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No último domingo, diante do Central, o torcedor do Sport matou uma saudade: ver um gol de falta do seu time. O responsável por quebrar o jejum foi o meia Thiago Neves que cobrou uma falta com categoria e marcou o primeiro gol da vitória por 2 x 0. Antes disso, o último gol de falta do Sport tinha sido no dia 3 de outubro de 2019, quando Pedro Carmona fez no empate por 2 x 2 com o Vitória, pela Série B.

Mas o Sport já teve em seu plantel bons cobradores de falta. Nessa lista, o LeiaJá traz alguns jogadores que marcaram época na bola parada. Relembre.

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Gaúcho

O zagueiro Márcio Rodrigo Trombetta, mais conhecido como Gaúcho, teve um começo muito bom no Sport, em 2003, chamando a atenção de todos justamente pelos gols marcados em cobranças de falta e pênaltis.

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Adriano

O meia Adriano era, no início dos anos 90, tido como uma grande revelação do futebol brasileiro. O jogador, que também teve passagem pelo Náutico em 1999, foi o camisa 10 do Sport na temporada 2000, ganhando o Pernambucano e a Copa do Nordeste.

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Luizinho Neto 

O lateral esquerdo teve uma passagem de apenas um ano pelo Sport, deixando no currículo o Campeonato Pernambucano e a Copa do Brasil, ambos em 2008. Mas, nesse curto espaço de tempo, mostrou ser um dos melhores batedores de falta que já passaram pelo clube

Wellington

Dono de uma canhota cheia de habilidade e categoria, Wellington Serezuella esteve presente na campanha do título pernambucano de 2006 do Sport e no acesso à Série A com direito a belos gols de falta.

Nildo

O ídolo rubro-negro fez história sendo um dos destaques do Campeonato Brasileiro de 2000. Veja gols de falta a partir do minuto 3:15 do vídeo:

Fumagalli

Meio-campista habilidoso teve seu melhor momento da carreira no Sport, entre 2006 e 2010, tendo sido emprestado algumas vezes nesse período. Conquistou três pernambucanos, 2006, 2007 e 2009, além do acesso em 2006.

Diego Souza

Fazendo parte da história recente do clube, Diego Souza virou ídolo da torcida. Foi vice-artilheiro da equipe no Brasileirão de 2015 e chegou até a ser convocado para alguns jogos da seleção brasileira. Somando os quatro anos que passou no Sport, 2014 à 2017, marcou 56 gols, alguns de falta, como no empate em 4x4 com o Atlético-MG.

Os medicamentos para intubação de pacientes com a covid-19 podem faltar em 1.316 municípios do Brasil nos próximos dias. O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), após contato com 2,6 mil prefeituras entre os dias 23 e 25 de março. Metade dos municípios que responderam à pesquisa indicou que há risco iminente de o hospital local ficar sem medicamentos do kit intubação nesta semana.

Segundo a CNM, os dados demonstram que "há grande preocupação dos gestores para atender aos pacientes internados com covid-19 nos hospitais". Medicamentos como analgésicos e bloqueadores neuromusculares estão em falta em todo o País, o que compromete o atendimento de pacientes já internados com a covid-19.

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O Fórum Nacional de Governadores já havia alertado para o risco de "um colapso dentro do colapso" pela falta desses medicamentos. De acordo com documento do fórum, 18 Estados relatam a escassez, por exemplo, de bloqueadores neuromusculares, usados para a intubação de pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

A falta de medicamentos já afeta o atendimento de pacientes. A Santa Casa de São Carlos, por exemplo, chegou a parar de receber pacientes para UTI nesta quinta-feira, 25, por estar com estoque de medicamentos perto do fim. O hospital está com os seus 30 leitos da UTI para pacientes com covid-19 ocupados e não recebeu as três reposições de medicamentos previstas para esta semana.

Na sexta-feira passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou medidas para evitar o desabastecimento de medicamentos. Uma delas simplifica os processos de importação de dispositivos médicos e de medicamentos prioritários para o uso em serviços de saúde, mesmo que não regularizados no País, em caráter excepcional e temporário por órgãos e entidades públicas e privadas.

O problema da falta de medicamentos também afeta hospitais particulares. No Estado de São Paulo, unidades privadas já se mobilizam para fazer a compra coletiva de medicamentos que compõem o kit intubação. Os medicamentos devem ser importados por meio de um consórcio formado pelos hospitais particulares do Estado.

Nesta quinta-feira, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) alertou para o risco de que a falta de remédios impeça o atendimento de pacientes. Segundo a Anahp, os medicamentos para intubação podem faltar em um prazo de três a quatro dias. Os medicamentos também estão escassos na rede pública.

Oxigênio e lockdown

A pesquisa da CNM investigou ainda a falta de oxigênio nos municípios, outro problema diante do aumento da demanda, relatado principalmente por unidades de saúde de menor porte. A maioria dos municípios (69,1%) afirmou não haver risco de faltar de oxigênio no hospital ou centro voltado para a covid nesta semana. Já 709 cidades informaram que esse risco existe. Oito em cada dez municípios ouvidos pelo levantamento afirmaram que não receberam oxigênio enviado pelo Estado.

Apesar das dificuldades de atendimento dos pacientes, a minoria dos municípios (37,6%) pesquisados estão realizando lockdown (caracterizado como fechamento total das atividades não essenciais), enquanto 61,1% afirmaram que ainda não tomaram esta atitude. Sem fechar o comércio, as prefeituras estão restringindo a circulação de pessoas à noite. Oito em cada dez prefeituras estão com essa medida em vigor nesta semana e maioria (84%) paralisou as aulas presenciais.

Os problemas no fornecimento de vacinas na União Europeia (UE) concentram as atenções nesta quinta-feira (25) de uma reunião de cúpula dos líderes do bloco, em um contexto mundial de atrasos nas entregas dos fármacos que afetam especialmente os países mais pobres.

Os dirigentes dos 27 países da UE abordam em um encontro virtual como resolver a lentidão das campanhas de vacinação, no momento em que vários países do bloco voltam a adotar medidas de restrição diante da terceira onda da pandemia.

A Comissão Europeia endureceu na quarta-feira o sistema de controle das exportações de vacinas produzidas em seu território para países de fora do bloco, uma decisão que provocou uma reação irritada do Reino Unido, principal receptor dos fármacos produzidos na UE .

O imunizante do laboratório anglo-sueco AstraZeneca, que ao lado dos fármacos da Pfizer/BioNTech, Moderna e Johnson & Johnson tem autorização europeia, está no centro da polêmica por seus atrasos e os temores que provocou após a detecção de que pessoas vacinadas desenvolveram coágulos sanguíneos incomuns.

Com as dúvidas, na semana passada, vários países europeus suspenderam temporariamente sua aplicação, antes de retomar o uso, após as recomendações da agência reguladora europeia e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mas alguns países continuam avaliando a situação, como a Dinamarca, que anunciou nesta quinta a prorrogação por três semanas da interrupção do uso da vacina da AstraZeneca, alegando que precisa de "mais tempo" para descartar a possibilidade de relação com o risco de trombose.

- Atrasos na Índia -

Todos os obstáculos prejudicam o avanço das campanhas de vacinação, que parecem ser o único remédio para contra-atacar a pandemia.

E a situação é ainda mais grave nos países com poucos recursos, que confiam no programa internacional Covax para receber as aguardadas vacinas.

Mas a entrega vai sofrer um atraso devido à falta de licença de exportação da Índia, um dos maiores fabricantes de vacina do mundo, anunciou nesta quinta-feira a Aliança de Vacinas Gavi, que codirige o programa internacional Covax.

Os fornecimentos "serão atrasados pela falta de licenças de exportação para doses adicionais de vacinas (...) fabricadas pelo Serum Institute da Índia, que deveriam ser enviadas em março e abril", informou à AFP a Aliança Gavi.

O sistema internacional Covax deseja distribuir este ano doses a 20% da população de quase 200 países e territórios, e inclui um mecanismo de financiamento para ajudar 92 países desfavorecidos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 2,7 milhões de mortes no mundo e infectou mais de 124,8 milhões, segundo um balanço da AFP.

Atualmente, o vírus devasta o Brasil, segundo país mais afetado pela doença e que superou a marca de 300.000 vítimas fatais.

A pressão levou o presidente Jair Bolsonaro, cético em relação aos danos provocados pelo vírus e obstinado opositor do confinamento, a formar na quarta-feira um comitê de crise "para decidir o rumo do combate" à pandemia.

O país de 212 milhões de habitantes se tornou uma fonte de preocupação mundial, devido à falta de coordenação de suas políticas de saúde e ao surgimento de uma variante local do vírus, denominada P1, considerada muito mais contagiosa.

- Além das fronteiras do Brasil -

E a situação começa a provocar problemas além das fronteiras.

"Infelizmente, a terrível situação do Brasil também afeta os países vizinhos", declarou a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne. É "crucial" reforçar as medidas, advertiu na terça-feira.

Quase 24 milhões dos 600 milhões de habitantes da América Latina e Caribe contraíram o novo coronavírus e mais de 753.000 morreram, segundo a AFP.

Vários países, incluindo Uruguai, Venezuela e Peru, atribuem a aceleração de contágios à cepa P1.

O Uruguai, até recentemente elogiado por conter a epidemia sem recorrer à quarentena, agora enfrenta "uma situação complexa" que pressiona seu sistema de saúde, admitiu seu presidente, Luis Lacalle Pou.

A boa notícia vem de Cuba, que começou a testar em 150.000 profissionais da saúde uma vacina contra a covid-19 produzida na ilha, a primeira concebida e desenvolvida na América Latina.

O objetivo do estudo é testar o fármaco em larga escala, mesmo antes da aprovação, entre médicos, enfermeiras, técnicos e até funcionários de manutenção dos centros de saúde.

"Imagine que em pouco tempo, em um país bloqueado, com tantas necessidades, tenhamos conseguido uma vacina de qualidade, afirmou o doutor Osiris Barbería, vice-diretor de Epidemiologia da Policlínica Corynthia de Havana, onde estão sendo vacinados os profissionais de saúde.

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, liberou a abertura de mais 685 leitos de Unidades de Tratamentos Intensivo (UTI) para atendimento exclusivo de pacientes de covid-19 nos Estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Espírito Santo e o Distrito Federal.

A portaria com a decisão foi publicada nesta quarta-feira, 24, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Este é o terceiro ato da pasta desde a semana passada para habilitar novos leitos no País - na quinta-feira, 18, foram liberados leitos em São Paulo e na sexta-feira, 19, outros cinco Estados também foram atendidos.

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Em todo o Brasil, vários municípios vêm sofrendo com a falta de leitos de internação, com decorrente colapso na assistência de saúde, o que tem provocado mortes de pacientes por falta de atendimento. Alguns Estados inclusive recorreram ao Supremo Tribunal Federal com ações contra o governo federal para a retomada do custeio de leitos de UTI destinados aos pacientes do novo coronavírus. Os governos locais argumentaram nas ações que o Ministério da Saúde teria reduzido o subsídio repassado para o funcionamento dos leitos em relação ao ano passado.

A portaria publicada hoje estabelece repasse de recurso financeiro aos Estados e municípios, em parcelas mensais, no montante de R$ 32,880 milhões para custear os novos leitos.

Uma sessão extraordinária realizada na Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira, 23, para debater a crise no fornecimento de medicamentos necessários à intubação para pacientes do novo coronavírus foi marcada por lágrimas e críticas à inércia e incompetência do Ministério da Saúde. Representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) se emocionaram ao relatar sentimento de impotência frente ao colapso hospitalar no País.

"Os fornecedores têm parcelado [o prazo das] entregas até agosto e ameaçando sair dos contratos, caso as Secretarias não aceitem. Não há produto para todo mundo em estoque. Nossa primeira orientação é aceitar os parcelamentos, porque é o que tem. Mas isso não é suficiente para pronta-entrega e esse é o nosso problema hoje", apontou Heber Dobis, consultor de assistência farmacêutica do Conass.

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Dobis afirmou que, em parceria com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o Conass tem monitorado há 39 semanas o consumo médio e o estoque em mais de 1,6 mil hospitais estaduais. "A partir de janeiro, com a explosão de novos casos no Amazonas, esse consumo extrapolou qualquer previsão e temos um cenário pior do que ano passado, com mais casos, menos produto e menos chance de venda", explicou.

"A crise seria superada se tivéssemos uma ação coordenada e centralizada no Ministério da Saúde", disse Dobis. Em seguida, ele se emociona ao relatar o sufoco dos governos estaduais. "Não está fácil para o gestor. Todo dia tem pedido de socorro e a gente começa a se sentir incapaz. Fiquem em casa, na medida do possível. Nós estamos trabalhando incansavelmente. Apoiem os gestores a saírem dessa crise."

Ainda na última sexta-feira, a Anvisa simplificou as regras para importação de medicamentos para intubação e de oxigênio, o que, de acordo com Dobis, já tem começado a surtir efeito. "Há menos de duas semanas tivemos alerta de que o setor estava começando a ter um problema. Rapidamente revisitamos as medidas e o que poderia ser feito para aumentar a produção", esclareceu Meiruze Souza Freitas, diretora da agência.

Meiruze também afirmou que a Anvisa tem até "saído do quadrado" frente à crise na saúde pública e "entrado na vigilância em saúde e epidemiológica" para ajudar. Mas não monitorando o que está sendo utilizado nos Estados e hospitais. "Nós temos dados de produção, venda e distribuição. Não sabemos a demanda do País, em relação a cada leito e Estado. Esse é um papel específico da assistência, que é responsabilidade do Ministério da Saúde no âmbito federal", frisou.

Ela anunciou que a Anvisa tem trabalhado com a Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED) para fiscalizar e coibir previamente o sobrepreço de remédios necessários ao enfrentamento da pandemia. De acordo com ela, 95% dos insumos farmacêuticos utilizados no Brasil são de origem internacional. "As empresas estão no seu limite de produção e algumas praticamente se dedicaram à produção dos medicamentos para intubação, o que é um problema porque há o risco de desabastecimento de outros medicamentos", frisou. "A produção brasileira está no seu limite."

Antes de terminar sua fala, a diretora da Anvisa também se emocionou e, com a voz embargada, disse: "Eu me junto à fala do Conass, porque muitas vezes me emociono nesse processo. É dramático, é horrível saber que pessoas estão nos hospitais sem acesso à assistência básica, que é a analgesia".

Mauro Junqueira, diretor executivo do Conasems, ainda colocou em pauta o déficit orçamentário para o mês de abril, afirmando que enquanto o orçamento geral da União para 2021 não for aprovado, Estados e municípios estão trabalhando com um oitavo da verba total para execução. "Não sabemos o que vamos fazer", disse, referindo-se à manutenção e expansão de leitos de UTI para pacientes da covid.

Relatora da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) frisou que o problema se arrasta desde o ano passado e que o governo federal tem respondido com medidas provisórias no valor médio de R$ 3 milhões. "Além da demanda reprimida de 2020, temos ainda o exercício de 2021. Os recursos de emendas individuais que estão sendo designados por causa da covid são absolutamente insuficientes e, sem recursos, Estados e Municípios não vão dar conta."

Presidente da Federação das Santas Casas, Mirócles Vera também apontou que tem cobrado respostas da Saúde há 10 dias, mas até agora não recebeu nenhum ofício da pasta. "Ligamos e não conseguimos falar com os secretários. Hoje, numa Comissão de tamanha importância, tem a ausência do Ministério da Saúde e dos secretários. Era para sairmos daqui com alguma resposta e alguma posição concreta", reclamou.

Ao fim da sessão, os deputados presentes concordaram que seria necessário reeditar a PEC do Orçamento de Guerra, estender o estado de calamidade pública e fazer novas reuniões para debater a pandemia, o colapso sanitário e hospitalar e, com sorte, conseguir uma resposta oficial do Ministério da Saúde.

A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) divulgou nota nesta segunda-feira, 22, pedindo a interrupção provisória do agendamento de cirurgias eletivas que utilizem os medicamentos que estão em falta para o tratamento de pacientes da covid-19. A intenção é poupá-los para as UTIs desabastecidas e também anestesias para cirurgias de urgência.

A decisão foi tomada após duas reuniões, a primeira na sexta-feira, 19, com outras entidades médicas, além da diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). No sábado, 21, houve encontro com o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para o estudo de medidas que poderão vir a atenuar a grave situação.

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As entidades médicas elaboraram um documento com as recomendações. Os especialistas sugerem providenciar medidas administrativas que facilitem a importação desses medicamentos. Também recomendam a interrupção, provisória, do agendamento de procedimentos anestésico-cirúrgicos eletivos em que são utilizados quaisquer desses medicamentos.

No sábado, hospitais filantrópicos de São Paulo alertaram em nota que possuem estoques de medicamentos indispensáveis no tratamento da covid-19 suficientes para apenas mais uma semana. O comunicado da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado (Fehosp) explicou que os produtos em escassez são os sedativos e bloqueadores neuromusculares que compõem o chamado "kit intubação", essencial para intubar e manter intubados pacientes em estado crítico.

Um dia antes, na sexta-feira, a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) declarou em carta aberta que as requisições do governo federal feitas à indústria para aquisição de remédios do chamado kit intubação estão desorganizando a cadeia de suprimentos e ameaçam o estoque das unidades particulares de saúde. Em algumas, segundo a entidade, medicamentos usados no atendimento a pacientes com covid-19 podem se esgotar em até 48 horas.

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) enviou ofício ao presidente Jair Bolsonaro e ao Ministério da Saúde pedindo providências imediatas para suprir a escassez de oxigênio envasado e medicamentos para sedação de pacientes entubados que já se registra, segundo a entidade, do Norte ao Sul do País.

"A União poderá reforçar a aquisição dos medicamentos e também tem prerrogativa de determinar redirecionamento de insumos e produtos. Isso poderia ser feito com a indústria metalúrgica, que também utiliza oxigênio com o mesmo grau de pureza do hospitalar, por exemplo", sustenta a Frente, que reúne as 412 cidades brasileiras com mais de 80 mil habitantes.

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Em audiência pública nesta quinta-feira, 18, na comissão temporária do Senado que acompanha medidas de enfrentamento à pandemia, empresas distribuidoras de oxigênio defenderam que a falta de previsibilidade é o principal empecilho para lidar com a escassez do insumo neste momento e afirmaram que o fornecimento de dados sobre casos e internações pode sinalizar o cenário nacional da pandemia.

Na última segunda-feira, 15, o atual ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a questionar, em entrevista coletiva anterior à indicação do cardiologista Marcelo Queiroga para substituí-lo, o que a pasta federal "tem a ver" com produção, transporte e logística de oxigênio. Na mesma ocasião, contudo, anunciou que o Ministério havia planejado ação coordenada com o Ministério da Defesa para suprir a quantidade de oxigênio líquido necessária para o Acre e Rondônia, onde se registraram ocorrências de falta do insumo.

Agora, a FNP aponta que o aumento sem precedentes no número de contaminados com o novo coronavírus e da demanda por atendimento hospitalar prenuncia um cenário de falta de oxigênio e de medicamentos para sedação de paciente entubados em todo o País. No ofício a Bolsonaro e ao ministério, a Frente reivindica que o governo federal adote medidas cabíveis para que as cenas "trágicas e cruéis" de Manaus (AM), onde houve colapso completo do fornecimento de oxigênio, não se repitam em outras cidades brasileiras.

"Não é razoável que pessoas, cidadãos brasileiros, sejam levados à desesperadora morte por 'afogamento' no seco, ou que sejam amarrados e mantenham a consciência durante o delicado e doloroso processo de intubação e depois na sua longa permanência", escreve a FNP.

Desde meados de dezembro montadoras dos EUA, Canadá, Europa, Japão, Coreia do Sul e México começaram a reduzir ou paralisar a produção, colocando milhares de trabalhadores em férias coletivas por falta de chips e outras peças. Estão nesse grupo Audi, Ford, General Motors, Honda, Mazda, Nissan, Renault, Stellantis (reúne Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën), Subaru, Volkswagen e Toyota.

No Brasil, a primeira a parar por falta de circuitos eletrônicos foi a fábrica da Honda em Sumaré (SP), por uma semana em fevereiro e dez dias neste mês. A General Motors suspendeu toda a produção do complexo de Gravataí (RS), onde é produzido o Onix, carro mais vendido do País. Todos os funcionários estão em férias coletivas até dia 20. Pouco depois do retorno parte deles ficará em lay-off por pelo menos dois meses, período em que a fábrica vai operar apenas com um turno de trabalho. Hoje são dois.

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Na filial de São José dos Campos (SP), 600 funcionários ficarão em lay-off também por dois meses. A GM diz que a falta de peças tem potencial de afetar de forma temporária e parcial o cronograma de produção e que trabalha com fornecedores, sindicatos e parceiros para mitigar impactos gerados pela situação.

Na semana passada a Fiat suspendeu por dez dias o segundo turno de produção de uma das três linhas da fábrica de Betim (MG) e deu férias aos operários.

Segundo a Anfavea, associação que reúne as montadoras, especialistas internacionais estimam que a crise de abastecimento deve resultar em queda de 3% a 5% das vendas globais neste ano, previstas entre 76 milhões e 78 milhões de veículos. Só a Renault calcula que 100 mil carros da marca podem deixar de ser produzidos em todas as suas fábricas no mundo.

Muitas empresas afirmam ter problema de abastecimento, mas não há planos de suspender a produção. Algumas fizeram paradas pontuais e redução ou atraso de produção, como Toyota, Volkswagen, Renault, Volvo e Mercedes-Benz. A Volkswagen Caminhões e Ônibus tem mantido veículos incompletos no pátio. Quando as peças chegam, funcionários fazem hora extra para terminar o serviço.

Recentemente uma encomenda da Nissan chegou ao aeroporto de Campinas (SP) de madrugada. "Contratamos um helicóptero para buscar a carga e levar para a fábrica em Resende (RJ) para que o primeiro turno operasse normalmente", conta Tiago Castro, diretor da empresa.

Montadoras reclamam da falta de itens como pneus, fundidos, forjados, alumínio, ligas metálicas e resina plástica. Além de escasso o aço ficou 110% mais caro em um ano. Outro gargalo é a logística. Faltam contêineres, há atrasos de navios e o frete aéreo ficou caro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Paraguai, o conservador Mario Abdo Benítez, enfrentou neste sábado, 6, uma nova noite de protestos, mesmo após ter pedido a todos os ministros que colocassem os cargos à disposição - quatro renunciaram. Na sexta-feira, manifestantes, em sua maioria jovens, já haviam se reunido no centro de Assunção pedindo sua renúncia em razão da má gestão da pandemia, sobretudo da falta de vacinas. No ato de sábado, a polícia dispersou com balas de borracha e gás lacrimogêneo um grupo que decidiu levar o protesto até a residência presidencial. Dez foram presos.

A gestão da pandemia pelo Ministério da Saúde tem sido contestada pela população em razão da demora na chegada de imunizante e da falta de medicamentos para tratar pacientes internados com a covid-19 nas Unidades de Terapia Intensiva. Até agora, 4 mil doses da vacina Sputnik V foram aplicadas em profissionais da Saúde, ou seja, menos de 0,1% da população foi vacinada. Ontem, chegaram 20 mil doses da Coronavac enviadas pelo Chile, governado pelo também conservador Sebastián Piñera.

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A escassez causou os protestos, que se agravaram quando dois medicamentos usados para sedar os pacientes em UTI começaram a faltar em hospitais públicos do país. Com o aumento do número de casos de internados com covid, famílias passaram a vender pertences para comprar os medicamentos em farmácias particulares.

Com uma população de 7 milhões de habitantes, o Paraguai registrou mais de 160 mil casos de covid-19 e 3,2 mil mortes em decorrência da doença desde o início da pandemia do novo coronavírus. O país tem registrado números recordes de novos casos: nos últimos sete dias foram 115 novos casos a cada 100 mil habitantes.

Diante desse cenário e as manifestações, o ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, renunciou na sexta-feira depois que o Senado pediu que ele deixasse o cargo em meio ao agravamento da pandemia. Ainda na sexta, Mazzoleni admitiu que não poderia dar as datas exatas para a chegada de mais meio milhão de doses da vacina produzida na Rússia, além de 4,3 milhões de doses que chegarão pelo consórcio Covax, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ontem, os ministérios da Educação, da Mulher e da Casa Civil também tiveram confirmada a saída dos titulares.

Ainda na sexta, Mazzoleni admitiu que não poderia dar as datas exatas para a chegada de mais meio milhão de doses da vacina produzida na Rússia, além de 4,3 milhões de doses que chegarão pelo consórcio Covax, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Violência

A manifestação da noite de sexta-feira acabou em confrontos que deixaram um morto e ao menos 18 feridos. Imagens exibidas pela imprensa local mostraram pessoas feridas por balas de borracha disparadas por policiais, e agentes das forças de segurança atingidos por pedras lançadas por manifestantes. O núcleo dos distúrbios, uma área que inclui as sedes da Polícia Nacional, do Congresso e o Palácio do Governo, sofreu atos de vandalismo, e em alguns locais houve focos de incêndio. O grupo de manifestantes, calculado em cerca de 100 pela imprensa paraguaia, exige a renúncia de Abdo Benítez.

 

Crise de saúde

A convocação para o protesto da sexta-feira foi feita após o sindicato de enfermeiras e parentes de pacientes realizar nesta semana outras manifestações para denunciar a falta de suprimentos e materiais médicos nos hospitais públicos, especialmente entre os mais afetados pelo coronavírus.

Carlos Morínigo, pneumologista do Instituto Nacional de Doenças Respiratórias e Ambientais (Ineram), que concentra os pacientes mais graves com covid-19, disse que os hospitais "estão trabalhando muito" e que "a situação é complicada". "Ainda mais complicado é porque não temos cabeça (ministro). Queremos que isso seja resolvido o mais rápido possível para trazer tranquilidade aos cidadãos", disse o médico em declarações a jornalistas.

O Ministério da Saúde garantiu na sexta-feira o fornecimento de insumos para o tratamento de pacientes com coronavírus, segundo declarações de um porta-voz. A entidade informou que existem quase 300 pacientes em terapia intensiva e pediu à população que reduzisse as aglomerações sociais.

"Estamos em uma situação crítica. Não estamos falando em reverter as fases de quarentena, mas vamos evitar multidões. É a única coisa que pode nos salvar do colapso do sistema de saúde", alertou Hernán Martínez, porta-voz do ministério. (Com agências internacionais)

A corrida global por componentes eletrônicos, cuja escassez vem parando fábricas em todo o mundo, chegou à indústria brasileira provocando desde atrasos de produção a paralisações completas de linhas. Na indústria de automóveis, a Honda já havia parado na semana anterior ao carnaval a fábrica de Sumaré (SP) e voltará a interromper a produção nos dez primeiros dias de março. A montadora ficou sem circuitos eletrônicos para produzir o compacto Fit e os sedãs Civic e City.

Como a eletrônica é necessária em quase todas as partes de um veículo, dos painéis de instrumentos e dispositivos de mídia aos sistemas de frenagem, itens como sensores, microprocessadores e semicondutores são hoje essenciais ao setor.

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Em linhas mais flexíveis, a saída tem sido manter as fábricas ocupadas com os modelos sem problemas de componentes, adiando aqueles em que não há material suficiente para concluir a montagem. Isso tem, por enquanto, evitado paradas mais prolongadas, mas não atrasos que geram falta de carros nas concessionárias e dificuldade de recomposição de estoques, atualmente em níveis historicamente baixos.

Nas fábricas de eletrônicos, como notebooks, TVs e celulares, os componentes eletrônicos importados da Ásia entraram em janeiro no rol de insumos com maior dificuldade de abastecimento. Na lista, ficam atrás apenas de papelão, materiais plásticos e cobre, segundo sondagem feita com associados pela Abinee, entidade que representa o setor.

De acordo com Wilson Périco, presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), embora não exista registro até agora de interrupção de atividades, parte das empresas do polo de Manaus, onde está concentrada a produção nacional de eletroeletrônicos, motos e bicicletas, vem relatando falta de peças.

Os fornecedores de chips, em sua maioria asiáticos, não estão dando conta da dupla demanda: a da indústria em geral e a das fábricas de eletrônicos, que viram a demanda por seus equipamentos em meio à pandemia de covid-19.

Todos os maiores grupos automotivos do mundo - como General Motors, Stellantis (dona da Fiat, da Chrysler e da Peugeot), Ford, Volkswagen e Renault - já anunciaram ajustes de produção ou fechamento temporário de fábricas nos Estados Unidos, no México e na Europa por falta de peças.

No Brasil, não será surpresa se a decisão da Honda fizer um movimento parecido. Além dos componentes eletrônicos, o setor tenta contornar a insuficiência de insumos como aço, peças plásticas e pneus - que ainda deve durar mais seis meses.

Ao confirmar as paradas de produção em Sumaré em duas etapas, a Honda afirma que está adotando todas as medidas possíveis para minimizar os impactos provocados pelo desequilíbrio entre oferta e demanda de semicondutores, bem como qualquer inconveniente para o consumidor final.

A Mercedes-Benz, que produz caminhões e chassis de ônibus no ABC paulista, diz que um fornecedor de microprocessadores vem encontrando dificuldades de abastecimento. O estoque baixo de peças importadas obrigou a Mercedes a adiar em três semanas uma jornada extra de produção marcada para o mês passado.

Fornecedores

Segundo Besaliel Botelho, presidente da Bosch, grupo que fornece dispositivos eletrônicos para as montadoras, a falta de componentes se tornou um dos grandes desafios da indústria automotiva global, com reflexos agora no Brasil. Já a Continental informou que criou uma força-tarefa para dar respostas rápidas, monitorar gargalos de fornecimento e atualizar clientes sobre os prazos de entrega e eventuais necessidades de ajustes nos volumes de produção.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Sobreviver com pouca água na Região Metropolitana do Recife (RMR) ficou ainda mais desafiador com o novo calendário de racionamento da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Mesmo com a necessidade do reforçar a higiene para controlar a pandemia da Covid-19, a companhia racionou o abastecimento. Desassistidos há mais de dois meses, assim como a água, populares apoiam-se na resiliência e se unem para enfrentar os impactos do atraso no serviço.

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A capacidade de adaptação da água, que contorna obstáculos e permeia por percursos adversos, é percebida na comunhão entre os moradores da 1ª Rua Campo da Monta, em Jaboatão dos Guararapes. A maioria findou o contrato com a Compesa e reverteu os pagamentos para a construção de cisternas e poços particulares. Mesmo sem o serviço, a taxa mínima ainda chega, contudo, o papel que deveria ser da companhia é assumido por eles mesmos, que doam água aos vizinhos que não possuem reserva própria.

Um emaranhado de baldes e mangueiras toma os cômodos das residências já apertadas, que muitas vezes tornam-se berçários de mosquitos da dengue e outras doenças provenientes de água parada. Dona Maria das Graças é a principal doadora da rua e reclama que os calendários nunca foram respeitados. Ela aponta que última vez que chegou água à localidade foi no Natal passado.

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O stress de não poder tomar um banho digno ou manter a casa limpa é convertido em métodos alternativos de captação, como ocorre na residência de Dona Maria José. Em um ponto alto de Moreno, na Rua Djalma Montenegro, ela já paga R$150 por dois carros pipa ao mês e afirma que não recebe água desde setembro do ano passado. O descaso da empresa fez o marido desenvolver um dispositivo para recolher a água da chuva que cai na calha.

Além de não respeitar o cronograma, muitas vezes a qualidade da água que chega não é indicada ao consumo. Ao abrir as torneiras, escorre um líquido sujo e barrento que não é usada para banho, nem garante a limpeza das pilhas de prato e roupas acumuladas. A condição desumana é subvertida com outro ensinamento da água, que é mole, mas persiste em transpassar a rigidez da pedra com perseverança.

No último dia 22, a Compesa anunciou a redução do serviço, que alcança de 10 municípios da RMR. De acordo com a entidade, a contenção na distribuição d’água é uma medida para contrapor a sequidão dos reservatórios decorrente de um inverno com baixos índices de chuva. Confira a tabela com o novo calendário de distribuição:

Paula Oliveira/LeiaJá Imagens

Procurada em três oportunidades pela reportagem, a Compesa não se pronunciou sobre a atual condição hídrica do estado, não deu prazo para a volta do cronograma tradicional, não respondeu sobre o desrespeito aos calendários anteriores, nem sobre o desabastecimento nas áreas visitadas.

O LeiaJá também questionou a companhia sobre a cobrança da taxa mínima e se a má qualidade do serviço não confere descontos ao consumidor. O espaço segue aberto para esclarecimento à população.

 “Pelo amor de Deus, quem puder ajudar, trazer bomba de oxigênio aqui pro SPA, Policlínica da Redenção, ajudem”. O apelo da psicóloga Thalita Rocha que circula em forma de vídeo nas redes sociais, durante esta quinta (14), expõe o agravamento da situação do sistema público de saúde de Manaus, capital do Amazonas, em decorrência do grande número de casos da covid-19, conforme apontam os relatos de profissionais de saúde de linha de frente e de administradores de hospitais.

Nas imagens, Thalita mostra o momento em que um grupo de homens descarrega, às pressas, um cilindro de oxigênio na porta da SPA Policlínica Dr José Lins. “Pessoal, peço misericórdia de vocês. Nós estamos numa situação de deplorável. Simplesmente acabou o oxigênio de toda uma unidade de saúde”, denuncia.

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Em outro momento, Thalita aparece ao lado de uma profissional de saúde, identificada como diretora do hospital, e afirma que a unidade só possui 12 cilindros de oxigênio. “Graças a Deus tem muitas pessoas entrando em contato para oferecer cilindros, mas o que precisamos é de muita ajuda com a remoção das pessoas...Que isso aqui é uma unidade básica”, completa a psicóloga, que lembra que a policlínica não possui UTI.

Também nesta quinta, o pesquisador da Fiocruz-Amazônia Jesem Orellana confirmou, à Folha de São Paulo, que está recebendo vídeos, áudios e relatos telefônicos de profissionais de saúde, que relatam a situação dramática dos hospitais da capital amazonense. "Estão relatando efusivamente que o oxigênio acabou em instituições como o Hospital Universitário Getúlio Vargas e serviços de pronto atendimento, como o SPA José de Jesus Lins de Albuquerque", afirmou.

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Orellana disse ainda que há informações de que uma ala inteira de pacientes faleceu devido à falta de oxigênio. "Os pacientes que conseguirem sobreviver, além de tudo, deve ficar com sequelas cerebrais permanentes”, completou.

Ainda de acordo com a Folha de São Paulo, uma profissional de saúde do Hospital Getúlio Vargas (HUGV) revelou que os pacientes estão sendo "ambuzados", isto é, recebendo oxigenação de forma manual. Segundo ela, cada profissional de saúde só seria fisicamente capaz de realizar o procedimento por 20 minutos, sendo necessário o revezamento, de maneira cansativa e arriscada, entre eles.

Transferências

Nesta quinta, o governador do Amazonas, Wilson Lima, informou que 235 pacientes serão transferidos para outros seis estados para receber atendimento médico. A média móvel de mortes em decorrência do novo coronavírus no Amazonas cresceu 183% nos últimos sete dias.

O eleitor que não compareceu às urnas no primeiro turno das eleições municipais de novembro tem até esta semana para justificar a ausência. Caso o procedimento não seja realizado, será preciso pagar uma multa. Quem não regularizar a situação pode ficar sujeito a restrições.

O prazo vence na quinta-feira (14) para quem faltou ao primeiro turno das eleições municipais 2020. Para o segundo turno, o limite é 28 de janeiro.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recomenda que a justificativa seja feita, preferencialmente, por meio do aplicativo e-Título, disponível para celulares com sistemas operacionais Android ou iOS.

O procedimento pode ser feito também pela internet, por meio do Sistema Justifica. Ou ainda de modo presencial, no Cartório Eleitoral. Em qualquer um dos casos, o eleitor precisará preencher um Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE), descrevendo por que não votou. O TSE pede que seja anexada documentação que comprove a razão da falta.

Isso porque o RJE pode ser recusado pela Justiça Eleitoral, se a justificativa não for plausível ou se o formulário for preenchido com informações que não permitam identificar corretamente o eleitor, por exemplo.

Se tiver o requerimento negado, para regularizar a situação o eleitor precisará pagar a mesma multa de quem perdeu o prazo para a justificativa. O valor da multa pode variar, de acordo com o estipulado pelo juízo de cada zona eleitoral. Existe a possibilidade de o eleitor solicitar isenção, se puder comprovar que não tem recursos para arcar com a penalidade.

Cada justificativa é válida somente para o turno ao qual o eleitor não compareceu por estar fora de seu domicílio eleitoral. Ou seja, se não tiver votado no primeiro e no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência de cada um, separadamente, obedecendo aos mesmos requisitos e prazos de cada turno.

Nas eleições 2020 foi registrada abstenção recorde tanto no primeiro (23,14% do eleitorado) quanto no segundo (29,5%). Quando foram realizadas as votações, o Brasil tinha 147.918.483 eleitores aptos a votar.

A justificativa para a ausência é necessária porque o voto é obrigatório para quem tem entre 18 e 70 anos, conforme o Artigo 14 da Constituição. Quem não justificar e não pagar a multa para regularizar a situação junto à Justiça Eleitoral fica sujeito a uma série de restrições legais, impedido de: 

- obter passaporte ou carteira de identidade;

- receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;

- participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, do Distrito Federal, dos municípios ou das respectivas autarquias;

- obter empréstimos nas autarquias, nas sociedades de economia mista, nas caixas econômicas federais e estaduais, nos institutos e caixas de Previdência Social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos;

- inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, e neles ser investido ou empossado;

- renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;

- praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda;

- obter certidão de quitação eleitoral;

- obter qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.

Termina nesta terça-feira (15) o prazo para que os mesários que faltaram ao trabalho no primeiro turno das eleições municipais apresentem uma justificativa para a ausência. Segundo o calendário eleitoral, os mesários têm um mês para fazer a justificativa após cada turno. Neste ano, o primeiro turno foi realizado no dia 15 de novembro. 

O mesário que não apresentar uma justificativa poderá ser condenado pela justiça eleitoral ao pagamento de multa de até um salário mínimo. A punição para o descumprimento pode ser de suspensão de até 15 dias de trabalho se o mesário foi servidor público ou funcionário de autarquias. 

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O prazo para os mesários faltosos no segundo turno realizarem a justificativa termina em 7 de janeiro. 

Diplomação

Os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos neste ano deverão ser diplomados pelos tribunais regionais eleitorais até sexta-feira (18). A diplomação é o último passo para a posse dos eleitos, que deverá ocorrer no dia 1º de janeiro.

Concorrendo graças a uma liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sem o apoio de parte dos 34 candidatos a vereador do seu partido, Filipe Sabará (Novo) retomou os compromissos de campanha para a Prefeitura de São Paulo anteontem com um "furo" na agenda: faltou a uma panfletagem no Jardim Ângela, zona sul. O candidato se desculpou por telefone e afirmou que havia se atrasado, mas não apareceu.

Sabará, que havia sido suspenso pelo Novo após uma denúncia apontar inconsistências em seu currículo acadêmico e em sua declaração de patrimônio, tem buscando explorar um racha dentro do Novo sobre o apoio ou não ao presidente Jair Bolsonaro. É dessa forma que justifica a tentativa de retirá-lo da disputa. "A coisa toda começou quando eu falei que o (Jair) Bolsonaro foi melhor do que o (João) Doria (no enfrentamento ao coronavírus).

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Ali começou a divisão entre as pessoas mais críticas ao Bolsonaro e as pessoas menos críticas ao Bolsonaro", disse Sabará.

Parlamentares paulistas do Novo ouvidos pelo Estadão admitem o racha, mas negam que o posicionamento de Sabará no grupo pró-Bolsonaro seja o motivo de sua tentativa de expulsão. Outros integrantes do Novo que têm ações conjuntas com o governo federal, como o governador mineiro Romeu Zema, estariam no grupo que tenta aproximar o partido do presidente.

Bolsonaro. O presidente nacional do Novo, o empresário Eduardo Ribeiro, disse que a fala de Sabará ligando a suspensão à defesa de Bolsonaro "não tem fundamento". "O processo que motivou sua suspensão se originou de uma denúncia de um deputado estadual, referente a indícios de possíveis irregularidades no seu currículo", afirmou.

Ribeiro diz que o partido não está alinhado ao governo federal. "Não temos e nunca tivemos compromisso algum com Bolsonaro, nosso compromisso é com as nossas convicções e com o cidadão brasileiro", disse. "Se o rumo do governo estiver errado, e está, seremos críticos e trabalharemos para proteger a sociedade, sempre preservando a nossa independência."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), comentou, nesta quinta-feira (9), sobre a alta do preço do arroz e a falta do alimento nas gôndolas de supermercados. O comunista criticou a adoção de um "estado mínimo" e observou que uma das causas do problema é a alta do dólar.

"Solução para falta de arroz ou explosão do seu preço não é importação. Isso é paliativo. Questão central é o papel regulador e fomentador do governo federal, via órgãos como CONAB e BB. Essa ideia de 'estado mínimo' só conduz a desastres. Estado tem que ser presente e eficiente", escreveu o governador no Twitter.

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Para Dino, apesar do problema enfrentado pelo país, onde já há registro do preço do pacote de cinco quilos de arroz custando R$ 40, o presidente não sabe que caminho adotar para reverter o quadro.

"Uma das causas do problema com alimentos que estamos atravessando é o dólar nas alturas. E nem adianta perguntar qual o caminho a Bolsonaro. Ele nada sabe e de nada entende, como já declarou várias vezes. E ainda vão cortar o auxílio emergencial? Absurdo", emendou, sem poupar alfinetadas.

Além das vítimas e dos danos estruturais em residências e prédios, as explosões ocorridas na área portuária em Beirute, no Líbano, nesta terça-feira (4) podem causar uma outra crise grave no país: a falta de alimentos.

O alerta foi feito pela Agência das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) nesta quarta-feira (5) porque diversos silos foram destruídos com o incidente de ontem e se teme que "em curto prazo, haverá um problema no abastecimento de farinha para o Líbano".

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"Tememos que uma grande quantidade das reservas do grão no porto foram atingidas ou destruídas com a explosão. Os estoques foram gravemente danificados e tememos que, no curto prazo, teremos um problema com a disponibilidade da farinha", disse o responsável por Emergências da FAO, Dominique Burgeon, em entrevista à agência francesa AFP.

Um outro dano grave será o aumento dos preços dos produtos, que já estavam muito elevados antes da explosão por conta da séria crise econômica no país. Segundo dados do Programa Mundial de Alimentos da ONU, a inflação dos itens alimentares foi de 109% entre os meses de setembro de 2019 e maio de 2020.

Já a fundadora da ONG Food Blessed, Maya Terro, lembrou que o Líbano importa 80% de toda a sua alimentação e a principal porta de entrada desses produtos é, justamente, o porto de Beirute.

Uma informação dada pela empresa de importação e exportação Mena Commodities, e que foi repercutida pela mídia local, dá conta que os silos que estavam no porto continham cerca de 85% do estoque de cereais de todo o país.

O ministro da Economia e Comércio do Líbano, Raoul Nehme, destacou que todos os grãos que não foram destruídos também serão inutilizados e descartados porque estão "contaminados" pelo nitrato de amônio - que é apontado com a principal causa das explosões. No entanto, Nehme garantiu que as reservas nacionais de alimentos ainda são capazes de abastecer o população.

Porém, a ONG Save the Children alertou que, mesmo antes da tragédia, quase um milhão de pessoas na área metropolitana de Beirute dizia não poder comprar com regularidade produtos de primeira necessidade - incluindo comida - por conta das graves dificuldades econômicas da profunda recessão e por causa do lockdown imposto pela pandemia do novo coronavírus.

Ainda conforme a entidade, entre essas pessoas, estão também 500 mil crianças. "Começaremos a ver crianças morrendo de fome antes do fim do ano", alertou o vice-diretor da Save The Children no Líbano, Jad Sakr.

Da Ansa

Setenta e três países alertaram que estão em risco de ficar sem medicamentos antirretrovirais (ARV) em razão da pandemia de Covid-19, de acordo com pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) feita antes da conferência bianual da Sociedade Internacional de Aids. Vinte e quatro países relataram estar com baixo estoque de ARVs ou sofrerem com interrupções no fornecimento desses medicamentos que salvam vidas.

A pesquisa se deu após uma previsão, em maio, de que uma interrupção de seis meses no acesso a esses medicamentos poderia levar ao dobro nas mortes por aids na África Subsaariana - apenas em 2020.

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Em 2019, aproximadamente 8,3 milhões de pessoas foram beneficiadas pelos antirretrovirais nos 24 países que estão enfrentando a escassez no fornecimento. Isso representa cerca de um terço de todas as pessoas no mundo que estão em tratamento contra o HIV. Apesar de não haver cura, os antirretrovirais podem controlar o vírus.

A incapacidade dos fornecedores de entregarem os antirretrovirais no prazo e a paralisação dos serviços de transportes terrestre e aéreo estão entre as causas das interrupções citadas na pesquisa. O acesso limitado aos serviços de saúde em decorrência da pandemia também é um fator preponderante.

"As descobertas dessa pesquisa são muito preocupantes. Países e seus parceiros precisam fazer tudo que puderem para garantir, a quem precisa, o acesso ao tratamento contra o HIV. Não podemos permitir que a pandemia de covid-19 desfaça todas as conquistas na resposta global a essa doença", alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O número anual de novas infecções pelo HIV atingiu 1,7 milhão nos últimos dois anos. Houve, diz a OMS, pequena redução nas mortes relacionadas à doença, de 730 mil em 2018 para 690 mil no ano passado.

Procurado, o Ministério da Saúde do Brasil informou não haver desabastecimento de remédio. "Apesar da ocorrência de diversos desafios logísticos em razão da pandemia", o governo diz ter garantido estoque suficiente para que as pessoas em terapia antirretroviral recebam medicamentos para 60 ou 90 dias de tratamento .

Falta de vacinação

Após a suspensão de programas de vacinação para evitar aglomerações e deslocamentos durante a pandemia, a OMS também tem alertado sobre o risco de disseminação de outras doenças nos próximos meses. Segundo a entidade global, ao menos 68 países interromperam, em algum momento, campanhas de imunização infantil de doenças cuja prevenção é possível, como sarampo, poliomielite e difteria.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (29) ações para adquirir e fornecer medicamentos que estão em falta para a entubação de pessoas com quadros graves da Covid-19. As iniciativas foram divulgadas após hospitais, Estados e municípios relatarem ausência de sedativos e relaxantes musculares usados para que a ventilação mecânica seja feita de forma adequada. A pasta reconhece que houve problema em relação à demanda, mas diz que vai trabalhar para evitar o desabastecimento.

A decisão foi tomada após uma reunião na Procuradoria-Geral da República (PGR), no dia 17 de junho, entre autoridades de saúde, procuradores, Anvisa e fabricantes de remédios, em que foram definidas três frentes para lidar com o cenário de desabastecimento.

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Uma delas é a cotação com fornecedores internacionais por meio da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), informou Elcio Franco, secretário-executivo da pasta. A ação teve início em 18 de junho, mas não foi indicada uma previsão de quando esse processo de aquisição deve ser concluído.

Outra medida adotada pelo governo é a requisição administrativa, em que o material primeiro é recebido do fornecedor, depois é feito o reconhecimento da dívida e, então, o pagamento é realizado. Sandra de Castro Barros, diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, disse que a compra é feita de forma parcelada para sete dias, mas que as aquidições podem não atender esse período nos Estados. Segundo ela, cada unidade federativa tem demandas distintas.

A terceira via de aposta do Ministério da Saúde é a abertura de processo de pregão via Sistema de Registro de Preços. A pasta realizará um pregão eletrônico para aquisição centralizada desses medicamentos, no qual os Estados poderão entrar como coparticipantes. O secretário-executivo argumentou que esse tipo de procedimento ajuda ao permitir uma compra em escala, fazendo com que seja possível uma redução no preço dos medicamentos.

Franco reforçou que as três ações propostas pelo ministério vão resolver a falta de medicamentos nos Estados e municípios. "Esses processos estão ocorrendo da forma mais célere possível", disse. Segundo ele, medicamentos das requisições administrativas já começaram a ser entregues de acordo com o que foi disponibilizado pela indústria farmacêutica, entre eles: dexmedetomidina, dextrocetamina e midazolam.

De acordo com o ministério, o levantamento da necessidade dos medicamentos é feito junto ao Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) para ver a demanda e necessidade de cada localidade. Sandra Barros considera que a pandemia do novo coronavírus veio em uma expansão que o 'mercado' não consegue absorver. "Por mais que o setor farmacêutico amplie sua capacidade produtiva, a demanda vem numa velocidade maior da que estamos acostumados. Antes da covid, havia uma demanda significativa, mas com a doença, isso extrapolou nossas expectativas", disse.

A pasta informou, ainda, que até o momento, 6.410 ventiladores pulmonares foram entregues aos Estados. Somente entre 22 e 29 de junho, foram entregues 1.553 desses equipamentos. Pelo menos, 4,3 milhões de unidades de cloroquina também foram distribuídas aos Estados, além de 115.696.180 EPIs, como álcool em gel, máscaras cirúrgicas, óculos de proteção e sapatilhas descartáveis.

Além da dificuldade de ampliar o número de leitos de UTI e respiradores, Estados brasileiros enfrentam agora a falta de sedativos e relaxantes musculares usados na entubação de pacientes graves com Covid-19, destaca o Estadão. Sem esses remédios, a ventilação mecânica não pode ser feita de forma adequada e o paciente corre maior risco de morrer.

Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), todas as secretarias estaduais relataram à entidade ter um ou mais medicamentos dessa classe em falta ou com estoque crítico. Já há investigações abertas em ao menos dois Estados (Rio e Amapá) para apurar óbitos de pacientes que não tiveram acesso a essas medicações.

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Segundo médicos e gestores ouvidos pelo Estadão, a situação deve-se principalmente à crescente procura por esses medicamentos por causa do alto número de doentes que precisam ser entubados e do período prolongado de internação desses pacientes em UTIs. "É um uso prolongado e geralmente é usada uma combinação de drogas de acordo com a gravidade e o objetivo. Todos ficaram falando do risco de colapso por falta de leito, mas agora temos o risco da falta desses medicamentos essenciais para a sobrevivência do paciente", destaca Ederlon Rezende, membro do conselho consultivo da Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

Com a alta inesperada na demanda, dificuldade de importação de matérias-primas e alta do dólar, o mercado nacional não estaria conseguindo suprir a procura, dizem gestores. Secretarias da Saúde consultadas pelo Estadão informaram alta de mais de 700% na utilização desses medicamentos desde o início da pandemia. Em Alagoas, o número de doses utilizadas do relaxante muscular rocurônio subiu 787%. No Rio Grande do Norte, o aumento na utilização de anestésicos e betabloqueadores foi de 200%. No Pará, a alta foi de 100%.

O rocurônio é o que reúne o maior número de queixas de problemas no abastecimento. Levantamento feito pelo Conass com todas as secretarias da Saúde revelou que, das 25 pastas que responderam ao questionário, 24 têm problemas no abastecimento do item. Os números foram apresentados ontem em reunião de comissão da Câmara dos Deputados.

Presente no encontro, um representante no Conass relatou que o órgão mandou ofício para o Ministério da Saúde no dia 14 de maio solicitando auxílio do governo federal aos Estados na relação com fornecedores. O problema foi tema de novo ofício, enviado no dia 29. Hoje, a maioria desses medicamentos é comprada diretamente pelos Estados e municípios ou pelos hospitais, mas as secretarias avaliam que uma intervenção do ministério junto à Anvisa e aos fabricantes pode facilitar a compra. Questionado, o ministério não respondeu. Ao Conass, prometeu auxiliar na negociação com fornecedores.

Também presente na reunião, o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêutico (Sindusfarma), Nelson Mussolini, disse que laboratórios estão trabalhando em máxima capacidade para dar conta da demanda e agora a produção está normalizada. "Tivemos problema quando houve "lockdown" na Índia e estamos tendo dificuldades com frete internacional. O número de voos foi reduzido e o preço subiu. Antes pagávamos US$ 2 por quilo transportado e agora, US$ 15."

Investigação

Ao menos dois hospitais de referência para tratamento de covid-19 no País são investigados por suspeita de que a morte de alguns pacientes tenha sido causada pela falta de medicamentos utilizados na entubação.

No Rio, a Defensoria Pública abriu ação para apurar os óbitos de sete pacientes em maio no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla por suposta falta de sedativos e anestésicos.

"A prefeitura admite dificuldades no abastecimento, mas nega que tenha havido falta a ponto de pacientes ficarem sem. De qualquer forma, continuamos a investigação e solicitamos fiscalizações aos conselhos de medicina e de farmácia", diz a defensora Alessandra Nascimento, subcoordenadora da coordenação de saúde e tutela coletiva da Defensoria.

Também em maio, o enfermeiro Evandro Costa, de 42 anos, morreu por covid-19 após a Unidade Centro Covid 1, em Macapá, afirmar que não conseguiria fazer sua entubação por falta das medicações necessárias. Segundo Amerson da Costa Maramalde, advogado que representa a família do enfermeiro, profissionais de saúde que eram amigos do paciente chegaram a fazer uma mobilização para encontrar os medicamentos que permitiriam a entubação de Evandro, mas, quando conseguiram, o enfermeiro já estava morto.

A Secretaria Municipal da Saúde do Rio informou que abriu sindicância para apurar os fatos no Hospital Ronaldo Gazolla e que o procedimento corre em sigilo até a sua conclusão. A pasta confirmou a dificuldade na aquisição dos medicamentos e diz estar fazendo "constantes remanejamentos dos estoques, conforme necessidade para atender as unidades com maior demanda". A fentanila, por exemplo, está sendo substituída por outros medicamentos com as mesmas funções, "uma vez que não há atualmente no mercado fornecedores com disponibilidade para venda e entrega do produto".

A Secretaria Estadual da Saúde do Amapá não respondeu aos questionamentos da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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