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 A candidatura de Armando Monteiro (PTB) ao governo de Pernambuco foi considerada uma "resposta de Deus" às orações do segmento evangélico, pelo pastor Alexandre França, responsável pela Igreja Deus Liberta, do Recife. Alexandre foi um dos cerca de 200 pastores, de 15 igrejas diferentes da Região Metropolitana do Recife (RMR), que participou de um encontro com o petebista e a chapa liderada por ele em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, nesta quinta-feira (6). 

 Mesmo com o discurso de isenção religiosa dos candidatos e de alguns líderes, para Alexandre França, Armando é um "representação política de suma importância" e "se todos os evangélicos entenderem que [ele] é o melhor para todos será uma benção".

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“É importante não só para a sociedade [dialogar com um candidato], mas para todos os evangélicos. Vínhamos lutando há muito tempo por um representante no governo do Estado e isso é fruto de resposta de oração de todos nós evangélicos e agora estamos diante de uma grande oportunidade. Estamos juntos nesta batalha, unidos para que possamos colocá-los onde eles precisam e devem estar”, considerou o pastor. 

Um dos fatores que tem pesado para a preferência de parte do segmento evangélico pelo petebista é o fato de o vice, Fred Ferreira (PSC), também ser do setor.

Pedido de votos em cultos é crime - Apesar da influência direta de líderes religiosos, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) já alertou que pedir votos em cultos religiosos é crime eleitoral. Em agosto, o órgão reuniu representantes de todas as religiões para fazer o alerta e pontuar que a multa para os religiosos que infringem a lei pode chegar a até R$ 8 mil.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou três inquéritos civis públicos para investigar poluição sonora com perturbação de sossego causada por igrejas no Recife. As portarias foram publicadas no Diário Oficial desta quinta-feira (30).

Os templos investigados são Igreja Pentecostal de Afogados, em Afogados, Zona Sul do Recife; Igreja Batista Família em Cristo, Zona Sul do Recife; e Igreja Evangélica Ministério Proclamai, em Casa Amarela, Zona Norte da capital. Os casos serão acompanhados pelo promotor Ivo Pereira de Lima, através da 12ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital com Atuação na Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Histórico-Cultural.

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Também foram abertos inquéritos civis para investigar poluição sonora em outros tipos de estabelecimentos. É o caso de uma oficina, na Zona Sul; centro cultural no Bairro da Boa Vista, na área central; casa de eventos e dois bares na área central do Recife; e depósito de bebidas na Zona Oeste.

O papa Francisco considerou desnecessário neste domingo (26) comentar as graves acusações feitas contra ele em um texto, segundo o qual o pontífice teria encoberto durante seu mandato a atuação do cardeal americano Theodore McCarrick, acusado publicamente em julho de cometer abusos sexuais.

"Não vou dizer nem uma palavra sobre este caso. Acho que o comunicado fala por si só", declarou o papa, ao ser perguntado a respeito no avião que o leva de volta a Roma, após sua visita à Irlanda.

Ex-embaixador do Vaticano em Washington, o arcebispo Carlo Maria Vigano acusou o papa Francisco, em carta aberta publicada no fim de semana, de ter anulado as sanções contra o cardeal McCarrick e de ter ignorado as advertências internas sobre o comportamento sexual do cardeal com jovens seminaristas e párocos.

"Li esse comunicado esta manhã", declarou o papa aos jornalistas que o acompanhavam na aeronave, em alusão à carta. "Leiam com atenção o comunicado e julguem vocês mesmos", disse.

"Vocês têm a capacidade jornalística suficiente para tirar conclusões. É um ato de confiança. Quando passe um pouco o tempo e vocês tiverem as conclusões, talvez fale, mas gostaria que sua maturidade profissional faça o seu trabalho. Isso lhes fará realmente bem", aconselhou o pontífice aos jornalistas.

"A corrupção alcançou o topo da hierarquia da Igreja", diz Vigano em sua carta, na qual pede, inclusive a demissão do papa Francisco.

Seu texto, de onze páginas, foi difundido simultaneamente no sábado em várias publicações católicas americanas de tendência tradicionalista ou ultraconservadora, assim como em um jornal italiano de direita.

A carta foi publicada no segundo dia da viagem de Francisco à Irlanda, onde o tema dos abusos sexuais na Igreja Católica ganharam especial atenção da mídia.

Convidado nesta quinta-feira, em Dublin, pelo Vaticano, o jesuíta americano James Martin pregou uma calorosa recepção aos homossexuais dentro da Igreja Católica, algo que não é bem visto por alguns católicos tradicionalistas, que tentaram barrar seu caminho.

"A inclusão de uma apresentação intitulada 'Mostrar respeito e acolher em nossas paróquias os católicos LGBT e suas famílias' é um enorme passo à frente", confidenciou o padre conferencista à AFP.

"Este é um sinal a todos os católicos que o Vaticano considera os católicos LGBT como parte da Igreja", sugere o autor de um livro de sucesso que estende a mão aos católicos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.

O papa Francisco vai encerrar no sábado e domingo em Dublin o "Encontro Mundial das Famílias", aberto desde terça-feira com uma série de conferências, incluindo a do padre Martin, líder da revista jesuíta America.

Por outro lado, várias organizações ativistas, incluindo a "Global Network of Rainbow Catholics", reunindo associações LGBT do mundo inteiro, lamentaram o fato que o padre não recebeu um estande como solicitado.

O jesuíta afirma não ter nada a ver com uma petição elaborada contra ele pelo ramo irlandês de um movimento católico tradicionalista americano, que pediu sem sucesso ao arcebispo de Dublin para cancelar sua participação no encontro.

"Que tipo de jesuíta eu seria se deixasse o ódio derramado na internet me impedir de falar sobre compaixão?", disse o homem, já alvo de operações de boicote nos Estados Unidos.

- 'Mudança de tom' -

A visita do papa à Irlanda para celebrar a família reviveu inevitavelmente o debate sobre casais homossexuais, cuja condição ainda é descrita como "desordenada" e "contrária à lei natural" no catecismo católico. Quanto aos indivíduos homossexuais, incluindo padres, eles são tolerados, mas chamados à "castidade".

O papa está em linha com a tradição da Igreja sobre o casamento: a união entre um homem e uma mulher para procriar.

Em junho, diante de representantes de associações familiares, ele observou: "também chamamos a família das estrelas, a família dos animais, mas a família, à imagem de Deus, homem e mulher, é apenas uma".

No início de seu pontificado, no entanto, ele declarou algo que causou estardalhaço: "se uma pessoa é gay e busca o Senhor com boa vontade, quem sou eu para julgá-la?".

O padre Martin lamenta que em alguns países os homossexuais se sintam "excluídos" ou "leprosos". "Nos últimos anos, tenho ouvido histórias particularmente chocantes de pessoas LGBT sendo tratadas como nada, muitas vezes insultadas, publicamente a partir do púlpito e em particular em conversas".

"Eu não questiono os ensinamentos da Igreja sobre a homossexualidade, mas devemos refletir sobre o fato de que muitos católicos LGBT deixaram de lado os ensinamentos da Igreja", insiste James Martin.

Para ele, "a posição do papa Francisco sobre as relações homossexuais não representa uma mudança em relação aos seus antecessores, o que mudou foi o tom, a abordagem, a linguagem".

"Suas cinco palavras mais famosas poderiam ser 'quem sou eu para julgar?', que foram incluídas pela primeira vez na resposta a uma pergunta sobre padres gays, e depois estendida a todos os gays. Francisco é o primeiro papa a pronunciar a palavra 'gay'", aponta ele.

"Eu não chamaria o papa de 'progressista', mas apenas de um homem com compaixão", acrescenta Martin. "O papa Francisco procura alcançar todos à margem da sociedade (refugiados, migrantes, pobres) e da Igreja. E na Igreja não há quem seja mais marginalizado do que as pessoas LGBT".

O primeiro-ministro irlandês Leo Varadkar, abertamente gay e muito comprometido com o referendo de legalização na Irlanda do casamento homossexual em 2015, prometeu pleitear no sábado junto com Franciso a causa das famílias gays e monoparentais.

O papa Francisco reconheceu mais uma vez, com "vergonha e arrependimento", que a Igreja Católica demorou a agir para combater casos de pedofilia, em uma "Carta ao Povo de Deus" divulgada nesta segunda-feira (20).

O novo "mea culpa" do Pontífice chega aproximadamente uma semana depois de a Suprema Corte da Pensilvânia, nos Estados Unidos, ter apresentado um relatório que lista mais de 300 sacerdotes envolvidos em crimes sexuais, escândalo que se soma a casos em países como Chile e Austrália.

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Na carta, Francisco diz que a pedofilia é um crime que gera "profundas feridas de dor e impotência, em primeiro lugar nas vítimas, mas também em suas famílias e na inteira comunidade, tanto entre os crentes como entre os não-crentes".

"Olhando para o passado, nunca será suficiente o que se faça para pedir perdão e procurar reparar o dano causado. Olhando para o futuro, nunca será pouco tudo o que for feito para gerar uma cultura capaz de evitar que tais situações não só não aconteçam, mas que não encontrem espaços para serem ocultadas e perpetuadas", diz o documento.

O Papa ainda cita o relatório da Pensilvânia, que identificou cerca de mil vítimas ao longo de um período de 70 anos. De acordo com o líder católico, embora esses casos estejam no passado, as feridas "jamais prescrevem".

"A dor dessas vítimas é um gemido que clama ao céu, que alcança a alma e que, por muito tempo, foi ignorado, emudecido ou silenciado. Mas seu grito foi mais forte do que todas as medidas que tentaram silenciá-lo", afirma Francisco.

"Com vergonha e arrependimento, como comunidade eclesial, assumimos que não soubemos estar onde deveríamos estar, que não agimos a tempo para reconhecer a dimensão e a gravidade do dano que estava sendo causado em tantas vidas. Nós negligenciamos e abandonamos os pequenos", acrescenta.

O Papa ainda ressalta que a "omissão" deve dar lugar à "solidariedade", para que as vítimas de abusos encontrem uma "mão estendida que as proteja e as resgate de sua dor". "Essa solidariedade exige que denunciemos tudo o que possa comprometer a integridade de qualquer pessoa", diz, em um claro recado a autoridades eclesiásticas que encobrem crimes cometidos por colegas.

Além disso, o Pontífice pede "oração e jejum" para "despertar a consciência" do "povo de Deus" para o compromisso com uma "cultura contra qualquer tipo de abuso". "É imperativo que nós, como Igreja, possamos reconhecer e condenar, com dor e vergonha, as atrocidades cometidas por pessoas consagradas, clérigos e, inclusive, por todos aqueles que tinham a missão de assistir e cuidar dos mais vulneráveis", ressalta.

Além do escândalo nos Estados Unidos, a Igreja se vê às voltas com casos de pedofilia no Chile, que provocaram a renúncia de todo o episcopado do país, e na Austrália, que implicaram até um arcebispo, Philip Edward Wilson, condenado a 12 meses de prisão por ter acobertado crimes de abuso.

Ainda na Austrália, o terceiro na hierarquia do Vaticano, cardeal George Pell, também prefeito licenciado da Secretaria de Economia, é réu por episódios de pedofilia supostamente ocorridos nas décadas de 1970 e 1990.

Da Ansa

Uma igreja em Detroit, Michigan, que já foi liderada pelo pai da lenda da música Aretha Franklin, realizou uma vigília nesta quarta-feira (15) pela "rainha do soul".

Franklin recebeu visitas na terça-feira do ícone musical Stevie Wonder e do ativista pelos direitos civis Jesse Jackson, em meio a uma avalanche de bons desejos chegados de todas as partes, disse uma porta-voz.

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Dezenas de pessoas se reuniram na igreja batista de New Bethel para um culto às 05h00 locais (06h00 de Brasília), dedicado a esta cantora de 76 anos que durante cinco décadas influenciou diferentes gerações como uma das divas da música popular.

Poucos detalhes foram concedidos sobre a condição da artista e de sua doença, mas afirmaram que estão dando cuidados paliativos e que ela está cercada por sua família e seus amigos.

A vigília na igreja de New Bethel para a criadora de sucessos inesquecíveis como "Respect", "Natural Woman" e "I Say a Little Prayer" contou com a presença de ministros de diferentes igrejas da área de Detroit.

O pai da cantora, CL Franklin, foi pregador em New Bethel, onde uma jovem Aretha começou a cantar música gospel.

A 18 vezes vencedora do Grammy manteve laços com a igreja ao longo dos anos, fazendo contribuições financeiras e organizando eventos.

"Ela dá aos necessitados, aos sem-teto", assegurou a assistente de Franklin, Fannie Tyler, aos meios de comunicações reunidos, enquanto agradecia à igreja pela vigília.

"Ela amaria ter estado aqui", afirmou Tyler.

Franklin influenciou muitas gerações de cantores, desde a diva do pop Mariah Carey à falecida cantora Whitney Houston, passando por Alicia Keys, Beyoncé, Mary J. Blige e pela britânica Amy Winehouse.

Foi a primeira mulher a entrar no Hall da Fama do Rock and Roll e cantou na cerimônia de posse de dois presidentes: Bill Clinton e Barack Obama.

"Assim como as pessoas em todo o mundo, Hillary e eu estamos pensando em Aretha Franklin", disse o ex-presidente Clinton na segunda-feira pelo Twitter.

Também na segunda, Beyoncé dedicou o seu show em Detroit a Franklin, enquanto Chaka Khan, a "rainha do funk" e contemporânea de Aretha Franklin, tuitou: "vou dormir esta noite com o coração pesado e com uma oração para a minha irmã de alma".

Em maio deste ano, uma espécie de um documentário elaborado pela TV norte-americana HBO ganhou grande repercussão ao mostrar o crescimento das igrejas e dos líderes religiosos no Brasil, em particular da classe evangélica. O vídeo mostrou uma vantagem indiscutível do segmento: se é verdade que uma grande parte dos brasileiros perderam a fé na política, a máquina evangélica se impulsiona por possuir uma arma secreta, que é uma base fiel de eleitores. 

Com detalhes, a reportagem mostrou o surgimento de novas “megaigrejas” para atender a demanda e até mesmo o pastor, durante um culto, incentivando os religiosos a votarem e doarem a seus candidatos. O candidato a vice-governador do Distrito Federal, o pastor Egmar Tavares, chegou a falar sem medo que reuniões são feitas para orientar os fieis a votarem em seus candidatos. “Não podemos esconder isso”, ressaltou também dizendo que a igreja só cresce quando tem novos “filhos”. 

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Para se ter ideia, o pastor Tavares falou que sua congregação começou com 39 igrejas e hoje já são mais de 250 templos. Em um pouco mais de uma década, segundo ele, o número de fieis passou de três para 25 mil. 

O deputado federal Marco Feliciano (PSC) já falou em tom de lamentação, mas sem medo de críticas, o fato de não possuir apoio de grandes instituições religiosas e que não tinha apoio dos grandes líderes para campanha política. Ele, que se definiu como “um pastor sem pedigree”, chegou a contar que quando o ano eleitoral se aproximava, desaparecia dos grandes púlpitos do estado de São Paulo. O pastor Eurico também está em visibilidade desde a semana passada ao defender a representação evangélica na política. “Se outros têm porque é que a organização que eu faço parte não pode ter seu representante?”, indagou. 

Não é apenas a bancada evangélica, que são 30% da população e que contam com uma bancada de 97 deputados e 3 senadores, que busca se fortalecer no pleito eleitoral deste ano. A católica, que tem 48 deputados, também tem essa mesma missão. Desde o começo do ano, as duas bancadas no Congresso se articulam sobre apoio mútuo para a disputa com a finalidade de mostrar cada vez mais a representação dos cristãos na sociedade. 

Em Alagoas, por exemplo, o deputado Givaldo Carimbão (PHS), da Renovação Carismática Católica (RCC), receberá o apoio dos evangélicos para a sua campanha rumo ao Senado Federal. Carimbão já chegou a dizer que “é melhor abrir uma igreja evangélica do que um cabaré”. Somente a RCC deve tentar eleger cerca de 30 candidaturas. 

Além da força dos cultos e missas, o apoio também acontece dentro do próprio Congresso. Os evangélicos realizam um culto semanal, no plenário da Câmara. Por sua vez, os católicos se reúnem em um grupo de oração nas manhãs de quarta-feira. 

Uma parte dos presidenciáveis, como o deputado Jair Bolsonaro (PSL), buscam conquistar o eleitorado evangélico. Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, no mês passado, se reuniu na capital paulista com um grupo de pastores composto em sua maioria por batistas, luteranos e presbiterianos, que já a apoiaram anteriormente. 

Em Pernambuco, o poder das igrejas também não está sendo deixado de lado. No ano passado, ainda um pouco distante da eleição, o governador Paulo Câmara (PSB) começou as articulações em busca de mais aliados. O pessebista chegou a participar do aniversário do presidente da Assembleia de Deus, pastor Aílton José da Silva. De joelhos, ele recebeu orações dos pastores.

Paulo Câmara chegou a falar que tinha certeza de que a igreja estava dando forças para que pudesse “continuar trabalhando por um Pernambuco melhor e mais justo”. Ainda pontuou que, pelo momento difícil que o Brasil vivencia, era muito importante ter Jesus no coração. 

Apesar das articulações feitas, o governador perdeu o apoio de uma família com grande espaço no segmento evangélico: os Ferreira, que anunciaram no final do mês passado o rompimento com o socialista. Eles se aliaram ao grupo da oposição denominado “Pernambuco Vai Mudar” e ainda detonaram o governo Câmara afirmando que faltava diálogo, capacidade administrativa e liderança. 

Outra família de peso no estado na classe evangélica são os Collins. A vereadora do Recife Michele Collins (PP) e o seu marido, o deputado estadual Cleiton Collins (PP) formam uma dupla dona das votações mais expressivas para a Câmara do Recife e na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), respectivamente. Cleiton, que cumpre hoje o quarto mandato consecutivo de deputado estadual, na última eleição recebeu 216.874 votos, cinco vezes mais do que na primeira. A missionária Michele marcou cadeira na Câmara em 2012 e, em 2016, conquistou 15.357 votos, quase cinco mil a mais do que quatro anos antes.   

Em todo esse cenário repleto de polêmicas, a vereadora Irmã Aimée (PSB) deixou um recado que muito causou ao ressaltar que os evangélicos não irão parar de crescer. “Se lutar contra essa inversão de valores significa ser um problema é melhor que as revistas se acostumem com essa gente incômoda porque não iremos parar de crescer”, avisou. 

No Bairro Alto da Glória, em Cuiabá, a mãe de uma adolescente de 14 anos denunciou que sua filha vinha sendo estuprada por um jovem de 24 anos, filho do pastor da igreja que a família frequentava. A mãe acusa que o jovem dizia para a menina que daria "aula de canto" a filha, em um grupo de louvor quando na verdade a vontade era a prática do abuso sexual.

Segundo apurado pelo site Livre junto à Polícia Civil, o rapaz é acusado por estuprar a menor de idade mentindo dizendo que iria "fazer massagem vocal e massagem no diafragma".

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Quando explicitado como seriam essas "massagens", a menor confessou que o acusado praticava sexo oral nela e passava o órgão genital em sua parte íntima. Tudo isso começou no início de 2018, segundo relatado pela imprensa, quando a garota tinha 13 anos de idade.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como estupro de vulnerável. A mãe disse que não sabia que a filha frequentava a casa do suspeito, que era "vice pastor" da igreja, ao qual ela tinha total confiança. O suspeito era casado e cometia o crime quando a mulher não estava em casa. Em depoimento, a mulher do suspeito afirmou à polícia que nunca soube que a menina frequentava a sua casa. 

As autoridades da Igreja Católica chilena "poderiam e deveriam" ter evitado muitos abusos, acusou o presidente Sebastián Piñera, em sua primeira declaração pública sobre o escândalo.

"Poderiam e deveriam ter evitado muitos abusos e muito sofrimento de crianças chilenas, e isso também me entristece profundamente", disse Piñera em entrevista à Associação Regional de Canais de Televisão (Arcatel), divulgada neste sábado pela imprensa local.

"Também me entristece que muitas autoridades da Igreja católica tenham conhecimento desses fatos e, em vez de enfrentá-los com a verdade, por negligência, por prudência, por erros, ou pelo que seja, ocultaram esses fatos".

"Espero que isso seja uma profunda lição para a Igreja católica e digo isso com toda clareza e respeito como católico: a Igreja nunca deve acobertar um crime e muito menos quando são crimes de abuso sexual contra crianças", afirmou Piñera, na entrevista.

Esse foi o primeiro comentário público do presidente chileno sobre o escândalo de abusos sexuais que abala há meses a Igreja católica do país.

De acordo com um documento entregue pelo Ministério Público na segunda-feira, 158 bispos, padres e laicos foram, ou estão sendo, investigados por abusos sexuais no Chile desde 1960.

Até o momento, o MP relata 266 vítimas, 178 delas meninos, meninas e adolescentes que sofreram abusos sexuais por parte de membros ligados à Igreja católica. Mantém abertas 36 investigações, enquanto 108 já foram concluídas.

 O Ministério Público do Chile anunciou na última segunda-feira (23) que 158 pessoas ligadas à Igreja Católica foram ou estão sendo investigadas desde 1960 por crimes de abusos sexuais.

Um relatório divulgado pelo órgão contabiliza ao menos 266 vítimas, incluindo 178 menores de idade. Nos últimos 58 anos, foram abertos 144 inquéritos por abusos na Igreja, contra 158 pessoas, incluindo 74 bispos, padres e diáconos e 65 integrantes de congregações, dentre os quais 16 salesianos e 15 maristas.

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As investigações também envolvem 10 laicos de paróquias, colégios ou órgãos pastorais e nove pessoas ligadas a instituições eclesiásticas, mas cujas funções não puderam ser determinadas.

"Em sua grande maioria, os fatos denunciados correspondem a delitos sexuais cometidos por sacerdotes, padres ou pessoas vinculadas a estabelecimentos educacionais. Também existem cinco casos por acobertamento ou obstrução de investigação contra superiores ou bispos", diz o relatório.

Além dos 178 menores de idade, há 31 vítimas adultas e 57 sem grupo etário identificado, já que são casos anteriores à reforma penal de 2000. Do total de investigações, 34 ainda estão abertas, e apenas 23 tiveram sentenças condenatórias.

Escândalo

Em meados de julho, um padre foi preso sob a acusação de pedofilia, no âmbito de um inquérito que investiga outros 14 prelados suspeitos de criarem uma rede de abusos na diocese de Rancagua, no sul do país.

Óscar Muñoz Toledo, ex-reitor da Arquidiocese de Santiago, é acusado de assédio e violência sexual contra pelo menos sete menores de idade entre 11 e 17 anos, incluindo parentes seus. Os casos teriam ocorrido em 2002.

O padre de 56 anos é o primeiro sacerdote católico preso desde março passado, quando um relatório ordenado pelo papa Francisco desvendou a real extensão do escândalo de pedofilia no Chile, que provocou a renúncia de todo o episcopado local.

Os investigadores dizem que Rancagua abrigava uma "fraternidade" de padres abusadores, descoberta por uma jornalista que fingira ser menor de idade e fora aliciada online por um prelado. A Justiça chilena já pediu que o Vaticano entregue toda a informação disponível sobre o caso e apreendeu documentos nas dioceses de Santiago e Rancagua, uma ação sem precedentes na nação latina.

Até o momento, Francisco aceitou as renúncias de cinco bispos chilenos, incluindo o de Osorno, Juan Barros, acusado de encobrir os abusos cometidos pelo padre Fernando Karadima, seu mentor e já condenado pelo próprio Vaticano.

Da Ansa

Se para os devotos homenagear Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Recife, já é um momento de muita emoção, presenciar a celebração da santa na centenária Basílica de Nossa Senhora do Carmo, na área central da capital, é de impressionar qualquer um. O local, além de histórico, conta com uma imponente estrutura arquitetônica barroca.

Durante todo o sábado (14), muitos religiosos aproveitaram para participar da celebração da Santa Missa. O dia mais esperado será a próxima segunda-feira (16) quando os católicos comemoram o dia da Nossa Senhora do Carmo. Esta será a 322ª edição da festa com a celebração da missa campal e procissão na basílica celebrada com o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. Neste ano, o tema escolhido foi “o rosto de Maria na Evangelização da Igreja”. 

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Além de agradecer as graças alcançadas, os presentes podem observar os detalhes da basílica que possui nove altares: o altar-mor, dedicado a Nossa Senhora do Carmo, seis altares laterais, e dois grandes altares na parte transversal. 

Apesar de toda a beleza do templo, a imagem da santa não vai participar da festa. Ela passa por uma restauração desde fevereiro deste ano, mas não ficou pronta. A imagem foi doada, no século 17, pela então rainha de Portugal, Maria I. A restauração da imagem e da cúpula da basílica gira em torno de R$ 130 mil. Os fiéis podem colaborar com doações. 

Fora as missas, atrações culturais fazem parte da programação. Hoje ainda sobe no palco montado no Pátio do Carmo a cantora Irah Caldeira e, neste domingo (15), se apresenta o Padre João Carlos. Na segunda (16), após a procissão, haverá show com Padre Damião Silva e Dudu do Acordeon.

A basílica lança o Festival Carmelo Canta para eleger a música tema do ano jubilar, que será cantanda em todos os eventos oficiais.Para se inscrever, o candidato deve acessar o site oficial do concurso, preencher os dados e anexar o áudio da música. As inscrições vão até o dia 20 de julho.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, descartou vetar a legalização do aborto, como lhe foi pedido no fim de semana por vários hierarcas da Igreja Católica, caso seja aprovada pelo Congresso.

"O presidente deixou claro que sua convicção sobre a importância de um debate republicano implica em respeitar o resultado desse acordo e não vetar a lei", declarou nesta terça-feira (10) o chefe de gabinete, Marcos Peña, ao término da habitual reunião de ministros.

A iniciativa que legaliza a interrupção voluntária da gravidez até a 14ª semana de gestação já foi aprovada em um primeiro debate pela Câmara de Deputados e será votada no Senado em 8 de agosto.

Peña respondeu assim ao pedido de vários religiosos, entre os quais se destaca o do arcebispo de La Plata, monsenhor Víctor Fernández, que na segunda-feira, na missa de Tedeum pelo Dia da Independência, pediu a Macri para vetar a lei caso obtenha a aprovação da Câmara alta.

Fernández solicitou a Macri que imite a atitude de seu homólogo uruguaio, Tabaré Vázquez, que em 2008 vetou a descriminalização do aborto em seu país, embora quatro anos depois a norma tenha sido finalmente aprovada.

O chefe de gabinete declarou que a relação institucional do governo com a Igreja "é muito boa" e assinalou que no governo "temos sido muito respeitosos" com a posição contra o aborto expressada pelas autoridades eclesiásticas.

"Não sentimos que haja um conflito" por termos promovido o debate, insistiu Peña, pois a discussão faz parte do "desenvolvimento da vida republicana do país".

O debate no Congresso sobre a legalização do aborto foi promovido por Macri, que, entretanto, sustentou que pessoalmente é "a favor da vida".

Na América Latina, o aborto é legal no Uruguai e em Cuba. Também é permitido na Cidade do México.

Em quase todos os outros países só pode ser feito em caso de risco de vida para a mulher, quando há inviabilidade do feto, ou se a gravidez for fruto de um estupro. Em El Salvador, Honduras e Nicarágua é totalmente proibido.

Uma igreja católica dos Estados Unidos lançou a campanha #TodaFamíliaÉSagrada (no original em inglês, #EveryFamilyIsHoly), que tem gerado expressiva repercussão. A Catedral da Igreja de Cristo de Indiana, em Indianapolis, colocou estátuas do bebê Jesus, Maria e José em uma jaula em uma crítica contra a política de imigração do governo Trump.

A igreja disse que o gesto foi uma resposta à separação de crianças de seus pais pelo departamento de justiça dos Estados Unidos. Donald Trump voltou atrás da medida no último mês.

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"A Escritura Sagrada é clara sobre como nós devemos tratar pessoas tentando encontrar seguranças para suas famílias - nós devemos mostrar misericórdia e recebê-los bem. Jesus, Maria e José foram sem tetos e fugiram do perigo para procurar asilo". A aspa faz parte da declaração do reverendo Stephen Carlsen, reitor da igreja.

O reverendo continua: "Nós não vamos ficar parados enquanto crianças são retiradas dos seus pais, e famílias estão sendo retiradas das nossas comunidades e congregações".

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Em meio às polêmicas envolvendo o clã Ferreira, que encerrou a aliança com o governador Paulo Câmara para se juntar ao grupo do pré-candidato ao governo Armando Monteiro (PTB), o vereador do Recife Fred Ferreira (PSC) comandará uma reunião solene nesta semana na Câmara Municipal do Recife. 

Nesta quinta-feira (28), Fred decidiu homenagear os 50 anos de fundação da Igreja Batista Remidos do Senhor, a partir das 18h. Apesar de gerar polêmicas, atos religiosos do tipo têm acontecido com frequência na Casa José Mariano. Padres e pastores também já receberam reuniões de reconhecimento por suas atuações. 

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Fred já chegou a protagonizar uma polêmica ao propor o título de cidadão recifense ao pastor Silas Malafaia. Na proposta, ele afirmou que Malafaia é um “servo de Deus” e compromissado com uma sociedade mais justa e ética.  

Nesta terça-feira (26), o grupo Ferreira anunciará a integração à Frente ''Pernambuco Quer Mudar''. O ato está marcado para as 9h, na galeria The Garden Mall, em Jaboatão dos Guararapes. O presidente regional do PSC, deputado estadual André Ferreira; e o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, anunciaram o rompimento com o Governo do Estado na última quinta-feira (21). 

A Guarda Civil Municipal (GCM) da Bahia prendeu no domingo (17) um homem suspeito de esconder um celular em um banheiro feminino de uma igreja evangélica para filmar as fiéis. De acordo com a GCM, o aparelhou filmou ao menos três vítimas.

Jodson de Souza Ferreira, 35 anos, colocou o celular em um fundo falso da tampa do vaso sanitário da Igreja Assembleia de Deus, localizada na Capelinha de São Caetano. Ele chegou a pintar um aviso "por favor dê descarga" para disfarçar o buraco na tampa. 

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"Ao abrirmos o celular, foi constatado que haviam vídeos de 3 crianças e 2 mulheres que estavam na igreja participando do culto”, relatou a Supervisora de Dia e comandante do GOC, Carolina Santana. Jodson de Souza foi detido em flagrante e encaminhando para Central de Flagrantes, onde foi lavrado o boletim de ocorrências.

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) negou mais uma vez que o movimento LGBT quer obrigar padres e pastores a casar gays nas igrejas ressaltando que essa é a mentira mais usada por homofóbicos e fundamentalistas. No entanto, Jean comemorou a decisão da Igreja Anglicana do Brasil de liberar o casamento entre pessoas do mesmo sexo após 21 anos de discussão. 

A resolução foi tomada em Brasília, no dia 2 de junho, em uma assembleia-geral com os representantes da religião pelo país. Foram 57 votos a favor, 3 contrários e 2 abstenções. No entanto, para valer, a nova regra precisa ser aprovada por cada uma das nove dioceses, que funcionam com autonomia.

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 O ex-BBB disse que, em diversos países, pastores e rabinos casam homossexuais no templo. “Não há, ainda, padres, porque a doutrina católica é mais centralizada, porém, em alguns países do norte da Europa, os padres dão a bênção, na igreja, aos recém-casados depois de eles passarem pelo cartório. Esse costume ainda não chegou ao Brasil, mas já existe em outras latitudes. O que já chegou, sim, ao Brasil, é esta decisão maravilhosa da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. Parabéns. Uma fé sem preconceitos também é possível”, escreveu em seu Facebook. 

Apesar da comemoração, o deputado afirmou que o movimento “jamais” defenderia que o Estado obrigue as igrejas a aceitar casamentos religiosos que forem contra suas crenças. “Por mais horríveis que estas nos pareçam”, frisou. 

Ele ainda recordou que, no Brasil, o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo já é permitido desde 2013. “Os casais homossexuais já podem se casar no cartório há mais de cinco anos, milhares já fizeram e nenhuma igreja foi obrigada a celebrar esses casamentos pelo rito religioso. Nem poderia. O que pode, sim, é a própria igreja, livremente e sem nenhuma coerção estatal, atualizar suas doutrinas para o século XXI. Muitas igrejas já fizeram isso ao redor do mundo e tem muitos casais de dois homens ou duas mulheres que já se casaram não apenas pelo civil, mas também de acordo com sua fé”, pontuou. 




 

Preocupado - e até irado, por ter sido enganado em alguns casos, como dizem assessores próximos -, o pontífice nomeará hoje uma nova comissão de peritos para investigar abusos na Igreja. Nesta quarta-feira (13), uma nova operação policial contra 14 sacerdotes mirou o Tribunal Eclesiástico de Santiago. Enquanto isso, quase 2 mil casos de denúncias contra o clero por abuso sexual se acumulam no Vaticano, sem definição.

Procurado para falar sobre o assunto, oficialmente o Vaticano afirma que continua trabalhando nos casos do Chile e destaca a nova comissão que será enviada para "investigar e aprofundar as investigações sobre os abusos". Nesta quarta, a polícia fez uma operação policial em Santiago para obter documentos da Igreja na investigação de abusos sexuais ocorridos por anos em Rancagua (a 80 km ao sul de Santiago). Ali, 14 padres são acusados de envolvimento em abusos sexuais em uma escola.

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As denúncias de abuso datam de 2007 e há poucas provas a respeito - por isso, a busca e apreensão envolvem até o Tribunal Eclesiástico. "Ninguém está à margem da lei", afirmou o fiscal regional de O'Higgins, Emiliano Arias. O caso voltou a público na semana passada e, preventivamente, a Santa Sé suspendeu os 14 religiosos.

Ainda em Santiago, como enviado do papa para acompanhar a situação naquele país, o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, defendeu colaboração da Igreja com a sociedade civil. "O abuso de menores não é somente um delito canônico, também é um delito civil." Como resposta conjunta, será aberto um escritório somente para receber denúncias de abuso.

Escândalo

A discussão sobre o tema foi ampliada este ano. Em janeiro, Francisco defendeu o bispo Juan Barros Madrid, acusado de acobertar crimes de outro religioso, Fernando Karadima. Antes, em 2015, ele já havia escolhido Barros para liderar uma importante diocese no país e passou a insistir que não existiam provas contra ele.

Karadima foi quem supostamente abusou do chileno José Andres Murillo, ainda em sua infância. Outra vítima, o britânico Peter Saunders contou à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que, ainda em 2015, levou o caso para a atenção do Vaticano. "A resposta que eu recebi dos cardeais era que o papa não teria tempo em sua agenda para avaliar uma situação em um lugar obscuro do mundo", disse. "Esse tal lugar obscuro do mundo hoje está causando um problema enorme", completou.

Em maio, o líder da Igreja mudaria seu tom. O que causou isso foi o resultado de uma investigação que Francisco encomendou em total sigilo e resultou em 2,3 mil páginas de uma detalhada avaliação. Ao concluir a leitura do informe, o papa enviou carta aos bispos sul-americanos, descrevendo sua "dor e vergonha".

Dentro do Vaticano, aliados do papa insistem à reportagem que ele foi enganado. Tal ira foi traduzida em um comunicado em que reconheceu que cometeu "sérios erros de avaliação e de percepção sobre a situação, especialmente por causa da falta de informação verdadeira e equilibrada". Em público, ele pediria perdão pelos "graves erros" - que levariam à renúncia coletiva dos bispos chilenos. Três renúncias foram aceitas nesta semana: Juan Barros, de Osorno, Gonzalo Duarte e Cristian Caro de Puerto Montt.

Orgulho

Conforme a reportagem apurou, apenas em 2012, último ano antes da posse de Francisco, a Santa Sé recebeu informações sobre 612 casos de abusos - 418 deles eram contra crianças. Nos anos entre 2006 e 2012, 3 mil casos contra o clero foram apresentados à cúpula da Igreja. Em 2014, no segundo ano de Francisco, muitos começaram a ver uma resposta para a questão dos abusos. Uma das vítimas de abusos por padres na adolescência, o britânico Peter Saunders contou à reportagem que se sentiu orgulhoso da Igreja quando Francisco decidiu criar uma comissão a respeito. E ainda mais impressionado quando o Vaticano o convidou a fazer parte da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores. "Eu sinceramente acreditei que algo seria feito", disse.

"Mas eu fazia muitas perguntas e, um dia depois de um ano e meio, questionei o Vaticano sobre o que exatamente que havíamos avançado", afirmou ele. No dia 16 de fevereiro de 2015, Saunders foi convidado a se retirar da comissão, sob o pretexto que ele deveria "refletir melhor" sobre como iria ajudar nos trabalhos. "Até aquele momento, o papa nunca tinha ido a uma reunião da comissão e, em uma das oportunidades que eu tive, o questionei sobre sua ausência."

Quanto ao trabalho da Comissão para a Proteção de Menores, o Vaticano indica que, em seus primeiros quatro anos, o órgão "trabalhou com mais de 200 dioceses e comunidades religiosas no mundo para criar uma consciência e educar pessoas sobre a necessidade de proteção em casas, paróquias, escolas, hospitais e outras instituições". Para a entidade, introduzir uma cultura de prevenção continua sendo "o objetivo e maior desafio".

Punições

O que incomoda ainda as vítimas é que as punições não têm sido exemplares. Em 2014, Silvano Tomassi, embaixador do Vaticano na ONU, declarou que a Santa Sé investigou 3,4 mil casos entre 2004 e aquele ano - e 848 padres foram destituídos. Mas outros 2,5 mil apenas foram enviados a mosteiros para que tenham uma vida de "oração e penitência".

Para o francês François Devaux, também vítima de abuso sexual em sua infância em uma Igreja de Lyon, a estimativa é de que entre 4% e 5% dos padres no mundo podem estar envolvidos em algum tipo de crime. Na Austrália, os dados oficiais de uma investigação apontaram para 7% dos padres.

A avaliação de Devaux é de que a pressão popular tem obrigado o Vaticano a reagir. "Mas pedimos medidas urgentes", disse. "Não queremos destruir a Igreja. A questão agora é como o papa vai lidar com o que ele mesmo reconheceu ser um problema", completou.

O chileno José Andres Murillo, um dos que denunciaram a situação em seu país ao papa Francisco e foi vítima de abusos, confirmou à reportagem a resistência que ainda existe dentro do Vaticano para tratar do assunto. "Em um encontro que tive com o papa, eu sugeri que ele olhasse o que estava ocorrendo também na África. Mas ele me disse que não achava que ali era um problema grande. Eu lhe disse: o senhor está errado."

Lição

Murillo ainda rejeita a tese de que Francisco não tinha informação sobre o que ocorria no Chile. "É impossível. Eu mesmo lhe entreguei tudo." Mas a esperança, interna e mesmo entre as vítimas, é que o caso sirva de "lição" ao papa e o ajude a mudar de uma forma permanente sua convicção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cada dia que passa a impressão que fica é de que o Presidente Michel Temer continua vivendo em um mar de ilusões, fraco sem ter energias, autoridade e comando ele segue acabando com o país claro contando com apoio dos seus auxiliares que mais parecer ser uma quadrilha organizada. Para colocar em seu vasto curriculum de fracasso em uma cerimônia religiosa realizada ontem o presidente Michel Temer deu "graças a Deus" pelo encerramento da greve dos caminhoneiros e se disse "iluminado" após a resolução da crise. O presidente participou de cerimônia em uma catedral da Assembleia de Deus em Brasília. O evento que contou com a presença do presidente é a Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil. Vale lembrar que estes pastores que ungiram Temer alguns estavam envolvidos em denúncias de lavagem de dinheiro no esquema do outro bandido que preso está, o ex-deputado Eduardo Cunha que é partidário de Temer. "Graças a Deus estamos encerrando a greve dos caminhoneiros por meio de uma atitude minha que tem sido criticada, o diálogo. Não uso a força, a autoridade, uso o diálogo, a palavra, eu e o governo todo, conectados com os estados e municípios", disse Temer. Ele seguiu explicando que durante os 11 dias de paralisação dos caminhoneiros não houve violência por parte do Estado brasileiro. Só um alienado completo pode continuar acreditando em um governo desastroso.

Novela do PT continua aqui em Pernambuco

O PT nacional pelo visto terá mesmo que  decidir se quer disputar o governo de Pernambuco ou se deseja virar um estorvo para atrapalhar a candidatura da neta petista de Miguel Arraes, a vereadora de Recife Marília Arraes.

Números

Sempre bem colocada nas pesquisas, Marília divulgou um vídeo nas redes sociais para reafirmar seu projeto político. Fez isso para se contrapor à articulação subterrânea que aproxima o PT do seu principal rival, o governador pernambucano Paulo Câmara, que pleiteia a reeleição pelo PSB.

E agora?

Num arranjo que conta com a simpatia de Lula, o PT pernambucano se aliaria ao PSB de Paulo Câmara, jogando ao mar as pretensões de Marília Arraes. Mas para isso em troca, o PSB de Minas Gerais descartaria a candidatura a governador de Márcio Lacerda, ex-prefeito de Belo Horizonte, para se coligar com o PT, que tenta reeleger Fernando Pimentel. Segue a novela que promete ter o seu final no próximo dia 10.

Temer foi avisado

Servidores da Abin devolvem as críticas de que a instituição não alertou o Planalto das consequências da greve dos caminhoneiros. Dizem que os relatórios apontaram, até mesmo, risco de desabastecimento, mas cabe ao governo decidir o que fazer com as informações.  Como sempre o presidente Michel Temer e os seus comandados agem de maneira lenta e desastrosa.

Raiva do PTB

O presidente Michel Temer deixou a crise provocada pelos caminhoneiros de lado para discutir, o futuro do Ministério do Trabalho. A pasta, comandada pelo PTB, se transformou em um manancial de escândalos. Temer admitiu tirar o comando do ministério do partido presidido por Roberto Jefferson, não quer mais um partido atrapalhando a vida dele.

Justificando

Para Temer, não é mais aceitável que, em vez de tocar projetos importantes para o país, o Ministério do Trabalho ganhe espaço nas páginas policiais dos jornais. Resta saber se, mesmo com todas as notícias de corrupção, o presidente abrirá mão do apoio do partido, que tem 15 votos na Câmara. Como faz bloco com o Pros, domina 26 parlamentares.

Ação do governo federal

O governo federal anunciou, hoje, a criação de uma rede nacional de fiscalização para verificar se o desconto no diesel, anunciado pelo presidente Michel Temer, será refletido ao consumidor.

SOS caminhoneiros

O governo federal já recebeu 2 mil pedidos de ajuda no número de WhatsApp do SOS Caminhoneiros, nas primeiras 12 horas de funcionamento. As denúncias se concentram nos locais onde ainda há retenções de caminhoneiros. A maioria dos pedidos de ajuda são de moradores com medo das ameaças de violência dos motoristas.

Programação mantida em Caruaru

A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, confirmo que a abertura da programação do São João 2018 da cidade, no Agreste de Pernambuco, permanece sem alterações já que a crise no abastecimento de combustíveis começa a ser contornada.

Festa

A abertura oficial acontece neste sábado, 2 de junho, a partir das 19h, na Estação Ferroviária. Mas quem chegar à cidade hoje já pode desfrutar das atrações na festa. 

RIO DE JANEIRO - A região central de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, recebeu nesta quinta-feira (31) a montagem dos tapetes de Corpus Christi, feriado estadual. A agitação do comércio e o trânsito congestionado habituais cederam espaço para que católicos de diversos bairros confeccionassem cerca de 70 peças religiosas, mantendo uma tradição que perdura desde os tempos da colonização. 

Os tapetes foram confeccionados ao longo de 1,5 km da Avenida Marechal Floriano Peixoto, uma das principais da cidade, o que levou a Prefeitura de Nova Iguaçu a interditar o trecho entre as ruas Dom Walmor e a Doutor Luiz Guimarães desde as 6h. A montagem foi feita por integrantes de pastorais e comunidades católicas ligados a cinco igrejas do centro.   

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"Ver todo esse povo no feriado, numa rua que tem tanto trânsito e hoje só pessoas construindo para que depois Jesus passe por cima desses tapetes, é algo muito significativo, porque é a nossa fé", comemorou Nircinéia Martins, que trabalha com fotografia e designer.

A paralisação dos caminhoneiros também afetou o ritual. O padre João Paulo de Almeida, vigário da Catedral de Santo Antônio, conta que o material mais utilizado, o sal grosso, teve de ser substituído. "Esse ano, com a crise, a gente priorizou não gastar muito com sal e essas coisas, até porque a gente está vendo aí a situação do nosso povo que passa tanta dificuldade", ressaltou. 

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Os organizadores tiveram de aguçar a criatividade para planejar desenhos com serragem, cal, pó de café, areia lavada e outros materiais. "O dinheiro que nós investiríamos no sal grosso, que está muito caro, nós optamos por ajudar outras pessoas", reiterou Nircinéia, que há cinco anos participa da festa em homenagem à eucaristia. Apesar de grupos distintos serem responsáveis pela montagem, não há competição entre eles. "O objetivo é todos ficarem bonitos", enfatiza. 

O trabalho chamou a atenção de quem passava pelo local. "É maravilhoso, muito lindo. Que pena que eles tiram no dia. Depois de um trabalho lindo desses, deveria ficar pelo menos uma semana", elogiou o auxiliar de expedição, Ronaldo Pereira, que aproveitou para tirar fotos com a filha e a sobrinha. "É uma grande oração", comentou a professora estadual, Nélia Brito.

A cantora americana Beyoncé agora é dona da sua própria igreja. A cantora acaba de comprar um tempo em Nova Orleans, nos Estados Unidos, no valor de 850 mil dólares, aproximadamente, R$ 3,1 milhões, segundo o site TMZ.

A igreja, que tem mais de 100 anos, não estava sendo usada há muito tempo desde que os donos morreram. A irmã da cantora Solange Knowles mora perto da basílica.

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Esse não foi o único contato da cantora com um templo, a Grace Cathedral, igreja episcopal de São Francisco, prestou uma homenagem à cantora. 

Segundo a reverendo Yolanda Norton, a trajetória guerreira de Beyoncé serve como inspiração para mulheres negras que lutam contra os obstáculos que as impedem de se desenvolver pessoalmente. Ainda de acordo com a religiosa, muitas músicas de Beyoncé podem ser consideradas como preces a Deus.    

Por Dayvson Barros

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