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Uma moradora de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, vem chamando a atenção das redes sociais, após ter entrado na Câmara Municipal dos Vereadores e disparado críticas contra os parlamentares, pontuando, inclusive, que eles não valiam nada. Cristiane Terto estava revoltada com o projeto em discussão na Casa, na última terça-feira (25), e não poupou os vereadores.

"Vocês não valem nada. Como é que vocês aceitam uma coisa dessa? Como é que vocês querem punir com isso a população de Serra Talhada? Qual foi o cidadão que aceitou isso? A população de Serra Talhada vai acordar, porque eu vou fazer", cravou e foi aplaudida pelos presentes. A punição a qual se refere é quanto a nova Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos (TCR) da cidade, reajustada e desmembrada do IPTU. O projeto que efetuou essas mudanças foi aprovado em dezembro e desde então vem sendo alvo de críticas. 

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A tensão na cidade sobre o assunto, de acordo com informações de blogs locais, aumentou quando os boletos chegaram e os moradores viram que a taxa antes cobrada de R$ 16,00 passou a ser de R$ 90,00 a R$ 120,00. A mudança ocasionou protestos da população e a Câmara resolveu votar um desconto, na última terça e quarta-feira (26), variando de 30% a 50%. O que foi ponto de partida para a manifestação de Cristiane Terto, pois, segundo ela, a mudança da TCR não deveria ter acontecido. O desconto foi aprovado pela Casa, por 11 votos a cinco.  

O LeiaJá entrou em contato com o presidente da Câmara dos Vereadores da cidade, Nailson Gomes (PTC), mas até o fechamento desta matéria não conseguiu retorno. 

De acordo com o sistema Sagres, do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), os nove vereadores exercem sua função apenas 24 dias por ano e recebem um salário de R$ 42 mil. O período reduzido de trabalho está previsto no regimento interno da Câmara, implementado em 1990. O documento apresenta intervalo de seis meses nos trabalhos dos parlamentares.

Conforme o calendário de sessões, em 2017 os vereados trabalharam nos meses de fevereiro, março e abril e permanecem em recesso até setembro, após retornarem as atividades eles só trabalham até o mês de novembro.

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Nos meses de trabalho, os vereados se reúnem apenas uma vez por semana para realizar as sessões. O valor do salário é de R$ 3.500, enquanto o presidente da Câmara ganha o dobro do valor.

Em entrevista concedida ao G1 Paraíba a vereadora Luiza Dantas (DEM) propôs um projeto para diminuir o período de recesso pela metade,  porém o projeto não entrou na pauta de votações. Reeleita, a parlamentar afirmou que vai tentar novamente. “Nós temos que mostrar o nosso trabalho. Realmente o salário que a gente ganha pelo expediente que a gente dá, por 180 dias de férias, é um absurdo”, relatou.

Ainda segundo o 1º secretário da câmara, vereador José Roberto da Silva (PRB), a pauta deve ser debatida quando a Casa retornar do recesso, no dia 1º de setembro. “Desde 1990 que temos este recesso aqui e o presidente da câmara disse que quando voltar do recesso apresentaria o projeto e com certeza aprovaria”, explicou.

 

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), vai receber um reconhecimento dos vereadores cariocas: o título de cidadão honorário do município do Rio de Janeiro. O projeto, de autoria do vereador Professor Adalmir (PSDB), teve 26 votos a favor e nove contra. O projeto foi apresentado em regime de urgência. 

Essa não será a primeira vez que o tucano vai receber uma homenagem do Rio. Ele já recebeu a Medalha Tiradentes, maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

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A Câmara dos Vereadores ainda aprovou a concessão da Medalha São Francisco de Assis para João Doria. Essa premiação visa as pessoas que tenham prestado relevantes serviços à causa dos animais.

 

A Câmara Municipal de Belém discutiu na terça-feira (9) a proposta do vereador Dr. Chiquinho (PSOL) sobre a inclusão do sistema de ar- condicionado nos transportes públicos de Belém. Com 18 votos contrários, enquanto apenas três votaram a favor, o projeto foi rejeitado durante a sessão ordinária.

O principal argumento dos vereadores é a existência de outro projeto de lei com a mesma finalidade apresentado pelo ex-vereador Gervásio Morgado. De acordo com a câmara, o PL já foi aprovado pelos vereadores, sancionado pelo Executivo e aguarda implantação. Segundo a norma interna da CMB, não pode haver aprovação de projetos em duplicidade. "O projeto que virou lei não propunha fiscalização, prazo e nem penalização. É lamentável! Belém é uma cidade de clima quente, uma das poucas capitais sem climatização nos coletivos e em período de chuva os passageiros têm de passar calor já que as janelas são fechadas. Isso sem falar do ponto de vista sanitário, já que essas condições propiciam maior circulação de vírus e bactérias que fazem mal a saúde", argumenta Dr. Chiquinho.

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O vereador Mauro Freitas (PSDC), presidente da Câmara Municipal de Belém, explicou ainda que o parecer que ela deu foi pela ilegalidade de um projeto de lei cujo objeto já existe. "O referido projeto não foi aprovado pelo fato da proposta em questão já existir. O projeto original é de autoria do ex-vereador Gervásio Morgado e inclusive já foi sancionado pelo Executivo municipal. O que precisa ser feito é a aplicação da lei, incluindo as suas penalidades", disse o vereador.

Caso a proposta fosse aprovada, o prazo estabelecido para que todos os ônibus tivessem o aparelho instalado é de quatro anos e, a cada período de 12 meses, 25% da frota deveria estar devidamente equipada. Veja, abaixo, enquete sobre a polêmica.

Por Márcio Harnon Gomes.

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O Juízo da Comarca de Passira, município localizado no Agreste de Pernambuco, deferiu um pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pela suspensão do concurso realizado em 2016 pela Câmara de Vereadores da cidade. De acordo com o MPPE, a suspensão foi pedida devido a denúncias de fraudes desde a contratação irregular da empresa Funvapi até a aplicação das provas, com o intuito de aprovar pessoas indicadas pelos vereadores.

Entre os réus, além da casa legislativa, estão a presidente da Câmara, vereadora Vanessa Chalegre Pereira; a empresa organizadora do concurso, Fundação Vale do Piauí (Funvapi); o advogado Joaquim Cordeiro Feitosa Neto, que prestava assessoria jurídica à Câmara; Ewerton Luís de Souza Santos, Severino Gabriel Pereira Neto, Nayara Paula da Silva e Josinaldo Moisés Neris, candidatos supostamente beneficiados no certame por indicação anterior à seleção pública.

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De acordo com a Promotoria de Passira, o advogado Joaquim Feitosa Neto entrou em contato com três vereadores para conseguir apoio para o projeto de lei que criava cargos permanentes no município e em troca cada vereador indicaria uma pessoa para ocupar um cargo efetivo.

Na mesma reunião, de acordo com a promotoria, ficou acertado que a presidente da Câmara indicaria quatro pessoas e que o próprio advogado seria beneficiado com a aprovação para o cargo até então inexistente de procurador da casa legislativa. O projeto foi aprovado e promulgado como Lei Municipal sem seguir as determinações do regimento interno da Câmara. 

O Ministério Público identificou irregularidades na contratação da banca de aplicação do concurso. Após a chamada pública, apenas a empresa Funvapi se apresentou para julgamento da proposta e foi declarada vencedora da licitação. No entendimento do promotor, a banca foi escolhida mediante fraude em licitação para permitir que as provas fossem manipuladas.

O MPPE também requereu em caráter definitivo que a Justiça anule o processo licitatório de contratação da banca, do concurso e de todas as nomeações recorrentes bem como a condenação dos réus nas penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa. A decisão foi proferida pelo juiz Paulo César de Oliveira Amorim.

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Manifestantes participam, no início da tarde desta terça-feira (16), da sessão na Câmara dos Vereadores de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Organizado pelo Movimento Olinda Imortal (MOI), o protesto é contra os benefícios recebidos pelos parlamentares durante o mandato. A manifestação foi impulsionada após a aprovação de um reajuste de 6,58% no salário dos vereadores e o aumento de 80% na verba de representação do presidente da Casa, Jorge Federal (PR). 

O grupo está no local desde às 9h, quando iniciou o ato em frente à Câmara. A intenção, de acordo com o coordenador do MOI, Tiago Batista, é de pressionar os vereadores a cumprirem com a sinalização de revogação dos aumentos. De acordo com Batista, a Mesa Diretora da Casa anunciou que vai abrir uma audiência pública extraordinária após a sessão para que líderes do movimento argumentem sobre o assunto. 

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“Vão dar a oportunidade, após muita pressão, para alguns representantes do movimento se pronunciarem, mas o presidente da Câmara está tentando cansar os manifestantes. Deu sete minutos para cada um dos vereadores na tribuna. Isso vai levar um tempão e é para dispersar”, reclamou. “Na audiência vamos afirmar que eles estão informando para imprensa que reduziram os custos, mas enganam. Eles informaram que reduziram R$ 41 mil por mês, mas com a criação do 13º para os vereadores, o aumento de 80% da verba de representação e o reajuste dos vereadores o valor gasto por eles ficou igual, não mudou nada", acrescentou. 

Desde a semana passada eles coletam assinaturas para endossar o pedido e prometem, caso a Mesa Diretora da Casa não cumpra com a promessa, ingressar com uma ação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra a medida. 

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A discussão sobre o aumento do salário dos vereadores de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), ganhou as ruas e será alvo de um protesto, na próxima terça-feira (16), às 9h, em frente à Câmara Municipal. O ato, organizado pelo Movimento Olinda Imortal (MOI), pretende pressionar para que a revogação, já anunciada pela Mesa Diretora da Casa, seja efetivamente cumprida. O reajuste foi de 6,58%.

Antes da manifestação, entretanto, o grupo está coletando assinaturas em apoio à extinção do reajuste, nesta sexta-feira (12), na Praça do Carmo. De acordo com o coordenador do movimento, Tiago Batista, 5 mil pessoas já assinaram o documento e a intenção deles é de reunir no mínimo 20 mil apoios. 

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“Enquanto os moradores sofrem com a falta de serviços público, não falta dinheiro para os vereadores de Olinda e eles vão na contramão do que vem acontecendo no país”, argumentou. 

Batista também disse esperar que o presidente da Casa, Jorge Federal (PR), volte atrás não só do aumento do salário, mas também do reajuste de 80% das verbas de representação. “O projeto ainda está na Prefeitura, não retornou para a Câmara. Ou seja, não tem nada que nos garanta a revogação do aumento anunciado. Por isso, iremos pressionar, colher assinaturas e se eles não recuarem, entraremos com uma ação civil pública”, afirmou. 

O LeiaJá entrou em contato com Jorge Federal para saber qual a postura será adotada pela Câmara, mas até o fechamento desta reportagem não obteve êxito. 

 

Um grupo de ativistas da Rede Meu Recife estão visitando os gabinetes dos vereadores na Câmara Municipal para entregar uma carta assinada pela entidade,  o Livres, que é a nova identidade do PSL, e outras organizações civis pedindo que os parlamentares abdiquem do auxílio-alimentação de R$ 3 mil que recebem mensalmente.

De acordo com Isabel Albuquerque, que participa da visita, até o momento apenas um dos 39, Rodrigo Coutinho (SD), estava presente na Casa José Mariano e recebeu o grupo. Nos demais, foi deixado uma cópia da carta e reforçado o convite para que eles participem de uma manifestação que vai acontecer ao meio-dia em frente à Câmara. Na ocasião, eles pretendem distribuir cerca de 300 quentinhas para a população mais pobre em referência a quantidade de pessoas que podem ser alimentadas com o valor recebido por cada político. 

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“Com esta iniciativa esperamos conseguir constranger a maior quantidade de vereadores para que eles abdiquem do auxílio-banquete que recebem, se não esperamos que a Mesa Diretora se sensibilize e revogue o benefício”, destacou Isabel ao LeiaJá.  

O ticket alimentação dos vereadores do Recife ganhou a atenção após ser reajustado em 53% e subir dos atuais R$ 3 mil para R$ 4,5 mil.  O ato de hoje é uma desdobramento da campanha “Mais lei, menos lanche” lançada na última semana para pedir a revogação do aumento. Após uma pressão da sociedade, a Mesa Diretora voltou atrás da decisão

A Mesa Diretora da Câmara do Recife revogou, nesta sexta-feira (5), o aumento do valor do ticket alimentação dos vereadores. De acordo com a direção da Casa, a decisão foi tomada "após conversa com o mesmo grupo de parlamentares que havia solicitado o aumento anteriormente". O reajuste que elevou o valor do benefício de R$ 3 mil para R$ 4.595,00 gerou polêmicas entre a Casa José Mariano e a sociedade. Apenas nessa quinta-feira (4), o Ministério Público de Contas de Pernambuco recebeu nove pedidos de averiguação do caso. 

"Com esta iniciativa a Comissão Executiva reafirma a decisão de continuar com as mesmas medidas do início desta gestão de compromisso com a racionalização e austeridade no uso dos recursos públicos. Sob esta ótica já foram feitos cortes a exemplo do contrato de locação de carros, suspensão do contrato com a empresa de divulgação nos ônibus e  diminuição do número de funcionários nos gabinetes", declara a nota encaminhada à imprensa.

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O reajuste, que está em vigor desde o dia 29 de abril, foi de 53,1%. A bancada de oposição da Casa, inclusive, já tinha solicitado formalmente a revogação do aumento. 

 

A Promotoria de Direitos Humanos enviou ao prefeito João Dória uma solicitação de veto ao Projeto de Lei (PL) 22/2017, que prevê o acréscimo do nome do senador Romeu Tuma à Ponte das Bandeiras, principal ligação da zona norte de São Paulo com o centro da cidade. O projeto foi encaminhado pelo sobrinho do homenageado, vereador Eduardo Tuma (PSDB), e aprovado no final do mês de fevereiro.

Romeu Tuma foi diretor-geral do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) em São Paulo, entre 1977 e 1982, quando foi promovido a superintendente da Polícia Federal no Estado de São Paulo. Durante as investigações da Comissão Nacional da Verdade, Romeu Tuma foi citado diversas vezes e seu nome aparece em várias denúncias de violação dos Direitos Humanos, no relatório final.

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Para a Promotoria, o projeto viola a lei, já que a Ponte das Bandeiras passa por um processo de tombamento pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). A alteração vai de encontro a um decreto de 2016, que proíbe participantes de atos de repressão durante a ditadura militar de serem homenageados.

Abaixo-assinado

A Avaaz chegou a criar um abaixo-assinado para evitar que a medida entre em vigor. "Romeu Tuma foi delegado e diretor do Dops/SP de 1966 a 1983, um dos principais e mais violentos órgãos da repressão durante a ditadura, marcado pela perseguição política e pela tortura, um crime imprescritível. Como se não bastasse nunca ter sido devidamente julgado ou punido, seria um absurdo ainda maior homenageá‐lo com nome de rua", diz o texto da petição online. Com o objetivo de chegar a mil assinaturas, na tarde dessa quinta-feira (6), o abaixo-assinado contava com 850 assinaturas.

Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos grandes devedores da cidade, o vereador Eduardo Tuma (PSDB) reconheceu que o requerimento feito à Controladoria-Geral do Município (CGM) sobre investigações em andamento contra auditores fiscais e procuradores daria acesso a processos que fogem do escopo da CPI. E afirmou que vai refazer o pedido à CGM para focar nos temas ligados aos grandes devedores.

"Foi sem qualquer outra intenção, pode ter certeza disso. Os pedidos têm de ser amplos porque, eventualmente, peço errado, a menos, e deixo escapar outro campo", disse. Tuma afirmou que há "bandidos" que querem atrapalhar o trabalho da CPI, mas que a comissão seguirá com sua investigação.

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O vereador já havia dito ao jornal O Estado de S. Paulo que focaria a investigação, primeiramente, nos órgãos da Prefeitura que cobram a dívida ativa. Reafirmou na segunda-feira (6). "Vamos em cima do público antes de ir no privado. A gênese do problema (a dívida alta) é o público. Estamos descobrindo quem são os funcionários responsáveis pela dívida ativa. Eles estão nas Secretarias da Fazenda e de Justiça."

"Você está me abrindo os olhos para algo que não vi", disse, diante da afirmativa de que as investigações trariam dados além do tema da CPI. "Acredito que tem questões que o Ministério Público vai interferir, dizer ‘isso é segredo de Justiça’, e não deve liberar para nós." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Governadores exercem sobre deputados estaduais, prefeitos e vereadores força centrípeta. Mesmo em época de crise econômica, Estados possuem poder para distribuir benefícios para diversos atores. A distribuição de benefícios é a principal característica do voto de estrutura. Portanto, governadores podem ser reeleitos na vindoura eleição estadual.

Contudo, não podemos desprezar o eleitor independente. Este existe e precisa ser identificado e monitorado através de pesquisas. O eleitor independente avalia a segurança pública, os postos de saúde e hospitais. Julga as estradas e as escolas. E cobra promessas do governante e obras de infraestrutura.

O eleitor independente não depende do voto de estrutura fortemente. Os benefícios oferecidos por deputados, prefeitos e vereadores ao eleitor têm fraco poder para conquistá-lo. Portanto, existe espaço para um candidato da oposição vencer a vindoura eleição para governador de Pernambuco. 

A eleição estadual de 2018 não tem favoritos. Além da força estrutural do governo Paulo Câmara, não desprezo o "jeito de ser" do atual governador. Com jeito simples e tímido, os quais sugerem para o eleitor que ele é "bom moço", o atual governador também pode ser ofertado ao eleitorado como gestor responsável e dedicado à causa pública em época de crises econômica e política. E com isto, gerar sentimentos positivos entre os eleitores. 

Mas o jeito de "bom moço" não pode ser, de modo algum, entendido pelo eleitor como fragilidade ou inaptidão para o exercício do comando do Executivo. Caso isto ocorra entre a maioria dos eleitores, candidatos da oposição estarão aptos a vencer a vindoura eleição estadual. Não desprezo as jogadas dos atores estratégicos. Jarbas Vasconcelos, Bruno Araújo e Mendonça Filho têm, neste instante, o poder de fortalecer ou enfraquecer as chances de sucesso eleitoral do atual governador de Pernambuco. 

Se a maioria dos eleitores adquirir sentimentos positivos para com o governador, deputados, prefeitos e vereadores devem seguir com ele. Assim como aumenta a probabilidade dos atores estratégicos citados o apoiarem. Mas se a maioria dos eleitores construírem sentimentos negativos para com o governo Paulo Câmara, todos os atores, em algum momento, pularão do barco ou não voltarão para ele. 

Após pouco mais de um mês da posse dos prefeitos eleitos em 2016, 34 cidades em todo o Brasil estão sendo administradas por vereadores. Eles assumiram como prefeitos interinos porque os titulares foram barrados pela Justiça eleitoral. Como os vices também foram atingidos, o cargo vacante no Executivo foi ocupado pelo presidente da Câmara Municipal.

O mandato-tampão deve durar até a realização de novas eleições. Nos dias 12 de março e 2 de abril, eleitores de 15 cidades brasileiras voltam às urnas. De acordo com as novas regras, para definir o novo pleito, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) verifica se os votos anulados de candidatos inelegíveis alteram a classificação do eleito a ponto de não representar a escolha da maioria. Esse critério tornou mais difícil entregar a prefeitura ao segundo colocado na votação geral.

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Compete ao TSE, mediante pedido fundamentado dos tribunais regionais, autorizar a eleição suplementar. Estão marcadas para 12 de março as eleições em Calçoene (AP); Conquista d'Oeste (MT); Alvorada de Minas, Ervália e São Bento Abate (MG); Arvorezinha, Butiá, Gravataí, Salto do Jacu, São Vendelino e São Vicente do Sul (RS). Em 2 de abril, voltam às urnas os eleitores de Bom Jardim da Serra e Sangão, em Santa Catarina; Ipojuca, em Pernambuco; e Carmópolis (SE).

À medida que os processos forem julgados em definitivo pelo TSE, os tribunais regionais podem marcar eleições para os dias 7 de maio, 4 de junho, 2 de julho, 6 de agosto, 3 de setembro, 1º de outubro, 12 de novembro e 3 de dezembro. A expectativa do TSE é solucionar todos os casos pendentes ainda este ano.

São Paulo

O vereador Leonídio Moretti (SD), que assumiu o comando de Neves Paulista, resume a sensação de ser prefeito-tampão. "A gente não sabe se vai ficar aqui um mês, três meses, se o mais votado vai assumir, ou o segundo colocado, ou se vai ter nova eleição. Essa indefinição complica tudo", disse o parlamentar.

Nove cidades no Estado de São Paulo têm vereadores no lugar de prefeito. Em outros 13 municípios, só não é a mesma coisa porque os eleitos assumiram com liminares ou sentenças judiciais.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Bariri, Itatinga, Mombuca, Neves Paulista, Mococa, Sebastianópolis do Sul, Penápolis e Mairinque podem ser marcadas novas eleições este ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) suspendeu o aumento de salário dos vereadores da cidade de Paulínia, no interior do estado. A ação partiu da própria Promotoria do Patrimônio Público da cidade, que considerou o aumento abusivo. Após representação feita pelos cidadãos de Paulínia, a promotora Verônica Silva de Oliveira encaminhou a proposta ao MPSP.

A resolução 249/2015, aprovada pelos vereadores, aumentou em 36,2% os salários, passando de R$ 5.349,90 para R$ 7.287,11. Segundo o texto da ação, o reajuste não reflete a realidade, uma vez que, em tempos de crise, a população teria que arcar com um valor desproporcional ao orçamento do município. Além disso, a Promotoria também destacou que os aumentos de salário de servidores se dão por meio de lei, e não de uma simples resolução da Câmara Municipal.

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Com a aceitação da proposta, o Ministério Público determinou que os vencimentos dos vereadores retornem ao patamar anterior, imediatamente, e que o não cumprimento acarretará punições aos envolvidos, como o pagamento de multas, equivalentes a dez vezes o valor recebido de forma irregular, e possíveis sanções por desobediência da lei.

Após um recesso parlamentar que iniciou no final de dezembro, a Câmara Municipal do Recife retorna aos trabalhos legislativos, nesta quarta-feira (31), com a primeira sessão a partir das 15h. A novidade deste ano é que, do total dos 39 vereadores que compõem a Casa, 14 assumem pela primeira vez um mandato. 

No ato, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), irá realizar seu discurso expondo a situação financeira da capital pernambucana, bem como apresentar a proposta de gestão para 2017. Os líderes da oposição e do Governo na Câmara também irão falar. 

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O trabalho na Casa de José Mariano será guiado pelo novo regimento interno, que contém as normas e também os comportamentos que devem ser seguidos pelos vereadores. O regimento foi elaborado por uma comissão especial formada por sete vereadores, sob o comando de Carlos Gueiros (PSB). 

Em nota, a assessoria da Câmara explicou que, apesar do recesso dos parlamentares, “todos os departamentos da Câmara Municipal do Recife funcionaram normalmente, inclusive, com atendimento ao público e para recebimento de proposições de vereadores”.

 

As páginas que possam ser interpretadas como “ideologia de gênero” serão arrancadas dos livros didáticos do ensino fundamental, da rede pública do município rondoniense de Ariquemes. De acordo com prefeito da cidade, Thiago Flores, a medida foi uma alternativa encontrada para evitar uma situação ainda pior. Ano passado, os livros foram simplesmente retirados das escolas pelo mesmo motivo e os estudantes ficaram sem material didático.

Entre as páginas que devem ser suprimidas está a de um capítulo de um dos livros com o título “As Famílias. Entre as questões o material pergunta: como são as famílias que você conhece?". A folha traz quatro fotos: a de uma família formada por mãe, pai e filhos, outra por uma mãe e um filho, outra com dois pais e um filho e outra com duas mães e dois filhos.

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Segundo a prefeitura, a Bancada Evangélica na Câmara Municipal solicitou a suspensão e recolhimento dos materiais didáticos de 2017 enviados pelo Ministério da Educação, que contenham o que eles consideram como “Ideologia de Gênero”. Os livros distribuídos pelo MEC são escolhidos pelas escolas e aprovados em avaliações pedagógicas, hoje realizadas em parceria com universidades públicas em todo o país.

Os vereadores afirmam que o material está em desacordo com o Plano Municipal de Educação, aprovado em 2015. Segundo eles, por apresentar arranjos familiares de gays, lésbicas, com adoção de filhos e doenças sexualmente transmissíveis para crianças do 1º ao 5º ano do Ensino fundamental, que têm entre seis e dez anos de idade.

Para a professora de psicologia da Universidade Federal de Rondônia, Juliana Nóbrega, é ilusão acreditar que as crianças vão ficar alheias ao mundo onde tem diversidade apenas porque o livro didático não vai tratar do assunto.

Contrários a medida, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia entregou ofício ao prefeito solicitando que a petição dos vereadores não fosse atendida. Para a categoria, a retirada dos materiais ignora a avaliação dos professores que escolheram os livros para usarem em sala, após rigorosa seleção de uma equipe técnica composta por doutores do Ministério da Educação.

A prefeitura chegou a fazer uma enquete no site do município sobre a adoção dos livros. 57% dos participantes foram contra a utilização dos materiais. A decisão foi tomada pelo prefeito nessa segunda-feira com apoio de 11 dos 13 vereadores do município.

A prefeitura da Ariquemes não informou quem fará a seleção das páginas que devem ser arrancada dos livros. O MEC não se posicionou sobre a questão.

A Procuradoria da Câmara Municipal de São Paulo entrou com recurso no Tribunal de Justiça para manter o aumento de 26% no salário dos vereadores da capital.

O reajuste tinha sido aprovado pela câmara em dezembro, mas o juiz Alonso Muñoz decidiu no dia 25, em decisão provisória, suspender o reajuste. A liminar atendeu ao pedido de uma ação popular contra a Câmara Municipal.

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Pela lei aprovada, o salário bruto dos vereadores passa de em média R$ 15 mil, para R$ 18.991,68. Trinta vereadores votaram a favor e onze contra. Na época, a assessoria do ex-presidente da Câmara de São Paulo, o vereador Antônio Donato (PT), já havia informado que a casa iria recorrer a decisão.

A primeira sessão da nova legislatura da Câmara Municipal esta marcada para 1° de fevereiro.

Três vereadores de Blumenau, em Santa Catarina, abriram mão de algumas regalias oferecidas pelo Legislativo. Os parlamentares Bruno Cunha (PSB), Ricardo Alba (PP) e Gilson de Souza (PSD) renunciaram a utilização dos carros oficiais, dos celulares funcionais e se comprometeram a gastar apenas um terço da verba de gabinete, que é de R$ 3 mil por mês. A decisão conjunta foi encaminhada ao presidente da Câmara Municipal, Marcos da Rosa, nessa terça-feira (10). 

Como alternativa ao veículo da Câmara, os vereadores sugeriram que o presidente os incluísse na lista dos beneficiários do passe livre utilizado no transporte público. "É um custo mais reduzido para a administração e vai nos ajudar a conhecer a realidade da nossa população", ponderou Gilson de Souza. Um carro alugado pela Câmara de Blumenau, segundo ele, custa R$1,3 mil por mês e com o pagamento do motorista e a manutenção do veículo, o gasto deve chegar a R$ 3 mil. 

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Já com relação à dispensa de R$ 2 mil na verba de gabinete, o vereador Bruno Cunha disse que a intenção é encaminhar o valor para o Executivo. Por mês serão R$ 6 mil dos três parlamentares. “Isso vai gerar uma economia muito grande e depois esta verba será repassada para o Executivo para se utilizar no que for necessário a população”, explicou Cunha. 

As medidas tomadas pelos três vereadores é resultado de um compromisso firmado durante a campanha eleitoral. No total, a expectativa é de que cada vereador economize cerca de R$ 6 mil ao mês. Por ano, o montante deverá chegar a R$ 72 mil. 

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Após quatro mandatos presidindo a Câmara de Vereadores de Olinda, Marcelo Soares (PCdoB), foi derrotado neste domingo (1º). Quem assume é o vereador Jorge Federal (PR), que afirmou que irá realizar uma gestão sem perseguição política. O republicano faz parte da oposição ao prefeito da cidade, Lupércio (SD). 

No seu discurso de despedida, apesar da derrota, disse que o processo é legítimo e democrático. “Se alguém brigou, no bom sentido, para eleger seu candidato é normal nessa disputa. Me coloco à disposição, Jorge, para ajudar com a experiência que eu acumulei durante estes oito anos. Não podia deixar de agradecer aos colegas vereadores que lembraram do meu nome e que votaram em mim. Serei eternamente grato a essas pessoas e convoco também aos colegas vereadores para que a gente possa colaborar para que a Câmara de Olinda continue sendo a verdadeira casa do povo e de portas abertas para o povo”.

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Marcelo Soares declarou que fez uma gestão respeitando a população. “Uma gestão que procurou mostrar à população os interesses destes vereadores. Nós acabamos na nossa gestão com tudo que a população não concordava de auxílio-paletó, verba de gabinete e tudo aquilo que a população não concorda. A gente sabe que dói quando corta o dinheiro do próprio bolso, mas, a gente precisava fazer isso e quando fiz isso, eu não fiz sozinho. Eu contei com todos os vereadores. Por isso, nós precisamos dar às mãos para que esta Casa continue com o resultado”.

“E que a gente possa, diferentemente do que muita gente pensa mostrar ao prefeito que esta Casa quer ajudar. É claro que o prefeito vai contar com esta Casa. Cada um, dentro do seu entendimento, vai conversar com o prefeito, que eu tenho certeza que vai conversar com os 17 vereadores. Cada um avalie se vale a pena fazer parte base do governo do prefeito ou não. Isso é legítimo. Não é a intenção aqui prejudicar ninguém e sim o debate de ideias. É assim que começamos, com a graça de Deus, 2017. Que a gente possa trabalhar e fazer o melhor para o povo da nossa cidade”, finalizou o vereador. 

 

 

 

A eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Vereadores de Ipojuca, neste domingo (1º), foi marcada por confusão e arremesso de cadeiras. A acirrada disputa, que elegeu o vereador Ricardo José de Souza (PTC) como presidente da Casa, deve-se ao fato que o chefe da Câmara será o novo prefeito do município devido ao indeferimento do seu registro de candidatura do gestor eleito Romero Sales (PTB), que não pode assumir o mandato. A nova eleição para prefeito na cidade está prevista para acontecer em abril. 

Ricardo José venceu a disputa com Albérico de Souza Lopes (PMDB) por sete votos a cinco. O primeiro vice-presidente será Flávio Henrique do Rego Souza (PSD). A decisão não foi bem aceita. Após o resultado, a população presente no ato arremessaram cadeiras em direção aos vereadores. 

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Foi necessária a intervenção dos guardas municipais, que utilizaram sprays de pimenta para acalmar os ânimos. A sessão também foi suspensa durante 20 minutos. Na retomada, Ricardo José tomou posse como prefeito interino. 

Em meados de dezembro, o secretário Judiciário em exercício do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), Marcos Valério, comunicou em coletiva de imprensa que “o registro do candidato Romero, que teve a maioria dos votos em Ipojuca, foi indeferido pelo juiz [1ª estância] por improbidade administrativa. Houve recurso para o Tribunal Regional [2ª estância], que manteve a decisão. Foi para o Tribunal Superior Eleitoral [3ª estância], que também manteve a decisão do juiz de primeiro grau. Por conta disso, nós teremos novas eleições no município de Ipojuca ainda a ser definido pelo nosso Tribunal”.

 

Foto: Câmara dos Vereadores de Ipojuca/Reprodução

 

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