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O ex-presidente Lula começará uma série de viagens pelo Nordeste no dia 18 de agosto, para fortalecer sua pré-candidatura à Presidência e defender-se, no palanque, da condenação em primeira instância pelo juiz Sergio Moro. O roteiro começará pela Bahia, com paradas em Salvador e no Recôncavo Baiano, e terminará no Maranhão, em um giro que deve durar cerca de 20 dias.

Lula escolheu a região onde tem seus mais altos índices de popularidade e de intenção de votos para iniciar a divulgação de sua pré-candidatura. A estratégia de defesa do ex-presidente passa pelo fortalecimento de seu nome para a disputa presidencial de 2018. O ex-governador e secretário estadual do PT, Jaques Wagner, afirmou que o partido trabalha com a existência de dois cenários contra Lula: o da tentativa de inviabilizar totalmente a candidatura do ex-presidente, com uma eventual condenação em segunda instância.

E o de manter a campanha do petista sob judice, tornando a chapa do ex-presidente mais frágil e com mais dificuldade para construir aliança política. "O sonho de consumo [da oposição a Lula] é interditar totalmente a candidatura dele, mas isso é muito difícil. Isso pode tornar também o Lula um herói. Pode ser que seja mais viável manter a candidatura sob judice (...)", afirmou Wagner.

Wagner disse que o PT não deve defender o voto nulo mesmo que Lula seja interditado, apesar de o partido começar a encampar a bandeira de que "eleição sem Lula é fraude". Ontem, o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), disse que, se o ex-presidente não puder concorrer, o partido deveria desistir de participar da eleição, em boicote.

O ex-governador reiterou que o partido não tem plano B e que Lula é o único nome do PT que tem capacidade de repactuar o País. "Temos até outubro de 2018 para defender a candidatura de Lula", disse. "Só terá plano B se estiver frustrado o plano A", afirmou. "E não tem nenhuma construção interna no PT para isso."

GESTOS DE LEALDADE – Em entrevista ao jornalista Roberto D'Ávila, da GloboNews, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), reafirmou ser leal ao presidente da República, Michel Temer. Cauteloso, Maia negou, de qualquer forma, ter sido "picado" pela "mosca azul" ou que seja afetado por qualquer "comichão" de chegar, agora, à Presidência. Mesmo assim, o presidente da Câmara não descartou que, a longo prazo, após duas ou três eleições, se enxerga como um possível candidato ao principal cargo do executivo. A entrevista foi ao ar às 21h30 da última segunda-feira.

Ambiente hostil – O presidente Temer canelou a sua ida, ontem, a Caruaru, acertada com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, temendo manifestações organizadas pelo PT e os movimentos sociais. Mesmo tendo sido adiada para a próxima terça-feira, o Planalto não impedirá que ocorram protestos, desde a sua chagada no aeroporto ao local do evento. Para evitar o pior, será montado um forte aparato de segurança. Em época de Lava Jato, pedido de investigação do Supremo e votações das reformas trabalhista e previdenciária, o melhor para Temer provavelmente seria o refúgio no Planalto Central. 

Contas em julgamento - O pleno do Tribunal de Contas vota, hoje, a prestação de contas do governador Paulo Câmara do exercício financeiro de 2015. O relator do processo é o conselheiro Ranilson Ramos. Nesta sessão especial, o TCE emitirá um parecer pela aprovação ou rejeição das contas, que serão julgadas pela Assembleia Legislativa, conforme determina a Constituição. Nesta análise, o Tribunal verifica apenas se o governador cumpriu os limites constitucionais em relação à saúde e à educação, se respeitou a Lei de Responsabilidade Fiscal no tocante ao endividamento do Estado e à despesa com pessoal. Isso independente da prestação de contas que são feitas obrigatoriamente ao TCE por todas as unidades gestoras da administração direta e indireta, as quais são julgadas individualmente.

Violência em Paudalho – Em encontro que reuniu lideranças suprapartidárias, na última segunda-feira, com o secretário da Defesa, Antônio de Pádua, e da Casa Civil, Antônio Figueira, o deputado estadual Romário Dias (PSD) traduziu bem o clamor da população de Paudalho, na Zona da Mata, com o crescimento da violência. “Estamos vivendo um momento de pavor. A situação está caótica, com a população encarcerada em suas residências por conta da violência. Precisamos de uma ação efetiva e rápida para mudar esse quadro”, afirmou. De imediato, ficou acertado o aumento do policiamento na cidade e uma ação mais efetiva e integrada do Governo envolvendo diversas pastas da área social com a Defesa.

Avanço em Camaragibe – Na visita, ontem, a Camaragibe, o senador Armando Monteiro, em campanha para o Governo do Estado, aplaudiu o empenho do prefeito Demóstenes Meira (PTB) em várias ações, como a pavimentação da Estrada dos Macacos, em Aldeia, obra custeada com recursos do cofre municipal, e a operação Tapa Buraco. “Meira vem, em poucos meses, imprimindo a marca da administração de um novo tempo em Camaragibe e eu quero ser parceiro desse trabalho”, afirmou. Ao todo, a Prefeitura está pavimentando e fazendo a drenagem de 830 metros de via, investimento da ordem de R$ 450 mil. Quando concluída, a estrada será uma alternativa para desafogar o trânsito da região. O endereço servirá de via de escoamento para a BR-101.

CURTAS

NO SERTÃO – A equipe itinerante de atendimento oftalmológico da Fundação Altino Ventura está de volta a Serra Talhada para fazer cirurgias de catarata em pacientes que já operaram o primeiro olho no último mês de março quando a Unidade Móvel de Cirurgia Ocular esteve no município e tem necessidade de operar a segunda vista. Os atendimentos começaram segunda-feira e seguem até a próxima sexta, na Casa de Saúde e Maternidade Clotilde Souto Maior.

PARCERIA – O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco, em parceria com a Caixa Econômica Federal, celebrou convênio para dar assistência estratégica a empresários do setor construtivo na hora de discutir e aprovar um projeto. O evento, que contou com a presença do Prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, ocorreu na sede da unidade regional da Federação das Indústrias no Estado. Além de Petrolina, só duas capitais (Recife e Fortaleza) têm acesso à iniciativa.

Perguntar não ofende: Tem ovo podre esperando por Lula na peregrinação pelo Nordeste?

Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético-MG e atual prefeito de Belo Horizonte, defende os altos preços dos ingressos cobrados pelos grandes clubes do Brasil. Em entrevista ao jornal espanhol El País, Kalil justificou sua opinião: "No mundo inteiro, futebol não é coisa para pobre. Doa a quem doer. Ingresso é caro em todo lugar. Torcida dividida e entrada a preço de banana estragada só existem no Brasil. O Atlético coloca ingresso a 20 reais e não lota o estádio. Futebol não é público, não é forma de ajuda social”.

Durante o tempo que presidiu o Atlético-MG, o clube alvinegro teve a maior renda de uma partida de futebol realizada no Brasil. Na final da libertadores, a partida contra o Olimpia no Mineirão teve a presença de 58.620 torcedores, que pagaram em média cerca de R$250 pelo ingresso, e arrecadou mais de 14 milhões de reais.

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Em 2008, quando o Atlético-MG ficou na 12ª posição da tabela, Alexandre Kalil colocou os ingressos ao valor de R$ 5, visando atrair mais torcedores. Mas explicou que isso aconteceu por ter sido "em outra época". 

O Atlético-MG teve um grande aumento no seu faturamento anual, saindo de R$ 58 milhões, em 2008 - época do primeiro ano de mandato de Kalil como presidente -, para R$316 milhões na última temporada.

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O principal expoente do Movimento Brasil Livre, Kim Kataguiri, disse, nesta sexta-feira (14), que a população brasileira deseja “o fim” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O povo já decretou seu fim, Lula. O povo quer ver você na cadeia”, disparou por meio de sua página no Facebook juntamente com uma arte escrita “Então, que a vontade do povo seja feita”. 

O polêmico ativista também publicou um vídeo no qual disse, sem citar a sigla e nomes, que petistas e aliados querem impedir que a votação das reformas aconteçam. “É justamente essa gente que agora quer voltar ao poder usando esse “Volta Lula” travestido de “Fora Temer” tentando enganar a todos nós. Todos eles que tiravam sarro de nós, que diziam que éramos golpistas, que a gente estava querendo derrubar uma presidente democraticamente eleita agora estão impedindo a democracia dentro do Senado Federal”. 

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“Simplesmente porque eles discordam da pauta, simplesmente porque eles não têm votos e representatividade suficiente, eles estão tentando ganhar no grito (...) É essa face autoritária que eles vão mostrar mais uma vez, caso alcance o poder”, acrescentou. 

Kim continuou falando do ex-presidente. “Vale lembrar que o ex-presidente recentemente deu um discurdo falando que se chegasse ao poder o seu foco vai ser os veículos de imprensa, ou seja, os grandes erros que o PT admite não é a corrupção, não é a inflação, não é o desemprego, não é o aumento da desigualdade, mas sim não ter o controle das Forças Armadas e não ter o controle da imprensa. É para essa gente que queremos dar o poder?”. 

Ainda nesta sexta-feira, Kim falou que “a esquerda está ficando cada vez mais chata e esquizofrênica”. “Li uma notícia de uma feminista que reclamou porque ela não foi atendida por um barbeiro. Que absurdo. É um barbeiro. Querem problematizar tudo. Você diz bom dia, aí ela diz machista, que a mulher não precisa do seu bom dia porque ela é empoderada. Ela quer fazer um exame de próstata também? As coisas têm um limite”, pontuou.

Já esperada, a condenação do ex-presidente Lula, ontem, pelo juiz Sérgio Moro, a nove anos e seis meses de reclusão, não pegou ninguém de surpresa, nem muito menos o próprio réu. Uma sentença, aliás, previamente anunciada. Como previsto, dividiu o País. Os lulistas, evidentemente, receberam como uma decisão política e jogaram pedras em Moro.

Os que acham que a justiça existe para todos, aplaudiram. A sentença é uma peça histórica. Nunca um ex-presidente da República no Brasil foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Um ex-presidente extremamente popular, um político de massas. Tanto que está à frente de todas as pesquisas de intenção de voto para presidente nas eleições de 2018.

Na decisão, Moro afirma que houve condutas inapropriadas por parte da defesa de Lula que revelam tentativa de intimidação da Justiça e, por isso, até caberia decretar a prisão preventiva do ex-presidente. Porém, decidiu não mandar prendê-lo por "prudência". No decorrer da sentença, o juiz afirmou que há provas documentais contra o ex-presidente e que Lula não apresentou resposta concreta. Disse que as reformas feitas no apartamento têm caráter de personalização.

"Assim, por exemplo, não se amplia o deck de piscina, realiza-se a demolição de um dormitório ou retira-se a sauna de um apartamento de luxo para incrementar o seu valor para o público externo, mas sim para atender ao gosto de um cliente, já proprietário do imóvel, que deseja ampliar o deck da piscina, que pretende eliminar um dormitório para ganhar espaço livre para outra finalidade, e que não se interessa por sauna e quer aproveitar o espaço para outro propósito", diz Moro.

A condenação mostra que a Justiça é igual para todos, inclusive para ex-presidentes da República. Lula é o principal responsável pelo grande escândalo de corrupção no País. Uma condenação esperada, fruto do trabalho da Lava Jato e de Sérgio Moro. E é só o começo. Lula ainda tem mais outros quatro processos em andamento. Trata-se de uma condenação que terá forte impacto no cenário político atual e nas articulações para as eleições presidenciais de 2018.

EXPLICAÇÕES – Ao condenar Lula, o juiz federal Sérgio Moro poderia ter decretado a prisão do petista, mas não tomou a medida. Moro alegou ‘prudência’ e a necessidade de se evitar ‘certos traumas’. Moro condenou o ex-presidente no caso triplex. O juiz destacou na sentença que o réu adotou táticas de intimidação. “Aliando esse comportamento com os episódios de orientação a terceiros para destruição de provas, até caberia cogitar a decretação da prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.” Mas o magistrado considerou. “Entretanto, considerando que a prisão cautelar de um ex-presidente não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se extrair as consequências próprias da condenação”. 

Livre de expulsão – Presidente estadual do PSD, o deputado André de Paula, ao contrário do deputado Jarbas Vasconcelos, não corre, aparentemente, nenhum risco de ser expulso do partido ou sofrer retaliações pelo seu voto favorável à investigação do presidente Michel Temer. Segundo ele próprio antecipou, ontem, no Frente a Frente, o PSD não fechou questão em torno da matéria. Já o PMDB não apenas fechou questão contra como já ameaçou em público os dissidentes. Embora histórico peemedebista, Jarbas pode pagar o preço pela sua votação contra Temer com a perda da legenda no Estado.

Fernando e Armando de olho no PMDB – Se Jarbas Vasconcelos vier a ser expulso do PMDB, o fato poderá ter enorme repercussão com a sucessão estadual em 2018. Um dos nomes cotados para tomar as redes do partido é o senador Fernando Bezerra Coelho, atualmente numa posição desconfortável no PSB, partido que fechou questão pela investigação do presidente Temer. O que se diz em Brasília é que de imediato os caciques do PMDB entregariam o partido a FBC, mas há quem admita também um flerte do comando nacional da legenda com o senador Armando Monteiro Neto, pré-candidato a governador.

Momento inadequado - O governador Paulo Câmara resolveu retomar os seminários “Pernambuco em ação” amanhã por Petrolina, mas devido ao agravamento da crise nacional é bem provável que não acabe não tendo repercussão, especialmente se o plenário da Câmara agende a votação do pedido de investigação do presidente Temer para o mesmo dia. Neste caso, as atenções estarão concentradas em Brasília e seria bem melhor o governador aguardar o desfecho do processo. Há uma grande chance de ocorrer um entendimento ao longo do dia de hoje para a votação ocorrer amanhã. O problema reside no quórum. Nunca a Câmara conseguiu votar alguma matéria importante numa sexta-feira.

A versão de Moro – Ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e seis meses de prisão no caso triplex, o juiz federal Sérgio Moro afirmou que a sentença ‘não traz qualquer satisfação pessoal’. O petista foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. “Registre-se que a presente condenação não traz a este julgador qualquer satisfação pessoal, pelo contrário. É de todo lamentável que um ex-presidente da República seja condenado criminalmente, mas a causa disso são os crimes por ele praticados e a culpa não é da regular aplicação da lei. Prevalece, enfim, o ditado “não importa o quão alto você esteja, a lei ainda está acima de você” (uma adaptação livre de “be you never so high the law is above you”)”, afirmou Moro.

CURTAS

DISSIDÊNCIA – Diante da decisão da Executiva do PMDB de fechamento de questão em favor do presidente Michel Temer, um grupo de deputados da bancada decidiu criar um grupo denominado "PMDB independente". A intenção é dar respaldo ao relator, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que apresentou parecer pela admissibilidade da denúncia contra o presidente, e também a alguns deputados que já sinalizaram disposição de acompanhar a posição do relator no plenário.

FINANCIAMENTO – O governo anunciou, ontem, um programa de financiamento e apoio a obras e concessões em estados e municípios. O programa disponibilizará R$ 11,7 bilhões em linhas de crédito para obras públicas e para financiar concessões na área de infraestrutura.

A proposta é estimular, prioritariamente, obras nos setores de saneamento, mobilidade urbana, iluminação e gestão de resíduos sólidos.

Perguntar não ofende: Lula será condenado também em segunda instância?

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, nesta terça-feira (20), as alegações finais no caso em que ele é acusado de receber propina da OAS através de um apartamento triplex no Guarujá, em São Paulo. De acordo com o advogado Cristiano Zanin, o imóvel foi transferido pela empreiteira em 2010 para um fundo gerido pela Caixa Econômica. 

Para Zanin, isso mostra que a OAS não tinha como ceder a propriedade para Lula. "Uma investigação teria condição de aferir que este imóvel tinha seus direitos cedidos à Caixa", disse o advogado em entrevista coletiva. "Tudo está embasado em documentos registrados", acrescentou.

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De acordo com o defensor de Lula, documentos já apresentados no processo indicavam que a propriedade do imóvel não era mais da OAS. "O que existe neste processo é que a defesa provou que Léo Pinheiro jamais poderia ter dado ou prometido o triplex", declarou. 

A empreiteira teria pago R$ 3,7 milhões em propinas a Lula, em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras. Lula nega as acusações e, inclusive, depôs sobre o assunto no dia 10 de maio.

Veja a apresentação completa das alegações:

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi indiciado nessa segunda-feira (15) pela Polícia federal pelo crime de corrupção passiva por suposta participação na venda de uma medida provisória em inquérito oriundo da Operação Zelotes. Em nota, a defesa de Lula repudiou “toda e qualquer ilação” do envolvimento de Lula com atos e ilícitos e considerou que o indiciamento faz parte da “perseguição política” sofrida pelo ex-presidente.

Para a PF, o ex-presidente e mais 12 pessoas, entre ex-ministros da gestão Lula e empresários, participaram de um esquema criminoso que resultou na edição da Medida Provisória 471, que estendeu incentivos fiscais a montadoras e fabricantes de veículos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

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De acordo com o relatório da PF que segue para análise do Ministério Público, que pode ou não oferecer denúncia à Justiça, lobistas representando as montadoras teriam repassado ao PT de forma ilícita cerca de R$ 6 milhões para que a MP fosse publicada.

Os advogados de Lula, disseram, em nota, desconhecer o teto do indiciamento e afirmaram que o ex-presidente tem sido “submetido, nos últimos dois anos, a verdadeira devassa e nenhuma prova foi encontrada, simplesmente porque não houve de sua parte qualquer ato de corrupção”

“Essa onda de ataques só serve para reforçar que nosso cliente é vítima de perseguição política por meio de procedimentos jurídicos, prática reconhecida internacionalmente como lawfare, e que atenta contra o Estado Democrático de Direito”, diz trecho da nota.

A Operação Zelotes investiga desvios no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão que é vinculado ao Ministério da Fazenda e é a última instância administrativa de recursos referentes a impostos e multas de contribuintes. De acordo com as investigações, diversas empresas teriam participado de um esquema envolvendo o pagamento de propina a conselheiros para que manipulassem resultados dos julgamentos. Grandes executivos, como o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, são réus em processos relativos à Zelotes.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva depõe nesta quarta-feira (10), às 14h, ao juiz federal Sérgio Movo em Curitiba, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato, no processo em que o ex-presidente é acusado de receber propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um apartamento triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e de um sítio em Atibaia, no interior do estado. A defesa do ex-presidente nega que ele seja dono dos imóveis.

Nessa terça-feira (9), a defesa do ex-presidente recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para pedir o adiamento do interrogatório. Ainda não há uma decisão jucidial sobre o pedido.

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A cidade vive um clima de expectativa e recebeu, nos últimos dias, manifestantes pró e contra o ex-presidente vindos de todo país. Para hoje estão previstos atos pela cidade.

O grupo que apoia Lula vai se concentrar na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio da Universidade Federal do Paraná. Para chegar lá, os organizadores providenciaram ônibus para levar os manifestantes que estão no "acampamento pela democracia", montado ao lado da rodoferroviária. De acordo com a organização, 5 mil pessoas estão acampadas.

Por determinação da Justiça, cercas começaram a ser colocadas entre os trilhos de trem e o acampamento, que é organizado por movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), e centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Ontem a 1ª Vara Federal de Curitiba concedeu reintegração de posse de parte do terreno usado pelos manifestantes pró-Lula. O pedido foi feito pela empresa concessionária Rumo, responsável pelo local. E, para garantir a segurança dos manifestantes, a Justiça determinou a colocação de cercas, já que o local é usado para manobra de trens.

O grupo contra Lula também se mobiliza. Manifestantes vindos de vários estados do país vão se encontrar no Museu Oscar Niemeyer a partir das 10h. A organização do movimento destaca que o ato será pacífico e serve para demonstrar que o ex-presidente não é bem-vindo à capital.

Com bandeiras do Brasil e o chamado Pixuleco – um boneco inflável que representa Lula vestido de presidiário – os manifestantes prometem acompanhar todo o depoimento e mostrar apoio ao que chamam de coragem do juiz federal Sérgio Moro.

Lula é acusado de ter recebido propina da OAS por meio da reserva e da reforma de um apartamento triplex no Guaruja, em São Paulo. A defesa do ex-presidente, no entanto, nega as acusações.

Segundo o grupo a favor do petista, após o interrogatório, ele deve ir ao acampamento conversar com os manifestantes.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, participa nesta terça-feira (9) da 3ª edição do "Seeds&Chips - The Global Food Innovation Summit", onde faz um discurso em defesa do meio-ambiente e da importância da alimentação para todos os povos no mundo.

Defendendo o Acordo de Paris sobre o clima, assinado durante seu governo e agora seriamente ameaçado pela administração de Donald Trump, o ex-líder da Casa Branca afirmou que o "homem causou problemas ao planeta e agora é chamado para resolvê-los".

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"Em Paris, com Matteo [Renzi, ex-premier italiano], nós ajudamos a levar o mundo a um acordo muito significativo sobre o clima", destacou. Obama começou seu discurso agradecendo a hospitalidade dos italianos e afirmou que estava trazendo também as saudações de Michelle, que lidera uma campanha há anos pela alimentação saudável nos Estados Unidos. "E eu digo que nós voltaremos muitas vezes à Itália", disse sob aplausos dos cerca de 3,5 mil participantes da palestra.

Ao falar da nutrição, Obama relacionou parte do problema da imigração em massa à falta de comida em muitas partes do mundo, o que obriga as pessoas a procurarem outras cidades ou países em busca de uma vida melhor. No entanto, ele comemorou os avanços da sociedade em "diminuir o número de pessoas mal nutridas no mundo", apesar de reconhecer que "mais de 800 milhões" sofrem com o problema.

Voltando a destacar a Itália, o ex-presidente ressaltou que "os Estados Unidos não seriam o que são hoje sem a contribuição do imigrantes italianos, que sofreram discriminações, mas que com fé, convicção e trabalho duro tiveram sucesso em todo o lugar e reforçaram os EUA".

Já na fase de perguntas com o público, Obama ressaltou o papel dos jovens e disse que esse período pós-Presidência está sendo bom para ajudá-los a crescer. "O que eu aprendi é que as pessoas jovens querem se envolver com a política e eu posso ajudá-las a crescer como futuros líderes do mundo", afirmou.

Antes do discurso, Obama se reuniu com líderes políticos e empresariais italianos e recebeu, das mãos do prefeito de Milão, Giuseppe Sala, as chaves da cidade italiana. O encontro foi feito a portas fechadas.

Em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (28), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre a greve geral que acontece em todo o país contra as reformas propostas pelo governo Temer. Lula disse que a sensibilidade política dos “parlamentares em Brasília” é “zero”. 

“Eu não sei se os parlamentares que estão em Brasília se lembram mais do que é sensibilidade na sua relação com o povo porque essa mesma gente deu um golpe na presidente Dilma. A sensibilidade política dessa gente é zero. O importante é que o povo fique olhando como é que votaram os deputados nas reformas”, declarou.

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O petista acredita que a greve é capaz de fazer com que o Congresso Nacional comece a mudar de comportamento. “É uma greve que pode fazer com que o povo possa, nas próximas eleições, querer um Congresso com mais compromisso com o povo. É uma greve histórica que acontece no Brasil. É uma greve causada pela irresponsabilidade e pela insensibilidade do governo”, cravou.

“Tem que se ter a clareza do sucesso desta paralisação convocada pela sociedade brasileira e pelos movimentos sindicais. É importante a gente retratar que no Brasil inteiro tem sido uma greve pacífica. O trânsito livre significa que houve uma adesão completa da sociedade. O povo aderiu em todas as cidades e estados”, continuou. 

Em sua explanação, Lula falou também que todas as reformas propostas, citando a trabalhista e a previdenciária, são motivos suficientes para que “o povo brasileiro se rebele, faça sua greve e se manifeste”. Ainda garantiu que a questão da previdência se resolve fazendo a economia voltar a crescer. 

 

 

 

 

 

 

O ex-presidente americano Barack Obama foi alvo de críticas nesta quinta-feira depois da notícia de ele que receberá 400.000 dólares para discursar em setembro em uma conferência sobre saúde organizada por um grande banco de investimentos de Wall Street, Cantor Fitzgerald.

A senadora democrata Elizabeth Warren, de 67 anos, disse estar "preocupada" com o assunto.

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Warren, uma conhecida crítica de Wall Street, disse à emissora de rádio Sirius XM que o poder do dinheiro na política "é como uma serpente atravessando Washington".

A senadora é das figuras que devem se destacar no Partido Democrata, inclusive com a proximidade das eleições presidenciais de 2020.

Os assessores do ex-presidente justificou sua participação na conferência pelo "Obamacare", a emblemática lei de saúde que aprovou durante seu mandato e que permitiu a redução do número de americanos sem seguro de saúde.

"Como anunciamos há alguns meses, o presidente Obama pronunciará discursos de vez em quando", explicou seu conselheiro Eric Schultz.

"Alguns serão pagos, outros não, e independentemente do lugar e do organizador, o presidente Obama continuará sendo fiel a seus valores", informou o comunicado.

Depois de três meses de férias, Obama retomou nesta semana suas atividades em Chicago (norte), ao participar de um debate sobre a implicação dos jovens na sociedade, tema central de sua nova fundação.

O tribunal especial africano que julgou o ex-presidente Hissen Habre confirmou nesta quinta-feira (27) sua condenação à prisão perpétua ditada em 2016 por crimes contra a Humanidade e crimes de guerra pela repressão que comandou entre 1982 e 1990, deixando cerca de 40.000 mortos.

O tribunal especial foi criado no Senegal, onde Habre se refugiou em 1990 quando foi derrubado pelo atual presidente, Idriss Deby Itno.

É a primeira vez que um ex-chefe de Estado é sentenciado por uma instância de outro país por violações dos direitos humanos.

O ex-presidente chadiano cumprirá sua condenação no Senegal ou em outro país da União Africana (UA).

A ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun-hye passa, nesta sexta-feira (31) o primeiro dia na prisão de Uiwang, ao sul de Seul. Na quinta-feira (30), a prisão preventiva dela foi determinada por um tribunal por  envolvimento no caso de corrupção da "Rasputina". A informação é da Agência EFE.

Park deixou o edifício da promotoria do distrito central de Seul, onde esperou durante horas para ouvir a sentença. Por volta das 4h30 (hora local, 16h30 de quinta-feira, em Brasília) foi conduzida em seu carro particular, acompanhada de seus guarda-costas até o presídio, informou a agência de notícias Yonhap.

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A partir de agora, a ex-presidente deverá ficar sob o regime rigoroso dessa prisão. A ex-presidente tem sua própria cela, de pouco mais de 6 metros quadrados, onde receberá três alimentações ao dia (cada uma delas avaliada em pouco mais de um euro). No local, há um colchão, uma mesa, cadeira, um televisor, lavabo e vaso sanitário.

Os horários para assistir televisão são controlados, assim como o tempo que a ex-presidente, que deve lavar seus próprios pratos e talheres, pode passar fora da cela (em torno de uma hora para fazer exercício ou receber visitas).

Park foi detida preventivamente depois de a Justiça considerar que existem provas de que ela cometeu crimes como abuso de poder, coação, revelação de segredos de Estado e suborno, esse último punido pela lei sul-coreana com um mínimo de dez anos de prisão e até com prisão perpétua.

A promotoria, que na última segunda-feira (27) pediu a prisão da ex-presidente devido à gravidade dos crimes de que ela é acusada e a possibilidade de destruição de provas, considera que Park confabulou com sua amiga Choi Soon-sil, apelidada de "Rasputina", para criar uma rede que extorquia empresas em troca de favores do governo.

O ex-presidente haitiano René Preval faleceu ao meio-dia desta sexta-feira (3) por um problema cardiovascular, aos 74 anos - informou sua irmã ao jornal Le Nouvelliste. Preval governou esse país caribenho durante dois mandatos, entre 1996 e 2001 e, depois, de 2006 a 2011.

Agrônomo de profissão, René Preval era muito próximo do carismático líder Jean-Bertrand Aristide, de quem foi primeiro-ministro, antes de se distanciar dele no início dos anos 2000.

No Twitter, o presidente Jovenel Moise lamentou o falecimento de Preval. "Soube com emoção da morte do ex-presidente René Preval. Me curvo perante os restos desse digno filho do Haiti, tuitou.

Após o Partido dos Trabalhadores (PT) anunciar que, a partir da próxima segunda-feira (6), uma plataforma estará disponível na internet para todos os cidadãos que desejarem inserir o seu nome de forma a incentivar a volta de Lula à presidência do Brasil, o senador Lindbergh Farias (PT) falou, nesta quarta (1), sobre o assunto. “O lançamento da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República começa a tomar forma e conteúdo”, declarou.

Lindbergh disse que, na fase inicial, o abaixo-assinado já recebeu uma grande adesão, incluindo de artistas renomados. “Uma adesão inicial de cinco centenas de cidadãos engajados na luta pela democracia, intelectuais, e lideranças da sociedade civil, entre eles, estão o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, Chico Buarque e o líder do MST João Pedro Stédile”, contou. 

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Segundo o PT, “o documento, que deve ser anunciado e debatido em eventos com a presença do próprio Lula, marcados para as próximas semanas, é uma iniciativa de intelectuais e personalidades reconhecidos por seu engajamento na luta pela democracia”. 

 

No enterro de Marisa Letícia, a sua galega que Deus levou aos 66 anos, o ex-presidente Lula deveria ter seguido o sábio conselho de Leonardo da Vinci, que disse que as mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio. O silêncio é a mais perfeita expressão de reverência a alguém que morre. Tem um provérbio árabe que dá exata tradução do culto ao silêncio num funeral de alguém amado que embalou a última viagem: “A palavra é prata, o silêncio é ouro”.

Quando as palavras não são tão dignas quanto o silêncio, é melhor calar e esperar. Mas Lula não calou nem esperou a hora certa de expressar o sentimento de dor que corrói seu coração. Ali mesmo, prostrado ao caixão da amada, disse em público, como se tivesse num comício, que ela morreu triste com a maldade que fizeram com ela, referindo-se à operação Lava Jato. Em respeito ao sofrimento da família, os aliados também deveriam silenciar.

Mas preferiram jogar mais lenha na fogueira. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que também meteu a mão na grana da Petrobrás, instigou: "Não é exagero dizer que mataram dona Marisa". Ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho foi na mesma linha: "Essa morte prematura está muito ligada a esse clima de ódio que existe no País”. Chorando, Lula completou: “Que os fascistas que fizeram isso com ela tenham coragem de pedir desculpas”.

Respeito à dor de Lula, mas não tem nenhum facínora por trás disso. Lula não está sendo investigado e nem foi denunciado por um só fascista, como diz. O que pesa contra ele é uma operação conjunta do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça brasileira. Quanto à Marisa, esta, como Lula, é acusada de ocultar um tríplex no Guarujá, que teria sido reformado pela construtora OAS, e também de ter sido beneficiada pela compra de um apartamento em São Bernardo do Campo, pela Odebrecht, mas que não estão, oficialmente, em nome deles.

Ela ainda é citada em investigações relacionadas a um sítio em Atibaia, para o qual teria comprado dois pedalinhos, de R$ 5,6 mil reais no total. Ao acusar seus oponentes, diante do caixão de quem tanto amou, Lula transformou os funerais da sua galega num palanque, o que é lamentável. Disse bobagens, quando deveria ter silenciado. Entre os deslizes, afirmou que não era ele que teria que provar ser inocente. “Eles é que vão ter que parar com as mentiras”, afirmou.

Mas onde está a mentira? Nos cinco processos que virou réu, não tem uma só acusação de adversário político a Lula, mas um claridão aberto aos olhos do MP que levaram a Polícia Federal a desvendar o maior escândalo da história do País, o mais retumbante assalto aos cofres públicos que a República assistiu. E com ingredientes tão fortes que podem levar Lula à cadeia, destino de medalhões empresariais que ninguém imaginava.

Confúcio dizia que o silêncio é um amigo que nunca trai. Se Lula soubesse quantas e quantas vezes as palavras são mal interpretadas, teria se despedido de sua amada no silêncio. Como a abelha trabalha na escuridão, o pensamento trabalha no silêncio e a virtude no segredo. Deixo, por fim, a lição de Khalil Gibran, filósofo, ensaísta e espiritualista libanês: “Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores”.

CRÍTICAS – Auxiliares do presidente Temer ficaram contrariados com críticas ao PMDB feitas pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Nas palavras de um interlocutor próximo de Temer, Maia não poderia ter esse comportamento com o cargo que ocupa. O Palácio do Planalto agora trabalha para tentar esfriar os ânimos na bancada do PMDB. Causou um desconforto especial o fato de Maia ter praticamente "demitido" o líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE). "Isso agora dificulta a substituição. Fica difícil o Temer tirar Moura do cargo imediatamente", lamentou esse auxiliar do presidente.

Tropa recusa acordo – O presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM de Pernambuco, Albérisson Carlos, classificou de ridícula e absurda a proposta de reajuste da tropa encaminhada pelo Governo para discussão na Assembleia Legislativa, já a partir da próxima segunda-feira. Ele criticou a falta de isonomia com a Polícia Civil, a incorporação das gratificações e a previsão de não receber o reajuste na totalidade caso o militar venha a cometer alguma indisciplina, como se esquecer de fazer a barba ou amarrar o coturno. Represente dos militares na Alepe, o deputado Joel da Harpa adiantou que a categoria não aceitará a proposta por ter ficado muito aquém do desejado.

Labuta no cárcere – Dos 29.900 presos, somando-se os regimes fechado e semiaberto, três mil exercem algum tipo de atividade laboral nas unidades carcerárias de Pernambuco. Ou seja, desse total, 10% trabalham. Os dados foram repassados pela Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) e, segundo o promotor de Justiça da Vara de Execuções Penais de Pernambuco, Marcellus Ugiette, indicam uma falta de prioridade do Estado em incentivar e promover um item "fundamental" para a inserção social desse detento. “É uma falta de prioridade num item tão fundamental para a isenção social”, lamentou Ugiette.

Dinheiro do Pontal – O deputado Odacy Amorim, da bancada do PT na Assembleia Legislativa, pediu ao senador Fernando Bezerra Coelho, durante encontro em que discutiu débitos de agricultores rurais do São Francisco, que fizesse uma frente no Governo Temer para liberar R$ 200 Milhões, custo das obras de conclusão do Projeto Irrigado Pontal. Amorim não deseja que o projeto seja viabilizado mediante uma Parceria Público Privada (PPP). Para barrar a PPP do Pontal, Amorim promoveu duas audiências Públicas na Alepe em Petrolina, contando com o apoio dos nativos da região.

Mudança no maior São João – A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), já disse que não repetirá o velho modelo adotado pelos seus antecessores para promoção da festa de São João, o maior evento do calendário anual do município. Na intenção de baratear o custo dos 30 dias de forró, a tucana está buscando experiências bem-sucedidas em outras praças, como Campina Grande e Arcoverde. Pelo estudo já em seu poder, afirma que a festa é muito cara, o Estado banca pouco o seu custo e a iniciativa privada investe aquém do desejado.

CURTAS

PROFESSORES – A Universidade de Pernambuco convocou mais 38 professores do último Concurso Público, realizado em 2016, das áreas de humanas, saúde e exatas que irão atuar nos campi da UPE em Garanhuns, Petrolina, Arcoverde, Serra Talhada, Salgueiro, Mata Norte, Mata Sul, Politécnica, Fcap e Camaragibe. Os cargos são para professores auxiliar, assistente e adjunto. O reitor da UPE, Prof. Pedro Falcão, diz que os novos professores têm a missão de formar recursos humanos e gerar conhecimentos.

ENTRAVES – a eliminação de entraves comerciais entre os dois países terá prioridade durante a visita oficial ao Brasil do presidente da Argentina, Mauricio Macri. Ele se encontrará com o presidente Michel Temer, amanhã, no Palácio do Planalto. Entre os pontos considerados "entraves" estão o tempo para emissão de licenças não automáticas de exportação de produtos brasileiros para a Argentina e as barreiras fitossanitárias impostas para a prevenção de contaminações biológicas e químicas.  

 

Perguntar não ofende: A reforma da Previdência já entra em pauta esta semana pelo Congresso? 

O ex-presidente dos Estados Unidos George H. W. Bush, de 92 anos, foi internado em um hospital na cidade de Houston e está passando "bem", disse o seu chefe de gabinete, Jean Becker, à imprensa norte-americana nesta quarta-feira (18).

Segundo Becker em entrevista à emissora de televisão "Khou-TV", afiliada na "CBS", Bush, que está no Hospital Metodista de Houston, está em condições estáveis e deve voltar para sua casa nos próximos dias.

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No entanto, o chefe de gabinete não disse qual foi o motivo da internação do ex-mandatário e nenhuma declaração formal foi feita pelo porta-voz da família.

Bush, o ex-presidente dos EUA mais velho ainda vivo, quis mostrar há dois anos a sua vitalidade e saúde ao pular de paraquedas no seu aniversário de 90 anos. Mesmo assim, nos últimos anos, o político norte-americano sofreu várias complicações.

Em 2012, por exemplo, ele foi internado por uma bronquite e por uma infecção renal no mesmo hospital que está no momento. Já em 2015, ele quebrou uma vértebra do pescoço após uma queda. Bush também sofre de um tipo de Mal de Parkinson, doença degenerativa que ocasiona a perda do controle motor do paciente. 

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou pelas redes sociais após a divulgação da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o petista. A nota assinada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, critica a falta de acesso da defesa aos procedimentos em tramitação, o que se manteve após a oferta da denúncia. 

Os advogados de Lula alegam que a postura do MPF tem como objetivo “transformar a denúncia em um espetáculo midiático em detrimento da defesa”. Eles ainda negam que o ex-presidente e seu filho Luis Cláudio, também citado na denúncia, tenham participado ou “tiveram conhecimento de qualquer ato relacionado à compra dos aviões caças da empresa sueca SAAB, tampouco para a prorrogação de benefício fiscais relativos à Medida Provisória nº 627/2013, convertida na Lei nº 12.973/2014”. 

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Confira a nota na íntegra: 

A denúncia ofertada hoje (09/12/2016) pelo Ministério Público Federal contra o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho Luis Claudio Lula da Silva, dentre outras pessoas, baseia-se em procedimentos que tramitavam de forma oculta e sem acesso à defesa.

Nem mesmo após a divulgação da denúncia por meio de nota, foi permitido que a defesa tivesse acesso ao teor da acusação. Essa recorrente forma de atuação do Ministério Público Federal, de transformar a denúncia em um espetáculo midiático em detrimento da defesa, abala a cada dia o já sucumbindo Estado Democrático de Direito no País, além de impedir, neste momento, o enfrentamento dos fundamentos utilizados pelos Procuradores da República que subscrevem o documento.

Nem o ex-Presidente Lula nem seu filho participaram ou tiveram conhecimento de qualquer ato relacionado à compra dos aviões caças da empresa sueca SAAB, tampouco para a prorrogação de benefício fiscais relativos à Medida Provisória nº 627/2013, convertida na Lei nº 12.973/2014. Luis Claudio recebeu da Marcondes & Mautoni remuneração por trabalhos efetivamente realizados e que viabilizaram a realização de campeonatos de futebol americano no Brasil.

Afirmar que Lula interferiu no processo de compra dos caças em 2014 significa atacar e colocar em xeque as Forças Armadas Brasileiras e todas as autoridades que acolheram o parecer emitido por seus membros.

Ao afirmar que Lula interferiu na aprovação de medidas provisórias e de leis, o Ministério Público Federal ataca todo o Parlamento brasileiro e demais autoridades que participaram desses atos.

A denúncia ofertada é fruto de novo devaneio de alguns membros do Ministério Público que usam das leis e dos procedimentos jurídicos como forma de perseguir Lula e prejudicar sua atuação política, fenômeno que é tratado internacionalmente como “lawfare”.

Uma das táticas de “lawfare” consiste na propositura de sucessivas ações judiciais sem materialidade contra o inimigo político, para que todo o seu tempo fique voltado à realização de depoimentos e à sua defesa judicial e, ainda, para gerar na opinião pública a ideia de uma suspeita difusa.

Até o momento, já foram ouvidas mais de 20 testemunhas arroladas pelo próprio Ministério Público Federal em relação a outras duas ações propostas contra Lula e todas elas negaram a acusação. É o exemplo de como Lula tem sido acusado de forma irresponsável e gratuita por alguns membros do Ministério Público Federal que claramente usam do cargo para promover ações políticas. Um dos Procuradores da República que subscrevem a denúncia mantinha em conta nas redes sociais diversas publicações ofensivas a Lula e a membros do seu partido. Embora o fato tenha sido levado ao conhecimento do Conselho Nacional do Ministério Público nenhuma providência foi tomada, permitindo ao agente público usar de suas atribuições para promover uma vingança contra Lula.

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira

A ex-presidente Dilma Rousseff divulgou neste sábado, 3, uma nota na qual critica a decisão de suspender os direitos da Venezuela como sócia no Mercosul. Segundo a petista, a medida, anunciada pelos governo do Brasil, Argentina e Paraguai, é um "um ato e precedente perigoso e irresponsável pois compromete a convivência entre as nações da América do Sul".

"Só faz política externa com porrete e ameaças um país imperial. Nação democrática tampouco desrespeita a soberania de um país-irmão", reclamou.

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Para Dilma, a suspensão é um recurso extremo e inadequado. No entanto, destacou, "não se pode esperar muito do governo ilegítimo que usurpou o meu mandato por meio de um golpe parlamentar travestido de impeachment". "A medida mostra a pequenez do governo do Brasil diante das exigências da América Latina", afirmou Dilma.

Leia a íntegra

NOTA À IMPRENSA

A decisão de suspender a Venezuela do Mercosul, anunciada pelos governos do Brasil, Argentina e Paraguai, é um ato e precedente perigoso e irresponsável pois compromete a convivência entre as nações da América do Sul.

Só faz política externa com porrete e ameaças um país imperial. Nação democrática tampouco desrespeita a soberania de um país-irmão.

A justificativa para a retaliação é inconsequente porque dos 41 acordos dos quais é exigida a adesão da Venezuela, o próprio Brasil não ratificou pelo menos cinco deles. Outros países do Mercosul também não adotaram algumas dessas normativas.

A suspensão é um recurso extremo e inadequado. No entanto, não se pode esperar muito do governo ilegítimo que usurpou o meu mandato por meio de um golpe parlamentar travestido de impeachment.

A medida mostra a pequenez do governo do Brasil diante das exigências da América Latina.

Um juiz peruano determinou que o ex-presidente Ollanta Humala se reporte a cada 30 dias à Justiça como garantia de que não fugirá do país, enquanto durar o processo por lavagem de ativos aberto contra ele.

Humala enfrenta um processo por lavagem de ativos que chega a US$ 1,5 milhão, valor que teria sido enviado do Brasil e da Venezuela para sua campanha eleitoral.

A decisão do juiz Richard Concepción foi tomada na sexta-feira à noite, depois de acolher o pedido de comparecimento restringido para Humala feito pelo procurador Germán Juárez. O ex-presidente governou o Peru por cinco anos e ficou no poder até 28 de julho passado.

Humala não poderá se mudar e deve pagar uma caução de 50.000 soles (cerca de US$ 15 mil) como garantia de que irá a todas as audiências e de não se ausentará do país ao longo do processo. Sua mulher, Nadine Heredia, também está sendo investigada.

A audiência de sexta-feira durou dez horas. O ex-presidente, que não compareceu à sessão, foi representado por seu advogado Julio César Espinoza, que apelou da decisão. Humala nega as acusações.

O órgão da Procuradoria responsável pela lavagem de ativos investiga o casal pelo uso de US$ 1,5 milhão, que teriam sido enviados de Venezuela e Brasil para suas campanhas eleitorais de 2006 e de 2011. O valor não foi declarado. Nos dois casos, Humala concorreu pelo Partido Nacionalista, fundado junto com a mulher.

A tese da Procuradoria peruana é que o dinheiro ilegal da Venezuela seria procedente do Tesouro Público desse país durante o governo de Hugo Chávez. No caso do Brasil, sua origem estaria ligada às empreiteiras Odebrecht e OAS.

A condenação pelo crime de lavagem de ativos pode levar a uma pena que varia de oito a 15 anos de prisão.

Humala assumiu a presidência em julho de 2011, prometendo expor em praça pública o funcionário que fosse condenado por corrupção.

O ministro José Múcio Monteiro decidiu pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) que dê parecer pela rejeição das contas do governo Dilma Rousseff em 2015, a exemplo do que ocorreu em relação aos balanços do ano anterior. A apreciação do processo na corte de contas, relatado pelo ministro, está prevista para semana que vem.

O voto pela reprovação se baseia nas conclusões da área técnica do TCU sobre as contas do ano passado. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, após avaliar a defesa apresentada pela presidente cassada, a Secretaria de Macroavaliação Governamental do tribunal de contas manteve o entendimento de que a gestão da petista cometeu ao menos 15 irregularidades de maior gravidade, incluindo aquelas que serviram para embasar o processo de impeachment no Senado.

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Trata-se das chamadas "pedaladas fiscais" com recursos do Plano Safra, do Banco do Brasil, e da edição de decretos de suplementação orçamentária em desacordo com a lei.

O voto pela rejeição das contas foi confirmado ao jornal O Estado de S. Paulo por interlocutores de José Múcio. O ministro, no entanto, não tem dado entrevistas a respeito do assunto. Ele e sua equipe trabalham na elaboração do relatório final a ser apresentado ao plenário do TCU. O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Paulo Soares Bugarin, também trabalha em parecer a ser levado à sessão prevista para a semana que vem.

BNDES

Os auditores que analisaram a defesa de Dilma também consideraram irregulares outras pedaladas, registradas em 2015, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Eles também reprovaram a manutenção, durante aquele ano, de passivos bilionários no BNDES e no Banco do Brasil, referentes às operações de mesma natureza que ocorreram em 2014.

As pedaladas fiscais foram atrasos no repasse de recursos para bancos públicos bancarem obrigações do governo com programas sociais e empréstimos subsidiados. Com isso, os saldos das contas desses programas ficaram negativos nas instituições, que tiveram de cobrir os gastos com o dinheiro depositado pelos correntistas. Para o TCU, esses atrasos configuraram empréstimos ilegais entre os bancos e seu controlador, a União, porque não foram autorizados pelo Legislativo.

Os técnicos do TCU, após análise das contrarrazões apresentadas pela ex-presidente da República, também entenderam que os passivos nos bancos não foram registrados na dívida do setor público, maquiando as contas de 2015. Além disso, concluíram que, ao finalmente pagar valores devidos às instituições, o governo o fez sem a devida autorização legal.

Medidas provisórias

Outra irregularidade apontada pelos técnicos é a abertura de créditos extraordinários por meio de medidas provisórias sem, supostamente, observar requisitos constitucionais de urgência e imprevisibilidade.

Os técnicos também entendem que houve contingenciamento de despesas da União em montantes inferiores aos necessários para atingir a meta fiscal vigente nas datas de edição de alguns decretos; e uso inadequado de recursos de fundos especiais e vinculados, fora outras impropriedades.

Os auditores do tribunal de contas avaliaram como improcedentes ou sugerem a exclusão de algumas falhas inicialmente imputadas ao governo, entre elas o uso de mecanismos supostamente indevidos para abrir créditos para o Financiamento Estudantil (Fies); e a falta de repasses de recursos do Seguro Obrigatório (DPVAT) ao Fundo Nacional de Saúde.

Procurada na quarta-feira, 28, a defesa de Dilma não se manifestou até a conclusão desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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