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A ex-senadora Marina Silva (Rede) disse, nesta quarta-feira (28), esperar que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade do decreto do indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer (MDB), em 2017, seja para “coibir a impunidade” no Brasil.

“O decreto de indulto editado por Temer pode enfraquecer a luta contra a corrupção e outros crimes de colarinho branco, aliviando as penas aplicadas pela Justiça. Espero que a decisão do STF seja para coibir a impunidade no país”, afirmou, citando um argumento do ex-ministro Ayres Britto que pondera que o benefício não pode ser usado como “política pública de contraponto a ponderações especiais que a Constituição e a lei já estabelecem para mais fortemente inibir e sucessivamente castigar certas condutas”.

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O STF julga o assunto na tarde desta quarta. Em dezembro do ano passado, durante o recesso de fim de ano, a Corte atendeu a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) suspendendo o decreto de Temer.

Segundo o procurador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol, de 39 condenados por corrupção, 21 poderão ter as penas perdoadas se as regras forem mantidas.

O indulto natalino é um perdão de pena geralmente concedido todos os anos. A prática está prevista na Constituição Federal e é prerrogativa exclusiva do presidente da República, mas não é obrigatória.

A Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, deve definir durante um encontro marcado para os dias 19 e 20 de janeiro os rumos que tomará depois de não ter alcançado, nas eleições deste ano, os critérios para cumprir a cláusula de barreira - que determina, por exemplo, o repasse do Fundo Partidário.

Durante o Congresso Extraordinário Nacional, os dirigentes e filiados irão deliberar sobre as duas possibilidades consideradas viáveis para a continuidade do partido nos próximos anos: a manutenção da Rede ou a fusão com outro partido que apresente convergências programáticas. A legenda estuda se unir ao PV, que foi vice de Marina Silva na disputa presidencial, para formar uma nova sigla.

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A eleição geral de outubro foi a primeira da Rede. O partido elegeu um deputado distrital, sete estaduais, uma deputada federal e cinco senadores – resultado que garantiu à legenda o posto de segundo partido mais vitorioso na disputa pelo Senado. 

No entanto, o desempenho na Câmara não foi suficiente para cumprir a cláusula de barreira, ficando impedido de acessar o Fundo Partidário e o tempo gratuito de rádio e televisão para o partido na próxima eleição.

Expulso da Rede Sustentabilidade, Julio Lossio recebeu parecer favorável à manutenção da sua candidatura a governador de Pernambuco do Ministério Público Eleitoral. Conforme o parecer assinado pelo procurador regional eleitoral Francisco Machado Teixeira, o ex-prefeito de Petrolina deve continuar concorrendo à eleição, mesmo com a Rede tendo solicitado o indeferimento do registro. A direção da Rede expulsou Lossio foi infidelidade no dia 22 de setembro. 

“O parecer favorável à nossa candidatura mostra que a Justiça e a verdade estão do lado certo. Em breve, aqueles que querem manchar nossa honra serão derrotados na justiça e nas urnas. Continuo firme na disputa, unindo as pessoas de todos os partidos, rumo a um Pernambuco mais forte, mais justo e mais feliz”, afirmou Lossio.

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De acordo com o parecer, o partido não adotou o procedimento adequado ao alegar infidelidade partidária de Julio Lossio por aceitar o apoio do Coronel Meira (PRP), candidato a deputado federal e defensor de Jair Bolsonaro (PSL) em Pernambuco. “Não foi indicada a resolução específica que regulamenta o processo disciplinar, na qual deveria constar o procedimento específico a ser adotado, os prazos de defesa, os meios de prova”, informa o documento, divulgado nessa quarta-feira (3).

“Diante das inconsistências acima apontadas, conclui-se que não foram respeitadas as regras estatutárias nem assegurada a ampla defesa no procedimento que ensejou a expulsão do requerido Julio Lossio do partido Rede Sustentabilidade, razão pela qual não se deve cancelar o registro de candidatura ao cargo de governador do Estado de Pernambuco”, concluiu o procurador Francisco Machado Teixeira.

Expulso da Rede Sustentabilidade e já considerado como ex-candidato a governador pelo partido, Julio Lossio segue fazendo campanha e usando o tempo de propaganda da legenda para difundir suas propostas, contudo a sigla anunciou que votará na candidata do PSOL, Dani Portela, para o Governo do Estado no primeiro turno do pleito, marcado para o próximo domingo (7). 

Em nota, divulgada nessa segunda-feira (1º), a direção estadual da Rede disse que, considerando a decisão de expulsar Lossio e a proximidade das eleições, a candidatura que mais se aproxima programaticamente do partido é a de Dani, uma vez que, segundo a nota, ela aparece como “uma alternativa de renovação da política pernambucana e a importância de fortalecer a participação das mulheres na disputa dos espaços institucionais”.

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“A Rede Sustentabilidade em Pernambuco, no primeiro turno da eleição para governador, indica aos seus candidatos, filiados, simpatizantes e eleitores, o voto na candidata Dani Portela (PSOL), face ao seu compromisso com um projeto de desenvolvimento sustentável para Pernambuco e para o Brasil que contempla as minorias e a riqueza da diversidade, bem como sua luta por um mundo politicamente democrático e socialmente justo”, declara o texto. 

Em resposta, Dani Portela agradeceu o apoio e disse que “não há como compreender um projeto de desenvolvimento dissociado da sustentabilidade ambiental e social”.

“O posicionamento da Rede contra as forças reacionárias que se apresentam atualmente no cenário político é de extrema importância para unirmos forças e retomarmos o processo democrático no país, com tolerância às diferenças e respeito às pautas de setores historicamente excluídos da sociedade. Também compreendemos a necessidade de apresentar uma alternativa para a política de Pernambuco, reafirmando o protagonismo das mulheres nesta disputa. Nossas propostas apontam para caminhos de um regime democrático e igualitário, que se contrapõe à política do ódio que pretendem semear em nossa sociedade”, argumentou Dani Portela. 

A direção nacional da Rede Sustentabilidade pretende solicitar, nesta segunda-feira (24), o cancelamento do registro da candidatura de Julio Lossio a governador de Pernambuco. A informação foi repassada pelo porta-voz nacional do partido, Pedro Ivo Batista, em conversa com o LeiaJá. O ex-prefeito de Petrolina foi expulso do partido na última sexta-feira (21) por infidelidade. A punição ao candidato foi imposta por ele ter firmado aliança com ‘bolsonaristas’ no Estado

“Vamos entrar hoje [com a representação]. Estamos ainda revisando a ata da aprovação feita na reunião. Como nós aprovamos a expulsão dele na sexta, precisamos desse tempo para revisar a ata”, explicou Pedro Ivo, ao ser indagado se a Rede Sustentabilidade mantinha a decisão de retirar a candidatura. “Ele está expulso do partido, vamos fazer os procedimentos jurídicos e vamos com essa postura em todas as instâncias judiciais”, completou. 

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Pedro Ivo Batista também avaliou como “esdrúxula” a atitude de Julio Lossio em querer “lutar” na Justiça Eleitoral para manter a postulação. “Ele descumpriu a Lei Eleitoral, já que ele está aliado a um candidato a deputado de outro partido que não esta coligado com a Rede e se associando e apoiando Bolsonaro. Essa infidelidade descumpre também a convenção eleitoral do partido, é esdrúxulo ele querer ser candidato de um partido que ele não respeita [o que foi aprovado na convenção]”, observou o dirigente. 

Já sobre o fato de Lossio ter dito ter vítima de uma “manifestação opressiva e antidemocrática” da Rede, Pedro Ivo Batista disse que a punição não foi pessoal, mas “não restou outra saída” devido ao posicionamento político do candidato. 

“Ele não está sendo vítima de nada, quem é vítima aí é a Rede. Ele entrou na Rede, foi acolhido, aprovado como candidato. Não aprovamos nenhuma aliança, nenhuma coligação. Ele vem e se alia a uma parte da turma do Bolsonaro em Pernambuco. Não é nada pessoal, mas não nos restou outra saída. A Rede defende o estado democrático de direito, não pode fazer aliança com quem não está coligado”, argumentou o porta-voz nacional.  

Além disso, Pedro Ivo Batista ainda disse que se Lossio “fosse uma pessoa ética e correta não usaria nem os símbolos, nem os números, nem o tempo de TV” da Rede Sustentabilidade desde a última sexta-feira. 

A Executiva da Rede Sustentabilidade ampliou o prazo para que o candidato do partido a governador de Pernambuco, Julio Lossio, dê explicações sobre uma aliança firmada por ele com o coronel Luiz Meira (PRP), considerado um dos principais cabos eleitorais do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no Estado. O postulante tem até as 19h, quando está marcada a reunião da direção da Rede para deliberar sobre o assunto. 

A união de Lossio com Meira foi desautorizada publicamente pela Executiva estadual da Rede, uma vez que Bolsonaro é um dos principais adversários de Marina Silva, candidata do partido ao Palácio do Planalto. O candidato a governador persistiu na aceitação do apoio ao, na última quarta-feira (19), participar de um ato ao lado do coronel Meira e, por isso, Lossio responde a um processo por indício de infidelidade partidária.

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O estatuto da Rede define este ato como sendo infidelidade partidária e pode resultar em expulsão da legenda e no cancelamento do registro de candidatura na Justiça Eleitoral. Inicialmente, o prazo para a apresentação da defesa terminaria nessa quinta (20). 

Em defesa do candidato, que aparece em terceiro lugar na disputa pelo Governo de Pernambuco, uma carta com a assinatura de 44 filiados foi enviada ao partido. No documento, os filiados reforçam que o apoio de Meira a Lossio se deveu ao compromisso do ex-prefeito de Petrolina em incorporar as propostas do coronel para a segurança pública em seu plano de governo.

"Temos, pela primeira vez em nosso Estado, a possibilidade de fazermos uma campanha eleitoral animadora e contagiante, baseada em propostas inovadoras, com bastante responsabilidade e senso crítico, sendo capaz de unir as melhores pessoas", afirmam os filiados, no documento.

A Executiva Estadual da Rede Sustentabilidade emitiu uma nota, nesta quinta-feira (13), pontuando que é contra qualquer tipo de aliança com apoiadores da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). Nessa quarta (12), o candidato do partido a governador de Pernambuco, Julio Lossio, anunciou ter recebido o apoio do coronel Meira, um dos principais cabos eleitorais de Bolsonaro no Estado. A Rede Sustentabilidade concorrer ao Palácio do Planalto com a candidatura de Marina Silva.

“A Comissão Executiva Estadual da Rede Sustentabilidade vem a público desautorizar qualquer aliança de seus candidatos majoritários com apoiadores da candidatura de Bolsonaro, em Pernambuco, utilizando a legenda da Rede. A direção estadual do partido não foi consultada sobre o apoio que seu candidato a governador, Julio Lossio, recebeu do coronel Meira, um dos principais representantes de Bolsonaro no estado”, diz trecho da nota.

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Ainda no texto, a direção da Rede em Pernambuco “reafirma seu compromisso com a cultura de paz e em oposição a projetos políticos que estimulam o ódio, a violência, a misoginia, a homofobia, o racismo, a xenofobia e a repressão aos movimentos sociais”.

Apoio de Meira a Lossio

Nessa quarta, o ex-diretor Geral de Operações da PM, coronel Luiz Meira, e o empresário e músico, proprietário da Banda Brucelose, Gilson Machado Neto, anunciaram apoio à candidatura de Julio Lossio.

Na ocasião, Meira chegou a afirmar que Lossio é a melhor opção para o estado. "Um prazer enorme, a partir de hoje, estar nessa caminhada para libertar Pernambuco. Nós vamos para o debate, vamos em frente com os homens de bem de Pernambuco, independente de partido; porque nós queremos o melhor para Pernambuco e o melhor é Julio Lossio", disse.

Meira estava sendo cogitado como candidato a governador, para garantir um palanque estadual para Jair Bolsonaro.

Candidato ao Governo de Pernambuco, Julio Lossio (Rede) assinou um termo de compromisso para o desenvolvimento de crianças e adolescentes durante uma reunião, nessa terça-feira (11), no Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Durante o evento, o postulante prometeu que será o "governador da creche". Lossio é conhecido pelo sucesso do projeto Nova Semente, em Petrolina, no Sertão, que oferece uma espécie de financiamento público para creches. 

“Hoje, de cada 100 crianças, sobretudo, as pobres, só 17 têm acesso às creches. É por isso que serei o governador da creche. Nós vamos garantir que a mãe possa trabalhar com a segurança de ter seus filhos em boas mãos”, destacou.

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O documento assinado pelo candidato é um termo responsabilidade para dar prioridade absoluta aos direitos e ao bem-estar das crianças e dos adolescentes, apresentados pelo UNICEF. Lossio esteve no evento ao lado do candidato ao Senado pela Rede Sustentabilidade, Pastor Jairinho. 

Durante a conversa, foram abordados os problemas vivenciados pelas crianças e adolescentes pernambucanos e discutidas propostas. O encontro foi realizado com representantes do UNICEF: Jane Santos, especialista em programas; Robert Gass, chefe do território do semiárido no Brasil; Luiza Leitão, oficial de Desenvolvimento de Adolescentes e Jovens e Verônica Bezerra, oficial de Educação.

Candidato a governador de Pernambuco, Julio Lossio (Rede) contemplou a questão da acessibilidade na sua campanha ao apresentar o programa de governo em braile, sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. O documento foi entregue durante um debate na Associação Pernambucana de Cegos (APEC), nessa quinta-feira (30).

Na ocasião, Lossio apresentou sua Plataforma de Governo, que é atualizada, segundo o candidato, todos os dias com sugestões da população. “Na nossa plataforma, possuímos o eixo transversal da acessibilidade, que permeará todas as ações da nossa gestão. E já saio daqui com mais algumas ideias, como trazer intérpretes para os grandes hospitais e UPAS do estado”, destacou.

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O ex-prefeito de Petrolina, no Sertão, ainda reforçou seu compromisso com a acessibilidade ao apontar algumas das ações realizadas durante suas duas gestões na cidade. “Criamos a primeira escola para cegos do Sertão, em que eram desenvolvidos quatro modelos de aprendizado: Braile, Soroban, Orientação e Mobilidade e Atividades de Vida Autônoma e Social; e ainda fizemos com que todas as casas do programa Minha Casa Minha Vida fossem acessíveis”, afirmou.

Nesta sexta-feira (31), Lossio segue com a agenda de campanha concedendo entrevistas no Recife pela manhã e à tarde participa da Conferência Estadual de Educação para apresentação das propostas de governo, em Gravatá, e de um encontro com blogueiros em Bezerros. 

O Tribunal Superior Eleitoral aprovou, nesta quinta-feira (23), o pedido de candidatura à Presidência da ex-senadora Marina Silva (Rede). O relator da solicitação de registro foi o ministro Luiz Roberto Barroso, que se posicionou favoravelmente e pontuou que Marina preenchia todas as condições de elegibilidade. 

Os demais ministros seguiram a postura de Barroso e votaram de acordo com a postulação de Marina. A candidata é a segunda, dos treze presidenciáveis, a ter o registro deferido pelo TSE. A candidata do PSTU, Vera Lúcia, também já teve a candidatura homologada. 

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Esta é a terceira vez que Marina concorre ao comando do Palácio do Planalto. Em 2010 e 2014, ela também disputou, mas não obteve êxito para conseguir enfrentar o segundo turno. A candidatura do vice na chapa dela, Eduardo Jorge (PV), também foi aprovada. 

Candidata da Rede Sustentabilidade à Presidência da República, Marina Silva cumpre agenda no Recife nesta terça-feira (21). A ex-senadora será a primeira presidenciável a desembarcar em Pernambuco depois do início da campanha eleitoral no último dia 16. Marina vai cumprir agenda no Porto Social, na Ilha do Leite, e vai encontrar com militantes da Rede e do PV. 

De acordo com o integrante da Executiva Nacional da Rede, o ex-deputado Roberto Leandro, a candidata será apresentada às instituições incubadas pelo Porto Social e debaterá com elas a importância do terceiro setor para o desenvolvimento social e sustentável do Brasil. O encontro será às 14h e, logo em seguida, Marina concederá entrevista coletiva à imprensa.

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Já às 19h, ela vai se reunir com o candidato a governador e ex-prefeito de Petrolina, Julio Lossio. Além dos postulantes ao Senado, Pastor Jairinho e Adriana Rocha, e os que disputam as proporcionais no Hotel Luzeiros, no bairro do Pina. Militantes do PV, com quem a Rede tem uma aliança nacional, também devem participar do evento. 

"A participação firme e propositiva de Marina nos debates que já ocorreram tem demonstrado que ela está preparada e reúne as condições para unificar o país na construção de um projeto de desenvolvimento sustentável e numa nova forma de fazer política. A vinda dela para Pernambuco reforçará, também, as nossas candidaturas e o nosso projeto majoritário no estado", assegurou o porta-voz do partido em Pernambuco, Clécio Araújo. 

Os rumores de que Rede Sustentabilidade, PDT, Pros e Avante estão traçando uma linha de diálogo para formar uma eventual aliança e disputar o Governo de Pernambuco, com o veto da Executiva Nacional do PT à candidatura de Marília Arraes, foi confirmada pelo ex-prefeito de Petrolina, no Sertão, Julio Lossio (Rede) nesta sexta-feira (3). Lossio é o pré-candidato a governador pela Rede e terá o nome confirmado durante a convenção da legenda marcada para hoje. 

Em conversa com o LeiaJá, Lossio admitiu o diálogo com os partidos, mas disse que o líder da chapa já tem. “Até domingo estamos mantendo diálogo, nossa candidatura está mantida e hoje daremos início a caminhada”, afirmou. 

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Indagado se havia possibilidade de abrir mão da candidatura, já que nos bastidores o PDT estuda lançar o nome de Túlio Gadêlha para a corrida pelo Palácio do Campo das Princesas, Lossio negou. “Veja nós construímos um projeto que vem sendo desenhado há dois anos. Nosso partido confiou no projeto, estamos abertos para composição, mas o candidato a governador já temos”, garantiu. 

O PDT anunciou o rompimento com a Frente Popular de Pernambuco depois que o PT decidiu integrar o grupo e o PSB nacional optou por não apoiar formalmente a candidatura do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), à Presidência da República. 

Pré-candidata à Presidência da República, a ex-senadora Marina Silva (Rede) arrecadou, em menos de uma semana de atividade, R$ 108.096 para o financiamento da sua campanha eleitoral em uma vaquinha virtual. A arrecadação iniciou na última terça-feira (17) e, de lá para cá, segundo informações disponibilizadas pela plataforma, 853 doações foram realizadas. A meta da presidenciável é de conquistar R$ 200 mil para iniciar as atividades eleitorais em 16 de agosto.

"Sabemos que os adversários políticos usarão de todas as artimanhas para desestabilizar a candidatura de Marina. Precisamos combater suas mentiras, acusações levianas e notícias falsas. Com essa quantia, produziremos vídeos e materiais gráficos divulgando a verdade e as reais propostas de Marina para unir o Brasil", diz uma das descrições apresentadas no site que oferece opções de doações de R$ 10,00 até R$ 1.064.

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Além do valor arrecadado com o financiamento coletivo, autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marina ainda deve contar com outras doações de pessoas físicas durante a campanha e a Rede Sustentabilidade destinará metade dos R$ 10 milhões que receberá do Fundo Eleitoral para os custos da presidenciável. O teto de gastos estipulado para as campanhas ao Palácio do Planalto este ano é de R$ 70 milhões. 

Presidente nacional do PPS, Roberto Freire disse que o pré-candidato à Presidência da República e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), tem “o que dizer”, mas por um “certo desequilíbrio deixa de fazer”. Segundo Freire, em 2002, quando Gomes foi candidato pelo PPS, eles chegaram a achar que venceriam o pleito, mas problemas protagonizados pelo pedetista fez o resultado ser contrário. 

A menção de Roberto Freire a Ciro aconteceu durante uma entrevista ao Estadão, quando ele foi indagado se um candidato apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria no 2º turno. 

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“Não necessariamente. Precisa saber qual será. Teve um momento que imaginavam que poderia ser o Ciro (Gomes). Em 2002, quando ele foi candidato pelo PPS, teve um momento que achamos que ele poderia ganhar as eleições. Ele jogou fora isso já no meio da campanha por uma série de problemas. Um certo descontrole. Ciro tem o que dizer, mas por conta de um certo desequilíbrio deixa de fazer”, alfinetou Freire. 

Para o presidente nacional do PPS, o centro político do país está se afunilando em torno de dois nomes nas eleições 2018: o do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e da ex-senadora Marina Silva (Rede). 

“Eu diria que temos um centro eleitoral que não se decidiu. E ele representa a ampla maioria da sociedade brasileira. Esse centro da direita à esquerda democrática que ainda não se encontrou. Nesse cenário, as forças políticas começam a se afunilar. As forças políticas começam a se aproximar do Geraldo, e da Marina, por conta de seu recall”, avaliou.

Nesta semana, Freire foi cotado como vice na chapa da Marina. Sobre isso, líder do PPS disse que não conversou com a presidenciável sobre isso. “Não houve nenhuma conversa entre nós. Isso só é possível de ser discutido se o PPS porventura entender que não tem que cumprir com o indicativo que aprovou em seu congresso nacional, de apoio ao Geraldo Alckmin. Eu como presidente do partido vou fazer cumprir a decisão do congresso. Posso adiantar que não cumpro apenas por dever de ofício, mas por achar que a melhor opção que temos”, pontuou.

Pré-candidata à Presidência da República pela Rede Sustentabilidade, ex-senadora Marina Silva desembarca no Recife, nesta quarta-feira (13), para cumprir uma agenda de dois dias no estado. De acordo com Clécio Araújo, porta-voz da Rede em Pernambuco, a presidenciável irá participar de uma plenária com os filiados do partido e com simpatizantes de sua candidatura, amanhã, no auditório da torre 1 do Shopping RioMar, às 19h. 

Já na quinta-feira (14), concederá entrevista coletiva à imprensa, no Hotel Jangadeiro, em Boa Viagem, às 18h. Logo depois, ela participa do lançamento da pré-candidatura do pastor Jairinho Silva ao Senado, no mesmo lugar.

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Esta é a segunda vez que Marina vem ao estado depois de ter lançado seu nome para a disputa presidencial. Nas últimas pesquisas, sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela chegou a registrar 15% da preferência do eleitorado entrevistado.

"Vivenciamos um momento de grande descrédito na política. Entretanto, Marina Silva, pelo seu perfil, pela sua história e pela sua experiência, tem toda credibilidade para resgatar a boa política e pactuar com a sociedade a construção de um projeto de desenvolvimento sustentável, que possa viabilizar saídas para a grave crise que o Brasil está passando. A vinda dela à Pernambuco vai fortalecer esse projeto, também em âmbito local", afirmou Clécio Araújo.

Pré-candidata da Rede Sustentabilidade à Presidência da República, Marina Silva afirmou, nesta quinta-feira (24), que a crise gerada pelo aumento no preço dos combustíveis passa a visão de que a Petrobras vive uma pressão política e não segue as regras do mercado. Para a presidenciável, isso também é reflexo da falta de antecipação do governo do presidente Michel Temer (MDB) diante dos problemas. 

 “É um problema grave o que está acontecendo no país e o presidente tem que se antecipar aos problemas. O aumento dos combustíveis também tem a ver com a variação do dólar, agora a Petrobras tem uma margem para manejar esta situação. Ninguém aumenta a luz todo dia em variação do dólar, o preço do combustível tem que seguir uma certa lógica”, observou Marina, em sabatina ao jornal Folha de São Paulo. "Esse governo não tem tempo de se antecipar a nada porque vive o tempo todo na berlinda", completou.

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Sob a ótica da pré-candidata, a pressão diante da Petrobras pode ser visualizada com o fato da estatal ter anunciado a redução em 10% no preço do diesel e o congelamento por 15 dias. "Fazendo no olho do furacão, com a pressão política, a mensagem que passou externamente é que a Petrobras não se está se comportando de acordo com as regras do mercado. E aí vai uma desvalorização das ações da Petrobras na ordem de 11%", salientou Marina. 

Segundo ela, como a estatal vive um cenário de recuperação deveria passar o sinal de credibilidade. “A Petrobras vem de um momento de grande fragilização em função da corrupção e de má gestão, por isso não pode dar nenhum sinal truncado em relação a credibilidade. Fez agora, em função da pressão, que dá uma sensação ruim. Mas as medidas duradouras têm que ser debatidas no Congresso, como está sendo feito agora com a desoneração”, frisou a porta-voz nacional da Rede. 

A presidenciável Marina Silva (Rede) declarou, nesta quinta-feira (24), que é contra a flexibilização do porte de armas, pauta defendida pelo também pré-candidato à Presidência, Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Para Marina, não é papel do cidadão “fazer justiça com as próprias mãos”. 

“Liberar armas é insanidade, não resolve o problema da violência”, argumentou, durante sabatina do jornal Folha de São Paulo. “Distribuir armas para a população vai criar uma guerra civil. Estamos em pleno século XXI, pelo amor de Deus, todas as democracias evoluídas estão indo contra”, completou.

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A ex-senadora também chegou a dizer que na casa dela já teve uma espingarda, quando ela era criança, como "ferramenta" e a flexibilização poderia piorar a violência doméstica. “Se já há discussões dentro de casa, o que era uma voz alterada, uma chinelada, com uma arma vai virar uma loucura”, frisou.

Para Marina, a melhor solução para a violência no país é um plano de segurança nacional, com a valorização dos policiais e integração entre as polícias.

Montagem/LeiaJáImagens/Agência Brasil

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A menos de seis meses das eleições, o cenário político no país ainda é incerto no que se trata da disputa pelo cargo de presidente da República. Diante do quadro, o Instituto de Pesquisas UNINASSAU divulgou um levantamento qualitativo com a opinião de eleitores recifenses sobre a conjuntura. Ao estudo, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commércio, os eleitores confirmaram a intenção de ir às urnas em outubro e citaram suas possibilidades de votos.

Dos 14 nomes já colocados para a corrida, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) foram mencionados como opções pelos entrevistados. Além deles, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (PSB), que não confirmou ainda a participação no pleito, e o ex-prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), pré-candidato a governador do Estado paulista, também foram considerados.   

Neste sentido, um dos pontos que chama a atenção na amostra são as características atribuídas pelos eleitores aos presidenciáveis como justificativa do eventual voto. Lula é associado à “ascensão das classes menos favorecidas e as ações direcionadas para o Nordeste”; Barbosa à “dignidade, justiça e honestidade”; Bolsonaro à “honestidade e à ordem”; Marina à “competência”; e Doria à “inovação, empreendedorismo e o fato de saber governar”. 

Para o levantamento, o Instituto UNINASSAU ouviu três grupos com recifenses das classes A e B (com salários acima de R$ 5 mil), C (entre R$ 2 mil e R$ 4 mil) e D (entre R$ 800 e R$ 1,2 mil) no dia 23 de abril. 

Lula: amor e ódio lado a lado

A dualidade de sentimentos preenche o debate sobre o ex-presidente Lula. De acordo com a amostra, o lulismo e o antilulismo caminham lado a lado nos argumentos expostos pelo eleitorado em todos os níveis sociais aferidos. 

Para quem é das classes A e B, por exemplo, Lula "fez muita coisa pelo Brasil", mas errou ao escolher a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como sua sucessora e optar pela prática da corrupção, rendendo a ele uma condenação a 12 anos e um mês de prisão, pela qual está preso desde o último dia 7.

No recorte em que se enquadram pessoas da classe C, "diversos eleitores são entusiastas de Lula", apesar da prisão, e ressaltam a "esperança" que depositam nele, porém também há rejeição seguindo a mesma linha crítica a Dilma e acusando o petista de ser corrupto. Já na D, apesar do reforço da máxima “roubou, mas fez”, os eleitores mostraram admiração pelo ex-presidente e uma maior disposição em votar nele ou no seu indicado. 

A predisposição de votar em um indicado de Lula também surgiu, mesmo que de forma leve, entre os entrevistados com maior remuneração salarial. A empresária Tatiana Veloso, 42 anos, chegou a levantar a intenção de dar uma nova chance ao PT e pontuou condições para isso.      

“Se pessoas novas entrassem no partido, com visões diferentes, ele poderia se reestruturar e mudar. A mudança é uma coisa boa. Se muda, ele cresce e consegue retomar a confiança do povo. Então se viesse um político honesto, que não tenha vício de outros partidos, e entrasse no PT eu tenho certeza que seria bom para o partido”, salientou a moradora de Casa Forte, na Zona Norte do Recife.

Fazendo um panorama das colocações coletadas pelo estudo, o cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira, disse que “em todas as classes sociais, o lulismo está presente”. “O ex-presidente Lula é admirado pelo que fez no passado, mas também é rejeitado. Quando o eleitor rejeita Lula ou não tem certeza de que ele é candidato, revela admiração por Joaquim Barbosa, que não tem rejeição”, destacou. 

Joaquim Barbosa: 'herói' e novo fôlego para classe política

O diagnóstico a partir da pesquisa do Instituto UNINASSAU aponta também que o “possível candidato do PSB tem diversos admiradores e é reconhecido como o candidato novo”. Entre os competidores antilulistas, Joaquim Barbosa é citado “com entusiasmo” e aparece como uma espécie de “salvador da pátria” no discurso dos eleitores que o mencionam como possibilidade de escolha do voto. 

Ao contrário de Lula, o neo-pessebista não tem nenhum tipo de rejeição entre os grupos entrevistados. O fato de ele ter sido presidente da Alta Corte brasileira e ter liderado, por exemplo, o julgamento do caso do Mensalão, que levou membros do PT à cadeia por corrupção, fizeram com que passasse para a população uma imagem ilibada e sem “vício” político, ou seja, sem os costumes tradicionais da classe política.  

“A classe política está muito desgastada, seja de que partido for. Hoje não temos um partido que seja capaz  de resolver o que está acontecendo atualmente. Todos os políticos estão comprometidos [com corrupção]. Sei que vai ser difícil para qualquer um que for eleito mudar isso, mas Joaquim Barbosa é um jurista e quando esteve no STF soube se impor. Não tem vício político, nem está vinculado a ninguém”, expôs o autônomo Ronilson Lemos, de 64 anos. Morador de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, ele foi um dos ouvidos pelo levantamento. 

Bolsonaro, Marina e Doria também na mira do eleitorado

Em contrapartida ao perfil político de Lula e Joaquim Barbosa, aparece Jair Bolsonaro que, entre pesos e medidas, tem admiradores e avessos entre os eleitores ouvidos para a amostragem. Na pesquisa, os adeptos dele, por exemplo, argumentam na defensiva e refutam as críticas que normalmente pesam contra o presidenciável. Já os opositores ponderam que ele “não gosta dos nordestinos”. 

“O que me incomoda nele é essa maneira dele se expressar. Acho ele arrogante com as pessoas, principalmente do sexo feminino, e um presidente ser arrogante não tem como fazer um bom governo. Sem falar na parte homofóbica. Sou amiga dos gays e isso não me agrada. Família hoje é homem com homem, mulher com mulher. Isso constitui família”, salientou Tatiana Veloso ao afirmar que não votaria em Bolsonaro “de jeito nenhum”. 

Por outro lado, o jovem empresário Matheus Henrique, de 20 anos, destacou que votaria no presidenciável justamente pelo seu lado conservador. “Ele é honesto na vida pregressa dele. É alguém que não tem nada que você vai levar em consideração contar ele. Não deve nada a ninguém, consegue ter autonomia por não dever nada a ninguém, consegue expressar o ideal dele. Ele tem suas ideais e pode expressá-las e isso já é válido. Além disso, defende a família e é conservador. Isso é essencial para os dias de hoje”, argumentou. 

Na lista dos mencionados como possibilidade de votos, Marina Silva vem como alguém que “merece uma chance” porque “não é citada em atos de corrupção”. “Marina Silva está diferente, com novas visões, mais culta. Ela se reciclou e foi  bom. Vendo isso a gente sente confiança do que ela pode vir a fazer. É uma pessoa que eu não descarto para votar. Gosto dela e votei nela na última eleição. Hoje estamos atrás da pessoa ser correta e é o mais importante”, observou Tatiana. 

Além dos presidenciáveis, o nome de João Doria também foi citado, de forma mais sutil, entre os entrevistados, mesmo ele sendo pré-candidato ao governo de São Paulo. Sob a ótica do estudante de direito Túlio Cruz de Almeida, 21 anos, Doria tem como diferencial a “transparência política”. 

“Ele não tem vício político. É uma pessoa de fora que tem tudo para melhorar. O que o brasileiro precisa é de uma transparência da política, só vemos ela toda fechada, e até onde eu sei ele transparece o que faz. Não votaria em Geraldo Alckmin [que é o candidato do PSDB a presidente], porque houve uma medida apenas política na escolha dele. Como quem diz esse aqui está na vez e vai ele”, criticou. 

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Método da pesquisa

Focada em verificar a opinião dos eleitores sobre o Brasil e a eleição presidencial, o estudo qualitativo feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU ouviu um recorte de três grupos recifenses e buscou identificar os sentimentos dos eleitores para com o momento do país.

“A pesquisa qualitativa possibilita que as visões de mundo, desejos e crenças dos eleitores sejam identificados e interpretados. O intérprete da pesquisa qualitativa deve decifrar os significados advindos das verbalizações dos indivíduos. A pesquisa qualitativa tem o poder de apresentar os elementos simbólicos que estão na conjuntura”, esclareceu Adriano Oliveira. 

 aponta também que o “possível candidato do PSB tem diversos admiradores e é reconhecido como o candidato novo”. Entre os competidores antilulistas, Joaquim Barbosa é citado “com entusiasmo” e aparece como uma espécie de “salvador da pátria” no discurso dos eleitores que o mencionam como possibilidade de escolha do voto. 

Ao contrário de Lula, o neo pessebista não tem nenhum tipo de rejeição entre os grupos entrevistados. O fato dele ter sido presidente da Alta Corte brasileira e ter liderado, por exemplo, o julgamento do caso do Mensalão, que levou membros do PT à cadeia por corrupção, fizeram com que passasse para a população uma imagem ilibada e sem “vício” político, ou seja, sem os costumes tradicionais da classe política.  

“A classe política está muito desgastada, seja de que partido for. Hoje não temos um partido que seja capaz  de resolver o que está acontecendo atualmente. Todos os políticos estão comprometidos [com corrupção]. Sei que vai ser difícil para qualquer um que for eleito mudar isso, mas Joaquim Barbosa é um jurista e quando esteve no STF soube se impor. Não tem vício político, nem está vinculado a ninguém”, expôs o autônomo Ronilson Lemos, de 64 anos. Morador de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, ele foi um dos ouvidos pelo levantamento. 

Bolsonaro, Marina e Doria também na mira do eleitorado

Em contrapartida ao perfil político de Lula e Joaquim Barbosa, aparece Jair Bolsonaro que, entre pesos e medidas, tem admiradores e aversos entre os eleitores ouvidos para a amostragem. Na pesquisa, os adeptos dele, por exemplo, argumentam na defensiva e refutam as críticas que normalmente pesam contra o presidenciável. Já os opositores ponderam que ele “não gosta dos nordestinos”. 

“O que me incomoda nele é essa maneira dele se expressar. Acho ele arrogante com as pessoas, principalmente do sexo feminino, e um presidente ser arrogante não tem como fazer um bom governo. Sem falar na parte homofóbica. Sou amiga dos gays e isso não me agrada. Família hoje é homem com homem, mulher com mulher. Isso constitui família”, salientou Tatiana Veloso ao afirmar que não votaria em Bolsonaro “de jeito nenhum”. 

Por outro lado, o jovem empresário Matheus Henrique, de 20 anos, destacou que votaria no presidenciável justamente pelo seu lado conservador. “Ele é honesto na vida pregressa dele. É alguém que não tem nada que você vai levar em consideração contar ele. Não deve nada a ninguém, consegue ter autonomia por não dever nada a ninguém, consegue expressar o ideal dele. Ele tem suas ideais e pode expressá-las e isso já é válido. Além disso, defende a família e é conservador. Isso é essencial para os dias de hoje”, argumentou. 

Na lista dos mencionados como possibilidade de votos, Marina Silva vem como alguém que “merece uma chance” porque “não é citada em atos de corrupção”. “Marina Silva está diferente, com novas visões, mais culta. Ela se reciclou e foi  bom. Vendo isso a gente sente confiança do que ela pode vir a fazer. É uma pessoa que eu não descarto para votar. Gosto dela e votei nela na última eleição. Hoje estamos atrás da pessoa ser correta e é o mais importante”, observou Tatiana. 

Além dos presidenciáveis, o nome de João Doria também foi citado, de forma mais sutil, entre os entrevistados, mesmo ele sendo pré-candidato ao governo de São Paulo. Sob a ótica do estudante de direito Túlio Cruz de Almeida, 21 anos, Doria tem como diferencial a “transparência política”. 

“Ele não tem vício político. É uma pessoa de fora que tem tudo para melhorar. O que o brasileiro precisa é de uma transparência da política, só vemos ela toda fechada, e até onde eu sei ele transparece o que faz. Não votaria em Geraldo Alckmin [que é o candidato do PSDB a presidente], porque houve uma medida apenas política na escolha dele. Como quem diz esse aqui está na vez e vai ele”, criticou. 

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Método da pesquisa

Focada em verificar a opinião dos eleitores sobre o Brasil e a eleição presidencial, o estudo qualitativo feito pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU ouviu um recorte de três grupos recifenses e buscou identificar os sentimentos dos eleitores para com o momento do país.

“A pesquisa qualitativa possibilita que as visões de mundo, desejos e crenças dos eleitores sejam identificados e interpretados. O intérprete da pesquisa qualitativa deve decifrar os significados advindos das verbalizações dos indivíduos. A pesquisa qualitativa tem o poder de apresentar os elementos simbólicos que estão na conjuntura”, esclareceu Adriano Oliveira. 

Apesar de bem posicionada em pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, Marina Silva (Rede) tem tido dificuldades para dar visibilidade à sua pré-campanha. Mesmo com uma agenda cheia, a ex-ministra costuma ser cobrada pelo seu "sumiço" da vida pública.

No domingo passado, por exemplo, em uma conversa com internautas pelo Facebook, foi questionada por um eleitor: "Por onde você anda, Marina?". Em resposta, ela disse que sempre esteve na ativa e reclamou de "uma tentativa de ocultamento" do seu trabalho.

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O jornal O Estado de S. Paulo acompanhou agendas de Marina na semana passada. Na terça e na quarta-feira, a ex-ministra foi figura de destaque do Fórum Mundial da Água, promovido em Brasília. Mesmo tendo deixado o Ministério do Meio Ambiente há dez anos, foi recebida com deferência, tirou selfies e foi reconhecida até mesmo por participantes estrangeiros.

Durante o fórum, Marina participou de debate ao lado da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, foi uma das "estrelas" do lançamento do documentário sobre práticas sustentáveis do ator Marcos Palmeira e recebeu homenagens.

"Precisamos de mais mulheres na política, sua candidatura é muito importante", disse a ativista boliviana Maria Teresa Vargas, que dividiu uma mesa de discussão com Marina.

Fora da esfera ambiental, a ex-ministra teve um encontro com embaixadores em Brasília, foi ao Rio filiar à Rede nomes como a atriz Cássia Kiss e o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e ainda a São Paulo para participar de eventos com empresários do ramo do varejo e de movimentos sociais.

A pouca visibilidade de Marina neste momento pode ser explicada pelo seu isolamento político. Sem alianças com outros partidos, a Rede deve bancar sozinha a terceira tentativa da ex-ministra de chegar ao Planalto. Os próprios integrantes da Rede reconhecem a existência de um cenário adverso. "É uma ótima candidata, com muitas dificuldades, mas estamos dispostos a enfrentar todas", disse o deputado Miro Teixeira.

A pré-candidata da Rede Sustentabilidade à Presidência da República, Marina Silva, vem ao Recife, nesta quinta-feira (22), para a filiação do ex-prefeito de Petrolina, Julio Lossio, ao partido. O ex-gestor, antes filiado ao MDB, é o pré-candidato da legenda a governador de Pernambuco. O evento será no Recife Praia Hotel, no bairro do Pina, na Zona Sul da capital pernambucana. 

De acordo com o dirigente nacional da Rede, Roberto Leandro, o abono da ficha de filiação de Lossio vai acontecer durante uma plenária com filiados do partido com Marina para discutir o processo eleitoral deste ano no âmbito nacional e local. 

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“Marina vem cumprindo o roteiro de visitar os estados em todo o país, a ideia é estar fazendo essa discussão com a militância e representação de segmentos da sociedade articulando o projeto de desenvolvimento sustentável que será apresentado nas eleições”, salientou Leandro.  

“O país vive uma crise muito grande - política, ética e de valores - e para a superação dela é fundamental que haja a pactuação de um projeto como este e Marina reúne as condições políticas pela sua postura ética, administrativa e política de estar encabeçando este projeto e pode criar as condições para colocar o país no trilho do projeto sustentável”, completou o dirigente.

Segundo Roberto Leandro, é com foco neste projeto que a chapa estadual da Rede deverá ser lançada e ser “instrumento de reverberação” para a postulação de Marina. 

Sem encontro previsto com Renata 

Diferentemente das últimas visitas de Marina Silva a Pernambuco, desta vez, de acordo com Roberto Leandro não está prevista nenhuma agenda da ex-senadora com o governador Paulo Câmara (PSB) ou a ex-primeira-dama Renata Campos. A Rede Sustentabilidade deixou a base aliada de Paulo para concorrer com candidatura própria ao pleito local e nacionalmente não há perspectiva de aliança entre as duas legendas, ao contrário de 2014, para endossar o palanque de Marina. 

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