações mais convincentes, até porque outras operações estão em curso em Pernambuco, como por exemplo, a Fair-Play, que apura os custos da Arena Pernambuco”, disse. “Não podemos construir em nosso Estado a prática da ética da malandragem”, acrescentou. 

Defensor ferrenho da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), o deputado recordou o apoio do PSB ao processo de impeachment. “O PSB é um partido ingrato. Os governos socialistas, em Pernambuco, receberam inigualável apoio dos governos Lula e Dilma. Todos os grandes investimentos que ocorreram em Pernambuco vieram graças a Lula e Dilma. Em troca, os socialistas pagaram com a ingratidão”, alfinetou. 

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta sexta-feira (17), que o processo de impeachment contra ela é resultado do ataque orquestrado pelo presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e seus aliados, a quem chamou de "parasitas". De passagem pelo Recife, para cumprir as últimas agendas da viagem feita ao Nordeste, a petista participou na tarde de hoje de um evento promovido pelo Coletivo UFPE pela Democracia, em apoio ao mandato dela.

Cravando mais uma vez a tese de que há um golpe em curso, a presidente afastada disse que suas andanças pelo país, iniciadas em maio, ela pode constatar que os brasileiros já estão conscientes das "artimanhas" utilizadas pelos que hoje estão no comando da União para conseguir aprovar a admissibilidade do impeachment. “É toda uma fraude e uma farsa que não é de graça. De um lado barrar a Lava Jato e do outro aprovar um projeto [ultraliberal da economia] que jamais conseguiriam nas urnas”, enumerou Dilma, ao lembrar que há quatro eleições presidenciais o projeto “da elite” é derrotado. 

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Dilma Rousseff explicou também que o atual "golpe" é diferente do ocorrido em 1964, quando iniciou a ditadura. A petista comparou a democracia com uma árvore e disse que no regime militar ela é "derrubada para cercear os direitos". "No golpe parlamentar, ou frio, ou mão de gato [o impeachment], a árvore da democracia não é derrubada. Como estou tranquila no Alvorada, cercada de todos os lados, eles acham que não é golpe. Mas eu chamo de parasitas atacando. Eles atacam todos os direitos", ironizou.

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Ovacionada por um auditório com cerca de 200 militantes - entre estudantes, petistas e sindicalistas -, Dilma Rousseff lembrou a música de Madeira do Rosarinho e disse que diante destes “parasitas” ela tem que ser "madeira que cupim não rói".  "O que mata o parasita? O oxigênio da discussão e do debate", frisou, antes da plateia entoar a canção, em coro.

Durante seu discurso, Dilma também voltou a pregar a necessidade de um pacto para reestruturar o país, o que, sob a ótica dela, só funcionará com seu retorno ao Palácio do Planalto. “Junto a toda essa crise aconteceu a corrosão do pacto político do país, mas nós nunca poderemos abrir mão de democracia. Junto com a minha volta [a Presidência] nós teremos que construir um verdadeiro governo de salvação nacional. Eles não venceram. A gente tem que ser claros nisso. Eles são provisórios e interinos. Vamos todos nos, então, quero aceitar o convite de vocês para o debate e vocês aceitam o meu para a luta”, convocou.

A presidente afastada ainda criticou o programa de governo de Michel Temer, destacando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gatos públicos; os cortes na educação e cultura, além da ideia de alterar o sistema de distribuição dos recursos adquiridos pelo pré-sal. “Todos os programas estão correndo diversos riscos. Não sei se viram a proposta que limita os gastos. Ela é extremamente problemática. Acredito que caracteriza, de fato, um desmonte das políticas públicas e um retrocesso”, disparou. 

Na UFPE, Dilma cumpriu a primeira agenda no Recife, onde o coletivo pela democracia da instituição lançou o livro “Resistência ao golpe de 2016”. Ela chegou ao local, por volta das 13h30, acompanhada dos senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro, os deputados federais Silvio Costa (PTdoB) e Luciana Santos (PCdoB), a quem ela chamou de "baluartes da democracia", e o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT). Na chagada, centenas de militantes a receberam na entrada do CCSA da UFPE. Ela foi ovacionada pelos presentes, recebeu flores, abraços e diversos gestos de carinhos. 

 

Com a nova configuração do Congresso Nacional, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) está trabalhando para assumir a liderança da Minoria na Câmara dos Deputados. O parlamentar, que até o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) era vice-líder do governo, tem se articulado entre os petistas, partido que de acordo com a proporcionalidade indicará o nome que vai direcionar a nova bancada oposicionista.

“No regimento, quem indica da minoria é o maior partido da oposição. O maior partido da oposição é o PT. Eu estou conversando com os companheiros do PT para ver se eu serei o líder da Minoria. Mas isso não é uma coisa definida não”, afirmou Costa. 

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A composição das bases do governo e da oposição deve ser definida até a próxima terça-feira (17) quando serão retomadas as sessões deliberativas da Casa. “Alguém vai ter que encaminhar pela liderança da Minoria. A gente segunda-feira de manhã vai ter reuniões para ver e organizar como será essa oposição provisória a esse governo provisório”, pontuou o parlamentar que viaja para Brasília na noite deste domingo (15). 

Conhecido por sua postura firme em favor do governo Dilma, Silvio Costa prometeu atuar fazendo uma "oposição responsável" e diferente, segundo ele, das posturas adotadas pelo DEM, PSDB e PPS. "Não vou ser irresponsável como esses caras foram, passaram dois anos trabalhando contra esse país”, garantiu o parlamentar. Ele também defende que o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), não consiga realizar reformas, como a da Previdência Social. "Governo provisório não tem legitimidade para votar as reformas urgentes e necessárias que o Brasil precisa”, acrescentou. 

O imbróglio em torno do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode refletir negativamente na gestão do presidente em exercício Michel Temer (PMDB). Ao menos é o que considera o deputado federal Silvio Costa (PTdoB). Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (13), o parlamentar afirmou que Cunha é “uma bomba atômica” e pode ser um “elemento surpresa” durante os próximos meses.  

“Eduardo Cunha é uma bomba atômica. A maior delação premiada do mundo. Manda eles [aliados de Temer] mexerem com Eduardo Cunha para ver só. Ele não respondeu a petição da AGU [que suspende a sessão da admissão do impeachment] porque tenho certeza que ele ia usar depois, quando Temer negasse algo. Eduardo Cunha gostava de fazer chantagens, todo mundo sabe disso”, salientou. 

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Diante disto, Silvio Costa aconselhou o Temer a pedir a renúncia de Cunha.  “Sabe qual é o correto? Procurar Eduardo Cunha e mandá-lo renunciar. Agora eles estão é com medo de Eduardo Cunha. Peço a Michel Temer que tenha coragem. Ligue para ele e dia: aqui é o presidente provisório, renuncie para não atrapalhar o meu governo”, cravou. Segundo o pernambucano, onde é para Temer intervir ele não intervém.  

Apoio a Waldir Maranhão

Na liderança de articulações em prol da presidente Dilma Rousseff (PT), o deputado federal disse que o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), terá “toda sustentação” da nova bancada de oposição para permanecer presidindo a Casa no lugar de Eduardo Cunha.

“Maranhão teve mais de 400 votos. Agora esta oposição, que agora é a base do governo, fica tentando deslegitimar ele dando prazos para renunciar ao cargo. Não vão tirar Waldir Maranhão, nós vamos dar sustentação política a ele. Elegeram-no porque quiseram. Quem pariu Mateus que embrulhe”, frisou. “Estou monitorando ele para não renunciar. Espero que ele não renuncie, assim terá nosso apoio político”, acrescentou. 

Uma das consequências do afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) do cargo é a reversão das bancadas no Congresso Nacional. Diante disso, o deputado federal Silvio Costa (PTdoB), até então vice-líder do governo, afirmou, em coletiva concedida à imprensa nesta sexta-feira (13), que o principal foco da “nova oposição” agora é reverter o voto de, no mínimo, seis senadores. 

“Quem votou a favor da admissibilidade não necessariamente concorda com o mérito do processo. Essa equação de que eles tiveram 55 votos e esses mesmos vão votar pelo mérito, não é assim. Eles dizem que o jogo já está jogado, mas não é assim que a banda toca”, observou. “A palavra da gente é mobilização e a primeira delas é no Senado”, acrescentou.

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De acordo com o pernambucano, a estratégia é trabalhar tendo em vista um presidencialismo de coalizão. “Vamos fazer um presidencialismo de coalizão mais amplo. Vamos conversar com os senadores e lutar dentro dos princípios constitucionais. Será que todos estão satisfeitos com esta equipe que Michel montou?”, indagou.

“Por que que nós quando estávamos com o processo na Câmara, dialogando, éramos chamados de shopping center? Veja Temer, colocou uma mercearia no Jaburu com cinco balconistas: Eliseu Padilha, Romero Jucá, Henrique Eduardo Alves, Moreira Franco e Gedel Viera Lima. O deputado chegava lá e dizia eu quero isso, o balconista despachava”, acrescentou, comparando.  

Analisando o cenário, o parlamentar pontuou que “está tudo mal” e deixou claro como será a postura da “nova oposição” a partir deste momento. Apesar de se colocar favorável “a maioria das ideias” do novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Costa disse que pretende trabalhar para que a gestão fruto, segundo ele, “do desrespeito a vontade soberana de 54 milhões de brasileiros”, não seja legitimada. 

“Não vou ter o comportamento desta oposição. Não vou ser irresponsável como esses caras foram, passaram dois anos trabalhando contra esse país. O meu debate é a democracia”, cravou o parlamentar que está em articulação para ser o líder da minoria da Câmara Federal.  

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Reforçando que a postura dele não será contra o país, Silvio Costa disse que Temer terá dificuldades em aprovar projetos no Congresso. “Michel Temer não está em céu de brigadeiro. Esses movimentos construíram efeitos colaterais”, destrinchou, contando que esta semana encontrou com o ex-governador de Minas, Nilton Carneiro, reunido com a bancada do PMDB em um restaurante de Brasília para comemorar a indicação do filho para o Ministério da Defesa, quando ao final quem ocupou o cargo foi o deputado federal Raul Jungmann (PPS).  

“Você acha que a bancada do PMDB de Minas está satisfeita? Essa coisa de Michel Temer dizer 367 votos a gente tem uma base é falácia. Quero ver um Arnaldo Faria de Sá e um Paulinho da Força, que também está insatisfeito, votar a favor da reforma da previdência”, acrescentou, dizendo estar curioso para ver como a nova base governista vai se posicionar diante de propostas como a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e das políticas de desonerações.

Erros de Dilma

Apesar do processo de impeachment ser baseado nas pedaladas fiscais e na edição dos decretos, os parlamentares pontuam diversos erros da presidente entre as justificativas dos que votaram pela admissibilidade, inclusive, a própria Dilma reconheceu ter cometido erros. Indagado sobre quais foram os principais, Silvio Costa lembrou as desonerações do início do governo e as mudanças constantes nos ministros de articulação política. 

“Dilma fez uma política de desoneração de carro, folha e linha branca. Com isso o país deixou que arrecadar R$ 400 bilhões. Ela reconhece que houve um exagero de [Guido] Mantega na desoneração. E o Brasil ficou com fluxo de caixa”, frisou, contando que Paulo Skaff fazia lobby na Câmara para aprovação de Medidas Provisórias.

Reconhecendo também a falta de articulação política, Silvio Costa revelou que apesar de ser vice-líder do governo há dois anos só estreitou as relações com a petista há seis meses. “Quando um time de futebol fica mudando de treinador é porque as coisas vão mal. Quantos ministros de articulação nós não tivemos? Michel Temer foi preparar o golpe lá na articulação. As derrotas ensinam muito, tenho certeza que quando voltarmos ela não fará a mesma coisa”, cravou. 

Novos ministros

Questionado sobre como avaliava a participação dos deputados federais de Pernambuco nos ministérios da Educação e Cultura, Minas e Energia, Cidades e Defesa, Silvio Costa foi conciso. “Quero que os ministros de Pernambuco se dêem bem. Cada um construiu, ao seu modo, a chegada aos cargos. Se depender de mim esses ministros serão sazonais. Dilma vai voltar”, sentenciou. 

A anulação das sessões ocorridas na Câmara dos Deputados entre os dias 15 e 17 de abril, quando aprovou-se a admissão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), foi considerada “legitima” por aliados do governo. A decisão foi tomada pelo presidente interino da Casa Waldir Maranhão (PP-MA) e causou um novo embate entre opositores e aliados da presidente. 

Líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT) pontuou que a decisão de Maranhão “é um primeiro passo para quem saber anular” o processo de impedimento da petista. “Vamos analisar o que diz o regimento da Câmara. Nosso entendimento é que tudo deveria começar do zero. Não sei se seria esse o entendimento da Mesa Diretora, mas vamos trabalhar para que seja”, afirmou. 

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Vice-líder do governo na Câmara, Sílvio Costa (PTdoB) afirmou que a decisão faz com que a Câmara dos Deputados retorne à sua normalidade legislativa e disse esperar uma decisão imediata do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre o processo que está naquela Casa.

Sílvio Costa considerou que a decisão de Waldir Maranhão é legítima como presidente da Câmara e que ela se baseou em vários equívocos cometidos durante o processo de votação do impeachment, como o encaminhamento dos partidos; e o fato da defesa não ter sido ouvida por último depois da leitura do parecer no Plenário.

Ao saber de anulação, Dilma pediu cautela da população e dos aliados. “Soube agora, da mesma forma que vocês souberam que um recurso foi aceito e que, portanto, o processo está suspenso. Eu não tenho essa informação oficial, não sei das consequências”, cravou. “Não tenho esta informação oficial, não podia, de maneira alguma fingir que não estava sabendo do mesmo que vocês. Mas, por favor, tenham cautela, nós vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas”, acrescentou. 

O vice-líder do governo na Câmara, deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), afirmou nesta sexta-feira, 6, que o presidente interino da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), se comprometeu a dar seguimento ao pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer na Casa.

Costa afirmou ainda que o deputado do PP também se comprometeu em analisar recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) que pede a anulação da sessão da Câmara que aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, no último dia 17 de abril.

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"O atual presidente Waldir Maranhão se comprometeu comigo, e eu disse a ele que ia comunicar isso ao Brasil, que na segunda-feira ia mandar requerimento a todos os líderes partidários, pedindo que indicassem os membros da comissão (do impeachment de Temer", afirmou Costa em entrevista coletiva.

O pedido de impeachment de Temer por crime de responsabilidade foi aceito em abril pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após ele ser obrigado por liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Cunha recorreu da decisão e aguarda julgamento do recurso.

Oficialmente, Eduardo Cunha pediu que os líderes indicassem os 65 membros da comissão. Em acordo com líderes da oposição, o peemedebista não estipulou um prazo para as indicações. Com isso, até o fim de abril, apenas 14 integrantes tinham sido indicados pelos partidos. Somente PT, Rede, PCdoB, PEN, PMB, PSOL e PTdoB indicaram seus membros.

Líderes de partidos que não indicaram seus membros justificam que querem aguardar o recurso de Cunha ser analisado no STF para fazer as indicações. Outros afirmam apenas que não possuem deputados interessados em participar do colegiado.

AGU

O vice-líder do governo disse ainda que Waldir Maranhão se comprometeu em analisar o recurso da AGU, apresentado em 26 de abril, e seguir a constituição. "Ele disse para mim e jurou de pé junto que, diferente de Eduardo Cunha, ia respeitar o regimento e a Constituição", afirmou Costa.

"Ora, ao analisar, se ele realmente seguir a Constituição e o Regimento da Casa, ele não terá outro caminho a não ser anular aquela sessão, porque todos os motivos regionais e constitucionais estão aqui", afirmou Silvio Costa, em entrevista nesta sexta-feira.

Assinado pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, o pedido da AGU elenca pelo menos quatro ilegalidades na sessão, entre elas a não abertura de espaço para pronunciamento da defesa de Dilma após a fala do relator do processo de Dilma na Câmara, deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

Procurado, Waldir Maranhão, por meio de sua assessoria de imprensa, não confirmou nem desconfirmou as declarações de Silvio Costa. Disse apenas que "seguirá o regimento" e que colocará os assuntos para "avaliação" dos outros líderes partidários da Câmara em reunião na próxima terça-feira, 10.

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