Tópicos | Michel Temer

A ex-senadora Marina Silva (Rede) disse, nesta quarta-feira (28), esperar que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade do decreto do indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer (MDB), em 2017, seja para “coibir a impunidade” no Brasil.

“O decreto de indulto editado por Temer pode enfraquecer a luta contra a corrupção e outros crimes de colarinho branco, aliviando as penas aplicadas pela Justiça. Espero que a decisão do STF seja para coibir a impunidade no país”, afirmou, citando um argumento do ex-ministro Ayres Britto que pondera que o benefício não pode ser usado como “política pública de contraponto a ponderações especiais que a Constituição e a lei já estabelecem para mais fortemente inibir e sucessivamente castigar certas condutas”.

##RECOMENDA##

O STF julga o assunto na tarde desta quarta. Em dezembro do ano passado, durante o recesso de fim de ano, a Corte atendeu a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) suspendendo o decreto de Temer.

Segundo o procurador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol, de 39 condenados por corrupção, 21 poderão ter as penas perdoadas se as regras forem mantidas.

O indulto natalino é um perdão de pena geralmente concedido todos os anos. A prática está prevista na Constituição Federal e é prerrogativa exclusiva do presidente da República, mas não é obrigatória.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, na tarde desta quarta-feira (28), o julgamento sobre a constitucionalidade do decreto do indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer (MDB) em 2017. O decreto é assinado todos os anos pelo presidente da República.

O julgamento começou na semana passada, mas foi interrompido após as sustentações da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Defensoria Pública da União (DPU) e de entidades em prol do direito de defesa.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Durante as manifestações, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a suspensão do indulto. Segundo Dodge, o presidente da República tem a prerrogativa de fazer o decreto, no entanto, o ato não é absoluto e pode sofrer controle constitucional.

O defensor público-geral federal, Gabriel Faria Oliveira, manifestou-se favorável à validade do decreto. Segundo ele, o texto se aplica a presos pobres, grande parte da massa carcerária, e não a condenados na Operação Lava Jato, uma vez que poderia beneficiar condenados envolvidos na operação.

Segundo o procurador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol, de 39 condenados por corrupção na operação, 21 poderão ter as penas perdoadas se as regras forem mantidas.

Em dezembro do ano passado, durante o recesso de fim de ano, a então presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, atendeu a um pedido da PGR e suspendeu o decreto. Em seguida, o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, restabeleceu parte do texto, retirando a possibilidade de benefícios para condenados por crimes de corrupção, como apenados na Operação Lava Jato.

Barroso considerou inconstitucionais as regras originais do decreto editado por Temer, que previa, por exemplo, a concessão do indulto mesmo a quem não pagou as multas previstas em suas penas, ou àqueles que tivessem cumprido somente 20% do tempo de prisão a qual foram condenados.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta quarta-feira (28), que não concederá indulto a presos durante seu governo. Em publicação no Twitter, o capitão da reserva pontuou que foi eleito para “pegar pesado” com a criminalidade e, se houver indulto este ano, “certamente será o último”.

“Fui escolhido presidente do Brasil para atender aos anseios do povo brasileiro. Pegar pesado na questão da violência e criminalidade foi um dos nossos principais compromissos de campanha. Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último”, declarou no microblog.

##RECOMENDA##

A colocação de Bolsonaro acontece no dia em que deve ser retomado, no Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento de uma ação da Procuradoria Geral da República questionando as regras do decreto de indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer (MDB) no ano passado, que facilita o benefício.

A  força-tarefa da Lava Jato no Paraná estima que 22 dos 39 condenados pela Justiça Federal em Curitiba podem ser beneficiados Temer editar o decreto deste ano nos mesmos moldes do ano passado. O procurador Deltan Dellagnol acredita, inclusive, que pode beneficiar condenados com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), e o ex-ministro de Dilma e Lula, Antonio Palocci.

O indulto natalino é um perdão de pena geralmente concedido todos os anos. A prática está prevista na Constituição Federal e é prerrogativa exclusiva do presidente da República, mas não é obrigatória.

O presidented da República, Michel Temer, viajou nesta quarta-feira (21) para Santiago, no Chile, onde fica até a noite. Ao lado do presidente chileno, Sebastián Piñera, Temer assinará o acordo de livre comércio que reúne 17 itens. A expectativa é que o acordo incremente o comércio entre os dois países, ampliando as negociações e elevando o volume de mercadorias e produtos.

Um dos principais pontos envolve o fim da cobrança de roaming internacional para dados e telefonia móvel entre os dois países. Há ainda compromissos em comércio eletrônico, práticas regulatórias, medidas de combate à corrupção, meio ambiente e questões trabalhistas.

##RECOMENDA##

Em nota, o Itamaraty destaca os impactos do acordo na relação com o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que está suspensa) e a Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Peru). “Constituirá, ao mesmo tempo, um vetor de aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico e de reforço da integração regional.”

Temer participa de uma cerimônia, depois terá reunião com Piñera e  ministros das áreas específicas, depois disso assinará o Acordo de Livre Comércio entre Brasil e Chile. De acordo com a agenda oficial, estão previstas declarações à imprensa e almoço com o presidente do Chile.

Acordo

No último dia 19, foram concluídas após quatro rodadas, as negociações para um acordo de livre comércio entre o Brasil e o Chile. O processo começou em abril do ano passado. Os termos do acordo reúnem 17 aspectos de áreas distintas.

O acordo inclui comércio de serviços; comércio eletrônico; telecomunicações; medidas sanitárias e fitossanitárias; obstáculos técnicos ao comércio; facilitação de comércio; propriedade intelectual; e micro, pequenas e médias empresas.

Também serão incorporados ao instrumento acordos firmados recentemente pelos dois países, como o Protocolo de Compras Públicas e o Protocolo de Investimentos em Instituições Financeiras.

Parceiro

O Chile é o segundo principal parceiro comercial do Brasil na América do Sul e importante destino de investimentos brasileiros na região. Em 2017, o intercâmbio comercial bilateral alcançou US$ 8,5 bilhões, o que representa incremento de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior.

De janeiro a setembro de 2018, o intercâmbio comercial entre Brasil e Chile foi de US$ 7,21 bilhões, aumento superior a 13% em relação ao mesmo período de 2017. O Brasil é o maior parceiro comercial do Chile na América Latina e principal destino dos investimentos chilenos no exterior, com estoque de US$ 31 bilhões.

No Brasil, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumirá interinamente a Presidência da República até as 20h30. Na agenda oficial dele, não há compromissos.

O presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta terça-feira (20), quando se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra, que pretende continuar avançando na construção de um Brasil mais igualitário e sem preconceitos. Em publicação no Twitter, o emedebista também destacou que o dia é para exaltar a contribuição afro-brasileira na história do país.  

“Cabe a cada um de nós, neste 20 de novembro, refletir sobre o espaço dos negros em nossa sociedade. É dia para celebrar a contribuição afro-brasileira. E vamos continuar a avançar na construção de um Brasil mais igual”, salientou Temer.

##RECOMENDA##

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade (54%) da população do Brasil se autodeclara como preta e parda.

Desde 2003, o dia 20 de novembro é dedicado à população negra do Brasil. Nesse mesmo dia, em 1695, morria Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da resistência negra à escravidão durante o período colonial.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou na manhã desta terça-feira (20), em publicação no Twitter, que o ministro Wagner de Campos Rosário vai permanecer à frente do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) em sua gestão. Com isso, Bolsonaro reforça o aproveitamento de integrantes da equipe do presidente Michel Temer (MDB) para o seu governo.

Rosário está no cargo desde maio do ano passado quando assumiu interinamente no lugar de Torquato Jardim, que passou a ser ministro da Justiça. Na época, quem foi convidado para o cargo foi Osmar Serraglio, mas ele recusou o posto.

##RECOMENDA##

Com a confirmação de Wagner Campos Rosário, Jair Bolsonaro já anunciou nove ministros. Os demais são: Paulo Guedes, da Economia, Fernando Azevedo e Silva, da Defesa; Marcos Pontes, Ciência e Tecnologia;  Onyx Lorenzoni, Casa Civil; Sérgio Moro, Justiça e Segurança Pública; Augusto Heleno, Gabinete de Segurança Institucional; Ernesto Araújo, Relações Exteriores; e Tereza Cristina, Agricultura.

Perfil - Wagner de Campos Rosário tem 42 anos e é servidor de carreira da CGU. Além disso, ele é graduado em Ciências Militares pela Academia das Agulhas Negras e mestre em Combate à Corrupção e Estado de Direito pela Universidade de Salamanca, na Espanha, também já atuou como Oficial do Exército.

O presidente Michel Temer participa nesta segunda-feira (19) à tarde do Encontro dos Municípios Brasileiros - Avanços da Pauta Municipalista, na sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília. Participam também ministros, parlamentares e prefeitos. Uma das principais preocupações dos prefeitos e secretários municipais de Saúde são as mudanças no Programa Mais Médicos.

A CNM, na semana passada, divulgou notas em que demonstrou preocupação com a saída dos profissionais cubanos do programa. Segundo a nota de sexta-feira (16), foi feito um apelo ao Ministério da Saúde e à Presidência da República para novas medidas sejam apresentadas até sexta-feira (23).

##RECOMENDA##

A entidade protocolou ofício na Embaixada de Cuba solicitando a permanência dos profissionais cubanos até o fim do ano, bem como a abertura de negociação com a confederação e o governo brasileiro para que busquem alternativas para garantir o atendimento à população brasileira.

De acordo com a nota do CNM,  entre os 1.575 municípios que têm somente médico cubano do programa, 80% possuem menos de 20 mil habitantes. O receio é que a ausência dos profissionais de Cuba leve à desassistência básica de saúde a mais de 28 milhões de pessoas.

O presidente eleito Jair Bolsonaro reiterou ontem a decisão de manter as exigências aos profissionais de Cuba. Entre as medidas, estão fazer o Revalida – prova que verifica conhecimentos específicos na área médica, receber integralmente o salário e poder trazer a família para o Brasil. Também disse que sua decisão é baseada no fato de os médicos cubanos serem tratados como escravos pelo governo de Cuba que decidiu deixar o programa após as declarações de Bolsonaro.

PPPs municipais

No encontro com os prefeitos, o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, vai apresentar o Programa Federal de Apoio às Concessões e PPPs Municipais. A política pública de apoio às concessões e PPPs tem como foco incentivar investimentos em infraestrutura e a melhoria na qualidade dos serviços nos municípios.

A disposição é para estimular a estruturação de projetos de parceria principalmente para os setores de saneamento básico (ênfase em abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos urbanos), iluminação pública e mobilidade urbana.

Os programas são coordenados pelo Ministério do Planejamento, em parceria com o Ministério das Cidades, e executados pela Caixa.

Reuniões

Além de participar do encontro com os prefeitos, Temer coordena hoje reunião com três ministros e dois secretários, no Palácio do Planalto. Participam os ministros de Minas e Energia, Moreira Franco, dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro, e da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Marun.

Também estarão presentes o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Marcos Abbott Galvão, o secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional, General Stumpf, e o presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior.

O presidente também tem uma reunião marcada com a advogada-geral da União (AGU), Grace Mendonça, no Planalto.

A pouco mais de um mês para o início do novo governo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, se reúne com o secretário-geral do Gabinete de Transição, Gustavo Bebianno Rocha, no Palácio do Planalto. Padilha foi designado pelo presidente Michel Temer como o responsável por centralizar informações e fazer a interlocução com o novo governo.

Pelo lado presidente eleito, Jair Bolsonaro, o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, já confirmado para a Casa Civil no futuro governo, coordena uma série de reuniões nesta segunda (19) e terça-feira (20) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

##RECOMENDA##

A troca de informações com o atual governo começou no dia 5 de novembro. O grupo de transição, por parte de Bolsonaro, reúne 27 membros. Os trabalhos foram divididos em 10 eixos temáticos.

Os eixos se concentram em desenvolvimento regional; ciência, tecnologia, inovação e comunicação; modernização do estado, economia e comércio exterior; cultura e esportes; Justiça, segurança e combate à corrupção; defesa e infraestrutura.

Também há grupos que trabalham na produção sustentável, agricultura e meio ambiente; saúde e assistência social.

Na terça-feira, o presidente eleito desembarca em Brasília para ficar três dias na cidade. Ele tem uma série de reuniões, incluindo conversas com a equipe de transição.

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT), afirmou, nesta sexta-feira (16), que tanto o presidente Michel Temer (MDB) quanto o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) querem “jogar a conta do desequilíbrio das contas públicas nas costas dos servidores”, ao tratarem de adiar reajustes já previstos em lei para 2019 e proporem igualdade de salários de funcionários públicos com trabalhadores do setor privado.

“Como já alertamos diversas vezes: Temer é Bolsonaro e Bolsonaro é Temer. Juntos, eles elegem muitos inimigos em comum para abafar a própria incompetência: os imigrantes, os pobres e, agora, os servidores públicos, a quem resolveram culpar pelos problemas do país”, declarou Humberto.

##RECOMENDA##

Reeleito para o Senado, o pernambucano também criticou as articulações que ocorrem nos corredores do Congresso Nacional para a aprovação da reforma da Previdência, apesar de Bolsonaro afirmar que não pretende levar o assunto para a votação dos parlamentares ainda este ano.  

Segundo o parlamentar, em nenhum momento durante a campanha presidencial, Bolsonaro disse que queria a aprovação da proposta feita por Temer.

“Não permitiremos que esse grande estelionato eleitoral seja realizado. Na campanha, Bolsonaro não disse nada. Agora, quer aprovar a reforma de Temer, aumentando a idade mínima inclusive a trabalhadores rurais e tentando incluir novos modelos de capitalização que deram errado em todos os países do mundo que o fizeram”, disse.

Um ano após a vigência da reforma trabalhista, o líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT), afirmou que as mudanças na legislação “foram um fiasco” e geraram “estagnação do emprego formal, precarizaram as relações de trabalho e lançaram os brasileiros na informalidade”. Na ótica do senador, a reforma também produziu uma queda no volume de ações trabalhistas, por medo dos trabalhadores de serem responsabilizados por reclamações que eventualmente levem à Justiça.

“De nada serviu essa reforma de Temer a não ser a aprofundar as condições precárias de trabalho e o abismo entre ricos e pobres. E todo esse contexto de terror deve aumentar com a assunção de Bolsonaro, cujo compromisso de governo é com os empresários e não com os trabalhadores”, afirmou, nesta quarta-feira (14).

##RECOMENDA##

Humberto Costa também lembrou que os ministros do governo Temer diziam que as medidas da reforma gerariam até 6 milhões de novos postos de trabalho, mas as estatísticas “desmentiram completamente essa previsão”. O petista apontou que entre novembro de 2017 e setembro deste ano, foram criadas apenas 372,7 mil vagas formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). E, de acordo com o IBGE, o índice de desemprego era 12% naquele mês do ano passado para 11,9% em setembro deste ano.  

“E o cenário para os próximos anos se mostra sombrio, principalmente porque o presidente eleito defende claramente a retirada de mais direitos. Ele diz que o trabalhador precisa optar entre ter direitos ou ter emprego. Essa é uma equação absolutamente equivocada. No mundo inteiro, as duas coisas caminham concretamente juntas”, observou. 

“E não adianta atribuir ao PT uma suposta herança maldita para justificar os fracassos que estão por vir. Há dois anos, o país é governado por Michel Temer. Se há uma herança maldita, ela é de Temer”, completou Humberto Costa.

A Seção Judiciária de Brasília do Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF1) revogou o uso de tornozeleira e outras medidas cautelares aplicadas ao ex-deputado e ex-assessor da Presidência da República, Rodrigo da Rocha Loures, acusado em processo por corrupção passiva.

O ex-parlamentar teria recebido propina da empresa JBS para operar vantagens ao grupo.

##RECOMENDA##

A partir de denúncia do Ministério Público Federal, investigação da Polícia Federal no ano passado apontou que Rocha Loures teria recebido uma mala com R$ 500 mil do grupo JBS.

Um vídeo registrou o momento da entrega da valise em um restaurante em São Paulo. Além dos valores, o esquema envolveria outros pagamentos de valor semelhante ou superior.

O dinheiro seria destinado ao presidente Michel Temer, que nega envolvimento no caso.

O repasse teria como finalidade garantir ao conglomerado benefícios em uma questão com a Petrobrás envolvendo preços de gás.

Prisão

Rocha Loures chegou a ser preso. Em junho do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, determinou a prisão domiciliar com obrigações como o recolhimento em casa de 20h às 6h e nos fins de semana, a proibição de contato com os demais investigados, o impedimento de sair do país, a apresentação à Justiça sempre que solicitado e o monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira.

Na decisão, o juiz Jaime Travassos Sarinho considerou que, frente ao comportamento de Rocha Loures no inquérito, tais medidas não seriam mais necessárias.

O magistrado citou que o acusado compareceu aos atos do processo, prestou depoimento e não colocou obstáculos ou “praticou ato que indicasse predisposição a não se submeter a uma eventual pena”.

“Por outro lado, observo que o direito de locomoção do acusado está limitado por período significativo de tempo, sem que tenha havido notícia de descumprimento por parte de Rodrigo Rocha Loures de quaisquer medidas cautelares fixadas”, acrescentou o juiz. Ainda de acordo com o magistrado, o acusado teria apontado “constrangimento” no uso da tornozeleira.

Por isso, o juiz retirou a obrigação da tornozeleira, mas manteve as demais medidas cautelares.

Assim, Rocha Loures continuará tendo que se recolher, ficará impedido de contato com outros investigados e terá de se apresentar à Justiça sempre que for solicitado.

O presidente Michel Temer sancionou, nesta quinta-feira (8), a prorrogação até 2025 dos incentivos fiscais à indústria automobilística instalada no Nordeste. A medida faz parte do programa Rota 2030 - criado inicialmente através de Medida Provisória (MP) 843/2018 e transformada em projeto de lei, aprovado pelo Senado na manhã de hoje minutos antes da sanção - que implementa um novo regime tributário para as montadoras de veículos no Brasil que estimula investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos e tecnologias.

A extensão do benefício para o Nordeste, que se encerraria em 2020, é oriunda de uma emenda apresentada pelo senador Armando Monteiro (PTB-PE) ao projeto de lei. A iniciativa beneficia em Pernambuco a Fiat e a Baterias Moura. 

##RECOMENDA##

“A renovação desses incentivos consolida o polo automotivo do Nordeste”, comemorou Armando em rápido pronunciamento no plenário. A emenda do senador permitirá à Fiat Chrysler investir cerca de R$ 7,5 bilhões na unidade de Goiana até 2022, gerando nove mil empregos. Na última visita a fábrica da montadora em Pernambuco, no mês março, Temer prometeu a prorrogação, que saiu a menos de dois meses do fim do seu governo

Segundo Armando Monteiro, a Fiat Chrysler informou que a prorrogação dos incentivos às montadoras nordestinas tornará possível à unidade de Goiana ampliar de 250 mil para 350 mil a produção de veículos por ano. A empresa comunicou estar em negociação com 38 novos fornecedores, que têm um potencial de investimentos da ordem de R$ 1 bilhão, perfazendo, assim, com as inversões próprias do grupo, um total de R$ 8,5 bilhões de investimentos novos na planta de Goiana.

Na justificativa de sua emenda, Armando ressaltou que “sem os incentivos, a viabilidade econômica dos projetos e investimentos das montadoras instaladas no Nordeste estaria comprometida e a histórica diferença competitiva delas frente aos estados do Sul e Sudeste jamais seria mitigada”.

A MP 843/2018 foi aprovada na quarta-feira (7), no Plenário da Câmara. Para se beneficiarem do novo regime tributário, as empresas, como contrapartida, terão que investir em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e tecnologias.

No segundo dia em Brasília após a vitória no segundo turno, o presidente eleito Jair Bolsonaro inicia nesta quarta-feira (7) formalmente o governo de transição ao se reunir, à tarde, com o presidente Michel Temer. Paralelamente, vários ministros já confirmados na futura gestão estão em Brasília para despachos e reuniões.

Bolsonaro começa o dia com um café da manhã com o comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato. Ele também tem agendados encontros com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha.

##RECOMENDA##

Às 16h será a primeira vez que Bolsonaro e Temer se encontrarão para selar o início simbólico do governo de transição. Em várias ocasiões, o presidente eleito elogiou o antecessor por estar repassando informações e facilitando para a equipe que assumirá em 2019.

Equipes dos dois presidentes trabalharão juntas para reunir dados e sanar dúvidas, no esforço de dirimir dificuldades para o governo eleito até o final de dezembro. Por parte de Bolsonaro, 27 pessoas, inclusive cinco sem remuneração, foram nomeadas e estão trabalhando.

As equipes vão atuar em 10 frentes de trabalho, divididas por eixos temáticos, sob a coordenação dos ministros extraordinário Onyx Lorenzoni e da Casa Civil, Eliseu Padilha. Temas de economia, segurança, política e social serão abordados. A previsão é analisar as questões em três etapas: avaliação, diagnóstico e considerações para eventuais propostas de mudanças.    

Bolsonaro pretende ir hoje (7) ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde funcionará o governo de transição. O local, que fica a 8 quilômetros da Esplanada dos Ministérios e 4 do Palácio do Planalto, serve de gabinete de transição desde a primeira eleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para evitar que o Congresso Nacional acabe aprovando um Orçamento "fictício" para 2019, o atual governo poderá antecipar a Medida Provisória que altera a divisão dos ministérios no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.

O objetivo é permitir que a peça orçamentária que tramita no parlamento seja adaptada a tempo de considerar as fusões e extinções de pastas planejadas pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.

##RECOMENDA##

Os normativos com as novas estruturas seriam editados com vigência a partir de 1.º de janeiro. Com a nova estrutura, será possível via mensagem presidencial, encaminhar uma nova proposta orçamentária, explicou uma fonte da equipe econômica do governo Michel Temer.

Sem o ajuste no Orçamento à nova estrutura, não será possível fazer a dotação de recursos para as novas áreas. Isso porque é preciso ter previsão legal para criação de dotação Orçamentária. Sem um ato legal que preveja a alteração da composição da Esplanada dos Ministérios a partir de 1.º de janeiro, o Congresso precisará aprovar até dezembro o Orçamento de 2019 conforme a estrutura atual - que engloba 23 ministérios e outras seis secretarias ou órgãos com esse mesmo status.

A reforma administrativa com a redução dos ministérios e transferências de áreas de uma pasta para outra é central na política desenhada pela equipe econômica. O time de Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia de Jair Bolsonaro, acredita que o enxugamento da máquina trará mais eficiência na gestão administrativa em pouco tempo.

Haverá, por exemplo, um superministério da Economia, juntando Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Já a pasta da Educação deve ser unificada com Esporte e Cultura. A equipe de Bolsonaro chegou a anunciar a fusão entre Agricultura e Meio Ambiente, mas ainda não houve essa definição. O ministério das Cidades, por sua vez, será extinto.

Prioridade

As negociações do Orçamento de 2019 são prioridade da equipe de transição na área econômica, que terá na quarta-feira (7), a primeira reunião de trabalho. Ajustar o orçamento já considerando a nova estrutura facilitaria muito o trabalho, afirmou uma fonte do governo Temer.

De acordo com a área técnica do parlamento, aprovar o Orçamento sem as mudanças obrigaria o novo governo a editar uma série de novas regras no próximo ano, não apenas para reorganizar as pastas em 15 ou 17 - como deseja Guedes -, mas também detalhar exatamente quais atribuições de cada ministério serão assumidas por outros.

No caso de pastas que serão apenas fundidas, como Justiça e Segurança Pública, bastaria especificar que as dotações orçamentárias passam a ser somadas. Mas, em casos de ministérios extintos, seria necessária a uma nova aprovação do Congresso - de créditos especiais ou suplementares - para que recursos que já estavam aprovados para uma área possam ser remanejados para outra função.

Por isso, na avaliação de técnicos do Congresso, seria mais ágil e transparente realizar essas mudanças ainda neste ano. Havendo definição da equipe de transição sobre a composição dos ministérios a partir do próximo ano, o governo poderia enviar uma mensagem modificativa ao Parlamento a tempo de deputados e senadores discutirem e aprovarem um orçamento definitivo, evitando-se assim o trabalho dobrado no começo de 2019. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), em entrevista à agência Câmara de Notícias, defendeu mais uma vez nesta terça-feira (6), a aprovação da reforma da Previdência enviada pelo presidente Michel Temer.

##RECOMENDA##

Maia falou sobre a difícil tarefa de aprovar a proposta ainda este ano, já que a Constituição veda votações de emendas pelo plenário durante intervenções federais, como é no caso do Rio de Janeiro, que ainda possui intervenção com forças especiais federais na tentativa de melhoria na segurança pública do estado. A intervenção só será finalizada no dia 31 de dezembro deste ano.

Para o democrata, “as reformas são decisivas para esse novo ciclo da política que saiu das urnas”. Apesar de entender que a proposta só será votada no ano que vem, já durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, ele ressaltou que “hoje, alguns membros do novo governo já disseram isso [da dificuldade de votar a previdência neste ano]. Não me parece uma tarefa simples para esse momento, mas a política precisa entender que há uma urgência, porque precisamos organizar as despesas públicas”, declarou a Agência Câmara de Notícias. 

Por Tamires Melo

O presidente eleito Jair Bolsonaro desembarca nesta terça-feira (6) em Brasília, pela primeira vez desde sua vitória no último dia 28. A agenda é intensa e inclui encontros com o presidente Michel Temer, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, além de reuniões com militares e visita ao Congresso Nacional.

Logo cedo, Bolsonaro estará acompanhado por uma comitiva de 14 pessoas, incluindo vários ministros já confirmados para o seu governo, como Paulo Guedes, que deverá assumir a Economia, e Marcos Pontes para a Ciência e Tecnologia.

##RECOMENDA##

Também estarão ao lado do presidente eleito o ministro extraordinário Onyx Lorenzoni, e o general Augusto Heleno, confirmado para a Defesa. Ambos participam ativamente do governo de transição, entre a atual gestão de Temer e a futura de Bolsonaro.

Agenda

De manhã, Bolsonaro participa da  sessão solene dos 30 anos da Constituição, na Câmara dos Deputados. Um forte esquema de segurança foi organizado, inclusive gerando polêmica em decorrência da retirada da imprensa de alguns setores.

O presidente eleito deve almoçar com o ministro Defesa, Joaquim Silva e Luna, depois tem reuniões com os comandantes da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e  do Exército, general Eduardo Villas Bôas.

Para a quarta-feira (7) estão programados café da manhã com o comandante da Aeronáutica, o brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato. Haverá ainda encontro com os presidentes do STF, Dias Toffoli, e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha.

Transição

Bolsonaro e Temer se encontram, pela primeira vez desde a eleição, amanhã às 16h, para selar o início simbólico do governo de transição. Até o final de dezembro, equipes dos dois presidentes trabalharão juntas para reunir dados e sanar dúvidas, no esforço de dirimir dificuldades para o governo eleito.

Antes porém, por volta das 14h, o presidente eleito pretende visitar o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde funcionará o governo de transição. O local, que fica a 8 quilômetros da Esplanada dos Ministérios e a 4 do Palácio do Planalto, serve de gabinete de transição desde a primeira eleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sucessor de Fernando Henrique Cardoso.

No primeiro dia de trabalho do grupo de transição de governo, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), nomeado ministro extraordinário e responsável por coordenar a equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro, se reunirá, agora de amanhã, com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Com essa agenda, ficam oficialmente abertas as atividades das equipes, que vão trabalhar em um espaço reservado no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, onde a segurança foi reforçada.

Os nomes que vão compor o grupo de transição ainda serão publicados no Diário Oficial da União. A expectativa é de que isso ocorra até esta terça-feira (6), mesmo dia em que Bolsonaro, segundo confirmaram assessores, desembarca na capital, pela primeira vez depois de eleito. A chegada a Brasília está prevista para as primeiras horas da manhã.

##RECOMENDA##

Nas redes sociais, Jair Bolsonaro postou nesta segunda-feira (5) que, ao longo da semana, sua equipe terá o primeiro acesso aos números e informações de governo. “Esta semana damos mais um grande passo, com o início do funcionamento do grupo de transição de governo, absorvendo informações para a restruturação do Brasil”, destacou.

Nesta segunda-feira, o presidente eleito deve permanecer em casa, na Barra da Tijuca, no Rio. A previsão, segundo assessores, é de que ele receba, de manhã, o embaixador da China, Li Jinzhang, quando deverá manifestar o interesse do novo governo em manter negócios com o país. Bolsonaro já havia declarado que não pretende fazer distinção ideológica em relação a comércio.

Em seguida, está prevista um encontro com o embaixador da Itália, Antonio Bernardini. O presidente eleito, que é descendente de italianos, já garantiu que, assumindo o governo, irá extraditar Cesare Battisti para o seu país de origem. O ativista político italiano, acusado de terrorismo, está asilado no Brasil desde que o benefício foi concedido pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente Michel Temer acompanhou a movimentação da primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (4), no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Após visitar a sede que monitora a aplicação do exame, Teme disse em sua conta oficial do Twitter que o tema da redação deste ano abordou as fake news.

"Cumprimentei os organizadores pelo tema da redação, que trata das notícias falsas, assunto atualíssimo. Desejei sorte para todos os estudantes", escreveu o presidente na rede social. Os internautas criticaram Michel Temer por ele ter, na verdade, confundido o verdadeiro tema, que foi 'Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet'.

##RECOMENDA##

"Você não entendeu nada do tema, colega. Você quem iria zerar. Muitas vezes as fake news são propagadas usando como base dados de usuários captados na internet por empresas de tecnologia ou vazados de redes sociais", escreveu um dos seguidores no microblog. "Presidente, o tema não é sobre fake news. Creio que o senhor iria fugir do tema e zerar na redação", comentou outro usuário do Twitter.

[@#video#@]

LeiaJá também

--> Professor mostra exemplo de redação com tema do Enem

--> Internautas lamentam pontualidade dos candidatos no Enem

O presidente Michel Temer garantiu nesta terça-feira (16) que fará uma “transição tranquila”, independentemente de quem seja eleito presidente da República. Ele fez a afirmação durante palestra na Associação Comercial do Paraná. Segundo Temer, a fim de facilitar a transição, está sendo preparado um livro contendo os feitos do atual governo, bem como sugestões de medidas a serem implementadas pelo futuro governo.

“Me dão a tribuna em um momento de quase transição, porque a partir do dia 28 [de outubro] vamos entrar numa transição governamental, que pretendo fazer com a maior tranquilidade.Teremos pouco mais de dois meses. Já estamos nos organizando com o livro da transição para o que foi feito e o que resta a fazer”, disse o presidente.

##RECOMENDA##

Temer lamentou o fato de não ter recebido do governo anterior ajuda similar à que pretende dar ao governo que será eleito no pleito do dia 28. “Quando cheguei [à Presidência, após o impeachment de Dilma Rousseff], não havia ninguém e, nos computadores, não havia dado nenhum. Tudo foi retirado. Tivemos de começar do zero”, disse o presidente.

“Não tivemos transição de espécie alguma, o que institucionalmente é incorreto, porque as pessoas não têm de se pautar pelas emoções momentâneas, mas pelos critérios da Constituição Federal. Por isso que digo, faremos uma transição muito tranquila àquele que for eleito no dia 28 de outubro”, completou.

De acordo com o presidente, as eleições servem não apenas para definir quem será o mandatário do país, mas para eleger também quem será a oposição. O problema, acrescentou, é que no Brasil o conceito de oposição não é jurídico, e sim político, o que, segundo ele, dificulta a unidade do país em torno da proposta vencedora.

“Nosso conceito de oposição não é jurídico. É político. A ideia de quem perde a eleição é a de derrotar o governo eleito. É uma concepção equivocada. Nas campanhas eleitorais se tem dois instantes, o momento político eleitoral, em que há teses controvertidas, contestações, debates. Depois, quando passam as eleições, se entra em outro momento, que é politico-administrativo, em que todos os brasileiros devem voltar-se para o bem do país”, argumentou ao defender uma “melhora da cultura política”.

O governador Paulo Câmara (PSB) conquistou, neste domingo (7), a reeleição para o cargo e vai gerir o Estado até 2022. Com 99% das urnas apuradas, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, Paulo já conquistou 50,61% dos votos válidos, o que garante a ele a vitória sem precisar enfrentar um segundo turno. Em segundo lugar na disputa ficou o senador Armando Monteiro (PTB) com 36,01% dos votos válidos. Esta é a segunda vez que o petebista é derrotado nas urnas pelo pessebista, em 2014 os dois também se enfrentaram e Paulo foi eleito no primeiro turno.

Entre os demais candidatos,  Dani Portela (PSOL) foi a terceira mais votada com 5,03% dos votos, seguida de Julio Lossio (Rede) - 4,68% - e Maurício Rands - 3,46%.

##RECOMENDA##

Mais cedo, ao votar acompanhado da candidata a vice, Luciana Santos (PCdoB), e dos demais membros da chapa majoritária da Frente Popular de Pernambuco, Paulo já demonstrava estar confiante em um resultado favorável já neste domingo.

O governador chegou a disputa com um palanque endossado por 12 partidos, entre eles o PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que mesmo estando preso, ainda tem uma influência de voto grande em Pernambuco, sua terra natal. O apoio do PT, contudo, não foi unânime, já que parte da militância reprovava Paulo e deixou isso bem claro em uma das agendas de campanha conjunta com Fernando Haddad (PT), no Recife, onde o governador chegou a ser chamado de “golpista”.

Campanha acirrada

Apesar da vitória, o governador enfrentou uma campanha bastante crítica ao seu primeiro mandato. O principal ponto citado nos discursos dos adversários foi a falta de cumprimento de algumas promessas feitas em 2014, quando ele concorreu pela primeira vez, entre elas a implantação do bilhete único no transporte coletivo e a construção de hospitais. Para enfrentar os concorrentes e justificar o descumprimento, Paulo culpou a crise econômica e, por muitas vezes, afirmou que Pernambuco foi vítima de uma "perseguição" do governo do presidente Michel Temer (MDB).

Temer também foi uma figura importante na disputa em Pernambuco, uma vez que nenhum dos postulantes quis ser atrelado ao presidente que configura o título de "o mais rejeitado que o país já teve". Nessa briga de desvinculação e fazendo uma polarização na corrida pelo comando do Palácio do Campo das Princesas, o governador enfrentou diretamente Armando Monteiro, que chegou a crescer nas pesquisas de intenções de votos, mas não obteve êxito nas urnas.

Um episódio que marcou o acirramento entre os dois foi o apoio com relação à reforma trabalhista aprovada no Congresso em 2017. Como o assunto dividiu boa parte da população e foi rejeitado pelas classes mais populares, Paulo aproveitou para lembrar nos debates e no guia eleitoral que Armando votou a favor da atualização das regras trabalhistas e o petebista aproveitou para rebater, acionando, inclusive, a Justiça Eleitoral.

O acirramento entre os dois foi se atenuando ainda mais na reta final da campanha, quando as pesquisas de intenções de votos apresentaram um crescimento de Armando no cenário, chegando a empatar tecnicamente com o governador.

Novo governo, mas de continuidade

Apesar do ano da eleição ser 2018, Paulo Câmara ganhou mais quatro anos para por em prática as promessas feitas em 2014. Nos debates e entrevistas o governador sempre deixou claro que "faltava muito" para fazer em Pernambuco e sempre reiterava que as propostas apresentadas naquele ano estavam valendo para a atual campanha. Tanto é que renovou o polêmico compromisso de instalar o bilhete único na Região Metropolitana do Recife.

Entre as novidades, contudo, Paulo prometeu implantar o 13º para beneficiários do programa Bolsa Família, criar uma linha de crédito de até R$ 3 mil para os micro e pequenos empreendedores e criar o Prouni Estadual, com bolsas de estudo nas universidades particulares em Pernambuco para estudantes da rede pública de ensino com bom desempenho no Enem.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando