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A Procuradoria da República no Distrito Federal pediu que a Justiça Federal rejeite a denúncia contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, e contra o ex-ministro Aloizio Mercadante por obstrução de justiça. Eles foram acusados de tentar atrapalhar investigações da extinta Operação Lava Jato.

O procurador Marcus Marcelus Gonzaga Goulart afirma que, em relação aos ex-presidentes, o caso está prescrito e não entra no mérito das acusações.

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No caso de Mercadante, a avaliação é a de que não há provas de irregularidades. "Faltam elementos mínimos a justificar a abertura de um processo penal. Pelo exposto, inexiste lastro probatório mínimo que aponte a materialidade e autoria delitiva, é o caso de rejeição da denúncia", diz um trecho do parecer.

A denúncia foi oferecida pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot em 2017. Na época, ele citou três episódios que, em sua avaliação, indicariam tentativas de embaraçar apurações contra o PT.

O primeiro é o 'apoio político, jurídico e financeiro' de Mercadante ao senador Delcídio do Amaral, no final de 2015, quando ele estava preso na Lava Jato. Segundo Janot, a aproximação teria como objetivo impedir que o parlamentar fechasse um acordo de colaboração premiada com a força-tarefa de Curitiba. Para a Procuradoria no DF, no entanto, 'não é possível inferir de forma objetiva que a contrapartida à tal assistência seria evitar a celebração do acordo'.

Janot também mencionou a troca de informações sigilosas sobre as investigações entre Dilma e a empresária Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana, por meio de 'contas de correio eletrônico clandestinas', entre 2015 e 2016. Por último, o então procurador-geral da República citou a nomeação de Lula, em março de 2016, para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, com a suposta finalidade de garantir-lhe foro privilegiado.

O caso começou a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF), mas ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, mandou para primeira instância por falta de prerrogativa de foro dos denunciados. O processo passou a correr então na 10.ª Vara do Distrito Federal.

COM A PALAVRA, O EX-MINISTRO ALOIZIO MERCADANTE

"No pedido de arquivamento, o MPF reconhece os argumentos de Mercadante e afirma que a promessa de apoio político ou jurídico, constante do diálogo, 'se insere totalmente no campo da licitude, eis que não há nada de ilegal em pedir ou encorajar uma Casa Legislativa a apoiar uma medida x ou y ou a realizar uma determinada moção. Trata-se do exercício regular do poder político'.

Mercadante reafirma a confiança na Justiça. Esperamos que esse pedido de arquivamento receba o mesmo destaque na imprensa, que foi dado à falsa acusação feita contra Mercadante, a partir de gravações parciais e editadas, como sempre denunciamos."

Os desembargadores da 7ª Turma Especializada do Tribunal Federal Regional da 2ª Região, decidiram, por unanimidade, extinguir uma ação popular que cobrava da ex-presidente Dilma Rousseff uma suposta 'reparação dos prejuízos' em razão de 'pedaladas fiscais'.

Os magistrados acolheram recurso da defesa da ex-presidenta contra decisão proferida pelo juiz Alberto Nogueira Júnior, da 10ª Vara Federal do Rio em 2020. O julgamento se deu em sessão virtual realizada no último dia 16. A ata foi publicada na sexta-feira, 25.

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"Certifico que a 7ª Turma Especializada, ao apreciar os autos do processo em epígrafe, proferiu a seguinte decisão: A 7ª Turma Especializada decidiu, por unanimidade, dar provimento ao recurso de apelação de Dilma Vana Rousseff, reformando integralmente a sentença atacada para extinguir o feito sem resolução do mérito", registra o documento.

Em primeiro grau, Nogueira Júnior acolheu parcialmente a ação popular e determinou que Dilma indenizasse a União por danos materiais e morais, em valor correspondente 'ao total do endividamento público apurado pelo Tribunal de Contas da União'.

A ação popular foi ajuizada em 2016, antes de a presidente Dilma sofrer impeachment, e também atingia o ex-vice da petista, Michel Temer. Logo no início da tramitação processual, no entanto, o juízo inadmitiu a ação contra o emedebista por considerar que 'ele não praticou quaisquer dos atos que levaram o TCU a rejeitar a prestação de contas da presidência em 2014.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quinta-feira (24), que não pretende ter algumas figuras históricas do PT na sua equipe ministerial em um eventual terceiro mandato.

Citando nominalmente a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-ministro-chefe da Casa Civil em seu governo, José Dirceu, e o ex-presidente do PT, José Genoíno, Lula disse que “nenhum deles” aceitaria participar do primeiro escalão de governo caso ele seja eleito em outubro.

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"Obviamente que eles não vão repetir a passagem deles pelo governo. Não há necessidade e eu poderia te dizer sobre as personalidades que você citou: nenhum deles aceitaria. Eu vou te antecipar, nenhum deles aceitaria participar porque eles sabem da importância que eu tenho de fazer um governo ousado para o período de 2023 a 2026", afirmou o petista durante entrevista à rádio Super Notícia, de Minas Gerais.

Lula ainda enalteceu Dilma Rousseff, mas contou que pretende dar espaço aos mais novos.

"Não tem sentido uma ex-presidente trabalhar e auxiliar em um outro governo. Eu tenho um profundo respeito pela Dilma, ela tem uma competência técnica extraordinária, mas eu acho que tem muita gente que surgiu depois que nos governamos esse país. Tem muita gente nova que vamos colocar e essas pessoas que têm experiência podem ajudar me dando um palpite, conversando. Às vezes, as pessoas podem me ajudar não fazendo nada", observou.

Neste momento, ele foi questionado então sobre o motivo de ter aceitado, em 2016, comandar a Casa Civil no governo de Dilma. Lula disse que chegou a tentar convencer a aliada de que não seria eficaz ao governo ele comandar o ministério. Na época, Lula era alvo da Lava Jato e conversas de bastidores apontaram que a intenção era garantir o foro privilegiado ao petista na investigação.

Para derrotar o presidente Bolsonaro (PL) nas eleições, o ex-presidente Lula (PT) vai adotar um discurso de unificação para justificar alianças com parlamentares que votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016.

De acordo com o petista, não é possível discriminar quem votou a favor do impeachment de Dilma, seria “fazer política olhando para o retrovisor”. 

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Segundo petistas, caso as alianças se restringissem apenas a quem se opôs ao impeachment, Lula afirmou que sentaria à mesa apenas com 10% da população brasileira. 

Lula defende publicamente em entrevistas que o momento é de união para reconstruir o País e que isso requer fazer alianças para além do campo da esquerda. Ele tem repetido que não deseja ser apenas candidato do PT ou da esquerda, mas sim de um movimento mais amplo. 

De acordo com relatos, o discurso do ex-presidente ecoa internamente na sigla. Um parlamentar petista afirmou, à Folha, que o partido conhece o papel que cada pessoa teve no processo do impeachment e isso não impede o diálogo com esses atores políticos. 

O núcleo próximo a Dilma é a principal fonte de crítica na sigla. Há o consenso de que ela terá de conviver com pessoas que viraram desafetos, mas que o partido seguirá defendendo a tese de que ela foi vítima de um golpe orquestrado pelo Congresso Nacional. 

A aliados, Lula já manifestou arrependimento por não ter disputado as eleições de 2014, mas insiste no apoio a Dilma. 

Mesmo com a defesa dela e do legado de seu governo, Lula tem indicado que ela não deve ocupar nenhum cargo na sua gestão caso ele vença a eleição. Em entrevista à CBN Vale do Paraíba neste ano, o ex-presidente disse que faltava a ela paciência. “Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar e atender as pessoas mesmo quando você não gosta do que elas estão falando”, contou. 

Dilma x Marta Suplicy

Relatos contam que uma das principais figuras que Dilma guarda mágoas é a ex-senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, que se afastou do PT no momento do impeachment e se filiou ao MDB, partido de Temer. 

Por sua vez, Suplicy conta com a gratidão de Lula pela sua atuação na campanha presidencial de 2002, e até chegou a ser cotada para vice na disputa em outubro. 

Marta tem se aproximado de líderes petistas e não só participou do jantar que reuniu Lula e Alckmin em São Paulo no fim do ano passado, como sentou à mesa com os dois. Em janeiro, ela organizou encontro com mulheres em sua casa para discussão de projetos. À coluna Mônica Bergamo, da Folha, ela minimizou não ter chamado Dilma e nem a ex-ministra Marina Silva (Rede). “Por que não a Maria, por que não a Joana? Tem tanta mulher importante nesse Brasil, tem tanta mulher em todas as áreas. Foi muito difícil selecionar. Comecei com as mais próximas, depois ampliei para outras e acabou faltando muita gente”, disse. 

Ainda não há definição se a ex-senadora deve ocupar algum cargo específico na campanha de Lula, apesar de o sentimento dela ser que poderia ajudar no processo por ter muito a contribuir. Atualmente, ela é secretária municipal de Relações Internacionais de São Paulo.

Renan Calheiros

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) é um dos interlocutores do ex-presidente e votou a favor do impeachment de Dilma. O senador se renunciou com Lula em janeiro e defendeu apoio do MDB nas eleições.

Apenas o PCdoB, dos partidos que costumam federar com o PT, teve deputados que não votaram a favor do impeachment. Já no PV, os seis deputados foram favoráveis, e Sarney Filho (MA) estava entre eles. 

Em maio do ano passado, o petista publicou uma foto ao lado do ex-presidente José Sarney (MDB), pai de Zequinha. Em agosto, o visitou no Maranhão, onde o PT deve compor uma aliança com MDB e PSDB. 

Danilo Cabral

Já no PSB, dos 32 parlamentares que formavam a bancada, 29 votaram a favor do impedimento; o deputado federal Danilo Cabral, anunciado como pré-candidato do PSB ao governo de Pernambuco foi um deles. A oficialização da candidatura ocorreu uma semana após o senador Humberto Costa (PT) se retirar da disputa.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) negou neste sábado, 5, que vá disputar cargo político nas eleições de outubro. Ela foi às redes sociais rebater rumores sobre sua relação com Luiz Inácio Lula da Silva, que vinha mostrando sinais de desgaste, e sobre sua situação na legenda. A petista disse não se sentir isolada na sigla e classificou seu convívio com o ex-presidente como "inabalável".

"Não me sinto isolada pelo Partido dos Trabalhadores. Não adianta quererem fazer intriga entre mim e o presidente Lula. Nossa relação de confiança já foi testada inúmeras vezes e é inabalável", publicou Dilma.

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Em entrevistas recentes, porém, Lula vem direcionando críticas veladas à sua sucessora no Planalto. Em 26 de janeiro, o líder petista afirmou que ela peca ao não ter "jogo de cintura" e "a paciência que a política exige", sinalizando que não deve trazê-la para algum cargo no governo caso seja eleito.

"Na minha opinião, a companheira Dilma erra na política. Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar e atender as pessoas mesmo quando você não gosta que a pessoa está falando", disse o ex-presidente à rádio CBN.

O papel de Dilma na campanha petista passou a ser questionado sobretudo depois da ausência da petista no jantar que reuniu Lula e Geraldo Alckmin, realizado em dezembro de 2021. À época, o ocorrido gerou especulações de que o PT estaria tentando "esconder" a ex-presidente para evitar desgastes à campanha presidencial deste ano. Ela foi alvo de impeachment em 2016 e a condução da política econômica em seu governo também é contestada.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016 aconteceu por falta de apoio político, não por conta do crime de responsabilidade fiscal - como foi justificado pelos parlamentares para o seu afastamento. 

“A justificativa formal foram as denominadas 'pedaladas fiscais’' violação de normas orçamentárias, embora o motivo real tenha sido a perda de sustentação política”, afirmou Barroso em artigo para a edição de estreia da revista do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), que será publicada em 10 de fevereiro.

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No texto, ainda inédito, Barroso compara com a situação do ex-presidente Michel Temer (MDB), que sucedeu Dilma. Para ele, o emedebista, acusado de vários casos de corrupção à época, só se manteve no cargo por conta do apoio do Congresso.  

“O vice-presidente Michel Temer assumiu o cargo até a conclusão do mandato, tendo procurado implementar uma agenda liberal, cujo êxito foi abalado por sucessivas acusações de corrupção. Em duas oportunidades, a Câmara dos Deputados impediu a instauração de ações penais contra o presidente”, escreveu o ministro em seu artigo.  

Luís Roberto Barroso aponta que não acredita que o afastamento de Dilma tenha sido um golpe, como o PT e seus aliados fazem questão de afirmar até hoje. Para o ministro do STF, o impeachment da petista “cumpriu a Constituição”. 

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou entrevista nesta sexta-feira (28) para voltar a falar de Dilma Rousseff. No começo da semana, o ex-presidente, ao falar em não repetir governos anteriores, disse que a ex-presidente não tinha "jogo de cintura" nem a "paciência que a política exige". Hoje o petista estendeu a fala e, após declarar o profundo respeito e admiração pela aliada, declarou que lhe parecia "que ela não gostava muito de conversar". "E tem gente que é assim", disse.

Ao comentar que política não se aprende da Universidade, Lula declarou que, apesar da competência técnica da sua sucessora, ela parecia não estar aberta ao diálogo, e justificou afirmando que a experiência da Dilma "foi muito sofrida". "Uma mulher que sofreu muito, uma mulher já foi torturada, uma mulher que tinha muitos motivos pra ter ressentimento, essa mulher foi presa, virou presidente da República, governou sem nenhum espírito de vingança contra ninguém", continuou, em entrevista à rádio Liberal FM do Belém do Pará.

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Como mostrou o Estadão, Dilma se tornou o centro de uma divergência de opiniões entre a liderança de seu partido. O vice-presidente nacional da sigla, Washington Quaquá, chegou a dizer que a ex-presidente não tem mais relevância eleitoral. A presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), rebateu a declaração do colega e elogiou a trajetória da de Dilma, classificando a fala de Quaquá como uma "opinião pessoal".

No mês passado, a ex-presidente não esteve no jantar organizado pelo grupo de advogados Prerrogativas, promovido para premiar Lula e realizar o primeiro encontro público entre o petista e o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), que articula uma aliança para ser vice na chapa do ex-presidente. Alckmin foi a favor do impeachment de Dilma.

Vice

O petista também voltou a falar sobre a construção de uma chapa com Alckmin. Lula repetiu que não pode construir uma aliança com o ex-tucano por ele ainda não ter definido seu partido, mas adiantou que o perfil do seu vice será de "contraponto ao PT". "O vice não será um cara igual eu, ele terá que ser diferente. Ele terá que ser um contraponto ao próprio PT, ou seja, alguém que possa trazer outros setores da sociedade e alguém que possa ajudar na construção do funcionamento de um governo de coalizão", declarou Lula.

O ex-presidente Michel Temer disse que "não há razão" para o PT esconder Dilma Rousseff da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto. "É um equívoco ignorar, porque ela tem presença, e tem uma presença também nacional, acho que pode ser utilizada", disse em entrevista ao podcast Descomplica, Kelly! publicado nesta terça-feira (18).

Temer minimizou especulações de opositores sobre uma suposta tentativa do PT de afastar de Lula a imagem da ex-presidente, defendeu que Dilma tem seus adeptos e que, por isso, "pode colaborar com a campanha".

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No mês passado, Dilma não participou do jantar do Grupo Prerrogativas promovido para premiar Lula e realizar o primeiro encontro público entre o petista e o ex-governador Geraldo Alckmin, que articula uma aliança para ser vice na chapa do ex-presidente. Alckmin foi a favor do impeachment de Dilma.

Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que houve um "ruído de comunicação" que fez com que o convite não chegasse a Dilma e assumiu a responsabilidade pelo equívoco.

No dia 4, a Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, publicou uma nota de solidariedade a Dilma. Na última quinta-feira, a ex-presidente e Lula se reuniram com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro e presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante.

Bolsonaro

Na entrevista, Temer também disse não se arrepender de ter ajudado Jair Bolsonaro a redigir uma carta onde assume um compromisso público de moderação e reconstrução de pontes com o Supremo Tribunal Federal (STF) após declarações do presidente durante as manifestações de 7 de setembro. Temer acredita que a carta deu resultado e evitou problemas maiores. "Deu resultado naquele momento. Nós evitamos uma grande conflagração até de natureza civil que poderia ocorrer", afirmou.

Mas Bolsonaro pôs fim à trégua com o STF e voltou a distribuir críticas aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, vinculando os dois à campanha do PT ao Palácio do Planalto. O presidente acusou os ministros de cassar "liberdades democráticas" para beneficiar a candidatura de Lula e disse que Barroso entende de "terrorismo"

As eleições começam antes do encontro nas urnas e seus rumos já se definem a partir das pesquisas de voto. Até o momento, Lula leva vantagem em todos os cenários, o que indica a saudade do brasileiro da gestão do PT. O doutor em Ciência Política e professor da Asces-Unita Vanuccio Pimentel comentou sobre o cenário.

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Ao prever o acirramento da polarização, o estudioso lembra que a liderança do petista não surpreende. Ele se apresentou como forte concorrente em 2018, mas teve a candidatura impossibilitada pela pena decretada pelo ex-juiz Sergio Moro, o que pavimentou o crescimento do então candidato Jair Bolsonaro.

Na visão de Vanuccio, além do “próprio desajuste que é o Governo Bolsonaro e da lembrança que as pessoas têm do Governo Lula”, a implosão do centro do antipetismo, sustentado pela Operação Lava Jato, justifica a reconciliação do eleitorado com o ex-presidente.

"Com a Lava Jato naufragando e as decisões de Moro sendo revertidas, isso sai do cenário real da Política, ou seja, já é um tema que não vai estar mais em discussão, o que beneficia muito o Lula pelo fato de que toda aquela estrutura se desabou e, queira ou não, justifica o discurso que sempre teve desde o começo da Lava Jato de que era uma operação política", afirma.

Eleito no 1º turno

Votado por aproximadamente 48% dos eleitores, as previsões possibilitam uma vitória ainda no primeiro turno. "Dependendo da quantidade de apoios que Lula possa vir a conseguir, ele tem uma possibilidade real de projetar uma vitória no primeiro turno. Ainda é muito cedo, mas é algo que pode ocorrer", comenta o professor.

Lula é maior que o PT

Como Fernando Haddad não foi suficiente em 2018 e Dilma Rousseff foi destituída pela pressão popular dos protestos de 2013, o cientista vê a popularidade do petista como o interesse fundamental ao invés da volta do PT em si.

"Dilma ainda mantém uma popularidade baixa comparada com Lula. Então, o eleitor soube diferenciar o que era o Governo Lula e o que era o Governo Dilma. Não sei se há esse arrependimento", considera.

Terceira via retraiu junto com a Lava Jato

Bem atrás, uma terceira via tímida se apresenta com Sergio Moro, que teve a credibilidade contestada quando assumiu o Ministério da Justiça a convite de Bolsonaro e, recentemente, se filiou ao Podemos para concorrer à Presidência. Como quarta força, Ciro Gomes (PDT) é ameaçado de ter que suspender a candidatura pelo baixo desempenho.

"A terceira via, no contexto de hoje, é muito restrita. Estamos falando de talvez, no máximo, 20% do eleitorado. Basicamente não impede uma polarização entre os dois principais atores. Então, acho muito difícil que esta terceira via ganhe fôlego eleitoral", complementa Vanuccio.

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Ipespe na última segunda (19) aponta que o governo Jair Bolsonaro possui a pior avaliação na comparação com todos os chefes do executivo deste século. Para 45% dos entrevistados, a performance do atual mandatário é pior do que a da ex-presidente Dilma Rousseff. Outros 34% preferem a atual gestão.

Os dados também revelam que 37% dos participantes consideram a gestão Temer melhor do que a de Bolsonaro, contra 35% dos que acreditam que o presidente faz melhor governo do que o emedebista. Nos anos anteriores em que a pesquisa foi realizada, Bolsonaro não havia aparecido à frente de Temer, Dilma e Lula.

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A pior avaliação de Bolsonaro ocorre na comparação com Lula  (57% a 27%). Além disso, 45% dos entrevistados consideram que Fernando Henrique Cardoso foi melhor presidente do que o capitão do exército.

Encomendada pela XP Investimentos, o levantamento foi realizado entre os dias 14 e 16 de dezembro mostra que a popularidade de Bolsonaro segue derretendo. Apenas 24% dos entrevistados avaliaram o governo como "ótimo" ou "bom", um ponto percentual a menos do que do que indicou a rodada de novembro.

A juíza Geraldine Vital, da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, julgou improcedente ação contra a União, os ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e os ex-presidentes da Petrobras Graça Foster e José Sergio Gabrielli ligada à construção da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Contratos desse braço da Petrobras foram o primeiro alvo da Operação Lava Jato, em 2014, e são objetos de outros processos. Na ação em questão, a magistrada entendeu que não há, nos autos, prova "demonstre que a construção da RNEST seja lesiva à cidadania brasileira", como alegado.

"Para caracterizar o dano moral coletivo é necessário que a ofensa extrapole o âmbito individual e cause repercussão coletiva, mediante a repulsa geral da sociedade diante do ato antijurídico. No caso concreto, não restou demonstrado nestes autos que a construção da RNEST seja ilegal, imoral ou mesmo que tenha lesado os cofres públicos. Ainda que tudo isso possa vir a ser demonstrado em outros processos judiciais que também tratam da construção da Refinaria Abreu e Lima, fato é que, nesta ação popular, não há elemento probatório que corrobore as afirmações autorais", escreveu a juíza em despacho datado de sexta-feira, 17.

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O processo que acabou extinto foi impetrado na Justiça Federal fluminense em 2013, pedindo a anulação de todos os atos administrativos ligados à construção da Refinaria de Abreu e Lima, a paralisação definitiva da obra e a reversão à Petrobras de todo o ativo separado para o investimento, Além disso, o processo requeria o pagamento de danos morais, com reversão da verba para o Fundo Especial de Apoio a Programas de Proteção e Defesa do Consumidor de todos os Estados da Federação sob a alegação de que a construção da refinaria seria "um projeto irresponsável e inconsequente, com custo previsto de R$ 20 bilhões".

Ao analisar o caso, Geraldine Vital ponderou que, quanto aos pedidos de paralisação da obra, há "perda de objeto", considerando que a Refinaria Abreu e Lima terminou de ser construída e iniciou suas operações no ano de 2014. Na mesma linha, a magistrada considerou que também não é mais cabível o pedido de restituição dos gastos usados no investimento, uma vez que os "valores investidos pela Petrobras e pela União foram efetivamente utilizados na obra de construção da RNEST, e o investimento reverteu-se na construção da refinaria".

A juíza evocou parecer do Ministério Público Federal e destacou que a ação discutia a viabilidade da obra, com base na alegação de que a construção da RNEST seria um "projeto irresponsável, inconsequente, e fruto de um desplanejamento". No entanto, segundo Vital, a prova juntada aos autos não corrobora tal versão, "especialmente tendo em vista que a obra foi de fato concluída e a refinaria está atualmente em atividade".

"Eventual discussão acerca da excessividade dos gastos ou da ocorrência de corrupção na construção na refinaria fogem do escopo dessa demanda, especialmente tendo em vista que nestes autos não foi produzida nenhuma prova nesse sentido, bem como que essa questão está sendo devidamente apurada na seara criminal e também sob a luz da lei de improbidade administrativa", escreveu a magistrada.

Novamente seguindo a Procuradoria, a juíza destacou que as obras realizadas e os contratos delas decorrentes são objeto de investigação e ações que visam reparar os danos causados aos cofres públicos, não devendo ser tratados na ação popular em questão, "sob pena de haver decisão conflitante".

Por fim, ao analisar o pedido restante, que pedia o pagamento de danos morais sob o argumento de que os atos dos réus "seriam imorais e lesivos à cidadania brasileira", Geraldine Vital ponderou que a ação popular "não indicou com clareza" o motivo a indenização e ainda não apresentou argumentação sobre a "existência de dano moral coletivo advindo da conduta dos réus".

"Na parte dos pedidos, o autor traz pela primeira vez a questão da indenização por supostos danos morais, sem, contudo, individualizar quais condutas seriam ensejadoras da alegada responsabilidade civil. Menciona o autor, somente, que os danos morais seriam devidos pelo fato de os atos dos réus serem imorais e lesivos à cidadania brasileira", assinalou.

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, assinaram uma carta que pede liberdade para Julian Assange, fundador do WikiLeaks. O documento, divulgado nesse domingo (12), pela organização de esquerda Grupo de Puebla, afirma que a prisão de Assange é um "triunfo da opressão, do silêncio e do medo".

O texto foi assinado por líderes da esquerda de diversos países da América Latina, incluindo o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper e o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo. Entre os brasileiros, também assina a carta o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante.

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Assange ficou mundialmente conhecido em 2010, quando divulgou milhares de documentos diplomáticos e militares americanos. Em 2016, publicou milhares de mensagens secretas da campanha da democrata Hillary Clinton, rival de Donald Trump nas eleições daquele ano.

Na última sexta-feira (10), a Justiça do Reino Unido determinou que o criador do WikiLeaks pode ser extraditado para os Estados Unidos para responder a acusações de espionagem. O australiano, que tem 50 anos, é alvo de pelo menos 17 acusações criminais e pode ser condenado a até 175 anos de prisão.

Segundo a carta assinada por Lula e Dilma, a determinação do tribunal britânico é um "grave erro judicial" que abre precedentes contra a liberdade de expressão e os direitos humanos. "A decisão do Tribunal de Westminster (Reino Unido), de 10 de dezembro de 2021, que possibilita a extradição de Julian Assange aos EUA, não é apenas um grave erro judicial que põe em risco sua vida, como sua advogados de defesa, mas sim uma decisão que abre sérios precedentes na violação do direito humano à liberdade de expressão e informação", diz o documento.

Na manhã deste domingo (5), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) postou uma foto ironizando boatos de que estaria internada após sofrer uma embolia pulmonar.

"Eu e a minha embolia pulmonar agora pela manhã", escreveu Dilma ao postar uma foto andando de bicicleta.

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O assunto de que a ex-presidente estava internada surgiu no sábado (4), e chegou a ser desmentido pela assessoria de imprensa da petista. Os assessores classificaram os boatos como "levianos e mentirosos". 

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Após ser chamada de incompetente e presunçosa por Ciro Gomes, a ex-presidenta Dilma Rousseff voltou a twitter para responder o ex-ministro e ex-governador do Ceará. Para ela, o pedetista acredita que somente ele é competente e disse que as críticas disparadas contra ela são inadequadas e misóginas.

“Só Ciro Gomes é competente. Este é o pecado de sua enorme presunção. Esta é a sua visão quando se trata de avaliar o resto da humanidade. Mas quando se trata de mulher, sua visão não é só inadequada, é também profundamente misógina”, começou a petista.

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A ex-presidenta disse ainda que achava triste que Ciro havia se arrependido de “defender a democracia” e que usa os mesmos “argumentos golpistas que diz ter combatido”.

“Para além disso, Ciro sistematicamente distorce os fatos. E, nisso, não se difere em nada de Bolsonaro. Ambos adoram quando os alvos de suas agressões reagem. Precisam disso para obter likes e espaço na mídia. É disso que se alimentam”, analisou.

Dando sinal que não mais se pronunciará sobre o assunto, Dilma encerrou sua mensagem dizendo que há assuntos mais importantes a serem discutidos no Brasil.

“Infelizmente para Ciro, encerro esta polêmica estéril por aqui. O Brasil precisa é discutir a gravíssima crise democrática, social, sanitária e econômica em que se encontra. Lamento ter, em algum momento, dado a Ciro Gomes a minha amizade”, finalizou.

Após dizer estar seguro que Lula havia conspirado pela queda de Dilma Rousseff em 2016, Ciro Gomes foi repelido pela própria ex-presidenta, não engoliu, e "virou seus canhões" contra ela. O ex-governador do Ceará disse que a petista foi uma das pessoas "mais incompetentes, inapetentes e presunçosas que já passaram pela presidência".

Em guerra para garantir sua viabilidade eleitoral em 2022, Ciro Gomes (PDT) afirmou que um dos seus erros foi ter lutado contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

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O pedetista salienta que, na época do afastamento da petista, para alívio de sua consciência, ele não estava defendendo o seu mandato em si.

"(Defendi) a integridade do cargo que você toscamente ocupava. Se hoje você prefere estar ao lado dos que a traíram, obrigado por me poupar da sua incômoda companhia", disparou Ciro Gomes.

Dilma alfinetou

A ex-presidenta Dilma não deixou barato a insinuação de que Lula teria conspirado para que o impeachment dela ocorresse. No seu twitter, a petista disse que o pré-candidato do PDT à presidência tenta de tudo para reagir à sua baixa aprovação popular.

"(Ciro) mais uma vez mente de maneira descarada, mergulhando no fundo do poço. O problema, para ele, é que usa este método há muito tempo e continua há quase uma década com apenas um dígito nas pesquisas", provocou Rousseff.

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O deputado federal Aécio Neves (PSDB) disse que não houve fraude nas eleições de 2014, quando disputou a presidência da República com Dilma Rousseff (PT), que foi reeleita.  O posicionamento do tucano acontece após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter afirmado, em entrevista, que Aécio foi quem saiu vitorioso na disputa, mas que houve fraude. A afirmação do presidente não apresenta provas.

"Eu não acredito que tenha havido fraudes nas urnas em 2014. Tampouco acredito que nós estejamos fadados a viver eternamente com as urnas eletrônicas de primeira geração", disse o deputado ao UOL.

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A conta oficial do PSDB no Twitter também se colocou contra a afirmação de que houve fraude em 2014.  "O jogo de Bolsonaro é claro. No risco de perder as próximas eleições, alega fraude - sem evidências, sem apresentar provas. Flerta com um extremo minoritário. O PSDB considera as eleições de 2014 limpas e confia nas urnas eletrônicas. Estará sempre na defesa da democracia", pontuou. 

Nesta quarta-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a colocar em xeque a confiabilidade das urnas eletrônicas. Desta vez, ele afirmou que houve fraude nas eleições de 2014 e que Aécio Neves (PSDB) foi eleito naquele ano, e não Dilma Rousseff (PT). 

A declaração de Bolsonaro foi dada em entrevista à 'Rádio Guaíba', de Porto Alegre. "Nosso levantamento, feito por gente que entende do assunto, garante que sim. Não sou técnico de informática, mas foi comprovada fraude em 2014", disse.

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Além disso, o presidente afirmou que o parlamento brasileiro "negociou com lideranças partidárias para que o voto impresso não fosse votado". "Para quê? Para fraude. O Brasil é o país que desponta no tocante da informatização. Por que o Japão não adota o voto eletrônico? Por que os Estados Unidos não fazem o mesmo?", indagou.

Jair Bolsonaro ainda criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal(STF) Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para o chefe do Executivo, Barroso é quem não quer transparência nas eleições e teria interesses pessoais por trás disso.

Na última segunda-feira (5), o ministro afirmou, durante debate temático no Senado, que as urnas eletrônicas são seguras, além de se colocar contra a aprovação da volta do voto impresso. 

A ex-presidente da República Dilma Rousseff publicou uma nota de solidariedade às pessoas que perderam "entes queridos" para a Covid-19 e responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro e seu governo pela tragédia de 500 mil mortes por Covid-19. Em sua conta no Twitter, Dilma chamou a condução da crise sanitária de "política genocida".

A ex-presidente tuitou neste sábado (19): "a omissão criminosa adquirindo vacinas e o negacionismo diante da ciência e da vida fazem de Bolsonaro e do seu governo os responsáveis pela tragédia de 500 mil mortes. Expresso indignação e repúdio a essa política genocida. Minha solidariedade aos que perderam entes queridos".

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A ex-presidente Dilma Rousseff passa bem depois de se submeter a uma bateria de exames no Hospital Moinho de Ventos, em Porto Alegre, na tarde desta terça-feira (25). Na última segunda, a petista havia sentido um mal estar durante reunião virtual com o ex-deputado federal Miguel Rosseto. Por meio de nota, a assessoria da ex-presidente informou que ela já se encontra em casa e que nada foi constatado pelos exames.

Durante a manhã, Dilma permaneceu em observação na unidade de saúde, sob os cuidados do médico Paulo Caramori. Ela teve alta por volta das 15h30. Leia a nota na íntegra:

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“A Assessoria de Imprensa da ex-presidenta Dilma Rousseff informa que ela concluiu os exames realizados no Hospital Moinho de Ventos, em Porto Alegre, e teve alta por volta das 15h30 desta terça-feira, 25. Ela já está em casa, em bom estado de saúde e consciente. Nada foi registrado nos exames feitos nesta tarde sob a supervisão do médico Paulo Caramori.

ASSESSORIA DE IMPRENSA Dilma Rousseff”.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta terça-feira (25), em rede social, que conversou com a também ex-presidente Dilma Rousseff, que passa hoje por exames em hospital de Porto Alegre após sentir-se mal.

"Falei com a @dilmabr hoje 9h da manhã e ela já estava se sentindo melhor, falante como sempre. Se Deus quiser em breve já estará de volta em casa, recuperada e com muita disposição pra nossa luta", escreveu Lula.

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Dilma Rousseff passa por exames no Hospital Moinho de Ventos, em Porto Alegre, após um mal-estar sofrido na noite desta segunda-feira (24). De acordo com nota divulgada na manhã desta terça pela assessoria da ex-presidente, ela estava acompanhada pelo médico Paulo Caramori.

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