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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (4), em sessão do Congresso Nacional, R$ 27,1 bilhões em créditos adicionais ao Orçamento da União. Todos os projetos serão analisados pelo Senado ainda nesta quarta-feira.

Ao todo, 29 projetos de lei do Congresso Nacional (PLNs) foram analisados pelos deputados. Destes, 28 foram aprovados em bloco conforme o texto encaminhado pelo Poder Executivo. 

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Uma das propostas foi alvo de críticas de parlamentares da oposição por remanejar R$ 1,4 bilhão do Ministério da Educação e destinar para realização de obras. A aprovação da proposta foi viabilizada após acordo entre os líderes partidários e o governo para que os recursos sejam recompostos. 

O projeto foi aprovado por 307 votos a 126 e vai destinar R$ 6,1 bilhões para obras de infraestrutura para os ministérios do Desenvolvimento Regional (R$ 2,3 bilhões), Infraestrutura (R$ 1 bilhão), Agricultura (R$ 50,5 milhões), Minas e Energia (R$ 286,7 milhões) e Saúde R$ 243,6 milhões.

Vetos

Antes da análise dos créditos adicionais, os deputados derrubaram o veto do presidente Jair Bolsonaro à prorrogação, até o final de 2021, da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia, que empregam mais de 6 milhões de pessoas.

A prorrogação da desoneração foi aprovada em junho pelo Senado e encaminhada para a sanção presidencial. A iniciativa foi incluída na Medida Provisória (MP) 936/20, que autorizou a redução da jornada de trabalho e dos salários em razão da pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19.

Durante uma live na noite desta quinta-feira (24), o ex-presidente Lula (PT) falou sobre as dificuldades do País e relembrou ações feitas enquanto ele era chefe do Executivo. O petista aponta que, no seu governo, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu a erradicação da fome no Brasil. "Agora, ela (a fome) voltou, e voltou forte. Hoje, mais de 15 milhões de brasileiros vão dormir sem ter o que comer", aponta. 

Lula reclamou do preço da cesta básica "no país que não tem nem inflação de alimentos". O ex-presidente confirma que os preços dos alimentos estão altos porque o governo Bolsonaro preferiu dar destaque para as exportações. 

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"O país sério e um governo sério só exportam para o exterior aquilo que é o excedente da sua produção. Primeiro, eu dou comida para o meu povo, depois eu vou dar um pouquinho de comida para o chinês, para o alemão e o americano", explica. 

Ainda durante a live, o petista aponta que a atenção aos pobres deveria ser prioridade de qualquer governo. "A gente conseguiu provar que o povo pobre não é problema de um país, é a solução quando você inclui esse povo dentro do orçamento", disse.

Ele aponta que os pobres são os melhores consumidores que o país pode ter, já que com dinheiro em mãos, ele "vai fazer investimento na sua barriga" comprando comida. Lula defende que o programa Bolsa Família possibilitou que as pessoas pudessem comprar aquilo que antes não podiam.

"Para cuidar do povo pobre você não precisa ter curso de economia, precisa ter coração. Você tem que ter consciência, respeito e solidariedade. É isso que faz as pessoas se diferenciarem no governo", avalia o ex-presidente.

SUS durante a pandemia

O ex-presidente Lula avalia que, neste momento pandêmico que o país está vivendo, se não fosse o Sistema Único de Saúde (SUS), o "país estaria num caos". 

"Quem está cuidando da saúde é o Estado brasileiro, é o SUS. Eu não quero um Estado empresário, quero um Estado que tenha competência de ser forte para o atendimento daquilo que o povo brasieliro precisa", diz o petista.

Para o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é alvo de uma perseguição que tem contribuído para a imagem negativa do país no exterior. Por meio de videoconferência com veículos da imprensa internacional, Mourão defendeu o líder do Executivo dizendo que Bolsonaro não compactua com o extermínio dos povos indígenas e não deve ser comparado com ditadores.

A Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), aponta que mais de 17 mil índios foram contaminados pela Covid-19 e 544 deles morreram. Além disso, o Brasil já chega na marca dos 95 mil mortos pelo novo coronavírus e 2.750.318 infectados. É diante desses números que o vice-presidente resolveu reunir a imprensa para defender a forma que o presidente da República está combatendo a pandemia.

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"O país apresenta 1,7 milhão de curados, o índice de óbitos baixou de 8% para 4%, o país está agindo de acordo com todos os protocolos, embora só se fale da cloroquina e da hidroxicloroquina", explica Mourão.

O vice-presidente destacou as questões indígenas por conta da imagem negativa que o mundo tem da relação do governo brasileiro com esses povos e os quilombolas. Bolsonaro, inclusive, chegou a ser alvo de uma acusação formal de genocídio desses povos.

Sobre isso, Mourão retrucou: "Genocídio? Genocídio fez Hitler com os judeus, os turcos, com os armênios, fez Ruanda nos anos 1990, fez o Stalin na União Soviética. Há um compromisso do governo com a proteção dessas populações, de acordo com a Constituição", assegura o vice-presidente. Além disso, ele insiste que o combate ao novo coronavírus é diferente de país para país.

Em entrevista ao programa de Pedro Bial, exibido na noite desta segunda-feira (1°), o Procurador Geral da República, Augusto Aras, afirmou que se um Poder invadir a competência do outro poder, as Forças Armadas poderão intervir, dando a sua interpretação do artigo 142 da Constituição Federal, que define o papel das Forças Armadas.

Segundo Aras, as Forças Armadas têm o papel de garantidora dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). 

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"Quando o artigo 142 estabelece que a s Forças Armadas devem garantir o funcionamento dos Poderes constituídos, essa garantia é no limite da garantia de cada Poder. Um poder que invade a competência de outro Poder, em tese, não há de merecer a proteção desse garante da Constituição. Se os Poderes constituídos se manifestarem dentro das suas competências, sem invadir as competências dos demais Poderes, nós não precisamos enfrentar uma crise que exija dos garantes uma ação efetiva de qualquer natureza", declarou o PGR ao jornalista Pedro Bial.

Ao site Época, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que preferiu não se identificar, declarou: "Quem vai impedir que as Forças Armadas são garantias da Constituição? Quem vai definir se houve invasão? Isso não faz o menor sentido", criticou.

O presidente Jair Bolsonaro cobrou nesta quarta-feira (28) respeito ao Executivo e fez um apelo para que "deixem o governo trabalhar". As declarações foram dadas no dia seguinte a uma ação da Polícia Federal contra fake news autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que mirou aliados do presidente.

Em sua fala em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro defendeu a liberdade de expressão, no entanto se negou a responder a perguntas dos jornalistas. O presidente afirmou que Legislativo e Judiciário precisam ser "independentes" - mas apelou para que "não mergulhem o Brasil em uma crise política".

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Bolsonaro criticou o inquérito do Supremo que apura ocorrências de fake news contra membros da Corte e disse que trabalhou até tarde no dia de ontem para contornar a situação que colocou seus aliados na mira da Polícia Federal.

Ele destacou que a democracia é "sagrada" e disse, de forma exaltada, que busca a "paz, harmonia, independência e respeito".

"A democracia é algo sagrada e admite que todos estejam preocupados com ela. Não basta apenas um ou dois Poderes se preocupar, todos devem se preocupar com ela (sic)", disse.

Bolsonaro se dispôs a conversar com os chefes de cada Poder, citando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o ministro Luiz Fux, do STF, que responde interinamente pela Corte.

Bolsonaro sugeriu ainda, sem detalhar nomes, que querem o tirá-lo da "cadeira" de presidente. "Inventar factóides e fake news contra a minha pessoa para me tirar da minha cadeira: não vão tirar", disse.

Mais cedo, Bolsonaro havia declarado que não admitirá "decisões individuais" e "monocráticas" em um alerta velado ao STF. "Chega". "Acabou, porra!", esbravejou. "Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas individuais, tomando de forma quase que pessoais certas ações", disse. "Não teremos outro dia igual ontem. Chega. Chegamos ao limite. Estou com as armas da democracia na mão", completou.

Enquanto a população sofre em quarentena para reduzir os efeitos da pandemia, a Assembleia de Pernambuco (Alepe) parece não se preocupar com os impactos financeiros do novo coronavírus e divide as atenções com a nova decoração dos setores administrativos. Conforme publicado no Diário Oficial, nesta terça-feira (31), foi estimado o valor de até R$ 1,4 milhão para a contratação de uma empresa especializada em ornamentação.

A licitação para fechar a "ornamentação e ambientação de interiores nos setores administrativos" está marcada para o dia 7 de abril e será conduzida pela pregoeira oficial da Casa, Marcela Freitas. O mesmo valor também é associado à licitação para o fornecimento de equipamentos para a TV Alepe, que tem o início das transmissões virtuais agendado para esta terça (31).

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Enquanto o Legislativo gastar esforços e recursos com supérfluos, o Executivo adotou outra postura. O secretário da Fazenda do Estado, Décio Padilha, suspendeu todos os certames sem relação com o novo coronavírus ou os que sejam de caráter urgente. Já no Executivo, as licitações sem relação com a covid-19 só terão continuidade com autorização de um grupo de secretários, na Câmara de Coordenação Financeira.

 

O diretor-executivo de inovação e serviços do Ser Educacional, Joaldo Diniz, venceu o Prêmio Executivo de TI do Ano na categoria Educação. A edição de 2020 da premiação aconteceu na última quarta-feira (18), completamente on-line, devido a pandemia do novo coronavírus.

O prêmio é um reconhecimento ao trabalho dos profissionais da área que se destacaram durante o ano no desenvolvimentos de negócios que impactaram positivamente o mercado de TI no país.

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O evento, é realizado pela IT Mídia em parceria com a Korn Ferry, e nesta edição foram avaliados cerca de 376 inscrições, sendo 248 CIOs e 128 profissionais da Indústria para as 27 categorias.

Confira os vencedores:

Educação

Joaldo Diniz, Grupo Ser Educacional

Saúde

Bruno Henrique Machado, AMIL

Indústria Automotiva, autopeças e mecânica

Angelo Figaro, Renault-Nissan

Bancos

Rogério Pedro Câmara, Bradesco

Bens de consumo duráveis

Simone Okudi, Stanley Black & Decker

Bens de consumo não duráveis

Claudia Meira, Avon Cosmetics

Indústria de TI

Fabricante de Hardware e Software - CMO

Fernando Migrone, SAP Brasil

Fabricante de Hardware e Software - CEO

Dennis Herszkowicz, TOTVS

A ministra da Igualdade, Irene Montero, apresentou resultado positivo para o novo coronavírus, anunciou nesta quinta-feira o governo da Espanha, antes de informar que todos os integrantes do Executivo serão submetidos a exames.

"Montero esté em bo estado de saúde, assim como seu companheiro, o segundo vice-presidente de governo, Pablo Iglesias, que está em quarentena", afirma o comunicado do governo.

"Seguindo com os protocolos estabelecidos, esta manhã acontecerão exames diagnósticos em todos os membros do Executivo. Os resultados serão conhecidos ao longo da tarde e serão comunicados oficialmente", completa o texto.

Um conselho de ministros extraordinário programado para esta quinta-feira, com o objetivo de aprovar um plano de medidas econômicas para apoiar setores afetados pela pandemia de coronavírus, como o turismo e as pequenas e médias empresas, acontecerá de acordo com os "protocolos preventivos" determinados pelas autoridades do setor de saúde.

E as próximas reuniões previstas na agenda do presidente do governo, Pedro Sánchez, "acontecerão por videoconferência.

A Espanha registra 2.140 casos de Covid-19 e 48 mortes.

Por conta dos possíveis disparos de mensagens feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) através de suas redes sociais, o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Tadeu Alencar, afirma que a atitude do presidente é uma "afronta à Constituição". Os disparos apontados chama a população para se manifestar em favor do governo e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.

"Ao se permitir tamanho ataque à Democracia, que não prescinde do funcionamento independente e harmônico dos Poderes, o presidente Bolsonaro demonstra um desprezo pelas instituições que não pode passar em vão. É necessária enérgica resposta do parlamento, da Suprema Corte, mas, em especial, da sociedade, que há muito tem minimizado os arroubos autoritários de quem jurou, mas esqueceu rápido, defender a ordem democrática", diz Tadeu Alencar.

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No início da tarde desta terça-feira (26), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se posicionou e, em resposta a Bolsonaro, cobrou paz e responsabilidade. "Criar tensão institucional não ajuda o País a evoluir. Somos nós, autoridades, que temos de dar o exemplo de respeito às instituições e à ordem constitucional. O Brasil precisa de paz e responsabilidade para progredir", postou Maia em seu Twitter.

Poliana Souza é a primeira mulher brasileira a assumir o cargo de vice-presidente de marketing da Coca-Cola Brasil. Segundo a marca, Poliana foi promovida depois de "atingir resultados significativos na posição de diretora de marketing". 

Poliana, que é do Cuiabá, capital do Mato Grosso, é executiva de marketing há mais de 14 anos. Já trabalhou na P&G e tem experiência em várias categorias e posições no Brasil, EUA, Porto Rico, além de expertise em diferentes áreas de marketing.

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Segundo o site Olhar Conceito, a vice-presidente de marketing da Coca-Coca é uma das líderes da pauta de igualdade de gênero e tem papel ativo nos pilares de diversidade e inclusão da empresa.

O Executivo federal ainda não incorporou em todos os contratos terceirizados as mudanças aprovadas na reforma trabalhista de 2017. A omissão foi apontada em auditoria da Controladoria-Geral da União(CGU). Técnicos do órgão de controle estimam que a União deixa de economizar cerca de R$ 105 milhões por ano com a demora na repactuação dos contratos com empresas de vigilância e limpeza.

A reforma trabalhista foi aprovada em 2017, durante o governo Michel Temer, e teve como relator o então deputado Rogério Marinho, hoje secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

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A CGU analisou uma amostra de 101 contratos de mão de obra terceirizada no Poder Executivo em todo o território nacional. Desses, 36 previam postos de trabalho com escala de 12 horas de atividade por 36 horas de descanso. Esse tipo de jornada foi alvo de alterações na reforma trabalhista.

Entre as mudanças está o fim do pagamento em dobro quando a escala de trabalho 12 x 36 cai num feriado e o fim da extensão do adicional noturno para horas trabalhadas fora do período de 22h até 5h da manhã. Antes, quem trabalhava de 19h até 7h da manhã seguinte acabava recebendo adicional noturno também pelo intervalo entre 5h e 7h.

Segundo a apuração dos auditores, 22 contratos ainda não haviam sido repactuados para adequação às novas regras, o que corresponde a 61,1% da amostra de 36. O trabalho foi realizado ao longo de 2019.

Buracos. A maior parte dos contratos obsoletos é de vigilância, área em que a jornada 12 x 36 é bastante comum. Um deles é do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Ao todo, o Executivo gastou R$ 2,05 bilhões em 2018 com contratos de vigilância. Segundo os técnicos, em alguns poucos casos, o vigilante continua recebendo vantagens retiradas pela reforma trabalhista. Na maior parte, porém, as empresas já incorporaram as mudanças nos salários dos vigilantes, mas embolsam o dinheiro pago pela União.

A falta de revisão nos contratos ocorre, principalmente, por omissão dos gestores públicos, seja por ausência de capacitação, seja pela alta rotatividade de quem faz o gerenciamento desse setor.

Segundo a CGU, nos casos em que o vigilante continua recebendo de boa-fé, não haverá ação além da revisão dos contratos. Quando é a empresa que embolsa o valor adicional, no entanto, caberá pedido de reembolso. O órgão de controle deu prazos a cada um dos órgãos para regularizarem a situação.

Descentralizada

Procurada, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho não quis se manifestar. O Ministério da Economia, por sua vez, informou que tem a competência de orientar sobre implementação de políticas e diretrizes relativas à gestão de licitações e contratos na administração pública. A pasta ressaltou, porém, que a gestão dos contratos é descentralizada. "Não cabe ao ministério a fiscalização e o controle de atos administrativos praticados por órgãos e entidades."

A Economia informou ter publicado uma orientação normativa em outubro de 2019 "justamente para sugerir alternativas para a implementação de mudanças nos contratos terceirizados de vigilância e limpeza".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que a adoção do orçamento impositivo a partir do próximo ano vai facilitar a vida do governo. Segundo ele, o Executivo vai ter uma relação de mais independência em relação ao Legislativo e o Parlamento vai ter mais responsabilidade quando se tratar de despesas públicas.

O orçamento impositivo, promulgado pelo Congresso em junho e regulamentado pela Emenda Constitucional 100, determina a execução obrigatória de emendas parlamentares de bancada.

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Orçamento 2020

Ao avaliar a proposta orçamentária para o próximo ano (PLN 22/19), Maia ressaltou que o texto já traz a previsão da aprovação das PECs dos Gatilhos, que devem garantir mais investimentos e reduzir despesas.

A PEC 438/18, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, cria gatilhos para conter as despesas públicas e preservar a regra de ouro. Já a PEC 186/19, está em análise no Senado, e tem como foco as despesas com pessoal. A ideia é permitir, por exemplo, a redução da jornada do servidor com a correspondente redução salarial.

“No orçamento do próximo ano, já tem a previsão da aprovação das PECs dos Gatilhos, isso foi base importante da sustentação do aumento das despesas de investimento discricionárias que o relator está colocando no orçamento", explicou Maia.

"No futuro, vai se abrir um espaço fiscal maior, porque com o teto de gastos é preciso reduzir o piso, precisa abrir espaço para poder aumentar a despesa discricionária”, avaliou.

O orçamento de 2020 deve ser votado pelo Congresso nesta tarde.

*Da Agência Câmara

Entre pedidos de retorno e duras lembranças de como foi o período em que vigorou no Brasil, o Ato Institucional Número 5 completa nesta sexta-feira (13), 51 anos desde que foi posto em prática no país pelo presidente Costa e Silva. Até hoje, o AI-5 é considerado o mais duro dos atos institucionais do período ditatorial. Nessa época, o presidente era quem tinha o poder pleno para mandar e desmandar no país - determinado tudo sem a oposição para fazer o confronto de ideias em prol do diverso; quem não ‘andava na linha’ sentia na pele as represálias da ditadura.

Assim que decretado o AI-5 em 1968, Costa e Silva determinou o recesso do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e das câmaras de vereadores de todo o Brasil- além de cassar mandatos de quase 300 parlamentares e suspender direitos políticos dos cidadãos. O habeas corpus por crime de motivação política, por exemplo, foi suspenso, fazendo com que centenas de pessoas ficassem presas sem um julgamento justo. 

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Meios de comunicação, obras culturais e reuniões políticas dependiam da autorização prévia da polícia. Segundo o professor Everaldo Chaves, O ato foi instituído na tentativa de frear as manifestações que estavam acontecendo no Brasil contra a Ditadura que havia sido instaurada. Além disso, foi uma forma encontrada pelo Costa e Silva para que os militares se mantivessem no poder e não tivessem a oposição como um freio para os desmandos na época. 

“Para os militares, todas as formas de oposição se caracterizavam como um ato de insubordinação. O AI-5 foi o pior de todos os Atos Institucionais, que são medidas de exceção. Na época, os militares diziam que essas medidas visavam a segurança nacional e eram medidas de combate”, o que para Everaldo não acontecia na prática.

Mesmo diante de todas essas dificuldades provocadas pelo AI-5, não é difícil encontrar brasileiros pedindo pelo retorno desse período ditatorial. Seja em manifestações nas ruas ou nas entrevistas, como fez o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL). "Se a esquerda radicalizar, vamos precisar dar uma resposta, que pode ser via AI-5, via uma legislação aprovada através de plebiscito, como ocorreu na Itália", disse o pesselista em entrevista a jornalista Leda Nagle.

Everaldo Chaves afirma que o ato não trouxe nada de bom para o Brasil a não ser perda de direitos. “Não temos o que comemorar. Eu não consigo enxergar nada no AI-5 que tenha trazido um desenvolvimento, uma construção ou aprimoramento do nosso estado democrático de direito. Ao contrário disso, o AI-5 foi uma agressão ao Estado. Quando o deputado Eduardo Bolsonaro e o Ministro da Economia, Paulo Guedes, pedem o retorno do Ato Institucional número 5 o poder público deveria abrir uma investigação - até com a possibilidade da cassação de mandatos e perda de cargo porque o AI-5 fere a nossa constituição e vai de encontro à democracia", pontua o professor. 

Fim do Ato Institucional número 5

Só em 1978, pelo Artigo 3º da Emenda Constitucional 11, que o ato foi revogado pelo General Ernesto Geisel. A emenda restaurou o habeas corpus, mas proibiu que os efeitos do AI-5 fossem contestados judicialmente pelas pessoas que foram atingidas.  

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta terça-feira (3) o parecer sobre a receita na proposta orçamentária para 2020 (PLN 22/2019). O texto enviado pelo Poder Executivo foi aprovado com duas emendas apresentadas pelo relator da receita, senador Zequinha Marinho (PSC-PA).

O relator elevou em R$ 7 bilhões as receitas totais da União após entender que a equipe econômica subestimou o total de dividendos que as empresas estatais poderão repassar no próximo ano. A medida abre espaço para um aumento nas despesas até o limite do teto de gastos, conforme a Emenda Constitucional 95.

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Na proposta orçamentária revisada, encaminhada pelo governo ao Congresso em 26 de novembro, os dividendos foram estimados em R$ 6,5 bilhões. Até o dia 30, porém, já foram repassados mais de R$ 20 bilhões, afirmou Zequinha Marinho. Assim, para 2020 ele avaliou que os dividendos podem chegar a, no mínimo, R$ 13,5 bilhões.

Crescimento

O texto do Poder Executivo estimou as receitas totais em R$ 3,680 trilhões. Com o ajuste proposto por Zequinha Marinho, o montante vai a R$ 3,687 trilhões. Já as despesas, inicialmente fixadas em R$ 3,559 bilhões, ainda serão objeto de análise por 16 relatores setoriais e pelo relator-geral, deputado Domingos Neto (PSD-CE).

Segundo o Ministério da Economia, a soma das despesas fixadas na proposta orçamentária está abaixo do limite constitucional.

“Em relação ao teto de gastos, foi possível apurar espaço não utilizado de R$ 6,9 bilhões, o qual poderá ser empenhado caso o Congresso estabeleça fontes de receitas adicionais”, informou o senador.

A revisão da proposta orçamentária decorreu, entre outros fatores, do ajuste às previsões macroeconômicas para 2020 no crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) — subiu de 2,17% para 2,32% — e na inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que caiu de 3,9% para 3,5%.

O deputado Bohn Gass (PT-RS) questionou essas previsões e a atuação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Não há sinais de crescimento econômico. Como esperar confiança dos investidores se há pessoas que já pedem o afastamento de Guedes, agora que ele se meteu a falar da ditadura”, afirmou.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o PIB cresceu 1% no acumulado dos quatro trimestres terminados em setembro de 2019, na comparação com igual período anterior. No terceiro trimestre deste ano, em comparação ao segundo, a alta foi de 0,6%, puxada pelo consumo das famílias.

Tramitação

Pelo cronograma atualizado da CMO, o relatório da receita será analisado pelo relator-geral, Domingos Neto, que deve apresentar ainda nesta terça o seu parecer preliminar. Os 16 relatórios setoriais da despesa devem ser apresentados até o dia 11, e a votação do parecer final de Domingos Neto na CMO, até o dia 17. Em seguida, a proposta orçamentária será encaminhada para análise do Congresso.

*Da Agência Senado

Com informações da Agência Câmara Notícias

 

O Parlamento de Hong Kong celebrou uma sessão conturbada nesta quinta-feira (17), quando, pelo segundo dia consecutivo, vários deputados pró-democracia tentaram interromper o discurso da chefe do Executivo local, Carrie Lam, alvo da ira dos manifestantes desde junho.

A retomada das atividades no Conselho Legislativo (LegCo) foi complicada na quarta-feira (16), três meses após a suspensão das sessões em consequência dos protestos dentro do prédio.

Na quarta-feira, Lam, designada por um comitê favorável a Pequim, desistiu de pronunciar seu discurso de política geral após as interrupções da oposição. O governo divulgou um vídeo pré-gravado.

Nesta quinta-feira, Carrie Lam deveria responder as perguntas dos deputados sobre seu discurso. Mas integrantes da oposição gritaram slogans dos manifestantes e a sessão parlamentar virou um caos. Vários deputados foram escoltados para fora do LegCo pelas forças de segurança.

Desde junho a ex-colônia britânica passa por sua pior crise desde a devolução à China em 1997, com manifestações e ações praticamente diárias para denunciar o retrocesso das liberdades e a crescente interferência de Pequim nos assuntos da região semiautônoma.

A mobilização surgiu como crítica a um projeto de lei que pretendia autorizar as extradições para a China.

O texto foi retirado, mas isto demorou muito, segundo os manifestantes, que ampliaram suas reivindicações, rejeitadas pelo Executivo local e por Pequim sob o argumento de que as liberdades em Hong Kong estão protegidas.

O Senado aprovou, nesta quarta-feira, 16, a medida provisória que reformulou a estrutura administrativa do governo e transferiu o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para a Casa Civil. Antes de o presidente Jair Bolsonaro assinar a medida, o programa estava no guarda-chuva da Secretaria de Governo. O texto segue para sanção presidencial.

Se não fosse votada, a medida perderia os efeitos na quinta-feira, 17. O mesmo texto transfere a articulação política do governo Jair Bolsonaro da Casa Civil, chefiada por Onyx Lorenzoni, para a Secretaria de Governo, cujo titular hoje é o ministro Luiz Eduardo Ramos.

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Em meio à votação, o Senado impôs uma derrota ao governo. Os senadores impugnaram um trecho da MP que colocava a política de imigração laboral sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na prática, essa responsabilidade ficará com o Ministério da Economia.

No primeiro semestre, o Congresso já havia alterado uma medida provisória de Bolsonaro passando a imigração laboral para o Ministério da Economia. Bolsonaro, ao assinar a segunda MP, colocou novamente a estrutura na pasta da Justiça. Como a Constituição proíbe o presidente da República de reeditar no mesmo ano medida provisória que perdeu os efeitos ou foi rejeitada pelo Congresso, o Senado considerou esse trecho como inválido.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou hoje (22) que o governo federal tem apresentado à sociedade brasileira uma "releitura sobre o que são direitos humanos", por dar voz a pessoas "invisíveis". A ministra disse que o Poder Executivo tem abolido termos como "gênero" em documentos endereçados a organizações de defesa de direitos humanos - inclusive, de âmbito internacional - porque a legislação brasileira não os utiliza largamente. A decisão de abandonar determinadas expressões foi mencionada pelo presidente Jair Bolsonaro, em sua conta no Twitter, há duas semanas.

A ministra apresentou um balanço dos 200 primeiros dias de atuação na pasta e, na sequência, conversou com jornalistas. Ela informou que o programa Mulher, Viver sem Violência está passando por uma reformulação, para que tenha quatro modelos diferentes de atendimento a mulheres vítimas de violência. A mudança tem por objetivo adaptar o carro-chefe do programa, as unidades Casa da Mulher Brasileira, a demandas específicas de comunidades.

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Segundo Damares, o "formato gigante" da Casa da Mulher Brasileira, que foi concebido para abranger atividades multidisciplinares, "não está satisfazendo as necessidades de algumas regiões". "Nós temos lugares que querem unidade menor. Por exemplo, nós temos cidades onde a delegacia [especializada] da mulher funciona muito bem onde está, a vara de enfrentamento funciona muito bem no fórum. Então, não precisa de um espaço muito grande pra levar toda a rede", acrescentou.

Perguntada sobre qual é o orçamento que deseja para o próximo ano, a ministra informou que o valor ideal é de R$ 1 bilhão. Atualmente, frisou, dispõe de cerca de R$ 250 milhões.

A ministra avalia que quadruplicar a quantia é necessário para que possa manter seu planejamento, que inclui, por exemplo, o fornecimento de cisternas a comunidades tradicionais. No total, a pasta prometeu entregar cisternas a 3.757 famílias do Semiárido, até setembro. Os habitantes concentram-se em seis estados - Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Piauí - e regiões onde é detectada a carência de infraestrutura básica de acesso à água.

Uma das comunidades beneficiadas é a Kalunga, que vive no município de Cavalcante (GO). Segundo Damares, duas das 140 cisternas prometidas já foram entregues.

 

Uma pesquisa anual, promovida pela ONU Mulheres em parceria com a União Interparlamentar e divulgada neste mês de março, aponta que o Brasil ocupa a 167ª posição no ranking de 174 países quando o assunto é a participação de mulheres no poder Executivo.

Já em comparação a atuação das mulheres no Legislativo, o Brasil subiu um pouco de posição e ficou no 154º lugar. Na Câmara Federal, são 55 mulheres ocupando as 513 cadeiras disponíveis; no Senado, elas ocupam 12 dos 81 lugares.

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O documento da ONU ainda destaca o aumento de cinco pontos percentuais na participação feminina no parlamento brasileiro, que aumentou de 10% para 15% nas últimas eleições.

Os números refletem uma desigualdade sem sentido, já que o Brasil é composto majoritariamente por mulheres. Elas são 52% da população. Por isso, tantos questionamentos sobre o porquê dessa latente diferença ainda acontecer. O governo Bolsonaro, por exemplo, conta apenas com duas ministras nomeadas pelo presidente.

Ruanda e Cuba encabeçam o ranking, com 61% e 53% de participação feminina no Executivo, respectivamente. Ainda segundo a pesquisa, no Brasil, um fator que impulsionou uma participação um pouco mais massiva de mulheres no exercício da política foi o assassinato da vereadora Marielle Franco, em março do ano passado.

Para a secretária da Mulher da Câmara, deputada professora Dorinha Seabra Rezende, o maior enfrentamento é desconstruir a crença de que as mulheres não querem ou não gostam de política.

“As candidatas estão nas suas diferentes áreas de atuação, o que elas precisam é de apoio para que esse projeto, que não é individualiza, se concretize a partir de um apoio da própria bancada feminina. De formação, de empoderamento e de recursos”, explicou a deputada.

Londres, 19 - Cofundador da marca de moda Superdry, Julian Dunkerton afirmou neste domingo que doou 1 milhão de libras US$ 1,28 milhão para um grupo que busca realizar uma votação popular sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit. A ação é feita no momento em que o governo britânico prepara-se para lançar uma avaliação do impacto para as relações futuras de eventualmente deixar o bloco sem um acordo com o bloco.

Dunkerton, cuja marca de moda de rua está presente em 46 países, escreveu no Sunday Times que apoia a campanha People's Vote porque o Brexit será um "desastre" e as pessoas devem ter uma chance de revertê-lo. Sete meses antes de o Reino Unido deixar a UE, as negociações estão paralisadas e aumenta a chance de que o país abandone o bloco sem um acordo, o que dá fôlego àqueles que pedem nova votação sobre o tema.

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Os defensores do Brexit, por outro lado, fazem campanha para garantir a saída, amparados no resultado do plebiscito de 2016. Na quinta-feira, o governo britânico pretende publicar o primeiro de uma série de relatórios técnicos sobre os efeitos de uma saída sem acordo. Fonte: Associated Press.

Um dia depois de ter dito que o Palácio do Planalto não vai ditar a pauta do Congresso, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse nesta quarta (21) que a relação dele com o Executivo e com o Judiciário é harmônica: “A minha relação com os dois outros Poderes da República é de harmonia. Eu defendo a harmonia entre os Poderes. Mas sou muito firme na defesa do Poder que eu presido. Então ninguém vai pensar que isso aqui é puxadinho de qualquer outro. Assim como jamais eu teria o atrevimento de achar que eu posso interferir nos outros Poderes. Essa é a posição”, ressaltou.

Eunício acrescentou que não conversou com o presidente Michel Temer e nem com o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, após a repercussão das declarações de ontem (20) dele e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com críticas ao anúncio do governo de que enviaria ao Congresso 15 propostas que deveriam ganhar prioridade na pauta para compensar a desistência de votar a reforma da previdência ainda este ano.

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Sobre as votações na Casa, ele reafirmou a pauta anunciada no início do ano legislativo, que priorizará matérias ligadas à microeconomia e segurança pública. Nesse sentido, destacou que uma das matérias do pacote de segurança que serão priorizados pela Casa é o projeto de lei complementar (PLC) de autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS), que proíbe o contingenciamento de recursos do fundo penitenciário. O texto vai substituir uma proposta de emenda constitucional com o mesmo objetivo que estava tramitando e que não pode ser votada durante a vigência do decreto de intervenção no Rio.

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