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Na manhã desta segunda-feira (23), parte da Avenida Conde da Boa Vista, um dos principais corredores do Centro do Recife, foi tomado por cartazes em homenagem às vítimas fatais de colisões e atropelamentos na cidade. O ato articulado pela Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife (Ameciclo) põe a violência no trânsito no debate político e cobra ações dos candidatos à Prefeitura do Recife.

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473 cartazes foram fixados entre a rua da Aurora e a Rua do Hospício, ainda durante a madrugada. O número representa os ciclistas mortos no trânsito recifense em 2018, quando foi divulgado o último levantamento do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).

No ano do estudo, Recife foi considerada a capital nordestina com mais mortes do gênero e a que mais mata pedestres, com a taxa de nove mortes por 100 mil habitantes. A cidade ainda assumiu a quarta capital do país que mais mata no trânsito, com 29 mortos por 100 mil habitantes.

Para chamar atenção aos altos índices, o ato se estende ao digital. No mês do Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito, no terceiro domingo de novembro, a Ameciclo também lançou em suas redes sociais uma série de vídeos sobre a segurança no trânsito, com temáticas como “Acidente x colisão/atropelamento”, “Velocidades e responsabilidades do poder público”, “Indústria da Multa”, entre outros.

Em nota enviada a imprensa, a prefeitura do Recife disse lamentar "o uso político de um tema tão importante como a segurança no trânsito".  Além disso, se defendeu afirmando que com "desenho urbano diferenciado, fiscalização de trânsito rigorosa e educação para o trânsito", o Recife reduziu em 50% o número de óbitos no trânsito. 

Segundo a prefeitura, de 2012 a 2019, a redução de acidentes com vítimas fatais na cidade chegou a 53,5%. A gestão ainda destacou o aumento de "rotas cicláveis", de 24 km para 140 km.

Neste 15 de outubro, Dia do Professor, vamos conhecer os desafios enfrentados e lições aprendidas, tanto no âmbito profissional quanto humanitário, do professor de ciências e biologia da rede pública de ensino de Pernambuco, Arthur do Nascimento Cabral. A pandemia de Covid-19 tem ocasionado desafios e na educação não foi diferente. O docente relata que, na primeira fase de suspensão das aulas presenciais, fechamento das escolas e discussão sobre uma possível utilização da internet como sala de aula, a ansiedade atacou muitos professores.

“Pelo menos eu senti ansiedade e conversei com colegas de trabalho que também sentiram a mesma coisa”, afirma. Além de situações como acúmulo de pensamentos e insegurança, o docente relata que não tinha computador e os preços estavam bem altos para adquirir o equipamento de imediato. “Boa parte do ensino remoto passei sem computador, não tinha o equipamento. Até o mês de junho eu estava me virando apenas com o celular ou pegando o equipamento emprestado com amigos, foi bem complicado, até que ganhei um de presente e deu para aliviar, após isso, meu celular quebrou por não ter suportado tantos arquivos, daí eu fiquei mais de duas semanas sem aparelho celular. Quero frisar que isso é uma realidade; todos os professores e professoras têm usado seu próprio aparelho e nem sempre dão conta do recado, assim como aconteceu comigo”, conta.

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A partir do momento em que o meio de aprendizagem passou a ser totalmente on-line, o professor conheceu situações de alunos que não tinham acesso à rede sem fio para acompanhar as aulas. Com isso, Arthur teve a iniciativa de levar as atividades para esses alunos de bicicleta.

Sobre a atitude, ele explica que antes de entrar na universidade, quando estava amadurecendo a ideia de ser professor,  teve contato com alguns educadores durante uma possivél pandemia da H1N1. “Os professores me deram palavras de incentivo e falaram que me ajudariam caso houvesse mesmo a pandemia, já que eu não iria ter condições financeiras para estudar; aquilo fez muita diferença, então acho que retribuí isso na sociedade hoje, da forma que fiz, através de um gesto simples que foi pegar a bicicleta e entregar as atividades pedalando 10 km, assim como seria um gesto simples o que fizeram comigo no passado”, diz Arthur.

“Ao ver que muitas famílias não tinham aparelho de telefone ou tinham para dividir entre quatro, cinco ou seis  pessoas, e não tinham internet, que é um direito básico que defendemos e muitas vezes achamos que todo mundo tem, e na verdade não tem, então, conhecer essas situações de perto me fez ter uma sensibilidade maior, acho que nem como profissional em si, mas acho que muito mais como ser humano que tem empatia com o próximo”, fala o docente.

No ensinamento on-line, Arhur promove lives nas terças e sextas-feiras durante o turno da manhã, para as turmas do sexto e sétimo ano da Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio Deputado Oscar Carneiro, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR); já nos outros dias da semana, ele se dedica a cumprir obrigações burocráticas e pedagógicas da escola.

Sobre as solicitações que recebe dos estudantes, Arthur diz que ocorrem a todo instante. “A partir das 7h30 até as 22h, sempre tem algum estudante entrando em contato para tirar dúvidas. Costumo mandar a resposta por escrito, áudio ou vídeo. Tenho em mente que muitos alunos usam o celular do pai ou da mãe e boa parte dos responsáveis só chega à noite; é o tempo que se tem para entrar em contato e até fazer as atividades. Tem sido assim: tem horário para começar o trabalho, mas não tem hora para acabar”, comenta Arthur.

O educador demonstra ser um profissional compreensivo com os alunos e entende que todos vivem uma realidade diferente. “Profissionalmente falando, hoje eu me incomodo muito menos, quase nada, quando o estudante manda mensagem para mim, perguntando alguma algo ou pedindo algum material até tarde da noite. Vi uma realidade de perto e sei que não é maldade e sim necessidade, é um pai ou uma mãe que chegou naquele horário e só tem aquele momento para estudar e mesmo assim coloca seu filho para aprender”, explica.

Mesmo se mostrando forte, o professor revela que surgiram alguns questionamentos profissionais. "Com a crise que tem sido gerada por causa da doença, será que os empregos serão mantidos? Será que eu irei permanecer empregado quando acabar essa pandemia?”, questionou o educador. O professor afirma que sempre  busca tirar alguma lição dos desafios e dificuldades enfrentadas por ele, colegas de trabalho e alunos. Ele relata que o ensino remoto foi iniciado com desafios.

Arthur ainda acrescenta que começou a saber de informações de estudantes e de outros professores que sofreram impactos psicológicos oriundos dos efeitos da pandemia. Priscila Silva, psicóloga clínica e com especialidade em andamento em Terapia Cognitiva-Comportamental, explica que “a questão do novo assusta a pessoa que já estava adaptada a um comportamento no modelo das aulas presenciais, tanto os professores, quanto os alunos, ou qualquer outro profissional que passou por essa mudança".

“Para os professores retomarem as atividades presenciais, mesmo com toda a segurança, muitos não sabem como vai ser e emocionalmente não estão preparados para voltar”, acrescenta a especialista.

De acordo com a psicóloga, “o medo por si, o medo pela família, devido à pandemia, também causa essa insegurança". "Todos ficaram muito abalados, e o medo é algo emocional, o medo acaba desequilibrando as outras emoções, como o desejo e a alegria de voltar às atividades. Então, por causa do medo, eles não conseguem deixar que essa alegria se sobressaia”, analisa Priscila.

“Ter acompanhado essas realidades de perto fez com que a minha atuação como profissional pegasse cada vez mais esse meu lado humano, não que eu não trouxesse esse lado humano para a questão do ensino; é um objetivo que eu sempre trouxe para as minhas aulas, mas acho que agora isso ficou muito mais forte porque são muitos problemas estruturais na sociedade. Se você está em uma sala de aula com 40 alunos, são 40 cabeças, realidades e criações diferentes. Para você conseguir chegar em cada uma é preciso saber se comunicar da melhor forma possível, considerando a realidade de cada pessoa, então acho que vivenciar tudo isso reforçou muito a questão da humanidade como profissional”, comenta o professor Arthur.

“No processo de entrega das atividades, percebi que muitos estudantes, muitas famílias tiveram o fator alimentar abalado. Se formos olhar para a escola, pelo menos na que trabalho é uma escola semi-integral, os estudantes merendam e almoçam, então a perda de duas refeições para as famílias que vivem com muito pouco faz uma diferença absurda. Nesse contexto, percebo uma mudança de olhar para a escola, não só como aquele espaço de interação social, mas um espaço onde o estudante pode se alimentar e ter uma garantia nutricional melhor”, analisa Arthur.

O docente ainda comenta que durante, o período da pandemia, percebeu que muitas famílias reconhecem o trabalho do professor. “Pensamos que não, mas as famílias estão reconhecendo todo o esforço dos professores e professoras. Muitos pais têm tido dificuldades para auxiliar os alunos nesse ensino remoto, muitos deles estavam afastados da escola, não estudavam muito tempo e agora se depararam com esse processo de ter que auxiliar os filhos e percebem o quanto é difícil com um, imagina com 40 crianças dentro de uma sala”, explica.

Vanuza Silva, 29 anos, mãe de José Carlos, 11 anos, relata que auxiliar o filho nos estudos tem sido difícil. “Antes eu já sabia e durante este período da pandemia tive a  certeza do quanto o papel do professor é importante para todos nós. Não é fácil, exige muita dedicação e paciência, o que não tenho. Algumas vezes, Carlos não entende um assunto e tem dificuldades para terminar alguma atividade, então esse processo de ajudar e fazer com que ele entenda como deve ser feito o exercício, além da explicação, também exige uma conversa para que ele se acalme e consiga finalizar”, relata a Mãe.

“Hoje sinto na pele um pouco da dedicação que os professores impõe para ajudar os nossos filhos a terem um futuro melhor, posso ver e também sentir que é mais do que cumprir um horário de trabalho, é estar junto e oferecer o melhor”, acrescenta.

”Percebo que tem mudado o olhar sobre o professor. Acho que esse resgate da importância do professor vem acontecendo e tem sido muito gratificante, porque virou comum abrir uma aula on-line e ter um pai ou uma mãe de algum estudante. Eles dizem ‘professor, muito obrigado, você está fazendo um trabalho muito bacana'", conta o educador.

O professor finaliza com uma reflexão. “Tem uma frase de Paulo Freire, grande educador pernambucano, que ele fala que a população precisa de esperança, mas não esperança do verbo esperar, esperança do verbo esperançar, que é se juntar com o outro para mudar uma realidade e criar oportunidades. Acho que é isso que o professor faz hoje, leva esperança para os alunos. Partindo desse princípio, eu fiquei com mais vontade de estar junto das comunidades, principalmente daquelas mais carentes para poder levar um pouco mais de esperança e mostrar que o estudo é o caminho, mostrar que assim como não desistiram de mim no passado e hoje eu pude terminar uma graduação, terminar um mestrado, essas crianças no futuro também podem fazer isso e vão fazer isso”, finaliza Arthur.

Reportagem integra o especial "Lições", produzido pelo LeiaJá. O trabalho traz histórias sobre os aprendizados dos professores em meio aos desafios impostos pela pandemia de Covid-19. Veja, a seguir, as demais reportagens:

Especial Lições retrata rotina de professores na pandemia

Carinho, tecnologia e o novo olhar de uma educadora

Professores empreendedores e os desafios da pandemia

EAD e ensino remoto: as multi-habilidades de um docente

Pós-pandemia: o que o futuro reserva aos professores?

Um homem foi preso com a bicicleta de ciclista que morreu atropelado após tentar fugir de assalto na BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na terça-feira (29). A prisão do suspeito ocorreu em Paulista, na RMR, na sexta-feira (2).

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito foi preso em flagrante por receptação qualificada. No seu interrogatório, ele identificou outros envolvidos no crime. A Polícia afirma que segue em diligências para elucidar todos os detalhes do crime. O preso seguirá para audiência de custódia. 

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A vítima, de 22 anos, estava acompanhado de um amigo e seguia em direção à Praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul do Estado. O ciclista foi abordado por dois homens, um deles armado. O rapaz tentou fugir atravessando a BR-101, mas foi atingido por um caminhão. Em seguida, os suspeitos teriam levado a bicicleta.

O ciclista faleceu ainda no local. O motorista do caminhão não prestou socorro.

Quem usa o Bike PE, serviço de bicicletas compartilhadas em Pernambuco, agora pode liberar o modal sem a necessidade de digitar o código no painel. Um sistema de desbloqueio via QR Code foi instalado nas estações para evitar contato com o equipamento, diminuindo assim possíveis formas de contágio do novo coronavírus. 

A partir de agora, usuários de smartphones com sistema operacional Android poderão fazer o desbloqueio apenas aproximando o celular da bicicleta que deseja pegar. De acordo com a Tembici, responsável pelo modal, além da instalação do recurso, as bicicletas e estações já vêm recebendo uma higienização reforçada. Além da limpeza diária com álcool 70%, ainda no centro de operações da empresa, todas as bikes são lavadas com cloro diluído em água. Mesmo assim, a empresa recomenda que os usuários também apliquem álcool em gel 70% nas mãos antes e depois de utilizar o transporte.

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Aumento na procura por bikes

Dados da empresa afirma que, em julho, o número de viagens do Bike PE foi quase três vezes maior que a projeção esperada. A quantidade de pessoas que usaram o sistema também foi cinco vezes maior do que no mês de maio. Para usuários de iOS que queiram utilizar o recuso, a companhia afirma que ele será disponibilizado a partir do próximo mês.

A pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2) que já matou mais de 80 mil pessoas e ultrapassou a marca de 2 milhões de infectados no Brasil até esta terça-feira (21), dificultou a vida de muitos estudantes ao forçar o fechamento de escolas para evitar aglomerações. Problemas como a perda de renda por parte dos pais e a dificuldade de acesso à internet para acompanhar aulas remotas têm sido obstáculos à educação no país e no mundo, ao ponto de a ONG britânica Save The Children estimar que a pandemia pode tirar 10 milhões de crianças da escola definitivamente.

Para evitar cenários catastróficos como esse para o futuro de seus alunos, o professor de biologia Arthur do Nascimento Cabral, de 29 anos, percorre vários pontos da Região Metropolitana do Recife (RMR) entregando envelopes com tarefas escolares aos estudantes dos sexto e sétimos anos da Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio Deputado Oscar Carneiro, que não têm conseguido fazer as atividades de forma remota. Toda sexta-feira, ele sai de bicicleta com os envelopes contendo as tarefas, leva um para cada aluno e recolhe as atividades respondidas na semana anterior. 

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Contratado para ensinar em escolas do Governo do Estado de Pernambuco há três anos, Arthur decidiu ser professor inspirado por educadores que teve e nunca desistiram dele ou seus colegas enquanto foi aluno de escolas públicas, mas principalmente por seu tio, Valfrido, que era vendedor e se tornou professor, concluindo a graduação em história aos 45 anos. “[Meu tio] era vendedor, tem quatro filhos e decidiu que para mudar de vida teria que estudar, mesmo com essa idade ele resolveu fazer uma faculdade, se tornou professor de história e a educação possibilitou essa guinada na vida dele e dos meus primos”, contou Arthur. 

As primeiras experiências em sala de aula, saindo do lugar de aluno e indo para a frente da turma como professor, foram uma surpresa. Até hoje, para Arthur, cada dia é como a primeira vez no momento em que ele tem contato com as histórias de vida e realidades de cada aluno.  

“O início é sempre impactante, enquanto estudante eu vivenciei a escola pública, mas quando você chega do outro lado, se olha como professor, está ali na frente e consegue enxergar os problemas dos estudantes, que são muito complexos, cada estudante tem uma história de vida diferente, cada estudante tem a sua marca. Até hoje entrar em sala de aula, conversar com os alunos é sempre um desafio. Quando eu entro na escola, é como se fosse minha primeira vez”, relatou o professor.

Arthur sai de sua casa no bairro da Várzea, no Recife, e pedala cerca de 8,5 Km para chegar até a Vila da Fábrica, em Camaragibe, onde fica a escola. Lá, ele percorre o bairro e também as regiões de Tabatinga e Aldeia de Baixo para entregar as atividades a cerca de 20 alunos antes de retornar para casa, em um trajeto que leva a manhã inteira. 

Foi por ter a sensibilidade de perceber as necessidades particulares de cada aluno e se preocupar com elas que Arthur começou a levar as tarefas em casa. Ele conta que algum tempo depois de começar a pandemia, a Secretaria de Educação implementou um projeto de aulas gravadas e ao-vivo chamado Educa PE, e atividades com base nessas aulas eram enviadas para os alunos através da internet. No entanto, alguns alunos, sempre os mesmos, não estavam enviando as respostas. Ao falar com outros professores, Arthur percebeu que o problema era geral e, junto à gestão da escola, começou a tentar entender as possíveis razões. A falta de acesso à internet ou equipamentos eletrônicos surgiram entre as possibilidades. 

Contando com apoio da escola, de outros professores e de alguns amigos conforme o tempo passava, a ideia de levar as tarefas até a casa dos alunos de bicicleta, apesar do cansaço e de algumas localizações em terrenos de difícil acesso, não apenas foi viabilizada como posta em prática. O retorno, segundo o professor, não poderia ser melhor: alguns estudantes que a princípio riram e ficaram surpresos com a visita, gostaram e hoje já o esperam com o envelope de tarefas na mão. 

Questionado sobre o que lhe motiva, afinal, a fazer um esforço tão grande pela garantia de que todos os seus alunos possam ter acesso às atividades que estão sendo feitas pela escola durante o período de pandemia, Arthur afirma que a educação é um direito e que sempre fará o que puder pelos estudantes. 

“Eu acredito que a educação deva chegar a todos, então como na escola a gente percebeu que existia essa lacuna de estudantes que não estavam tendo acesso à educação, houve a criação dessa ideia de levar um pouco de educação para esses estudantes. Pode ser pouco? Pode ser. Uma iniciativa que não contemple a educação em toda a sua totalidade? Com certeza deve ser. Mas a gente não tem vivido isso também e esses estudantes têm recebido com muito carinho esse acesso à educação, mesmo que não seja muita coisa. Mesmo que um único estudante precise de acesso à internet, precise de acesso à educação eu vou estar lá para ajudar”, disse o educador.

Com a grande repercussão que sua iniciativa alcançou, Arthur se sente grato pelo reconhecimento, mas conta que ele tem apenas um desejo: que iniciativas semelhantes sejam feitas pelo País para que mais alunos possam estudar.

 

A partir desta terça-feira (21), o Google Maps vai oferecer aos usuários informações sobre estações de compartilhamento de bicicletas e suas localizações. Será possível pesquisar as direções a pé até o local e saber o número de bicicletas disponíveis e a quantidade de vagas em cada estação. Por enquanto, o serviço está disponível apenas para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, mas deve ser expandido, em breve.

De acordo com a empresa, desde fevereiro, os pedidos de rotas de bicicleta no Google Maps aumentaram em 69%, atingindo uma alta histórica em junho de 2020. Desde o ano passado, a empresa já mostrava estações de compartilhamento de bicicletas em tempo real, além de fornecer os melhores trajetos para quem utiliza o modal.  

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As novas informações estarão disponíveis em dez cidades ao redor do mundo, inclusive, as duas brasileiras. No Rio de Janeiro e em São Paulo, será permitido clicar para abrir o aplicativo de compartilhamento de bicicleta e fazer o desbloqueio imediatamente, resultado de uma parceria do Google com a Tembici, operadora do programa Bike Itaú.

Policiais militares do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreenderam, na madrugada da sexta-feira (17), com 440 kg de maconha na rodovia MS-379, próximo a Dourados-MS. A droga estava sendo transportada em nove bicicletas.

De acordo com o DOF, os ciclistas abandonaram as bicicletas ao notarem a presença dos policiais. Eles fugiram por canavial às margens da rodovia e não foram localizados.

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O tráfico de drogas terrestre em Mato Grosso do Sul costuma ocorrer por carro e caminhão. A ocorrência foi registrada na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), em Dourados.

Felipe Titto demonstrou que realmente tem um bom coração. O ator, nos últimos dias, compartilhou nas redes sociais que havia ficado comovido com uma cena em que um entregador de comida, de bicicleta, estava recebendo uma carona de um colega de moto.

Ao retornar para casa após uma aula de musculação, Titto postou o vídeo e recebeu uma mensagem da esposa de Dagoberto, Íris, para agradecer pelo incentivo ao rapaz que estava trabalhando com uma bicicleta emprestada por ter seu contrato suspenso durante a pandemia do novo coronavírus.

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Foi então que o artista decidiu ajudar e se ofereceu para pagar a carteira de habilitação de moto do entregador, no valor de R$ 580. Além disso, ele fez uma parceria com a Honda para que Dagoberto também ganhasse a própria motocicleta.

Na noite do último sábado (4), a promessa foi cumprida e Felipe se encontrou com o casal para entregar o presente. Em seu Stories do Instagram, o galã declarou que estava muito feliz pela boa ação.

"Estou muito feliz, de verdade. [...] Ele ganhou a carta, uma moto zero, jaqueta, capacete...", disse.

O desaparecimento de um adolescente de 13 anos terminou com final feliz na cidade de São Paulo. Após perceber que o menino saiu em sua bicicleta e demorava a voltar, a família deu queixa do sumiço. A ação, que mobilizou agentes dos setores de inteligência das polícias paulistas na última segunda-feira (15), só terminou pouco mais de 24 horas depois. O empenho de uma equipe da Polícia Militar (PM) permitiu o resgate do jovem no Terminal Rodoviário da Barra Funda, região oeste da capital.

Segundo a família, as forças de segurança pública foram avisadas do sumiço do jovem logo após os próprios parentes iniciaram uma busca pela região da Aclimação, bairro em que residem. Ainda de acordo com os mais próximos, o menino não costuma ter atitudes preocupantes. Entretanto, no dia do desaparecimento, a avó do adolescente encontrou um mapa com alguns pontos da cidade que o avô o incentivara a conhecer, o que pode ter motivado a escapada do menor.

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O papel encontrado pela avó tornou-se então peça importante na busca pelo menino. A PM espalhou o comunicado do desaparecimento nos pontos marcados no mapa com as características físicas do adolescente. Ao serem comunicados que alguém parecido estava no Terminal Rodoviário da Barra Funda, uma equipe do 4º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) entrou em ação. "As ocorrências que marcam a vida de um policial são partos e encontro de desaparecidos. É uma satisfação enorme ter ajudado", comentou o soldado Ednilson Batista de Souza.

Na abordagem, o jovem foi identificado e houve a constatação que era a pessoa dada como desaparecida. A família foi comunicada pela polícia, se deslocou ao terminal rodoviário, apresentou a documentação do menor e o levou para casa a salvo.

Em quarentena, um atleta de Santos (SP),pedalou mais de mil quilômetros sem sair da sala de sua casa. Thomaz Galindez  está se preparando para uma prova de triatlo, que acontecerá no fim do ano e, para não quebrar o isolamento social - medida de prevenção à pandemia do coronavírus -, adaptou os treinos e conseguiu pedalar o equivalente à distância entre São Paulo e o Distrito Federal dentro de sua própria casa. 

Thomaz tem 23 anos e está classificado para o torneio Ironman Havaí, uma prova com percurso de 3,8 quilômetros de natação, 180 quilômetros de ciclismo e 42 quilômetros de corrida, após conquistar o título da etapa argentina do campeonato. Para manter o treinamento em dia, mesmo durante o isolamento social, o atleta e seu pai, que é seu técnico, fizeram algumas adaptações fixando a bicicleta de corrida na sala de sua casa. 

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Assim, Galindez conseguiu pedalar mais de 1.013 quilômetros - percorridos em 29 horas e 49 minutos, durante uma semana -, sem  sair de seu apartamento;isso corresponde a  sete quilômetros a mais do que a distância entre a capital paulista e o Distrito Federal.  "Nunca na minha vida eu achei que percorreria tudo isso, ainda mais dentro de casa. Mais do que o esforço físico, essa meta tem um esforço mental muito intenso, porque é muito pedalar cinco horas sem sair do lugar. No quarto dia já estava difícil, mas a mente se adapta", disse em entrevista ao G1. 

O atleta também tem compartilhado a rotina de treinos em suas redes sociais com o objetivo de estimular as pessoas, que também estão cumprindo a quarentena, a se exercitarem. "Ficar em casa não é fácil, tem que ter muita paciência, mas 30 minutos de exercício e atividade física são o suficiente para fazer a diferença na disposição e na saúde. O mundo inteiro está na mesma situação, então é importante nos mantermos ativos da forma como pudermos".

Um roubo inusitado que ocorreu em uma mercearia em São Paulo está repercutindo nas redes sociais. A ação foi toda gravada e o vídeo, compartilhado no Twitter por uma das funcionárias do estabelecimento, já tem mais 148 mil curtidas.

O caso ocorreu no final da manhã desse sábado (11). Pelas imagens do circuito de segurança, instalado no interior da loja, é possível ver quando o suspeito larga uma bicicleta no chão, entra no estabelecimento, rouba um celular e apressado deixa o local.

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A funcionária não pensa duas vezes e saí atrás do ladrão. Logo em seguida é possível ver ela retornando com o celular e carregando a bicicleta do suspeito. A mulher relatou na rede social que “com um pouco de sorte” o homem se assustou, desequilibrou e caiu. Com isso ela conseguiu recuperar o aparelho.

Tudo foi detalhado por ela no Twitter:

“Gente, hoje no trabalho o mlk tentou furtar o celular que tava no balcão. Aí eu saí correndo atrás dele... resultado? Peguei o celular de volta e AINDA GANHEI UMA BIKE. pfvr assistam até o final.

Para entenderem o que houve: foi até um pouco de sorte, eu corri e tava bem atrás dele e berrei. Aí ele levou susto, se desequilibrou e caiu da bike, nisso eu puxei a bike, peguei o celular, comecei a xingar muito quase indo em cima, e ele fugiu pq viu meu pai correndo tmb.

Aos curiosos, sobre a bike: ele obviamente não apareceu mais na rua e quem ficou com a bike foi o funcionário da loja hahah”.

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Entregadores lutam por renda nas vias públicas. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

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Nas ruas do Centro do Recife, o movimento está ruim por causa da pandemia do coronavírus. No entanto, apesar de alguns estabelecimentos gastronômicos terem fechado as portas por conta da proliferação da doença, os pedidos por meio de aplicativos vêm suprindo a vontade dos clientes que tentam evitar o contágio do Covid-19 através de contato físico e até mesmo de aglomeração. Para Sonália Marques, de 28 anos, o trabalho não pode parar.

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Sem vínculo empregatício com a empresa iFood, Sonália afirma que recebeu orientações de como intensificar os cuidados com a higiene. Buscando meios de se esquivar da crise instaurada pelo coronavírus nos últimos meses, a entregadora de comida por app, através de bicicleta, sente falta de ter os seus direitos trabalhistas garantidos. Além disso, enquanto boa parte da população se isola para evitar efeitos da doença, entregados de app circulam pelas vias públicas, expostos ao risco de enfermidades.

De acordo com a advogada trabalhista Priscila Braz do Monte, as pessoas que exercem a função autônoma em atividades estabelecidas nos aplicativos "não trabalham com todos os requisitos que a lei exige para configurar uma relação de emprego, motivo pelo qual são considerados prestadores de serviço autônomo". Diante do cenário caótico em que o surto do coronavírus gerou mundo afora, os profissionais autônomos que não são regularizados devem receber orientações para que não haja contaminação da doença.

Nas ruas, trabalhadores estão expostos a doenças. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Segundo a médica residente em infectologia Marcela Vieira, os trabalhadores independentes estão sujeitos à infecção do coronavírus ou de qualquer outro tipo de problema de saúde. "Essas pessoas, realmente, estão sob o maior risco porque continuam transitando, passando por vários locais e estabelecimentos, e elas também podem ser potenciais vetores e potencialmente infectadas", explicou. Para a médica, o ideal é que os profissionais de aplicativo usem álcool em gel no dia a dia, sendo válido para o uso nos momentos de contato com a encomenda, que vai da saída do restaurante até a casa do consumidor que fez o pedido.

O LeiaJá ainda conversou com Anthony Silva, 26 anos, que também atua como entregador de app no Recife. Ele descreveu os riscos da sua rotina. Confira no vídeo a seguir:

O iFood anunciou ter criado um fundo solidário de R$ 1 milhão para os entregadores que precisem ficar em quarentena. O entregador que ficar doente vai receber um valor baseado na média dos repasses dos últimos 30 dias proporcional a 14 dias de quarentena. 

Estão aptos a receber o valor os entregadores que realizaram ao menos uma entrega desde 1º de fevereiro e que foram autorizados pela plataforma até o dia 15 de março. Após alertar que está com a Covid-19, o profissional terá a conta bloqueada por 14 dias e poderá enviar evidências do diagnóstico para receber o dinheiro em até 30 dias.

O iFood também habilitou a opção de entrega sem contato e anunciou um fundo de R$ 50 milhões para restaurantes, com foco nos pequenos estabelecimentos locais e naqueles que estão em áreas de grande impacto do novo coronavírus. Os restaurantes aptos terão uma devolução de parte das comissões cobradas pela empresa nos pedidos feitos a partir de 2 de abril.

A empresa ainda reduzirá o prazo para repassar os valores aos estabelecimentos. A Uber, por sua vez, divulgou que motorista e entregador parceiro diagnosticado com a Covid-19 ou que estiver em quarentena por determinação de uma autoridade de saúde receberá assistência financeira por até 14 dias enquanto sua conta estiver suspensa. A companhia ressalta que o cliente pode deixar uma instrução no app do Uber Eats para que o entregador deixe o pedido na porta.

A startup colombiana Rappi disse ter criado um fundo para proteger os entregadores, mas não deu detalhes dos valores. A empresa afirmou ainda que está entregando aos profissionais álcool em gel e máscaras antibacterianas, além de ter criado a opção de entrega em domicílio sem contato físico.

Entrevistas de Maya Santos com texto de Paulo Uchôa. Colaboraram Jorge Cosme e Adige Silva

O italiano Cristiano Sabatini, de 48 anos, é um chef de cozinha que pilota, além de um fogão, uma bike. É com a bicicleta que ele leva pratos típicos da gastronomia italiana para os locais mais remotos do mundo. Sabatini já preparou uma pasta à carbonara no Monte Everest, a 5.174 metros de altura, e na Lapônia, região no extremo norte da Finlândia conhecida como a terra do Papai Noel. Lá, porém, a receita precisou ser modificada: ao invés do guanciale, foi usada carne de rena.

Marrocos, Índia e Nepal foram outros destinos visitados pelo italiano, que se define um "bike chef". Nas redes sociais, Sabatini compartilha suas viagens e receitas, usando sempre a hashtag "#sisipuòfare" ("sim, é possível ser feito", na tradução livre).

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O italiano já geriu com sucesso um restaurante em Viterbo, na região do Lazio, mas, em 2001, decidiu largar tudo para cozinhar na casa dos clientes, sob demanda. Não demorou muito para conquistar o paladar de estrelas do cinema, como Carlo Verdone, Gigi Proietti e Paolo Sorrentino. "Uma vez eu cozinhei também para Robert De Niro", disse o chef, em entrevista à ANSA.

"A cozinha de um restaurante estava pequena para mim. Foi então que decidi também abrir um novo negócio de salumeria 'exótica' em Viterbo, mas fui à falência. Tive que voltar à cozinha, mas ao meu modo", contou. "Gerir um restaurante significava, para mim, não ter uma vida social. Nem me permitia viver minha paixão por viagens extremas, que são também uma grande fonte de inspiração para a culinária", disse Sabatini. Na Nova Zelândia, o chef preparou um espaguete com mexilhões gigante encontrados no país.

"Uso matéria-prima da minha própria casa e também dos países que visito. Fiz o espaguete com mexilhões gigantes e o prato ficou fantástico. Compartilhei com os moradores locais, porque a comida une os povos e anula as diferenças", exaltou. De acordo com Sabatini, dois ingredientes são usados em várias partes do mundo: o arroz e a carne de cordeiro. "São consumidos em qualquer latitude, sem barreiras religiosas ou culturais".

"Um dos meus maiores sonhos é fazer uma viagem pela fronteira de Israel e Palestina. Quero cozinhar e colocar sentados à mesa os dois povos, sempre rivais, para comerem um ensopado de cordeiro à romana", contou o italiano. A próxima viagem do "bike chef" é ao Peru, para a cidade de Rinconada, considera a mais alta do mundo, a 5.200 metros de altura. "Quando chegar lá em cima, farei uma pasta à carbonara com alpaca, ninguém me tira isso", prometeu.

Da Ansa

Expandida sem o devido planejamento, a cidade do Recife sofre com o trânsito caótico, e enste ambiente parte da população aderiu ao uso da bicicleta como meio de transporte. Presumindo estar protegido por leis federais e municipais, o ciclista vive uma rotina de desrespeito e insegurança, caracterizada por infrações e acidentes.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife (SESAU), oito óbitos foram registrados na capital pernambucana em 2018, o que reforça a cobrança pelo olhar do poder público diante do Dia Mundial Sem Carro, comemorado neste domingo (22).

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No ano passado, Recife conquistou o primeiro lugar no Brasil e o 10º no mundo de pior trânsito ao ser comparado com 403 cidades pela empresa de GPS TomTom. “A gente vive uma verdadeira barbárie. As pessoas quando entram no carro não raciocinam, nem respeitam a utilização de sistemas diferentes do delas”, destaca o professor especializado na área de transportes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Fernando Jordão.

Diante do panorama, quem opta pelo transporte individual ativo torna-se vulnerável e muitas vezes nem é percebido. Prensados entre os carros, 87% dos ciclistas do Recife apontam que a falta de segurança no trânsito e as limitações estruturais são as principais adversidades em rodar na cidade, de acordo com levantamento feito pelo Laboratório de Mobilidade da Universidade do Rio de Janeiro em parceria com a ONG Transporte Ativo.

Buracos, depredações e lixo se acumulam em ciclofaixa - Foto:Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Ciclistas desejam uma estrutura cicloviária efetiva

Sem prioridade na via pública, mesmo com a garantia do art. 74 da Lei Municipal 17.511/2008, a principal solicitação recai sobre a ampliação da malha cicloviária. Promulgado em 2014, o Plano Diretor Cicloviário (PDC) determina que o Estado e o Município espalhem 250 km de rotas exclusivas para bicicletas no Recife até 2024. Integralmente, a intenção é criar 591 km que interliguem cerca de 14 municípios vizinhos à capital. Conforme a Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU), a cidade soma 84,5 km, dado que é questionado por quem utiliza.

“A malha cicloviária não chega nem perto do suficiente”, afirma a representante da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo) Vanessa Santana. “Até o momento, a estrutura prometida não foi entregue e, nos poucos pontos onde foi implantada, não condiz com a realidade das demandas de trânsito das principais vias da cidade. Na verdade, é preciso priorizar ruas e avenidas com maior fluxo de carro, porque é nelas que também há o maior fluxo de ciclistas”, pontuou.

O art. 58 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece que, na falta de ciclovia, a circulação de bicicletas deverá ocorrer nas vias urbanas, plos bordos da pista, com prioridade sobre os carros. Entretanto, a condição da cidade inviabiliza tal cumprimento, como argumenta o professor Fernando: “Como toda cidade antiga, ela não pode atender 100% a legislação, sobretudo, a legislação moderna. Tem que entender que a cidade tem quase 500 anos”.

“Me viu e não freou”

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“Falta interesse do poder público de tirar os planos do papel e colocar em prática”, assegura Laura Cavalcante. No último dia 4 de junho, a produtora cultural de 33 anos comemorava a quebra do recorde pessoal após pedalar 27 km, quando foi atingida por um motoboy que seguia na Avenida Agamenon Magalhães, área Central do Recife. A colisão lhe rendeu três fraturas na perna esquerda, 17 dias de internamento e a necessidade de duas cirurgias para introdução de um enxerto ósseo, uma placa de platina e sete parafusos.

Há aproximadamente dois anos, ela decidiu largar o transporte público para fugir de assédios e acabou reconhecendo na bike a independência, a economia financeira e a melhoria na saúde, que almejava. Porém, o abalroamento lhe roubou a autonomia, fez retomar gastos com locomoção, deu início às dores na coluna e trouxe o encargo de participar de três sessões de fisioterapia por semana.

Com a movimentação restrita às muletas, a recuperação de Laura se estende por mais cinco meses. Mesmo com o susto, ela garante que está ansiosa para voltar aos pedais, “Voltarei sim às ruas. Pra mim, hoje em Recife, a melhor forma de me deslocar é pedalando”. Sobre a atitude do motociclista, a ciclista se resume, “Uma amiga minha falou que o motoqueiro disse que me viu e ainda assim não freou[...] Ele estava mais preocupado em entregar a comida”.

Otimização da fiscalização também é uma meta

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Além da ampliação e manutenção da rede ciclável, outra reivindicação da Ameciclo é referente à fiscalização das rotas e otimização do trabalho de agentes e orientadores de trânsito. A associação compara o investimento da Prefeitura com os funcionários em contraste com a construção de ciclovias. Enquanto cada quilômetro de ciclovia está orçado entre R$ 60 mil e R$ 1.200.000 – à depender de drenagem, iluminação, sinalização e etc -; para manter um ano da operação dos 519 agentes de trânsito são necessários R$ 3.900.000, apontou a CTTU.

Somado, o salário mensal do efetivo atinge R$ 2.358.851,26, informou a entidade. Tal profissional tem o objetivo de proteger a vida e a integridade física de quem engloba o trânsito, seja pedestre ou motorista de carreta. Por meio de nota, a CTTU informou que os agentes possuem “amplo conhecimento do CTB”. Eles passam por curso de formação de 200 horas/aulas, segundo a portaria 94/2017, do Denatran, e participam de uma reciclagem a cada quatro anos.

A cidade precisa ser mais atrativa para o pedal

Mesmo postulante a uma das capitais mais belas do Brasil, parte dos ciclistas atestam que Recife não é atrativa para pedalar. "A política de educação de trânsito não funciona hoje. Acho que o que precisa é uma ação de mais impacto, segregar efetivamente as vias. Delimitar que essa via é para ciclistas circularem, e que essas vias se vinculem com outras mais à frente", reclama Laura.

Sobre o aperfeiçoamento da condição enfrentada, o especialista em trânsito considera que é necessária uma mudança "multifatorial", entre poder público e sociedade em geral. Tal processo para pela fiscalização, investimentos e educação de motoristas, ciclistas e pedestres que, apesar da prioridade, têm suas obrigações. "Se não houver uma compreensão da sociedade, não é só o poder público que vai resolver", constatou o professor Fernando.

A Campanha Bicicleta Segura, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot), chama a atenção para o Dia do Ciclista, comemorado nesta segunda-feira (19). O presidente da Sbot, Moisés Cohen, disse que a campanha visa a orientar as pessoas na prevenção de lesões em acidentes envolvendo bicicletas. Somente no ano passado, 11.741 brasileiros foram internados por envolvimento em acidentes com bicicleta, gerando custo superior a R$ 14 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS), informou Cohen. A campanha será desenvolvida até o fim deste mês.

Ele lembrou que aumentou muito a prática do ciclismo nas grandes cidades, motivada pelo baixo custo, a  rapidez, praticidade, saúde e preocupação ambiental. Por outro lado, pelo fato de as cidades, em sua maioria, não terem estrutura para o ciclismo e também porque as pessoas não têm orientações para entender a bicicleta como um esporte, a atividade pode acabar trazendo problemas. O ciclista “deve estar paramentado, ou seja, com capacete, que é algo fundamental, e obedecer às regras”, disse o ortopedista.

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Conscientização

“Acho que essa orientação, essa conscientização é importante, baseada no aumento das lesões que os ortopedistas têm encontrado”. Um trauma no crânio, como resultado de uma queda de bicicleta, por exemplo, pode representar risco para o ciclista. Moisés Cohen informou que as fraturas mais comuns quando o ciclista cai da bike são da clavícula, na região do ombro. “A articulação do ombro é aquela que é mais comprometida nas quedas. E a Sbot vive alertando para isso”.

Para evitar que fraturas e outras lesões aconteçam, a entidade recomenda que os ciclistas se protejam, tomem cuidado e andem em lugares adequados, com bicicletas também adequadas. “Acho que essa é uma campanha importante para a conscientização da população”, reforçou. A campanha é online e cada regional da Sbot tem liberdade para divulgá-la da forma que preferir.

Cohen alertou que não há no Brasil dados referentes a ciclistas que ficaram com sequelas irreparáveis e que, “muito provavelmente”, incluem traumas na cabeça, coluna, pernas e braços, que resultaram em afastamento do trabalho, perda da capacidade de realizar tarefas simples do dia a dia e, até mesmo, pedalar.

Segundo a Sbot, a cada dois dias, pelo menos um ciclista internado em hospital público de São Paulo morre vítima de acidente de trânsito. As principais causas de acidentes são embriaguez de motoristas de automóvel, desrespeito às leis de trânsito e bicicletas no mesmo espaço que outros veículos.

Motoristas

A campanha não se prende apenas ao ciclista. O presidente da Sbot ressaltou que, indiretamente, a campanha é mais importante para o motorista de automóveis, ônibus e caminhões, porque os acidentes graves que ocorrem nas cidades são principalmente causados por esses condutores de veículos. Os acidentes são de grande monta e, geralmente, ocorrem à noite, vitimando em especial ciclistas que pedalam em grupo. “Você tem os dois lados: o lado da queda casual e o lado dos acidentes que trazem, geralmente, consequências muito mais sérias”.

A campanha visa a estimular a população a agir com cidadania e segurança. Entre as recomendações feitas pela Sbot aos ciclistas estão o respeito às leis de trânsito; o uso das ciclovias; o cuidado ao passar por carros estacionados; a circulação sempre do lado direito da via, próximo ao meio-fio e no mesmo sentido dos veículos. Além disso, respeito, atenção e prevenção são palavras-chave para quem usa a bicicleta diariamente, lembra a entidade.

As dicas de segurança incluem equipamentos (usar sempre capacete, luvas e óculos); iluminação (usar sempre luz branca na frente e vermelha atrás); velocidade (andar em uma velocidade compatível à via); não ultrapassar o sinal vermelho; usar sempre calçados fechados para pedalar; e seguir a orientação ergonômica para evitar possíveis problemas no joelho.

Dia do Ciclista

O Dia do Ciclista é celebrado em 19 de agosto e homenageia o biólogo Pedro Davison, que morreu atropelado em 2006, em Brasília, aos 25 anos de idade, enquanto pedalava no Eixão Sul, via expressa da capital federal, que é fechada ao tráfego de veículos aos domingos para se transformar em área de lazer. A data entrou no calendário oficial do país. Sua aprovação tem o objetivo de estimular o uso da bicicleta, a cidadania e a mobilidade sustentável e plural, além de criar novas oportunidades para promover a educação para a paz no trânsito.

A Polícia Civil prendeu um suspeito de roubo após ele deixar cair o currículo no local do crime. O jovem de 20 anos foi detido na última quarta-feira (14) no bairro de Boqueirão, em Curitiba-PR.

O homem é acusado de roubar uma bicicleta avaliada em mais de R$ 7 mil. A bicicleta havia sido roubada no último dia 8 de agosto no município de São José dos Pinhais-PR.

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Os policiais chegaram até o suspeito após a vítima relatar ter visto sua bicicleta sendo vendida por R$ 1,4 mil em um site de compra e venda. O veículo possuía um sistema de rastreamento que informava o seu local exato.

No momento do roubo, o suspeito deixou cair uma pasta com diversos documentos, entre eles um currículo, o que facilitou a comprovação da autoria do crime. O homem foi autuado por roubo e a bicicleta, recuperada.

 

Um jovem trabalhador, identificado como Robson Ferreira dos Santos, 26 anos, teve seu pequeno depósito de água arrombado na madrugada desta última sexta-feira (2). A bicicleta de carga, único meio de transporte dos garrafões de água mineral, foi levada na ação.

O roubo aconteceu na avenida Aníbal Benévolo, no Alto Santa Terezinha, Zona Norte do Recife. Robson salienta que esse é o único meio de sustento de seus três filhos e de sua esposa. "Para muitos é nada, mas para mim é muito", ressalta. A vítima afirma que fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia do Alto do Pascoal, também na Zona Norte da capital pernambucana.

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Em nota, a Polícia Civil informou que está investigando o furto praticado por elementos ainda desconhecidos. O órgão afirma que as investigações seguirão até a completa elucidação do ocorrido.

Chegou ao fim o serviço de bicicletas e patinetes elétricos compartilhados da Yellow no Recife. Em nota, a Grow, empresa responsável, confirmou que a decisão e revelou que condições econômicas motivaram o término das operações na capital pernambucana. No início desta semana, usuários relataram que os veículos não apareciam no aplicativo.

O comunicado apontou "razões técnicas e operacionais, que tornaram a atuação da empresa inviável economicamente". Desse modo, a marca Yellow encerrou as atividades, em menos de seis meses de participação no mercado pernambucano.

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A marca tentou conquistar o público local e chegou a reduzir o valor do serviço no início de julho. Entretanto, esbarrou em questões como a demora para ser regulamentado e periculosidade -visto que diversos acidentes ocorreram ao redor do mundo.

A Grow afirmou que vai ressarcir os usuários que compraram créditos e não utilizaram. O valor será estornado aos que possuem cartão de crédito. Já os que contrataram o serviço em pontos de venda ou não possuem cartão, devem entrar em contato através do suporte para que os valores sejam transferidos.

Há a expectativa que a Serttel assuma a operação e continue oferecendo o aluguel de modais compartilhados na região. A empresa enviará um projeto à Prefeitura do Recife.

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A ciclorrota localizada da Rua da Aurora, no Recife, sofre com a falta de manutenção. Por toda a extensão da estrutura dedicada à circulação de bicicletas, acumulam-se buracos, além de outros problemas, trazendo risco a ciclistas e pedestres.

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 O trecho de cerca de um quilômetro é parte do Eixo Cicloviário Camilo Simões, que liga Olinda ao centro do Recife. Entre os problemas encontrados pela reportagem do LeiaJá está até uma árvore caída há vários dias, atrapalhando a passagem dos ciclistas que usam estrutura.

 A árvore caiu durante as chuvas da última quinta-feira (13), mas continuava lá, derrubada e intacta, ainda na terça (18). Na quarta de manhã, a planta caída foi podada, mas não removida. Isso se deu porque quem cuidou de tentar amenizar o problema foi o grupo de pessoas que ocupa como moradia o coreto localizado ao lado, não os órgãos competentes.

Uma tampa localizada em frente à quadra da orla da Rua da Aurora está quebrada (veja no vídeo abaixo) desde o Carnaval deste ano, no começo de março, segundo relatos de usuários da ciclorrota e da quadra colhidos em diferentes dias. A reportagem ouviu relatos também de carros da guarda municipal e da Polícia Militar transitando pela faixa destinada ao uso compartilhado de ciclistas e pedestres.

Entre os vários buracos, um já tomou mais da metade da ciclovia e continua crescendo. Outros são resultados de intervenções de manutenção que ficaram pela metade, como é possível conferir na galeria de fotos acima. 

Assista no vídeo um rápido passeio pela ciclorrota mostrando o estado da estrutura:

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 A responsabilidade pela manutenção da estrutura é, de acordo com a Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer - que construiu o eixo cicloviário - e com a Emlurb (Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife), da CTTU (Autarquia de Trânsito e Transporte Urbanos do Recife). Questionada pelo LeiaJá sobre com qual frequência são feitos serviços de manutenção no trecho, a assessoria da autarquia afirmou através de nota que "Regularmente monitora o equipamento e, havendo necessidade, o trecho é incluído no cronograma de ações". O órgão também afirma que a população pode enviar denúncias de problemas na estrutura para o e-mail da Ouvidoria Geral do Município pelo endereço ouvidoria@recife.pe.gov.br.

Leia a nota na íntegra:

"A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) informa que o Eixo Cicloviário Camilo Simões é uma obra do Governo do Estado de Pernambuco, cuja manutenção é feita pela Prefeitura do Recife. Regularmente, a CTTU monitora o equipamento e, havendo necessidade, o trecho é incluído no cronograma de ações para equipe de sinalização realizar a manutenção necessária no trecho do equipamento compreendido em Recife. A CTTU esclarece que o cidadão pode enviar sugestões e demandas para o e-mail da Ouvidoria Geral do Município pelo endereço ouvidoria@recife.pe.gov.br.

Leiajá também

--> Uma ciclovia feita para os carros

Fátima Bernardes e Túlio Gadêlha revolveram passar o final de semana juntos em Brasília. Neste domingo (9), o casal aproveitou o tempo livre da agenda de compromisso e se divertiu pelas ruas da cidade em um passeio de bicicleta. No Instagram, o deputado federal compartilhou vídeos da namorada.

"É pra cá mesmo? [...] Tá um calor da gota serena", disse Fátima, nos conteúdos publicados pelo pernambucano na função dos Stories. Juntos desde novembro de 2017, Fátima Bernardes e Túlio Gadêlha realizaram recentemente uma postagem especial em homenagem ao relacionamento.

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No último dia 3, o parlamentar divulgou fotos da apresentadora do "Encontro" de biquíni contemplando as belezas naturais de Porto de Galinhas, no litoral sul de Pernambuco, citando um trecho da música "Dona da Minha Cabeça", do cantor Geraldo Azevedo.

Confira:

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