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A busca dos partidos por candidatos a deputado federal passa longe da afinidade ideológica ou programática. Dirigentes das siglas nos Estados fazem leilão para atrair nomes com bom potencial e oferecem até dinheiro. O valor do "passe" pode chegar a R$ 1 milhão, fora o que será destinado à campanha. Mesmo candidatos sem chance de vencer, mas com alguma capacidade de atrair votos, estão na mira das legendas.

Se antes os partidos podiam se coligar e a soma de todos os votos dados ao grupo ajudava a conquistar uma vaga na Câmara, a partir desta eleição a sigla só poderá contar com seus próprios candidatos. Assim, os votos dos que não ganham a eleição são fundamentais para as "estrelas" da chapa conseguirem uma cadeira de deputado federal.

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Durante sete meses, o Estadão conversou com dirigentes partidários, deputados, suplentes, advogados, procuradores eleitorais e cientistas políticos e colheu evidências de um mercado de compra de candidaturas. No diagnóstico de especialistas, esse vale-tudo na busca por chapas competitivas corrói a importância das siglas, dificulta coalizões e faz a representação política ser pautada por interesses privados.

Presidente do PMN em Minas Gerais, Agnaldo Oliveira admite que negociatas são comuns e envolvem dinheiro, além do Fundo Partidário: "O cara não tem expressão, tem 25 mil votos, não ganha eleição em partido nenhum. E diz ‘quero vender esses votos’. Vou para o seu partido, quanto você me dá de dinheiro?".

Esse tipo de candidato é conhecido como "escadinha": aquele que entra na disputa só para empurrar as estrelas do partido para cima, para alcançarem na soma final os votos necessários e se elegerem.

O advogado Marcus Alves, que atua na recriação da velha UDN, partido conservador pré-ditadura militar, tem experiência nesse mercado e afirma que as ofertas não se restringem a recursos do fundo eleitoral, verba legal para financiamento das campanhas. "Hoje o candidato virou uma pedra preciosa. O cara que teve uma votação boa está cobrando para entrar no partido."

Ele conta que conversou com um candidato que teve 90 mil votos para federal em SP e negocia com três siglas. Uma ofereceu R$ 600 mil, outra R$ 800 mil. Ele quer R$ 1 milhão.

"Os candidatos que tiveram muitos votos estão se valorizando. Quem teve 80 mil votos vale ouro. Pede dinheiro para colocar no bolso, fora o fundo eleitoral. Isso é no Brasil todo", afirmou Marcus Alves.

Na disputa de 2018 no Distrito Federal (DF), o advogado Paulo Fernando Melo obteve 31 mil votos, distante da média de 73 mil que os eleitos conquistaram. O resultado, porém, tornou o neófito um "candidato" muito cortejado para 2022. Quatro partidos disputaram seu passe: PP, PTB, PL e Republicanos. Ele admite que recebeu oferta de dinheiro, mas diz que, no seu caso, são "recursos para campanha".

"Sempre oferecem. Não é caixa 2, não. É dentro do fundo (eleitoral), para aqueles 45 dias de campanha. Isso aí é normal oferecer. Uns oferecem menos, outros mais. O dinheiro por si só não elege, né? Já vi muitos candidatos gastarem milhões e não ganharem", contou o pré-candidato, que decidiu fechar com o Republicanos.

PEREGRINAÇÃO. Dirigente do Avante no Amapá, Adail Barriga foi do Oiapoque ao Javari em busca de candidatos. Percorreu principalmente igrejas evangélicas e centros comunitários porque nesses espaços existem possíveis candidatos, com potencial de voto mensurável. Todo esforço é para conquistar apenas uma das oito cadeiras a que o Amapá tem direito na Câmara dos Deputados.

"Nossa estratégia é essa, para montar uma nominata à altura e em condições de fazer um federal e uma bancada de estaduais. Não adianta a gente colocar aquelas pessoas que serviam de laranja, para complementação de uma chapa. Não vai ser mais viável nesta eleição. Temos que colocar pessoas que tenham potencial de voto", afirmou.

Barriga também vai lançar um candidato ao Senado. A escolha do nome não tem relação alguma com o programa do partido. Como o principal concorrente à vaga é o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ex-presidente do Congresso, ele buscou um evangélico para se contrapor. Alcolumbre ganhou a rejeição de parte dos religiosos ao segurar a indicação do pastor André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Qual é a jogada? Eu peguei um evangélico e joguei para o Senado. Estou jogando ele na frente para dar abertura para os meus candidatos (a deputado federal) entrarem na igreja", explicou.

CATÁSTROFE. O cientista político Fernando Pignaton, representante brasileiro da Associação Internacional para Pesquisa e Intervenção Social (Aifris), com sede na França, diz que a seleção de candidatos e a lógica partidária são catastróficas para o País. "A reforma política não tratou da qualidade da vida partidária. Os partidos não ganharam relevância e não têm um projeto de desenvolvimento nacional que aglutine. A falta de uma cultura partidária sangra a capacidade de o País se desenvolver, de tocar grandes projetos", afirmou.

Ainda na avaliação de Pignaton, o cenário beneficia tão somente "caciques" partidários: "Esse vale-tudo na composição das chapas não muda a qualidade do debate e da representação política. E, sem partidos fortes, a negociação vai continuar deputado a deputado. Não facilita uma coalizão".

Oferecer dinheiro para que um candidato entre no partido não é ilegal, desde que a fonte não seja o Fundo Partidário, o fundo eleitoral ou caixa dois. Procuradores do Ministério Público Eleitoral admitem que crimes ocorrem nessa fase das eleições. Entretanto, passam muito abaixo do radar dos investigadores, focados nas principais campanhas ao Executivo.

A corrida para deputado federal é a mais importante para as siglas. A cada quatro anos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) define quanto elas têm direito a receber de Fundo Partidário com base na quantidade de deputados federais eleitos. Somados os últimos 4 anos, o valor chegou a R$ 3,8 bilhões. O União Brasil, legenda que nasceu do casamento do DEM com o PSL, já recebeu R$ 66,8 milhões do fundo entre janeiro e maio deste ano, maior valor entre os partidos. Juntos, eles emplacaram 81 deputados na disputa de 2018.

A conta é simples. Quem eleger mais deputados federais terá uma fatia maior. Os 5% restantes são divididos igualmente por todos os partidos. Como mostrou o Estadão, o fundo bilionário financia luxos pessoais de políticos, como viagens de jatinho, e despesas gerais das siglas. Não à toa a eleição de 2018 teve um número recorde de candidatos: 8.067 para as 513 vagas.

Após ter sido aprovada em primeiro turno nesta terça-feira (12), com 393 votos favoráveis e 14 contrários, a votação da 'PEC Kamikaze', que concede uma série de benefícios sociais somente para 2022, já adiada na última semana por quórum baixo, foi suspensa ainda nesta terça, pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após problemas no sistema interno da internet da Casa.

Lira informou, antes de encerrar a sessão, que a Polícia Federal estaria indo à Câmara dos Deputados "fazer a investigação do que aconteceu". "A sessão está suspensa com quórum para continuidade das votações das PECs 11, 15 e 16 para amanhã pela manhã", quando os parlamentares devem analisar os destaques propostos e realizar um segundo turno de votação.

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Durante a votação foi constatado um problema nos dois links (na internet) da Câmara dos Deputados para os parlamentares que não estavam presentes na Casa, segundo Arthur Lira. A sessão seguiu, apesar dos apontamentos de fraude por alguns parlamentares. Sem demora, Lira anunciou a suspensão da sessão para quarta-feira (13), pela manhã. “Precisamos proteger o parlamento, não estamos tratando de uma coisa normal”, informou. 

O que prevê a PEC

Em estado de emergência, ela estabelece “elevação extraordinária e imprevisível dos preços do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes”. O que abre caminho para vários benefícios, como a ampliação do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600 mensais e cadastro de 1,6 milhão de novas famílias); ampliação de R$ 53 no Auxílio Gás; benefícios para taxistas registrados até 31 de maio de 2022; criação de um “voucher” de R$ 1 mil para os caminhoneiros autônomos; repasse de R$ 3,8 bilhões para manutenção do etanol; e repasse de R$ 500 milhões ao programa Alimenta Brasil. 

Incorporada a PEC dos Biocombustíveis, também já aprovado no Senado, a proposta garante uma diferença tributária entre combustíveis fósseis como gasolina, biocombustíveis e o etanol. 

A incorporação, elaborada pelo presidente da Câmara, Arthur Lita (PP-AL), tem como objetivo acelerar o pagamento dos benefícios fazendo com que ela não precise passar, por exemplo, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara. 

A PEC dos Biocombustíveis quer manter uma vantagem fiscal e tributação menor aos combustíveis por pelo menos 20 anos. A medida é uma forma de garantir a competitividade do etanol e outros combustíveis limpos em relação aos fósseis. O texto insere a determinação de um “regime fiscal favorecido” a esses combustíveis na Constituição. 

O ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (União), afirmou, nesta quinta-feira (30), que não irá disputar o Senado por Pernambuco e que o seu foco é a Câmara dos Deputados. Segundo última pesquisa Real Time Big Data divulgada na segunda-feira (27), Mendonça aparece em primeiro lugar nas intenções de voto para o Senado Federal com 23%. 

De acordo com o aspirante a parlamentar, seu plano, desde o início, foi o de tentar mandato como deputado federal para voltar a compor a bancada pernambucana na Câmara. “Meu planejamento desde o começo passa pela intenção proporcional inicial, de ser candidato a deputado, então esse é o caminho que eu vou percorrer”, afirmou Mendonça ao LeiaJá

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A declaração foi feita durante um evento realizado pela União Brasil, na Zona Norte do Recife, nesta quinta-feira (30). Nele, o pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Miguel Coelho, fez novos anúncios sobre sua campanha e confirmou a deputada estadual Alessandra Vieira como sua indicada ao cargo de vice-governadora. Perguntado sobre sugestões próprias ao Senado, Mendonça disse que não iria opinar e que também não cogita mais entrar na disputa pela Casa Alta.  

“Prefiro não opinar. Aí é uma missão para Miguel, a de tratar esta estratégia. Eu não vou ficar raciocinando sobre hipóteses. Com o conjunto de partidos e personagens, homens e mulheres, que o Miguel têm liderado, ele certamente encontrará opções tão ou até mais qualificadas do que eu para disputar o mandato como senador ou senadora. Prefiro focar hoje na minha estratégia definida, de ser um deputado federal que possa ajudar Pernambuco”, continuou o ex-ministro. 

Por fim, comentou a confirmação de Alessandra como vice da chapa e afirmou ser uma decisão coerente: “Ela tem uma história política e seu grupo político tem uma força numa cidade muito dinâmica, que é Santa Cruz [do Capibaribe], que tem tudo a ver com trabalho e produção, e nesse aspecto casa muito com o tom que Miguel quer dar a esta campanha”. 

*Com informações de Jameson Ramos

Apesar de estar judicialmente impedido de publicar no Telegram e em outras redes sociais, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) voltou a fazer postagens em seu canal no aplicativo de mensagens. O bolsonarista é alvo de uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que solicitou o bloqueio das contas do parlamentar. “Voltamos com tudo! Não é uma festa democrática, é uma guerra contra a corrupção", publicou Silveira na manhã desta sexta-feira (17), dando início a uma sequência de publicações.

Nas mensagens publicadas no canal, Silveira defendeu o presidente Jair Bolsonaro (PL), em uma discussão envolvendo o mandatário e o ex-futebolista Walter Casagrande; e também fez publicações críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à esquerda do país.

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Publicação de Daniel Silveira nesta sexta-feira (17). Foto: Reprodução/Telegram

Daniel Silveira foi preso em flagrante em 16 de fevereiro por atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal e propagar “a adoção de medidas antidemocráticas”, além de defender o AI-5 em vídeo nas redes sociais. O deputado é alvo de duas investigações: uma delas apura a convocação de atos autoritários que defendiam o fechamento do STF e do Congresso no ano passado, e a outra investiga a divulgação de ataques e notícias falsas contra os ministros da corte nas redes sociais.

Por determinação de Moraes, Silveira teve suas contas banidas no Twitter, Facebook e Instagram, mas seu canal no Telegram continua ativo, com mais de nove mil seguidores. O vídeo que levou à sua prisão, em que ele ataca ministros do STF e defende o AI-5, foi excluído do YouTube e de outras plataformas, mas também segue em circulação na rede. Anteriormente, o canal enviava avisos aos inscritos dizendo que o proprietário estava inativo.

Em abril, Bolsonaro concedeu o indulto presidencial a Silveira por sua condenação no STF. Desde então, ele vem descumprindo decisões da Justiça, como o uso da tornozeleira eletrônica e a participação em eventos públicos.

Nesta semana, a Procuradoria-Geral da República apresentou manifestação ao Supremo recomendando que seja declarada extinta a pena contra o parlamentar em função do decreto de indulto.

A Procuradoria Geral da República pediu, nesta terça-feira (14), ao Supremo Tribunal Federal (STF), que declare a extinção da pena imposta ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). A solicitação foi feita com base no indulto presidencial concedido ao parlamentar, em abril deste ano. Bolsonarista, Silveira foi condenado pela Corte a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado e à perda dos direitos políticos por estímulo a atos antidemocráticos e ataque às instituições da ordem brasileira, como o próprio Supremo.

Na manifestação, a vice-procuradora-Geral da República, Lindôra Araújo, defendeu o reconhecimento dos efeitos do indulto. Após a concessão do indulto, a defesa de Silveira havia enviado o perdão do Executivo ao Supremo e assim, o ministro Alexandre de Moraes encaminhou a demanda para análise da PGR, cujo chefe também é um procurador bolsonarista, Augusto Aras.

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“O decreto de indulto individual é existente, válido e eficaz, sendo que a sua repercussão jurídica na punibilidade está condicionada à necessária decisão judicial que declara extinta a pena do condenado. A natureza jurídica dessa decisão judicial, por sua vez, angaria cunho declaratório, pelo que, após o provimento jurisdicional, a extinção da pretensão penal retroage à data de publicação do referido decreto no diário oficial da União”, cita trecho da manifestação.

Em relação à multa aplicada por Alexandre de Moraes, após o parlamentar descumprir medidas cautelares, como a utilização de tornozeleira eletrônica, a vice-PGR defendeu que elas sejam revogadas a partir da data de expedição do indulto presidencial, concedido em 21 de abril. “Ocorre que, as medidas cautelares não podem perdurar indefinidamente, encontrando limite máximo de duração no trânsito em julgado da decisão condenatória”, disse Lindôra.

“Além de serem instrumentais, as medidas cautelares penais são acessórias, provisórias e homogêneas, ou seja, não podem ser autônomas, mais gravosas que a própria sanção penal definitiva, nem podem durar por período indeterminado”, acrescentou.

Por 3 votos 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, em março, cassou o mandato do deputado federal Valdevan Noventa (PL-SE).

Com isso, foi derrubada a decisão liminar do ministro Nunes Marques que havia devolvido o mandato ao deputado. Assim, o deputado Márcio Macedo (PT-SE) deverá retornar ao cargo. 

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 Valdevan Noventa é acusado de abuso de poder econômico. No início do ano o TSE cassou o mandato do parlamentar  e determinou a recontagem dos votos para a cadeira na Câmara dos Deputados. 

 Ao levar o caso para julgamento, Nunes Marques reafirmou sua posição sobre a questão e afirmou que o TSE mudou sua jurisprudência sobre a anulação dos votos de candidatos eleitos que forem cassados.   

O entendimento foi acompanhado pelo ministro André Mendonça. "Demonstra-se absolutamente incontestável que se operou na espécie uma alteração jurisprudencial, assim como que essa foi aplicada de forma retroativa, em detrimento de expressa previsão em resolução do TSE", afirmou Mendonça. 

 Prevaleceu no julgamento o voto divergente do ministro Edson Fachin, que não referendou a decisão de Nunes Marques. Para o ministro, a liminar não poderia ser concedida pelo STF antes da análise de recurso próprio contra decisão do TSE.   

Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski também não aceitaram a liminar. A votação ocorreu de forma virtual, na qual os ministros inserem os votos no sistema do Supremo.

A Procuradoria-Geral da República defendeu, no Supremo Tribunal Federal (STF), que sejam mantidas as restrições impostas ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), incluindo o monitoramento por tornozeleira eletrônica, que já foi determinado em outras ocasiões. A primeira vez foi após a prisão em flagrante do parlamentar, no âmbito das investigações sobre atos antidemocráticos. Após a suspensão, em março deste ano, o ministro Alexandre de Moraes determinou o uso do aparelho novamente.

O parecer foi assinado pela vice-procuradora-geral Lindôra Araújo e enviado ao ministro Alexandre de Moraes.

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"O Ministério Público Federal ratifica a manifestação apresentada em 24 de março de 2022, para que sejam mantidas as cautelares de (1) proibição de ausentar-se do Estado em que reside, salvo para Brasília/DF; (2) proibição de frequentar e participar de evento público; e (3) monitoração eletrônica", disse Lindôra.

A medida, no entanto, tem sido descumprida pelo deputado. De acordo com cálculos feito pelo O Globo, o aparelho esteve desligado em mais da metade do tempo desde que foi instalado. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, a última recarga da tornozeleira foi feita em abril e o utensílio está descarregado desde o feriado de Páscoa.

Silveira foi condenado pelo STF a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques à Corte e estímulos a atos antidemocráticos. Um dia após o julgamento, o presidente Jair Bolsonaro anunciou o indulto individual (perdão da pena) do deputado. Em relação ao decreto que concedeu a graça a Silveira, Lindôra optou por não comentar neste momento. Segundo ela, a PGR irá opinar sobre o decreto nas ações que tramitam com Rosa Weber, que questionam a constitucionalidade do ato.

"Quanto aos efeitos do Decreto Presidencial de 21 de abril de 2022, a Procuradoria-Geral da República reserva-se ao direito de manifestar-se sobre suas repercussões jurídicas por ocasião da abertura de vista nas ADPFs 964, 965, 966 e 967, todas de Relatoria da Min. Rosa Weber, nos termos do artigo 5º, §2º, da Lei 9.882/1992, na medida em que o exame da constitucionalidade do aludido decreto é prejudicial à análise de seus respectivos consectários legais", diz o documento ao Supremo.

Em evento do Solidariedade nesta terça-feira (3), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disparou críticas contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Segundo Lula, Lira age com “poder imperial” em vias de criar o “semipresidencialismo” como sistema de governo brasileiro.

“Ele já quer tirar o poder do presidente para que o poder fique na Câmara e ele aja como se fosse o imperador do Japão. Ele acha, inclusive, que pode mandar administrando o Orçamento. O Orçamento é aprovado pela Câmara, pelo Congresso, e tem que ser administrado pelo governo, que é pra isso que o governo é eleito. E é o governo que decide cumprir o Orçamento aprovado pela Câmara, em função da realidade financeira do Estado brasileiro”, disse o ex-presidente, citando as emendas de relator-geral (RP9).

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O Japão, cujo sistema de gestão foi usado como exemplo por Lula, é uma monarquia constitucional parlamentar, com chefe de governo (primeiro ministro) e de Estado. Atualmente, o posto mais alto é ocupado pelo imperador Naruhito, que assumiu em maio de 2019 e possui função cerimonial, representando a nação e a unidade do povo japonês.

"Se a gente ganhar as eleições e o atual presidente da Câmara continuar com o poder imperial, ele já está querendo criar o semipresidencialismo”, acrescentou Lula. O petista também contemplou em seu discurso a inflação, a Petrobras e sua disputa com Jair Bolsonaro (PL).

O ex-presidente, que apesar de ter congelado nas pesquisas, ainda é apontado como favorito para outubro, afirmou ainda que irá viajar o Brasil em sua campanha e que ela não será só pelas redes sociais. "Tem gente que acha que não precisa mais fazer campanha com comício, é só pela rede social. Quem quiser ficar na rede social, que fique. Eu vou viajar o Brasil, quero conversar com o povo brasileiro", disse. Ele também prometeu priorizar a geração de empregos, o que chamou de nova “obsessão”.

O petista participou em São Paulo de ato da executiva nacional do Solidariedade em apoio à pré-candidatura dele à Presidência. A nova aliança ocorre após um burburinho ocorrido em abril, quando o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, foi vaiado em evento com Lula e sindicalistas. No evento, o petista estava acompanhado do ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato a vice.

O ex-presidente Michel Temer (MDB) sugeriu, nesta sexta-feira (22), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) revogue o perdão concedido ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), ontem. O presidente, por sua vez, recusou a sugestão de Temer em publicação no Twitter.

 

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Em atualização

A direção da Executiva Estadual do PT apresentou o nome do  deputado federal Carlos Veras para concorrer à vaga ao Senado na chapa da Frente Popular, encabeçada por Danilo Cabral (PSB), que deve disputar o Governo do Estado.

“Os nomes do deputado federal Carlos Veras e da deputada estadual Teresa Leitão foram discutidos e deliberados nesta instância. Por ampla maioria, o PT de Pernambuco indicará o nome do deputado Carlos Veras como candidato a senador, sem deixar de reconhecer as qualidades da deputada Teresa Leitão”, diz a nota oficial da legenda.

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Apesar de não ter sido mencionada, a vice-governadora Luciana Santos, do PCdoB, também foi colocada à disposição pelo partido comunista para a mesma vaga.

O PT-PE ressaltou o foco na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a vitória de Cabral pelo Executivo. Nas redes, Veras agradeceu a oportunidade e disse estar pronto para o diálogo no qual seguirá a Frente Popular em busca de apoio, frente à acirrada disputa nos âmbitos local e nacional. Confira a mensagem do deputado:

“Na noite desta quarta-feira (13), a Direção da Executiva do PT de Pernambuco decidiu, por ampla maioria, apresentar o meu nome para o Senado Federal pela Frente Popular. Recebo a indicação, com muita honra, responsabilidade e entusiasmo.

Tenho muita fé e coragem para contribuir com o avanço de Pernambuco e para lutar pela reconstrução e transformação do Brasil, iluminado pelos sonhos do meu partido e de braços dados com Lula e com o povo pernambucano. A decisão final, que será tomada com base no contexto nacional, que respeito muito, será encaminhada com a unidade necessária para construir a vitória da Frente Popular, fundamental à democracia e aos direitos do povo brasileiro.

A gente seguirá confiante no caminho que for apontado e somando as forças democráticas para eleger Lula e reconstruir o Brasil!”.

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O agora ex-presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, disse que sua gestão trouxe respeito à instituição e fez com que ela deixasse de ser uma "senzala do PT". Exonerado oficialmente nesta quinta-feira (31) pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, Camargo já havia se filiado ao partido de Jair Bolsonaro (PL) para concorrer como deputado federal.

Em seu perfil no Twitter, o pré-candidato pelo PL apontou como deve balizar sua camapanha e o possível mandato federal. "Se eleito, defenderei uma pauta antivitimista, de negro de direita. Chega de mimimi!", escreveu.

Nova gestão

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Com o fim do período de Sérgio Camargo à frente da Fundação Palmares, quem assume a Presidência é Marco Antônio Evangelista, servidor há mais de 30 anos da casa, citou o ex-presidente, que projetou a continuidade do "trabalho honesto, digno e libertador" que era feito em sua gestão.

A defesa do deputado federal Daniel Silveira (União Brasil-RJ) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação da decisão que determinou o monitoramento por tornozeleira eletrônica. O pedido foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes que determinou a medida.   

Silveira questiona a legalidade da decisão e argumenta que, na condição de parlamentar, não pode ser alvo da medida.   

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O deputado passou a noite de ontem em seu gabinete, e a decisão para colocar a tornozeleira ainda não foi cumprida pela Polícia Federal (PF).   

Na petição, o advogado Paulo César Rodrigues de Faria argumenta que Daniel Silveira não pode ser alvo de medidas que possam restringir o mandato, conforme foi decidido pela Corte no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.526, em 2017.   

De acordo com a defesa, nos casos de medidas judiciais que tenham impacto no mandato parlamentar, a decisão precisa ser votada pela Câmara dos Deputados no prazo de 24 horas. 

 "Assim, requer a suspensão imediata de todas as medidas cautelares, que, atingem direta ou indiretamente o exercício pleno do mandato, até que a Casa legislativa a qual pertence o parlamentar, delibere e as valide, por maioria de seus membros, tornando, a partir de então, legal e constitucional os atos praticados", pediu a defesa. 

 Diante do descumprimento, o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, marcou para 20 de abril o julgamento da ação penal aberta pela Corte contra Daniel Silveira (União Brasil-RJ). 

No ano passado, o parlamentar se tornou réu pela prática de agressões verbais e ameaças aos ministros do Supremo. Com a decisão, ele passou a responder ao processo criminal. 

A escolha da data do julgamento em plenário foi mais um capítulo na queda de braço entre o deputado e o Supremo. 

Entenda 

Na semana passada, Moraes determinou a volta do monitoramento eletrônico, mas a PF e a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro (Seap) não conseguiram cumprir a medida. 

A nova decisão a favor do monitoramento foi motivada por um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em manifestação enviada ao STF, a subprocuradora Lindôra Araújo argumentou que Silveira continua a apresentar “comportamento delitivo” ao proferir, em público, “inúmeras ofensas” contra ministros do Supremo e ao próprio tribunal. 

Silveira chegou a ser preso em flagrante em fevereiro de 2021, no âmbito de um inquérito que apura a realização de atos contra instituições democráticas, após ter divulgado vídeos com ameaças a ministros do Supremo. Ele posteriormente se tornou réu no mesmo processo.

  A prisão preventiva depois foi convertida em domiciliar, mas ele acabou voltando ao cárcere em junho, por decisão de Moraes, após ter violado o monitoramento eletrônico ao menos 22 vezes.

Diferente do que era previsto, Guilherme Boulos (PSOL) não vai disputar o Governo de São Paulo. O ex-presidenciável confirmou, nesta segunda-feira (21), que vai concorrer como deputado federal.  

Ele abandonou a disputa ao governo para que ajudar o PSOL a ultrapassar a cláusula de barreira e fortalecer a bancada de esquerda no Congresso.   

“Hoje o Centrão governa o Brasil. Precisamos ter força para a Reforma Trabalhista, o Teto de Gastos e aprovar mudanças populares”, destacou o historiador em seu perfil nas redes sociais. 

Eduardo Bolsonaro como antagonista

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Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo, Boulos vai travar uma batalha ideológica nas urnas contra Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que vai trabalhar para manter a cadeira na Câmara. 

Em 2018, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o deputado federal mais votado do país com 1.843.735 votos. Para o psolista, a resposta da população será minimizar os efeitos do bolsonarismo através do voto.

"No nosso estado, temos outro desafio: derrotar Eduardo Bolsonaro. Não podemos deixar que seja de novo o deputado mais votado. SP precisa dar outra mensagem: derrotar Bolsonaro na presidência e seu filho na Câmara dos Deputados. Vamos sem medo! Vamos com esperança!", apontou.

O deputado Ricardo Teobaldo, presidente do Podemos em Pernambuco, foi expulso de um velório no município de Riacho das Almas, no Agreste do estado, após ser acusado de tentar se promover durante o funeral das primas Vitória Maíza de Moura, de 11 anos, Thayná de Moura Silva, de 12 anos, e Karine Oliveira Moura, de 13 anos, mortas em um acidente envolvendo um ônibus escolar na Vila do Vitorino, no fim da tarde da sexta-feira (11). 

Registros do tumulto circulam nas redes sociais e mostram o parlamentar discutindo com moradores. Os locais cobravam empatia do deputado e pediam que ele não fizesse o velório de palanque político. Teobaldo chegou a culpar o prefeito da cidade, Dió Filho (Republicanos), pelo ocorrido, estabelecendo oposição contra o gestor, mas a atitude não foi bem recebida. 

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A Prefeitura de Riacho das Almas lamentou o ocorrido, que chamou de “utilização política por parte do deputado Ricardo Teobaldo deste trágico episódio, tendo o deputado agido em desrespeito a todas as famílias, especialmente em um momento de tanta dor, luto e sofrimento”. 

Por meio de nota, a assessoria de Ricardo Teobaldo acusou as pessoas que se opuseram à sua presença no velório de serem aliadas do prefeito Dió. Nas redes sociais, o deputado federal Ricardo Teobaldo lamentou o acidente e disse que ora por todos os envolvidos, familiares das vítimas e população de Riacho das Almas. Confira a nota do parlamentar: 

“Durante visita a comunidade, o deputado federal Ricardo Teobaldo foi procurado por moradores e parentes das vítimas para que o parlamentar denunciasse ao Ministério Público e ao Ministério da Educação a situação crítica do transporte escolar no município. Segundo moradores, existem ônibus em situações ainda piores que o do acidente, com mais de 20 anos de uso e sem qualquer manutenção. Também foram feitas denúncias que motoristas sem habilitação conduzem os ônibus. Até relatos de motoristas conduzindo veículos embriagados foram feitas no local.  

Na sequência, enquanto concedia entrevista a um blog local, onde relatava as denúncias feitas por moradores, o deputado federal Ricardo Teobaldo, foi criticado por apoiadores do prefeito que acompanhavam a situação. Abaixo estão as imagens que comprovam como realmente ocorreram os fatos. O parlamentar, mais uma vez, se solidariza com as vítimas e seus familiares dessa tragédia que abalou a todos. Em tempo, o deputado Ricardo Teobaldo reafirma seu compromisso com o município e se coloca à disposição para mais esclarecimentos.” 

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De olho numa vaga de deputado federal, o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, deu início aos procedimentos de aposentadoria do Exército. Segundo aliados, ele pretende disputar uma das 46 cadeiras do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados. Pazuello ainda conversa com alguns partidos, sendo o PL, escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro, seu destino mais provável.

General de Divisão, Pazuello atingiu em 2018 o posto máximo de sua carreira no Exército, o Serviço de Intendência. Ele só poderia permanecer na ativa até 31 de março, quando seria transferido à reserva compulsoriamente, depois de quatro anos no cargo.

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O general de três estrelas, no entanto, protocolou no Exército um requerimento de aposentadoria de sua iniciativa. O documento chegou nesta segunda-feira (21) ao setor responsável, a Diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social (DCIPAS).

Na prática, com a aposentadoria "a pedido", Pazuello deve antecipar a passagem à reserva remunerada, por um período curto. Ele já realizou procedimentos administrativos e burocráticos, entre eles a inspeção de saúde. Colaboradores de Pazuello dizem que ele esperava uma decisão publicada até o fim de fevereiro.

O Exército não tem uma data ainda. Caso fique para depois do carnaval, cenário realista, segundo oficiais consultados pelo Estadão, o ex-ministro será "liberado" apenas em março para se filiar e participar de atividades partidárias, o que é vedado aos militares da ativa. Para se candidatar, um militar deve comunicar a intenção ao Comando do Exército e se licenciar no prazo de seis meses antes das eleições.

Apesar do pedido de antecipação, Pazuello estava também próximo de completar dois anos afastado da caserna, em funções civis no governo, situação em que seria obrigado a encerrar a carreira militar na ativa e se transferir à inatividade.

Pazuello entrou no Ministério da Saúde como secretário executivo em abril de 2020 e em junho assumiu o comando da pasta. Em março do ano passado, foi demitido do cargo, sendo substituído pelo atual ministro, Marcelo Queiroga.

Em junho, depois de um período ligado à Secretaria-Geral do Exército, Pazuello retornou ao Executivo, sendo agora assessor especial de Assuntos Estratégicos, com escassos compromissos públicos. O ex-ministro recebe atualmente R$ 10,1 mil pelo cargo na Presidência da República e mais R$ 32,6 mil do orçamento da Defesa.

Ao passar à inatividade, ele tem direito a receber oito vezes a remuneração do Exército, a título de ajuda de custo, um benefício dobrado pelo governo Jair Bolsonaro. O valor deve ficar em torno de R$ 260 mil.

Antes dos cargos políticos no governo Bolsonaro, o ex-ministro foi comandante da Operação Acolhida, que recebe refugiados venezuelanos, e secretário estadual de Fazenda em Roraima. Ele desempenhou parte de sua trajetória verde-oliva no Amazonas, Estado pelo qual cogitou concorrer ao Legislativo.

Obediência a Bolsonaro

Pazuello permaneceu dez meses como ministro, atravessando o período mais crítico da pandemia da covid-19. Ele se notabilizou pela obediência total aos desejos do presidente Bolsonaro, num estilo que contrastava com seus antecessores, explicado por ele por meio da frase: "um manda, outro obedece".

O ex-ministro é investigado pela Polícia Federal por sua atuação no colapso hospitalar de Manaus, quando pessoas morreram por falta de oxigênio. Ele também é alvo de ações de improbidade administrativa. Demora e suspeitas na aquisição de vacinas, além da insistência em tratamentos com medicamentos ineficazes, ocorreram durante a gestão do general.

CPI da Covid

O militar foi um dos 80 nomes sugeridos pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid no rol de indiciamentos. A ele, foram imputadas cinco condutas criminosas, entre elas causa epidemia com resultado em morte, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, comunicação falsa de crime, todos do Código Penal Brasileiro, além de crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos.

O ex-ministro não retornou as tentativas de contato da reportagem. O espaço está aberto para manifestações.

O deputado federal David Miranda (RJ) anunciou sua saída do PSOL em uma carta aberta divulgada neste sábado (22) nas redes sociais. O documento esclarece as razões de sua saída, motivadas pela expansão de seu programa político frente às eleições de 2022, e afirma também que o parlamentar está de chegada ao PDT, onde está o presidenciável Ciro Gomes. Miranda diz reconhecer o potencial pedetista e ainda elogiou o legado do ex-líder de esquerda, Leonel Brizola. 

"A minha saída do PSOL – que será efetivada em março –, não significa uma ruptura com os atuais companheiros de luta – que continuo considerando aliados –, nem um afastamento dos valores que me levaram ao partido anos atrás. Pelo contrário, em diversos sentidos representa um retorno aos valores que me motivaram a entrar para a política, e uma oportunidade de renovação e radicalização deles", afirma o deputado na carta. 

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Junto com a mensagem, Miranda publicou foto ao lado de Ciro e de seu marido, o jornalista Glenn Greenwald, cofundador do site The Intercept

"Acredito que [o PDT] é o partido de esquerda mais bem posicionado para superar a polarização atual, pois é o único com um candidato à Presidência com um projeto para o Brasil que não depende de pactos com aqueles que sempre foram e continuam sendo inimigos do povo", diz Miranda. 

O novo membro do PDT também afirma que seguirá cumprindo o compromisso com suas pautas no Psol e fez menção direta a colegas de luta na antiga legenda. 

"Agradecendo ao PSOL, em especial aos companheiros do MES (Movimento Esquerda Socialista), na figura de Luciana Genro e das minhas amigas Deputadas Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Vivi Reis. Minha profunda gratidão pela troca nesses anos tão intensos e decisivos da vida política nacional”, escreveu. 

E segue, mencionando a vontade de encontrar novos aliados dentro de esferas similares: “As pautas identitárias são e sempre serão centrais na minha própria identidade e atuação política, mas o seu descolamento da luta de classes, sua absorção pela lógica neoliberal têm levado ao acirramento das diferenças entre grupos oprimidos, em vez da construção de um projeto coletivo de libertação". 

Ele segue o texto, defendendo o diálogo amplo com representantes de campos ideológicos diferentes, criticou a esquerda e a política do cancelamento. 

"O fazer político dentro de uma democracia exige o diálogo justamente com aqueles que pensam diferente, sobretudo em épocas de grandes retrocessos como a que enfrentamos agora. Mas parte da esquerda brasileira parece ter esquecido desta premissa básica e ter se tornado refém da lógica do cancelamento que predomina nos ambientes digitais, levando essa lógica para dentro da atuação política".

O cantor Netinho foi até as redes sociais, nesta quarta-feira (19), para fazer um comunicado. O artista informou aos seguidores que está pronto para entrar na política. Publicando uma foto ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o baiano anunciou sua pré-candidatura a deputado federal na próxima eleição.

"Após refletir bastante, decidi aceitar o convite da minha amiga Carla Zambelli e anuncio que sou pré-candidato a deputado federal pela Bahia. Eleito, serei um soldado de Jair Bolsonaro na Câmara e defenderei o povo baiano seguindo os valores Deus, pátria, família e liberdade", declarou.

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A postagem do músico recebeu uma chuva de comentários dos apoiadores de Bolsonaro. Pessoas que acompanham Netinho na internet parabenizaram a decisão da voz do hit Milla. "O Brasil precisa de deputados e senadores como você. Temos que fazer uma limpeza", escreveu um dos usuários do Instagram.

Veja:

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Após confirmar que irá disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, Fabrício Queiroz sonha com o apoio da família Bolsonaro. "Se eu tiver o apoio deles, com certeza serei o deputado mais votado do Rio de Janeiro", disse.

Em entrevista ao Estadão, o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL) confirmou que ainda não conversou com o presidente Jair Bolsonaro (PL) ou com os seus filhos sobre essa possibilidade de apoio. Vale lembrar que Eduardo Bolsonaro (PSL), que foi o deputado federal mais votado do país em 2018, deve tentar a reeleição pelo Rio de Janeiro.

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Queiroz, que ainda não se filiou a nenhum partido, declarou na entrevista que se aproximou do PTB, mas não descarta se filiar a outro partido. A sua única exigência é que seja uma sigla conservadora. Inclusive, ele assegura que conta com um grande apoio de várias páginas de direita nas redes sociais.

Rachadinhas

Fabrício Queiroz foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em 2020, acusado de ter desviado salários de assessores no gabinete do então deputado Flávio BolsonaroEle foi preso preventivamente em junho do mesmo ano e passou pouco menos de um mês na cadeia. Ele teve a liberdade concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Fabrício Queiroz, revelou em suas redes sociais, nesta segunda-feira (17), que é pré-candidato a deputado federal. Sem informar por qual partido político, o pivô nas investigações sobre o esquema de “rachadinhas” no gabinete do filho de Jair Bolsonaro vinha negociando filiação ao PTB segundo entrevista dada ao jornal O Globo recentemente.

Em seu Instagram, Queiroz compartilhou notícia do jornal O Dia que tratava sobre ele concorrer a eleição para algum cargo e escreveu uma informação a mais: “Se for da vontade de Deus, vou disputar uma cadeira legislativa sim. Apenas uma correção na reportagem: Sou pré-candidato a deputado federal”, publicou.

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Em meados de 2021, após notícias de que seria candidato a deputado federal, Queiroz chegou a negar a as informações, mas admitiu ser uma “boa ideia”. Queiroz chegou a ser preso em junho de 2020 por conta do caso das “rachadinhas” e passou oito meses preso.

Após liberdade, ele voltou a participar de eventos bolsonaristas e ganhar novamente protagonismo na política.

*Por César Lui

Ao chegar a São Francisco do Sul, no Litoral de Santa Catarina, para a segunda temporada de folga em menos de uma semana, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi recepcionado pelo deputado federal Coronel Armando (PSL). Um dia após o encontro na segunda-feira (27), o parlamentar foi diagnosticado com Covid-19.

Sem máscaras de proteção, os dois posaram para foto e registraram o momento juntos. Em seguida, Bolsonaro foi visto em meio a uma aglomeração de apoiadores. 

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Após ser diagnosticado com a infecção, Coronel Armando comunicou sobre o exame ao presidente. Ele também diz ter alertado o chefe de gabinete e o médico presidencial.

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"Por prevenção e responsabilidade, mandei mensagem ao presidente Jair Bolsonaro, uma vez que o recebi em São Francisco e tivemos um breve contato", assegurou.

Bolsonaro nega ter sido imunizado, mas pôs as informações sobre seu cartão de vacinação em sigilo. O presidente alega que criou anticorpos quando contraiu o vírus no ano passado.

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