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O Banco Mundial (BM) anunciou nesta terça-feira (1º) que está preparando um pacote de ajuda de 3 bilhões de dólares para a Ucrânia, devastada pela guerra, que incluirá pelo menos 350 milhões em recursos imediatos.

A primeira parcela da ajuda "será submetida ao Conselho para aprovação nesta semana, seguida por 200 milhões de dólares em apoio de desembolso rápido para saúde e educação", disse o presidente do BM, David Malpass, em comunicado conjunto com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

Nos últimos dias, o FMI e o BM prometeram fornecer mais apoio à Ucrânia e agiram rapidamente para colocar essa promessa em prática.

O FMI, que tem um programa de financiamento de 2,2 bilhões de dólares em curso no país até junho, irá avaliar o mais recente pedido de financiamento de emergência do país na próxima semana, disse o comunicado.

"Estamos profundamente chocados e entristecidos com o devastador custo humano e econômico causado pela guerra na Ucrânia", afirmaram as organizações, ressaltando as "repercussões significativas para outros países", incluindo preços mais altos de commodities que "arriscam alimentar ainda mais a inflação".

Além disso, as sanções econômicas impostas à Rússia "também terão um impacto econômico significativo".

Os ministros das Finanças e chefes dos bancos centrais do G7 se reuniram nesta terça-feira e prometeram mobilizar apoio a Kiev enquanto consideram medidas adicionais para isolar ainda mais Moscou.

O preço do petróleo subiu para mais de 106 dólares o barril nesta terça-feira, à medida que os combates se intensificavam e centenas de milhares de pessoas fugiam da Ucrânia.

No último final de semana, a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, sofreu com as fortes chuvas. Por causa do temporal, diversas partes do município ficaram destruídas, incluindo deslizamento de barreiras e mortes de alguns habitantes. Nas redes sociais, o assunto acabou gerando uma onda comoção entre anônimos e famosos. Os ex-BBBs Gil do Vigor e Juliette se manifestaram sobre a situação.

Os dois usaram seus perfis do Twitter para pedir ajuda aos seguidores. Gil publicou meios de arrecadações para as vítimas das chuvas em Petrópolis, assegurando que estava triste com o que aconteceu. "Arrasado pelas enchentes e deslizamentos causados pelas fortes chuvas em Petropólis. Nesse momento tão difícil, deixo aqui alguns canais de ajuda para as vítimas. Também estou em oração. Todos podemos ajudar", escreveu o pernambucano.

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A vencedora do Big Grother Brasil 21 declarou: "Toda minha solidariedade às vítimas da chuva em Petrópolis. Vou deixar aqui algumas instituições e espaços físicos que estão recebendo doações. Vamos ajudar!". Após o compartilhamento das mensagens, fãs de Juliette e Gil parabenizaram as atitudes deles.

Veja:

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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou nesta quarta-feira (16) que o custo do primeiro auxílio aos moradores de Petrópolis, na Região Serrana, prejudicados pelo temporal dessa terça (15), será bancado pelo governo do estado. Ele disse, no entanto, que está em entendimentos com o governo federal para um aporte de recursos para a reconstrução da cidade. Castro informou que conversou ontem com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e com o presidente Jair Bolsonaro, sobre a situação da cidade e pediu apoio.

“Ontem mesmo falei com o ministro Rogério Marinho e com o presidente Bolsonaro da necessidade de apoio e ajuda. Há uma boa possibilidade deles virem na sexta-feira (18) aqui, e na semana que vem já com o número de projetos [que serão realizados] e a real situação na parte da reconstrução. Essa parte do primeiro auxílio o governo do estado vai fazer, não vou esperar o governo federal, mas na parte da reconstrução é muito importante o apoio e o aporte deles”, disse em coletiva no 15º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) Petrópolis.

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O governador chegou ontem à noite à cidade para acompanhar o trabalho das equipes e verificar a destruição em vários locais do município fortemente atingido pela chuva. “Acompanhei os primeiros trabalhos e a organização do grupo executivo para dividir as tarefas. A essa hora não adianta ter vaidade, não adianta também ter sobreposições de ações. Tem que estar bem organizado, então, ficamos até tarde organizando o trabalho para que as pessoas saibam a quem procurar e saibam o que fazer”, disse.

Solidariedade

Para iniciar a desobstrução das vias que impediam a chegada e o deslocamento  das equipes dos bombeiros do Rio de Janeiro para Petrópolis, o governo do estado contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo o governador, os bombeiros levaram até uma hora impedidos de trafegar na serra para chegar à cidade.

“Hoje já são mais de 400 bombeiros trabalhando aqui. O governo do estado está presente em peso e o maquinário já chegou. As secretarias de Desenvolvimento Social, tanto do estado como do município, já estão cadastrando as pessoas para que a gente possa dar o primeiro atendimento, limpar e fazer a vida da cidade voltar o mais rápido possível. Toda a questão de IML [Instituto Médico Legal, para o reconhecimento das vítimas], ontem a Polícia Civil já subiu para cá. Falei com o presidente do Tribunal de Justiça para que a gente possa agilizar essa questão, infelizmente, das pessoas vitimadas”, disse.

O governador agradeceu a solidariedade de municípios do estado que estão enviando equipes para ajudar no trabalho de recuperação de Petrópolis. “O governo do estado está olhando todas as áreas e outras cidades estão mandando profissionais para cá para que a gente possa entrar em locais onde nem caminhão e nem retroescavadeira entram e precisam de trabalho braçal, trabalho humano. As prefeituras estão mandando gente para cá, realmente, em um grande trabalho de solidariedade de todos os municípios e do governo do estado juntos”, disse.

“É importante que a prefeitura coordene os trabalhos e todos os outros atuem com suporte deles somente em uma questão colaborativa”, disse Cláudio Castro.

Base de apoio

A prefeitura de Petrópolis montou uma base no ginásio da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), no bairro do Bingen, para reunir os equipamentos e caminhões que estão sendo utilizados nas operações na cidade. O prefeito Rubens Bomtempo disse que a intenção é buscar mais agilidade para devolver a normalidade à cidade.

“A cidade perdeu a sua capacidade de mobilidade urbana. Então, a gente precisa muito, nesse momento, das pessoas saírem de casa somente se for necessário, para a gente poder atuar o mais rapidamente possível. Serão dias difíceis que a gente vai ter que enfrentar, e a gente vai ter que fazer esse enfrentamento junto”, apelou o prefeito em um vídeo publicado no seu perfil no Facebook.

Está prevista para hoje, às 13h, uma primeira reunião executiva, para levantar todos os dados concretos dos efeitos do temporal. Depois do encontro deverá haver uma coletiva de imprensa no meio da tarde para divulgação das informações atualizadas de todas as áreas envolvidas nas ações.

“A gente está evitando muito dar dado sem que ele seja concreto e científico, e a ideia é no meio da tarde dar uma coletiva dizendo as reais proporções, mas é muito estrago. São cenas tristes e duras e tem muita coisa para fazer aqui”,disse o prefeito.

O governador estimou em dois dias o prazo de conclusão da limpeza da cidade. “Não chovendo entre hoje e amanhã, no máximo no fim de semana a vida já vai estar voltando ao normal nas áreas mais comuns da cidade, não nas áreas de mais tragédia. Ali vai demorar um pouco e o estado vai ter que entrar muito forte”, disse.

Prevenção

Para evitar novas tragédias, Cláudio Castro disse que o governo do estado está realizando projetos em cidades da Região Serrana, impactadas por grandes ocorrências causadas pela chuva forte. Em Petrópolis, a última grande ocorrência de chuvas foi em 2013. Após assumir o governo do Rio de Janeiro em agosto de 2020, o governador lançou, em outubro, o Comitê das Chuvas, que realizou no ano passado a limpeza de rios em 35 municípios com o investimento de mais de R$ 50 milhões, além da aplicação de mais de R$ 80 milhões em trabalhos de contenção de encostas. “Tanto que no ano de 2021 até essa tragédia agora não se viu impactos. Essa foi realmente uma grande tromba d'água que infelizmente causou isso”, disse.

Conforme o governador, o atendimento às famílias que moram em áreas de risco está sendo feito por meio do Programa Casa da Gente, que prevê a entrega de dez mil unidades por ano para que elas possam deixar os locais. “Neste ano entregaremos 10 mil e a minha orientação é que as primeiras pessoas [a serem atendidas] sejam aquelas de áreas de risco”, disse, acrescentando, no entanto, que isso não será suficiente para atender à demanda. “Não se resolve um problema de décadas em um ano, mas essa já era uma preocupação minha desde o primeiro dia em que me tornei governador”.

 

As enchentes que atingiram várias cidades brasileiras nos últimos meses, com vítimas fatais e milhares de desabrigados, motivaram alguns dos primeiros projetos de lei apresentados por senadores em 2022, que foram protocolados na quarta-feira (2), após a cerimônia de abertura dos trabalhos legislativos.

Já no final de 2021, diversos senadores começaram a mobilizar ajuda e cobrar socorro federal para vítimas de enchentes no estado da Bahia. No começo do ano, os esforços continuaram, devido às tragédias em Minas Gerais e outros estados.

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A pressão deu resultado e o governo federal editou, em 21 de janeiro de 2022, duas Medidas Provisórias (MP) que liberaram recursos para o enfrentamento das consequências das enchentes em diversas regiões do Brasil. Parte dos recursos também é destinada para apoio aos estados da Região Sul, afetados com forte estiagem. Na primeira sessão ordinária do Senado em 2022, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, manifestou pesar e solidariedade às vítimas das intensas chuvas.

O primeiro projeto de lei deste ano no Senado (PL 1/2022) determina que o governo federal repasse, em até 15 dias, R$ 1,5 bilhão aos municípios atingidos por enchentes ou fortes chuvas, “com o objetivo de viabilizar o atendimento emergencial de ações de socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução nas áreas atingidas por forte chuvas ocorridas a partir de novembro de 2021”.

O projeto tem como autores os senadores do PT Paulo Rocha (PA), Humberto Costa (PE), Jean Paul Prates (RN), Paulo Paim (RS) e Jaques Wagner (BA) e a senadora Zenaide Maia (Pros-RN).

Já o PL 6/2022 cria o Programa Emergencial de Apoio aos Entes Subnacionais, “para ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação voltadas à proteção e defesa civil”. senadoO projeto prevê gastos de até R$ 40 bilhões com o programa para 2022 e 2023.

A transferência dos recursos para estados e municípios levará em conta vários critérios técnicos, inclusive estimativas da população que vive em áreas de risco. Os autores da proposta são os senadores Paulo Rocha, Rogério Carvalho (PT-SE), Zenaide Maia, Jean Paul Prates, Jaques Wagner, Humberto Costa, Fabiano Contarato (PT-ES) e Paulo Paim.

O PL 7/2022, por sua vez, autoriza a anistia de dívidas de operações de crédito rural do Pronaf, e das dívidas de operações de Crédito Fundiário, contratadas nos estados do Maranhão, Pará, Bahia, Minas Gerais “e demais atingidos pelas enchentes no primeiro semestre de 2022”. O autor é o senador Weverton (PDT-MA).

No mesmo sentido, o PL 14/2022 autoriza a rorrogação, por um ano após a última prestação, “do vencimento das parcelas vencidas ou vincendas nos anos de 2021 e 2022, referentes a operações de crédito rural contratadas por agricultores familiares”.

Terão direito ao benefício os agricultores familiares ou empreendedores familiares rurais, suas cooperativas e associações, “cujas unidades produtivas estejam localizadas nos municípios que decretaram Situação de Emergência ou Estado de Calamidade nos anos de 2021 e 2022”.

Os autores são os senadores Jaques Wagner, Paulo Rocha, Fabiano Contarato, Humberto Costa, Jean Paul Prates, Zenaide Maia, Otto Alencar (PSD-BA) e Eliziane Gama (Cidadania-MA).

*Da Agência Senado

Um navio australiano com casos de coronavírus atracou nesta quarta-feira (26) em Tonga para entregar ajuda urgente à ilha afetada por uma erupção vulcânica e um tsunami, apesar do risco para sua população, atualmente livre da Covid-19.

O ministro da Saúde de Tonga, Saia Piukala, afirmou que a tripulação do HMAS Adelaide seguirá regras sanitárias rígidas para garantir que o país do Pacífico, de 100.000 habitantes, permaneça sem contágio.

"O navio atracará e não haverá contatos. Os australianos do navio vão descarregar a carga e sair do porto", declarou o ministro

Com 80 toneladas de produtos de primeira necessidade, como água, equipamentos médicos e material de engenharia, o "HMAS Adelaide" foi enviado como parte do esforço internacional de emergência após a erupção de 15 de janeiro, que provocou um tsunami que atingiu a ilha e cobriu o território com cinzas tóxicas.

Os tripulantes testaram negativo para covid-19 antes do início da viagem em Brisbane, mas autoridades australianas informaram na terça-feira que foram detectados 23 casos de coronavírus a bordo do navio.

Piukala afirmou que o número de casos subiu para 29 nesta quarta-feira.

Os mais de 600 tripulantes estão com a vacinação completa e as Forças de Defesa da Austrália informaram que os primeiros 23 infectados estava assintomáticos ou com sinto

O navio tem 40 leitos de hospital, alas cirúrgicas e UTI.

O ministro de Tonga disse que todos os produtos descarregados de aviões e navios humanitários são deixados em isolamento durante três dias, antes que os moradores tenham contato com eles.

Tonga fechou as fronteiras no início de 2020 devido à pandemia do coronavírus. Desde então, o arquipélago registrou apenas um caso de Covid-19: um homem que retornou da Nova Zelândia em outubro do ano passado e já está recuperado.

Mas as restrições dificultam a chegada da ajuda internacional enviada por países como Nova Zelândia, China, Japão e França.

O Japão anunciou a interrupção da ponte aéreo entre Austrália e Tonga após a detecção de quatro pessoas infectadas ma missão.

A Polinésia Francesa anunciou na sexta-feira o envio de alimentos, água potável e roupas. "Estou tentando obter do primeiro-ministro Siaosi Sovaleni (permissão para) para descermos por uma hora, mas eles não abrem exceções para ninguém", disse à AFP o coordenador da missão, Manuel Terai.

Dois barcos de patrulha franceses do Taiti e da Nova Caledônia estão transportando 50 toneladas de material para Tonga. Os produtos serão deixados em uma ilha do arquipélago antes que o governo local possa recuperá-los.

A erupção do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, 65 km ao norte da capital Nuku'alofa, provocou um "desastre sem precedentes", segundo o governo.

Apenas três mortes foram registradas pela erupção, que provocou um tsunami que arrasou cidades inteiras. As cinzas vulcânicas poluíram a água e destruíram plantações.

O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) informou que suas equipes começaram a chegar ao local para avaliar os danos. As tarefas prioritárias são retirar as cinzas e permitir que a população tenha acesso à água potável e comida.

Desde dezembro de 2019, a pandemia da Covid-19 vem deixando um rastro de incertezas mundo afora. Pensando em uma forma de colaborar sobre o assunto, Anitta pediu ajuda aos fãs para ver uma forma de como ajudar a população de Angola. Na sua conta do Twitter, a artista disse que gostaria de colaborar com os angolanos.

"Ontem estava comentando com algumas pessoas sobre o show que fiz em Angola e me veio na cabeça uma coisa. Como está Angola em relação à pandemia? Alguma forma que posso ajudar? Doações ou algo? Gostaria de retribuir todo o amor que recebi quando fui. Entrem em contato quero ajudar", escreveu ela, na plataforma.

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Depois de ter feito a publicação da mensagem, Anitta foi exaltada por sua atitude: "É isso aê, Anitta. Sempre atenta aos problemas das sociedades, sempre se preocupando com as pessoas". Em resposta à funkeira, o jornalista Renan Peixoto, do Grupo Globo, contou que a vacinação na Angola ainda continua lenta. Por lá, segundo Renan, "menos de 25% da população tomou a primeira dose".

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A ONU pediu um recorde de US$ 5 bilhões para financiar a ajuda necessária este ano para garantir o futuro do Afeganistão, que está à beira de uma catástrofe humanitária.

Os Estados Unidos, cuja retirada acelerada da ajuda militar precipitou a volta do Talibã ao poder, anunciaram uma primeira doação de US$ 308 milhões.

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É uma solução de emergência, mas "o fato é que, sem (essa ajuda), não haverá futuro" para o Afeganistão, declarou o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, em Genebra, na segunda-feira (10).

O plano da ONU exige US$ 4,4 bilhões dos países cooperantes para financiar as necessidades humanitárias em 2022. Trata-se da maior quantia solicitada para um único país, informou a entidade em um comunicado.

Essa quantia permitirá a entrega de alimentos e o apoio à agricultura, financiará serviços de saúde, tratará a desnutrição, fornecerá acesso à água, saneamento e educação.

Cerca de 22 milhões de pessoas, mais da metade da população afegã, precisam de ajuda urgente.

A isso, serão adicionados US$ 623 milhões para ajudar os 5,7 milhões de refugiados afegãos em cinco países vizinhos, principalmente Irã e Paquistão.

O alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, alertou que, "se o país entrar em colapso (...), veremos um êxodo de pessoas muito mais importante. E esse deslocamento de pessoas será difícil de enfrentar dentro e fora da região, porque não vai ficar dentro da região".

Os Estados Unidos anunciaram uma primeira doação de US$ 308 milhões destinada, sobretudo, a alimentos, saúde e proteção contra o inverno rigoroso, informou a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), em um comunicado.

- Nada para os talibãs -

Desde agosto, o Afeganistão está sob o comando dos talibãs, que retomaram o poder após derrubarem o governo apoiado pela comunidade internacional e pelos militares americanos por duas décadas.

As sanções impostas para tentar pressionar os radicais islâmicos a fazer concessões, especialmente em relação aos direitos das mulheres, mergulharam o país em uma grave crise econômica. Este quadro se agrava com uma seca de vários anos.

Griffiths insistiu em que os fundos, que representam 25% do Produto Interno Bruto (PIB) oficial do país, não passarão pelos talibãs e serão usados diretamente por cerca de 160 ONGs e agências da ONU no local.

A distribuição é facilitada pela situação de segurança, "a melhor dos últimos anos", segundo Griffiths.

A decisão de dezembro do Conselho de Segurança da ONU de fornecer ajuda humanitária por um ano, juntamente com os gestos de boa vontade de Washington, ajudaram a tranquilizar os atores financeiros, paralisados pelo medo de sanções. Este cenário privou o país da liquidez necessária para sua operação.

Funcionários públicos, educadores e profissionais de saúde não recebem salário há meses.

A comunidade internacional procura uma forma eficaz de pressionar o Talibã a mudar, em especial, a forma como trata as mulheres, agora privadas de direitos essenciais conquistados durante 20 anos de luta.

Por isso, Grandi explicou que a ajuda da ONU "também cria um espaço de diálogo com o Talibã que é muito valioso".

"Nossos colegas no terreno falam com eles todos os dias. Certamente falam de acesso, entregas, necessidades, mas também falam das mulheres no trabalho, das meninas nas escolas, dos direitos das minorias", insistiu.

"É um espaço que devemos preservar", reforçou Grandi, reconhecendo que levará tempo para "avançar em direção à estabilidade e, quem sabe, talvez a uma forma de normalização".

Em sua live semanal dessa quinta-feira (30), gravada em Santa Catarina, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a justificar a razão para o Governo Federal ter rejeitado a ajuda argentina em prol das famílias atingidas pelas fortes chuvas no Sul da Bahia. De acordo com o mandatário, se a ajuda fosse maior, o país aceitaria, pois além de bem-vinda, a mão de obra seria logisticamente mais viável.

“Toda ajuda é bem-vinda, jamais abriremos mão de ajuda, mas que ajuda é essa? A ajuda foi o oferecimento de dez homens conhecidos como Capacetes Brancos. Quais ações eles fariam? Almoxarife, separar material, donativos, ajudar a distribuir água e alimentos. Basicamente isso daí. Ter um local específico para colocar 10 pessoas fica caro para a gente. E temos gente suficiente”, afirmou o presidente.

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Na última terça-feira (28), o Ministério das Relações Exteriores da Argentina emitiu uma nota, na qual ofereceu à Bahia a cooperação dos ‘Capacetes Brancos’, assistência humanitária, devido às enchentes e aos desabrigados no Sul do estado. "A Argentina disponibilizou a Comissão de Capacetes Brancos para colaborar na catástrofe da Bahia no Brasil", disse o comunicado oficial.

Com a recusa do governo brasileiro, o governador baiano Rui Costa (PT) chegou a afirmar que aceitaria a ajuda diretamente da Argentina, contornando o Governo Federal, mas Bolsonaro aproveitou a live para afirmar que esta opção não é possível. Por fim, esclareceu que a recusa não foi baseada em ideologia —  Alberto Fernández, presidente da Argentina, compõe uma frente de esquerda no país.

“Ninguém falou não por questão de ideologia. Se a Argentina tiver algo a mais para oferecer, tudo bem”, declarou, fazendo referência à oferta do Japão de itens como colchonetes e roupas.

Na última semana, o Itamaraty aceitou doações da Agência de Cooperação do Japão (JICA). Foram enviadas barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, lonas plásticas, galões plásticos e purificadores de água, que chegarão à Bahia por via aérea e/ou serão adquiridos no mercado brasileiro.

Com a calamidade causada pelas fortes chuvas no Estado da Bahia, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), anunciou ajuda ao governo baiano.

Segundo Câmara, a Bahia tem à disposição o Corpo de Bombeiros e o Grupamento Tático Aéreo para auxiliar no atendimento aos desabrigados pelas inundações no Sul da Bahia. A Codecipe também está mobilizada para enviar equipamentos e itens de primeira necessidade para os desabrigados baianos. 

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Um temporal cai na cidade desde a última quinta-feira (23) e já provocou mais de 18 mortes e deixou cerca de 16 mil pessoas desabrigadas em diversas cidades da Bahia. Ao todo, 430 mil pessoas foram afetadas pela calamidade.

 

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Se pudessem fazer um pedido ao Papai Noel, as mulheres que estão em situação de rua no Centro do Recife pediriam para que suas vidas melhorassem. No entanto, sem os seus desejos realizados, a única alternativa que eles encontraram foi viver da compaixão do próximo, que leva comida, bebidas, roupas e produtos de higiene pessoal para elas.

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Na frente da Caixa Econômica da Praça da República, área central do Recife, as pessoas em situação de rua que lá se encontram se aproximam de todos os carros que param, na esperança de receberem a ajuda daqueles que, no espírito natalino, decidiram tirar um pouco do seu tempo para a solidariedade.

É assim, de solidariedade em solidariedade, que Sheila Maria, 43 anos, consegue sustentar os seus seis filhos. Diferente de muitos, ela até tem uma residência fixa, mas sem emprego, encontra na rua a única forma de conseguir sobreviver, já que sua renda de 200 reais por mês, que recebe do Bolsa Família, não dá para pagar o aluguel de 300 reais, comprar comida e cuidar de todas as necessidades básicas de sua família.

“Eu queria trabalhar vendendo minhas coisinhas na praia, na rua, porque eu gosto de trabalhar, gosto de ter o meu dinheiro. Faz muito tempo que eu não consigo arrumar um emprego, então eu fico aqui na rua pra ganhar as minhas coisas e dar de comer aos meus filhos”, diz.

Se pudesse fazer um pedido ao Papai Noel, Sheila não queria riqueza,só um emprego, para que ela saísse da situação que se encontra. “Eu tô aqui porque estou precisando. Se eu pudesse fazer um pedido, eu pediria a ele um trabalho para sair de manhã e só chegar de noite, com o meu dinheirinho no bolso”, revela. 

Essa situação difícil está sendo a mesma realidade de Aparecida dos Santos, 38 anos, que foi despejada de sua antiga casa por não ter como pagar o aluguel. Na rua, com suas duas filhas, ela luta não só contra a fome, mas também contra os abusos. Até roubos ela já sofreu de outras pessoas que estão na situação de rua. 

Sua única fonte de renda também é o Bolsa Família, que paga todos os meses R$ 160. Com esse valor, ela não consegue pagar um quarto para morar e comprar comida para sua família. “Se eu pagar o aluguel, eu não como. Se eu comer, eu não pago o aluguel. O jeito é viver assim, na rua, dependendo da ajuda dos outros, revela”.

Ela diz que na rua vive com medo, por ela e por suas filhas, que já sofreram tentativas de abuso sexual. “Aqui eu tenho que lutar para sobreviver de todas as formas. Meu sonho é que as coisas melhorassem para a gente, tenho fé em Deus que tudo isso vai passar”, complementa.

A população em situação de rua piorou bastante com a pandemia da Covid-19. Elisangela da Silva, 37 anos, é outra que encontrou na rua sua forma de sobrevivência. Antes da pandemia, ela conseguia trabalhar fazendo faxinas. No entanto, há dois anos que ela viu sua fonte de renda acabar quase que por completo, conseguindo sobreviver apenas com o auxílio pago pelo governo federal e com o Bolsa Família no valor de R$ 117.

“Antes da pandemia eu vivia bem melhor, mas depois piorou tudo porque agora eu não faço mais nada. Eu tenho quatro filhos e a nossa sorte é que eu tenho uma casa própria, mas eu preciso conseguir a comida e a única forma que eu tenho é essa, vindo pra rua todos os dias”, conta.

Mesmo nessa situação complicada, ela tem fé que tudo vai melhorar e, se pudesse fazer um pedido ao Papai Noel, assim como todas as outras, queria que ele pudesse ajudar com um emprego. “Ajudara a mim e a todos os meus filhos", pontua.

A dona de casa Danielle Moura, residente na capital mineira, Belo Horizonte, anunciou nas suas redes sociais que está vendendo uma bicicleta infantil usada em troca de itens para a ceia de natal. A mãe disse precisar, principalmente, de um frango e verduras para fazer o jantar. Sem poder trabalhar por questões de saúde, ela não possui renda própria e está passando necessidades em casa. O lar possui seis pessoas, todas dependentes de Moura: a mãe e os quatro filhos, com idades entre três e 18 anos. O pai das crianças é usuário de drogas e saiu de casa há seis meses.

"Foi no desespero. A bicicleta da minha filha pequena é a única coisa que eu tenho de valor. Meu celular está quebrado e com a parte de cima [da tela] queimada, minha televisão é de tubo, quem vai querer comprar?", disse a mulher, em entrevista ao R7. A publicação foi feita nessa quarta-feira (22) e, segundo a reportagem, a mulher tinha em casa arroz, canjiquinha e uma batata para alimentar a família.

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Para a higiene, os Moura tinham em casa apenas um sabonete e algumas fraldas da filha caçula. As contas de água, luz e aluguel estão todas atrasadas há vários meses. Depois que fez o post, ela conseguiu promessas de doações do desejado frango e de leite e ajuda para pagar uma das contas de água em atraso.

A renda da família atualmente é de R$ 700, uma pensão que a mãe de Danielle recebe desde a morte do marido, em 2020. Até o ano passado, as condições da família eram melhores, porque o pai de Danielle, além do emprego formal, vendia picolés para complementar a renda e ela ainda conseguia trabalhar em serviços de limpeza.

O valor que a família tem para passar o mês equivale a R$ 116,60 por pessoa, o que a coloca em condição de pobreza e muito perto da situação de pobreza extrema. Famílias com renda de até R$ 100 por pessoa são classificadas de pobreza extrema e as que recebem até R$ 200 por pessoa são consideradas pobres, de acordo com a legislação brasileira.

Interessados em ajudar Danielle Moura podem fazer contato pelo telefone (31) 99232-9151.

Concepción Tumanda vasculha os escombros de sua casa coberta de lama em uma ilha das Filipinas devastada pelo tufão Rai, que matou centenas de pessoas no país e deixou os sobreviventes clamando por água e comida.

"A casa foi destruída, tudo quebrou", declarou Tumanda à AFP, sem conter as lágrimas sobre as ruínas de sua residência na cidade de Loboc.

"Não sobrou nada", completou.

O tufão Rai atingiu na quinta-feira (16) da semana passada a ilha turística de Bohol, com fortes chuvas e ventos que arrancaram tetos e árvores.

Bohol, conhecida pelos pontos de mergulho, foi uma das ilhas mais afetadas pelas inundações.

Ao menos 98 pessoas morreram na localidade, informou o governador Arthur Yap. E outras 16 são consideradas desaparecidas.

Yap implorou ao presidente Rodrigo Duterte pelo envio recursos para a compra de alimentos e água para os moradores desesperados da ilha, que está sem energia elétrica e sistemas de comunicação.

"Precisamos de comida, especialmente arroz. E água", declarou Giselle Toledo, que teve a casa destruída pela inundação. "Não conseguimos salvar nada, não sabemos onde recomeçar nossas vidas".

Rai também provocou destruição nas ilhas Siargao, Dinagat e Mindanao, onde os ventos alcançaram 195 km/h.

Duterte declarou estado de calamidade nas áreas afetadas pelo tufão, que provocou pelo menos 375 mortes, o que libera recursos para ajudar os afetados.

Os militares enviaram navios, barcos, aeronaves e caminhões para entregar alimentos, água potável e equipamentos médicos aos sobreviventes.

A Cruz Vermelha também distribui ajuda e vários governos estrangeiros ofereceram milhões de dólares em ajuda financeira.

Mas as autoridades locais e os moradores reclamam que a ajuda demora muito a chegar.

Nas estradas de Bohol foram registradas longas filas de pessoas esperando com recipientes de água, enquanto as motocicletas formam filas nos postos de combustíveis.

"A água é o nosso principal problema", comentou Jocelyn Escuerdo, que perdeu a casa e está em um centro para desabrigados.

"Os recipientes que as agências nos entregaram não são grandes, apenas cinco litros, então a água acaba constantemente", declarou, antes de afirmar que recebe alimento suficiente apenas para o dia.

Embora muitas pessoas tenham deixado suas casas antes da tempestade, outras ficaram em suas residências para cuidar de seus animais, como galinhas e porcos, e também para proteger suas propriedades.

Alguns ficaram isolados pelas inundações e ficaram três dias sem alimentos, afirmou o dirigente local Pedro Acuna, que usou um barco a remo para distribuir comida.

Telesfora Toledo, moradora da ilha, disse que não sabe por onde começar, com "tantas coisas que precisam de reparo".

"Foi doloroso olhar o que restou da casa", disse Concepcion Tumanda, que tentava recuperar utensílios de cozinha.

"Vamos tentar consertar... se nos entregarem madeira e placas de telhado", disse.

Refletindo em meio às ruínas de sua modesta casa rural em Kentucky, Sam Stone expressou gratidão na quarta-feira (15) por estar vivo após um tornado gigantesco e garantiu que a recuperação era um ato de resiliência, porque ainda não recebeu ajuda oficial.

A tempestade mais mortal na história do Kentucky arrancou o teto de sua casa, destruiu as paredes e levou a maioria de seus pertences, deixando-o em um limbo e sem nenhuma certeza sobre seu futuro imediato e o de seu filho adolescente.

"Não tenho muito dinheiro e não tenho nenhum seguro, portanto seria bom ter alguma ajuda", conta Stone à AFP, enquanto seu cão Homer dá as boas-vindas aos visitantes. O tornado levou o cão por cerca de 3,2 km, mas um amigo da família o encontrou e entregou a seus donos.

"Algumas pessoas da comunidade estão ajudando", disse este mecânico de 55 anos. "Mas não vi ninguém do governo".

Enquanto o presidente Joe Biden visita cidades e vilarejos de Kentucky atingidos pelos tornados e garante que o governo cobrirá 100% dos gastos de emergência pelos próximos 30 dias, o fluxo de ajuda ainda não chegou a cidades mais remotas do estado.

A atenção nacional se concentrou nas duas localidades que o presidente visitou na quarta-feira: a totalmente destruída cidade de Mayfield e o devastado povoado de Dawson Springs.

Mas os tornados atingiram seis estados e provocaram também tragédias menos conhecidas, das quais várias ficaram fora do radar de uma enorme operação de resgate e recuperação.

Quatro membros de uma família amish, um grupo tradicionalista cristão que se distancia em grande medida do mundo moderno, morreram quando sua casa na pequena comunidade de Baltimore, Kentucky, foi arrancada pela tempestade.

Um idoso amish, que perdeu a filha na tragédia, confirmou à AFP que a mãe, o pai e os dois filhos da família morreram.

Próximo dali, em Cayce, com uma população de 119 pessoas, a maioria das edificações pareciam danificadas ou destruídas. A comunidade ficou parcialmente isolada por quatro dias após a tempestade e uma equipe de ajuda federal finalmente chegou na quarta-feira, junto a voluntários e doações.

Mas alguns ainda esperam.

"Daqui até (Cayce), há muitas pessoas como eu" que ainda esperam para serem registradas ou receber ajuda das autoridades, diz Stone.

Seu vizinho idoso se refugiou em seu trailer quando o tornado chegou, mas acabou sendo arrastado pelos ventos para um campo do outro lado do caminho, contou Stone.

O homem perfurou um pulmão, quebrou seis costelas e uma perna. Quando uma ambulância passou e Stone a parou para pedir ajuda, disseram a ele que estava destinada às vítimas de Mayfield.

Dezenas de mulheres protestaram nesta quinta-feira (16) na capital do Afeganistão, exigindo ao governo Talibã o direito à educação, ao emprego e à representação política.

Embora os protestos públicos estejam proibidos pelos novos governantes afegãos, as autoridades deram permissão para a manifestação, que ocorreu sob uma onda de frio após a primeira nevasca da temporada em Cabul.

"Comida, carreiras e liberdade", pediam as protestantes, enquanto outras erguiam faixas exigindo que as mulheres tenham cargos políticos.

Algumas manifestantes erguiam cartazes que repetiam as queixas dos talibãs pelo congelamento de bilhões de dólares em ajudas e ativos por parte da comunidade internacional.

Os talibãs prometeram um governo mais brando, em comparação com sua primeira etapa no poder na década de 1990, mas as mulheres continuam excluídas de cargos políticos e de trabalhar em escolas de ensino médio.

Apesar da permissão para protestar, as participantes dizem que ainda temem os novos governantes do país. Em um cruzamento, os combatentes talibãs levantaram suas armas para permitir que a manifestação continuasse.

"O medo sempre está aqui, mas não podemos viver com medo. Temos que lutar contra nosso medo", disse Shahera Kohistan, de 28 anos.

A CNN demitiu o veterano apresentador e correspondente Chris Cuomo, informou o canal de notícias neste sábado (4), como parte de uma investigação sobre seu envolvimento na defesa de seu irmão, o ex-governador de Nova York Andrew Cuomo, acusado de assédio sexual.

Chris Cuomo havia sido suspenso da CNN por este caso poucos dias antes de sua demissão.

"Contratamos um respeitado escritório de advocacia para realizar a revisão e o demitimos com efeito imediato", diz um comunicado postado na conta oficial da CNN no Twitter.

"Durante o processo desta revisão, informações adicionais vieram à tona", acrescenta.

A demissão acontece depois que documentos foram revelados mostrando que Cuomo, que apresentava o noticiário das 21h00, ofereceu conselhos a seu irmão que foram considerados inadequados por seu empregador.

"Os documentos, aos quais não tínhamos acesso antes da publicação, levantam sérias questões", disse um porta-voz da CNN na terça-feira, acrescentando que os papéis "apontam para um maior nível de envolvimento nos esforços de seu irmão do que sabíamos anteriormente."

"Ele é meu irmão. E se eu puder ajudar meu irmão, eu o farei. Se você quiser que ele ouça algo, eu o farei. Se você quiser que ele comente algo, vou tentar", disse Chris Cuomo, 51, aos investigadores que o interrogaram, em julho, pelos conselhos que ele havia oferecido.

"Ele é meu irmão e eu o amo até a morte, não importa o que aconteça."

O democrata Andrew Cuomo foi eleito governador por três mandatos antes de renunciar em agosto, depois que a procuradora-geral de Nova York informou que uma investigação descobriu que o político havia assediado sexualmente pelo menos 11 mulheres.

Em outubro, o agora ex-governador - cujo pai, Mario Cuomo, também havia sido governador de Nova York - foi acusado de crime sexual.

No início da pandemia, os irmãos Cuomo alcançaram novos patamares de popularidade: Andrew, 63, ganhou elogios por seus sinceros relatórios diários enquanto o coronavírus assolava Nova York, e suas conversas ao vivo com Chris na CNN eram salpicadas de piadas.

A investigação sobre a conduta de Chris Cuomo está em andamento, informou a CNN.

Os 194 Estados integrantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciaram nesta quarta-feira (1°) negociações para alcançar um acordo que melhore a prevenção e o combate de futuras pandemias, no momento em que o coronavírus volta a avançar em vários países membros.

A decisão foi aprovada por unanimidade após uma reunião excepcional de três dias da Assembleia Mundial da Saúde, o órgão de tomada de decisões da OMS que inclui todos os integrantes.

O acordo "representa um compromisso comum para reforçar a prevenção, a preparação e a resposta às pandemias, levando em consideração as lições que aprendemos", declarou a embaixadora australiana na ONU, Sally Mansfield, ao apresentar o texto.

O texto foi proposto por dezenas de países, incluindo os membros da União Europeia e os Estados Unidos. Os países já haviam estabelecido um acordo informal sobre a adoção do documento no domingo.

Agora, os membros da OMS devem abordar a elaboração do marco jurídico e decidir se o instrumento internacional será vinculante ou não. Países como Estados Unidos se mostraram relutantes a esta medida.

No fim de março, governantes de todos os continentes, incluindo a alemã Angela Merkel, o francês Emmanuel Macron, o sul-africano Cyril Ramaphosa, o chileno Sebastián Piñera ou o britânico Boris Johnson, apresentaram uma proposta de instrumento internacional vinculante que contou com o respaldo do diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus

Mas ainda resta muito caminho por percorrer antes que um tratado vinculante ou outro tipo de instrumento internacional para administrar pandemias veja a luz.

O projeto prevê em primeira instância a criação de um "órgão intergovernamental" para redigir e negociar "uma convenção, um acordo ou outro instrumento internacional da OMS sobre a prevenção, a preparação e a resposta diante da pandemias".

Um relatório intermediário é aguardado para maio de 2023, seguido de conclusões em maio de 2024.

Nas ruas do Brooklyn, Laurentino Marín empurra seu pesado carrinho entre as charmosas casas típicas do bairro. Como todas as manhãs, e como milhares de pessoas pobres em Nova York, esse senhor mexicano sai em busca de latas e garrafas de plástico para conseguir alguns dólares.

Frágil e curvado, o homem para em cada escada de pedra, algumas decoradas para o Halloween. Ele estaciona o carrinho, levanta as tampas de lixo e se abaixa com as mãos enluvadas para vasculhar os sacos plásticos.

"Estou procurando latas para me sustentar", afirma em espanhol este outrora agricultor de rosto enrugado de Oaxaca. "Não tenho ajuda, não tem trabalho, é preciso lutar", diz ele aos 80 anos, antes de empurrar seu carrinho cheio de incontáveis latas multicoloridas de refrigerantes e de cerveja.

Laurentino não tem patrão, ele leva o que recolhe para um dos centros de reciclagem da cidade, onde lhe pagam 5 centavos a lata. Em um dia normal, pode ganhar entre 30 e 40 dólares, o que é bem-vindo para ajudar a pagar o aluguel de "$ 1.800" onde ele mora com sua filha que trabalha em uma lavanderia.

Desde 1982, o preço da lata no estado de Nova York é de cinco centavos a unidade sob o regulamento da "Lei da garrafa", que foi aprovada naquele ano para incentivar a reciclagem entre os consumidores.

"Isso teve um impacto realmente positivo... Mas nunca imaginamos que se tornaria uma fonte de renda essencial para tantas famílias", explica Judith Enck, especialista em política ambiental e fundadora de um movimento antipoluição, "Além dos plásticos", que militou para a aprovação da lei e atualmente luta para elevar o preço para 10 centavos.

Em seu site, a Secretaria de Proteção Ambiental também elogia a lei, que só em 2020 permitiu a reciclagem de "5,5 bilhões de embalagens de plástico, vidro e alumínio" dos 8,6 bilhões comercializados em todo o território..

Entre as montanhas de latas e garrafas classificadas, seu diretor, Ryan Castalia, conta que a "diversidade" de perfis que atuam no setor: desde moradores de rua que ganham alguns dólares por dia, "porque recolhem o que encontram", até "quase pequenos empresários", que trabalham em equipe e são capazes de "trazer milhares de latas por dia".

Em média, um catador admitido no Sure We Can ganhava cerca de US$ 18 por dia antes da pandemia.

Todos, nos meses mais difíceis da crise da Covid-19, na primavera de 2020, tiveram que parar, principalmente porque bares e restaurantes foram fechados. "Mas os catadores são extremamente persistentes", diz Ryan Castalia.

"Acreditamos que haverá mais catadores do que nunca. É uma das repercussões econômicas da pandemia", afirma o diretor do Sure We Can.

As primeiras rochas lunares trazidas à Terra em décadas mostraram que o satélite terrestre teve atividade vulcânica até menos tempo do que se pensava, anunciaram nesta terça-feira (19) os cientistas chineses que as analisaram.

No ano passado, uma missão espacial chinesa trouxe à Terra rochas e solo da Lua, algo que não acontecia há quatro décadas e que representou uma grande conquista para o programa espacial chinês.

Na análise desse material, os cientistas encontraram basalto, uma forma de lava resfriada, de 2.030 milhões de anos, o que aproxima a última atividade vulcânica conhecida na Lua para perto de 900 milhões de anos.

A análise das amostras "revela que o interior da Lua ainda evoluía cerca de 2 bilhões de anos atrás", disse a Academia Chinesa de Ciências em um comunicado.

As rochas lunares obtidas anteriormente por missões americanas e soviéticas mostravam que o satélite da Terra estava ativo até 2,8-2,9 bilhões de anos atrás.

No entanto, essas amostras procediam de partes mais antigas da superfície lunar, deixando a comunidade científica sem informações sobre uma parte significativa da história mais recente do satélite.

A missão Chang'e 5, batizada assim em homenagem à deusa da lua chinesa, coletou dois quilos de amostras de uma parte até então inexplorada da Lua, o vulcão Mons Rumker na vasta área chamada Oceano das Tempestades ("Oceanus Procellarum").

Os cientistas selecionaram essa área porque pensavam que ela poderia ter se formado mais recentemente devido à baixa densidade das crateras de meteoros em sua superfície.

"Esses resultados são extremamente emocionantes, porque fornecem conhecimentos incríveis para entender a formação da Lua e sua evolução ao longo do tempo", comentou Audrey Bouvier, professora de planetologia da Universidade de Bayreuth (Alemanha), em uma mensagem de vídeo apresentada em coletiva de imprensa hoje em Pequim.

As últimas descobertas, publicadas em três artigos na revista Nature nesta terça-feira, levantam novas questões para os cientistas que tentam decifrar a história do satélite.

"Como a Lua manteve a atividade vulcânica por tanto tempo? A Lua é pequena e deveria dispersar calor rapidamente. Pelo menos, era isso que pensávamos", disse o pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Li Xianhua, um dos autores, a repórteres sobre os estudos.

As amostras da missão Chang'e 5 foram um grande passo para o programa espacial chinês, que enviou um robô para Marte e outro para o lado oculto da Lua.

O país, na corrida para alcançar os Estados Unidos e a Rússia, enviou três astronautas no último sábado para continuar construindo sua nova estação espacial, que deve entrar em operação em 2022.

Na corrida pelas cruciais vacinas contra o coronavírus, os países ricos nem sempre cumprem as promessas na hora de compartilhar as doses com os países em desenvolvimento, como acontece no continente africano.

Até o momento, apenas 3,6% da população da África está vacinada, muito longe dos mais de 60% registrados na Europa e Reino Unido. Mas, por que e como a África foi relegada desta maneira?

- Qual a situação da África?

Os países africanos recebem vacinas por meio de compras diretas dos fabricantes, doações de outras nações ou por meio do mecanismo Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o acesso às vacinas de Estados em desenvolvimento.

A União Africana (UA) também adquiriu vacinas que distribui aos países membros.

Mas a OMS e a UA lutam para obter doses suficientes devido às restrições à exportação impostas por alguns países produtores e à prioridade que alguns laboratórios concedem a determinados governos com os quais têm acordo.

Os países africanos dependem cada vez mais das doações dos excedentes adquiridos pelas nações mais ricas.

Quase 75% das 77,5 milhões de doses prometidas à África foram administradas, ou seja quase 57 milhões, de acordo com o Unicef.

- Quem doa mais?

Os países ocidentais são os mais rápidos a prometer. Em junho, o G7 anunciou centenas de milhões de doses que, em sua maioria, ainda não chegaram ao continente africano.

A lista de países doadores é liderada pelos Estados Unidos, com 31,5 milhões de doses, à frente da China com 6,8 milhões; Reino Unido, com 5,3 milhões; e França, com 4,5 milhões, segundo os dados oficiais.

Mas isto não permite esquecer que os países ricos não conseguiram avançar na quebra das patentes sobre as vacinas anti-covid, o que permitiria aos países em desenvolvimento produzir vacinas genéricas mais baratas a nível local.

"Esta é a história desta pandemia. Todo mundo fala, mas ninguém faz nada", afirma, indignada, Fatima Hassan, da ONG sul-africana Iniciativa Justiça Saúde. "O resto do mundo não se preocupa com a África", completa Hassan.

Para não esperar por doações, a África exige acesso justo ao mercado das vacinas.

"Podem doar, mas queremos poder comprar doses", afirmou na semana passada o enviado da UA para a Covid-19 em uma entrevista coletiva da OMS. Ele pediu o fim das restrições às exportações das vacinas.

- E a China?

Quase todas as doações ocidentais aconteceram por meio do mecanismo Covax. Mas a China, que se tornou um ator importante na África para a ajuda estrangeira, o comércio e, inclusive, a construção de infraestruturas, assinou acordos bilaterais com os países.

Mas sua estratégia de vacinação se viu "obstruída pelas persistentes preocupações sobre a eficácia" das vacinas desenvolvidas no país, de acordo com Hugo Brennan, da consultoria de riscos Verisk Maplecroft.

O fornecimento de vacinas para a África continua sendo, no entanto, "uma das múltiplas frentes geopolíticas sobre as quais discutem Estados Unidos e China", destaca Brennan.

A Rússia viu suas ambições de vacinação no continente prejudicadas sobretudo pelos problemas de produção.

- A próxima etapa?

Apenas 2% das quase seis bilhões de doses administradas em todo o mundo foram aplicadas na África.

Alguns esperam que uma reunião programada para esta semana à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas apresente resultados.

O presidente americano, Joe Biden, que deseja assumir a liderança na vacinação do planeta, convidou chefes de Estado, empresas e ONGs a um debate para "acabar com a pandemia".

Biden comparou o esforço dos Estados Unidos, o maior doador de vacinas do mundo, com a entrada americana na Segunda Guerra Mundial.

"Estados Unidos afirmaram muitas coisas positivas sobre os compromissos mundiais (...) mas isto não se traduziu em vacinas", destaca Mitchell Warren, ativista de vacinação da ONG americana Avac.

O continente tem apoio suficiente para alcançar um determinado nível de imunidade? "No momento, a África não tem tantos amigos", afirma Cobus Van Staden, analista do Instituto de Relações Internacionais da África do Sul.

Os indivíduos completamente vacinados tiveram 11 vezes menos chances de morrer de Covid-19 e estiveram dez vezes menos propensos a ser hospitalizados desde que a variante delta se tornou predominante nos Estados Unidos, disseram as autoridades de Saúde do país nesta sexta-feira (10).

Os dados consistem de três novos estudos publicados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), que averiguaram a eficácia das vacinas contra as consequências mais severas da enfermidade.

Por razões que ainda não estão totalmente claras, os dados de um dos estudos sugerem que a vacina do laboratório Moderna oferece um nível de proteção ligeiramente superior aos outros imunizantes utilizados, Pfizer e Johnson & Johnson, no período em que prevaleceu a variante delta.

Os resultados foram apresentados um dia depois que o presidente Joe Biden anunciou um novo e ambicioso plano de imunização para o país, que inclui determinações às companhias com mais de 100 funcionários para que seus empregados sejam vacinados e submetidos a testes semanais.

"Como temos visto pesquisa após pesquisa, a vacinação funciona", afirmou a diretora do CDC, Rochelle Walensky, em um comunicado de imprensa divulgado hoje.

O primeiro estudo analisou centenas de milhares de casos em 13 jurisdições dos Estados Unidos entre 9 de abril e 19 de junho, antes de a variante delta se tornar predominante, e os comparou com os dados recolhidos depois, entre 20 de junho e 17 de julho.

Os números dos dois períodos revelam que o risco das pessoas imunizadas se infectarem com a covid-19 registrou um leve aumento: de 11,1 vezes menos propensos à infecção em relação aos não vacinados para 4,6 vezes menos.

A proteção contra o risco de hospitalização e morte, por outro lado, se manteve relativamente estável, mas registrou maior redução entre as pessoas com mais de 65 anos em comparação com os grupos mais jovens.

O CDC e a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), a agência de vigilância sanitária dos EUA, estão avaliando a necessidade de aplicar doses de reforço, e é provável que os idosos estejam entre os primeiros a recebê-las quando a administração Biden começar a distribui-las no fim do mês.

Um dos estudos, que avaliou a efetividade das vacinas entre junho e agosto em mais de 400 hospitais, departamentos de emergência e clínicas de atendimento de urgência, examinou a eficácia de cada laboratório separadamente.

Segundo os dados dessa pesquisa, a vacina da Moderna teve o melhor desempenho para evitar hospitalizações, com 95%; seguida pelos imunizantes da Pfizer (80%) e da Johnson & Johnson (60%).

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