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O PPS quer mudar o estatuto interno para receber movimentos cívicos, como Agora!, Acredito, Livres e outros. Uma versão do documento já está circulando nesses grupos. Entre os pontos mais representativos estão a garantia de autonomia, a possibilidade de voto em questões internas da legenda (mesmo aos que não estiverem formalmente filiados) e a criação de um grupo de trabalho para constituir normas de relacionamento. As mudanças serão apresentadas no congresso nacional do PPS, que ocorre nos dias 24 e 25 de março, em São Paulo. A troca de nome da sigla também estará em pauta.

Desde o fim do ano passado, o partido presidido pelo deputado Roberto Freire (SP) tem estreitado relações com os chamados movimentos cívicos - muitos deles simpáticos a uma possível candidatura à Presidência da República do empresário e apresentador Luciano Huck. "Nossa relação com Huck independe da candidatura dele. Nossa relação se dá pelos movimentos cívicos, principalmente o Agora!. Aliás, nosso primeiro contato com Huck foi através do Agora!. Então, nossa parceria independe da candidatura presidencial", disse.

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Freire ainda afirmou que, assim como outras instituições da sociedade, como os sindicatos e a própria família, os partidos também "precisam passar por mudanças profundas e se atualizarem". "Temos que pensar em avançar em direção ao futuro. Partidos são quase uma coisa do passado", disse. O deputado imagina uma organização menos verticalizada e mais organizada em redes, com uma dinâmica mais moderna.

A mudança de nome da sigla estará na pauta da reunião do partido se, até o fim de março, uma quantidade representativa de candidatos oriundos do movimentos estiver, como esperado, se filiado à legenda. O nome mais cotado até agora é "Cidadão" (que representaria melhor a ideia de um coletivo de movimentos). "A troca de nome pode acontecer se esses movimentos trouxerem uma mudança orgânica no partido. Se é pra continuar como estamos, não é preciso mudar de nome", afirmou Freire.

Além do PPS, a Rede é outro partido que tem conversas avançadas com os movimentos - e também deve absorver parte dos candidatos vindos desses grupos, dando autonomia aos seus integrantes. Ainda assim, o PPS aparece com mais força porque, em avaliações internas, os movimentos temem uma certa "instabilidade" da pré-candidata Marina Silva.

PSDB

A entrada desses movimentos seria uma opção mais "radical" dentro do PPS - principalmente se vier acompanhada de uma candidatura como a de Huck. Da forma como está estruturado hoje, o PPS é próximo, por exemplo, do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Se decidir por outro caminho, como uma candidatura própria, a política de alianças da legenda deve mudar significativamente e alterar as relações com o PSDB. Do lado da Rede, independentemente dos movimentos, a candidata será Marina.

A assessoria de imprensa do Agora! disse que o grupo "está analisando o documento do PPS e da Rede", mas que "as parcerias só devem ser sacramentadas depois do carnaval". O coordenador nacional do Acredito, Zé Frederico, confirmou que o movimento tem mantido conversar com PPS e Rede. "Nós não somos contra os partidos. Estamos ouvindo o que eles têm a nos dizer e procurando aquele que se encaixe com as nossas ideias", afirmou.

O Agora! ainda discute a forma e os nomes que estarão à frente de suas candidaturas. Já o Acredito pretende lançar 30 candidatos ao Legislativo. A escolha será por meio de prévias realizadas dentro dos núcleos estaduais do movimento. A intenção é lançar apenas um candidato a deputado federal e três estaduais por região. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-ministro de Lula, o senador Cristovam Buarque (PPS), durante uma entrevista detonou o líder petista e chegou a compará-lo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Lula foi um dos grandes inventores de narrativas falsas, não o Trump”, alfinetou. Parte da conversa onde criticou o governo Lula foi publicado na página do Facebook do senador. 

Cristovam falou que o discurso de que o Brasil tirou milhões de pessoas da pobreza, que teriam ingressado na classe média durante o governo Lula, é uma narrativa falsa. “A ideia de que os filhos dos pobres entraram na universidade é narrativa falsa, ele pegou um item que de fato alguns puderam entrar por cotas, não foi uma verdade plena. Essa verdade só haveria se a educação de base fosse boa para todos. Filho de pobre e filho de rico um estudando ao lado do outro”. 

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“Eu tenho a impressão que no Brasil tem uma coisa mais grave do que a narrativa falsa hoje são as realidades falsas ou as realidades alternativas. A diferença é que na narrativa falsa ainda fica a dúvida, eu vou atrás para ver se é verdade, mas quando você tem uma realidade falsa, que ela está introjetada na mente, aí não adianta argumento. Hoje, a gente está nesse tempo. Você é de um lado ou é de outro”, expôs o senador. 

O pernambucano ainda disse que, no governo Lula, os marqueteiros criavam o que chamou de “narrativa alternativa”. “Ao longo do governo Lula, nós tivemos muitas narrativas falsas. Os marqueteiros faziam a narrativa alternativa. Só que a narrativa alternativa virou verdade para algumas pessoas", salientou. 

 

O governador Paulo Câmara (PSB) se reuniu, nesta quinta-feira (25), com os ministros Torquato Jardim (Justiça e Segurança Pública) e Raul Jungman (Defesa) para tratar de ações da área de segurança em Pernambuco. Com Torquato, o pessebista tratou sobre a federalização de Unidades de Regime Fechado (URF) do Centro Integrado de Ressocialização (CIR) de Itaquitinga. 

“O Ministério da Justiça tem interesse, e as equipes técnicas vão estudar o assunto”, afirmou o governador. Segundo Paulo Câmara, em dezembro os técnicos da secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos receberam o corpo técnico da pasta federal que vistoriaram o empreendimento, como parte dos estudos de viabilidade. 

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De acordo com a gestão, foi verificado “que as edificações estão em bom avanço físico para atender aos requisitos de uma possível federalização”. 

O governador entregou, no último dia 8, a Unidade I do CIR de Itaquitinga e autorizou o início das obras da Unidade II do Complexo. O equipamento já custou R$ 10 milhões aos cofres do Governo do Estado e, para a conclusão da Unidade II, serão necessários mais R$ 10 milhões.

Já com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o pessebista abordou assuntos da área de defesa e as possibilidades de investimentos em Pernambuco. 

O senador pernambucano Cristovam Buarque (PPS), que chegou a ser chamado por muitos de “golpista” por ter votado a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, começou a semana falando sobre um desejo: o de ser presidente do Brasil. Por meio do seu Facebook, ele compartilhou uma reportagem ao A TARDE, no qual conta que, caso conseguisse vencer o pleito, irá se dedicar para recuperar a confiança no Brasil. 

No entanto, o PPS ainda não tem um candidato lançado. “Eu tenho vontade e sinto quase um constrangimento para ser [candidato] diante do quadro que o Brasil atravessa e dos discursos dos outros candidatos”, contou. O senador, durante a entrevista, falou que o presidente da legenda, Roberto Freire, afirmou que o PPS não está pronto para lançar um nome e destacou que não existe isso de pré-candidato. O diretório também decidiu, de acordo com ele, que quem achar que pode participar do pleito pode se lançar sem a “benção” da sigla. 

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Cristovam Buarque, questionado se ele seria uma opção entra os pré-candidatos já postos Jair Bolsonaro (PSC) e Lula (PT), relembrou que já foi candidato contra Lula, Heloísa Helena e Alckmin em 2006. “Eu disputei com eles e tive 2,5% dos votos, o que justifica hoje eu ser candidato. Sinto uma obrigação e um desejo”, ressaltou também frisando que sente um “vazio” de propostas para o país.

“É preciso alguém que traga coesão e o primeiro item para retomá-la é um presidente que, desde o primeiro dia, faça com que os políticos deem exemplos de tal maneira que a população se sinta identificada, solidária com seus líderes. Isso se faz acabando com as mordomias, os privilégios; construindo um governo de transparência nas relações com o Legislativo e com o Judiciário; definindo prioridades responsáveis, sem demagogia. Além disso, o próximo presidente tem que trazer rumo. Não pode ser como o atual é, preocupado com o imediato. Embora duas coisas do Temer eu acho que acenam para um rumo: as reformas trabalhista e da previdência”, declarou. 

Questionado sobre o que diria para convencer os eleitores a votar nele, Cristovam foi breve: “Eu vou me dedicar para recuperar a confiança no Brasil, que é um grande país, a partir de confiarem nos líderes desse país, entre os quais eu quero estar. E, pra mim, o caminho disso é retomar a coesão, definir um rumo e usar a educação do pobre tão boa quanto a educação do rico como sendo o melhor caminho para um Brasil que desejamos. Ganhei seu voto?”, indagou o senador. 

Ele falou que não será candidato, caso o PPS não quiser, nem candidato a governador do Distrito Federal e nem vice-presidente. “Não tenho nem um pouquinho de predisposição de ser vice porque estou querendo levar um projeto. Vice não leva projeto”. 

 

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) criticou nesta quarta-feira, 22, a forma como o seu partido, o PPS, vem negociando a filiação do apresentador de TV Luciano Huck, que disputaria a Presidência da República pela sigla. O senador, que também tem intenção de se lançar ao Palácio do Planalto, reprovou ainda a sanha do partido em abrigar um candidato apenas pelo seu potencial de votos.

"Partido não pode escolher um nome só porque ele tem mais voto. Se for assim, não deveríamos ter candidato e ir direto apoiar o Lula ou o Bolsonaro", ironizou o senador.

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Cristovam salientou que considera positiva a aproximação de Huck com o PPS. "Fico emocionado quando vejo uma pessoa realizada financeiramente e profissionalmente, no tempo em que todo mundo foge de política, querer vir para um partido fazer política", disse ao Estadão/Broadcast. "Agora, não me sensibiliza ele vir sob a condição de ser candidato a presidente. Acho muito ruim. Acho que ele devia vir disputar com os outros", afirmou.

De acordo com o senador, as negociações entre Huck e o PPS estão concentradas, até o momento, em Roberto Freire, presidente da sigla, e no ministro da Defesa, Raul Jungmann, sem maior consulta ao partido. "Quero que eles abram o processo de escolha", afirmou.

Cristovam também criticou a possibilidade de o PPS passar a se chamar Agora!, nome do movimento de ativistas e acadêmicos que defende a renovação política e do qual Huck faz parte. "Se for isso, acho um erro escandaloso. Não existe partido Agora!. Partido é para pensar o futuro", afirmou. "Passaria a ideia de que isso seria uma imposição do Huck. Não fica bem impor até a mudança de nome. O próximo passo seria eles decidirem quem deve ser expulso."

Para o senador, o processo e a escolha do candidato à Presidência pelo PPS deveria passar por uma consulta ao partido para mostrar "quem tem a melhor proposta, quem tem tradição e, por último, quem tem mais votos". "Além disso, de onde se tirou que Huck tem voto?", questionou Cristovam. "Acho que ele tem popularidade, mas popularidade não é sinônimo de voto. Para ser popular, não precisa disputar um debate, mostrar o que pensa. Se fosse por popularidade, poderíamos chamar o Neymar, eleger o Pelé."

Licença

Cristovam anunciou nesta quarta que não vai mais se licenciar do cargo de senador. Inicialmente, a intenção era se afastar do Senado por quatro meses e iniciar a campanha como pré-candidato do PPS à Presidência. No entanto, o plano foi adiado porque seu suplente, Wilmar Lacerda (PT), foi acusado de envolvimento com uma adolescente de 17 anos. Segundo Cristovam, o afastamento está adiado até que sejam esclarecidas as denúncias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O apresentador de TV Luciano Huck participou nas últimas semanas de três reuniões com líderes do PPS para discutir cenários eleitorais e a entrada no partido de membros do movimento Agora!, do qual é participante. Os encontros trataram de eventual candidatura do próprio Huck. Pessoas que participaram das reuniões classificaram as conversas como "iniciais e promissoras".

Embora o PPS pretenda divulgar sua posição em relação à sucessão do presidente Michel Temer apenas em março, durante sua convenção nacional, líderes do partido confiam na filiação do apresentador até o fim do ano.

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Huck se reuniu anteontem no Rio, na casa do economista Armínio Fraga, com o deputado federal e presidente do PPS, Roberto Freire, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Outras reuniões com Freire ocorreram em São Paulo e Brasília.

Ao ser questionada, a assessoria de imprensa do apresentador divulgou nota na qual admite as conversas políticas. "Como já foi dito, neste momento Huck não é candidato. Porém, ele está fortemente ligado aos movimentos cívicos do Agora! e Renova. É natural estar conversando com todas as esferas políticas, inclusive com membros de partidos como o PPS. Uma posição pluripartidária. Ele tem muito respeito pelo Freire, Jungmann e Cristovam (Buarque)".

O "flerte" de Huck com o PPS se deu por meio do Agora!, movimento formado por empresários, acadêmicos e profissionais liberais. Segundo o cientista político e coordenador do Agora!, Leandro Machado, Huck chegou até eles há cerca de um mês, por meio do irmão, o cineasta Fernando Gronstein, e tem participado de debates e reuniões, ouvindo e expondo ideias. "Ele se interessou por nosso projeto, que é o de um movimento cívico que pretende reinventar o jeito de fazer política, principalmente evitando essa polarização radical que tem prejudicado o Brasil."

"O que existe de concreto é que membros do Agora! serão candidatos a deputado federal. Por outro lado, não tem nada definido sobre uma candidatura de Luciano Huck. Tampouco sei se ele realmente será candidato", disse.

Machado confirmou que o Agora! tem dialogado com o PPS, mas disse que conversas também estão sendo realizadas com a Rede e o Livres (ex-PSL). O movimento discute internamente se vai lançar candidatos por um só partido ou distribuí-los por diversas legendas. PPS e Rede não negam conversas com o Agora! e outros movimentos. Já o Livres (ex-PSL) afirmou, em nota, que "não houve qualquer contato com Huck. No entanto, se ele for candidato, os dirigentes o consideram um bom quadro".

Entrave. Embora as conversas com o PPS estejam avançando, existem entraves. O principal deles é a ligação de Freire com o governador de São Paulo e provável candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin. O presidente do PPS tem uma dívida política com Alckmin.

O governador "puxou" quatro deputados para o seu secretariado e, com isso, permitiu que Freire assumisse um mandato na Câmara. Ou seja, tudo caminhava, tranquilamente, para o PPS apoiar Alckmin em 2018. Além disso, uma parcela pequena do partido quer lançar o senador Cristovam Buarque como candidato a presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) criticou, nesta sexta-feira (3), o silêncio do presidente Michel Temer (PMDB) diante do que ele classificou como “declarações desastrosas” dos ministros que compõem o governo. Mesmo sem citar nomes, o parlamentar fez menção a postura da ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, que havia pedido para acumular o salário da pasta com o de desembargadora aposentada, garantindo-lhe um vencimento bruto de R$ 61,4 mil por mês. 

“As declarações desastrosas dos ministros de Temer vão corroendo ainda mais a credibilidade do governo. E Temer não toma atitude. Fica calado”, disparou Buarque, em publicação no Twitter. “É  grave quando a ministra pede para acumular salários. E afronta a população usar escravidão como metáfora para ganhar 62 mil reais”, acrescentou.

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Caso acumulasse as remunerações, Luislinda passaria a receber mais do que o teto constitucional que é equivalente a R$ 33,7 mil. O pedido da ministra causou polêmicas e ela cancelou a solicitação, mas ao se justificar disse que essa situação, "sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura".

A auxiliar do presidente Michel Temer disse ainda que gostaria de receber o valor integral do salário de ministra porque o cargo impõe custos como se "vestir com dignidade" e "usar maquiagem". 

O senador Cristovam Buarque (PPS), que já chegou a ser chamado de “traidor” e “golpista” por ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff, escreveu um artigo no qual faz uma reflexão sobre o atual cenário político. O pernambucano iniciou o texto afirmando que “todo político sem causa é um corrupto em potencial” e que acaba utilizando o poder para enriquecer ou para ficar no poder. 

No texto escrito, Cristovam ressaltou que a escassez de bons filósofos é tão grave quanto o excesso de maus políticos e disse que algumas filosofias que contribuíam com o debate político ficaram “ultrapassadas”. 

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“Até recentemente, havia filosofias que empolgavam os debates políticos: capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, desenvolvimentismo, nacionalismo, oferecendo bases filosóficas que justifiquem as causas das lutas dos políticos. Com a globalização, robotização, comunicação instantânea, crise ecológica, pobreza persistente, desigualdade crescente, migração em massa, fracasso do socialismo e injustiças do capitalismo, essas filosofias ficaram ultrapassadas, sem bandeiras claras no horizonte filosófico e político”, salientou. 

O senador falou que há três alternativas que orientam o comportamento político: a filosofia do conformismo, a da resistência e a da construção. Os que se inserem no primeiro, segundo ele, assistem “sem reação” à marcha da história sem direção “à modernidade descontrolada”. Os que se encaixam no segundo comportamento não aceitam “a marcha”, mas não propõem alternativas.

Por último “a filosofia da construção” representa os que “desejam fazer política com causa, sem ignorar nem naufragar nas vertiginosas transformações que ocorrem no mundo contemporâneo”.

 

 

Em meio às discussões sobre se há necessidade de uma intervenção militar no Brasil de modo a minimizar a crise no país, o senador Cristovam Buarque (PPS), em artigo publicado, falou sobre o assunto. De acordo com o parlamentar, uma intervenção militar não é a saída para a crise brasileira e para “a desmoralização” da classe política. “A crise que atravessamos deve ser resolvida pelas urnas, não pelas armas; pelos políticos, não pelos militares”, ressaltou. 

O senador disse que, há anos, alerta para o risco da volta do regime militar. "Na semana passada, fui surpreendido pela divulgação de um áudio com uma voz supostamente minha que defendia ideias com as quais não compactuo. Há anos, alerto para o risco da volta do regime militar e tenho sido ferrenho adversário dessa alternativa, mas o áudio passa a ideia de que não apenas alerto como também sugiro essa insanidade. Fui vítima de uma violência e incômodo a que se somaram surpresa e preocupação com o fato de receber cumprimentos de apoio por parte daqueles que imaginavam ser minha voz e meu discurso. Decepcionei pessoas, em diversos lugares, quando neguei a autoria da mensagem”, contou. 

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Cristovam Buarque, ainda em seus argumentos, salientou que uma ditadura não permite corrigir seus erros. “Os políticos atuais, com todos os seus defeitos, têm apenas 52 semanas para voltarem para casa, se o povo assim votar. Um regime militar não tem prazo de permanência, o último demorou 21 anos e foi muito difícil de ser derrubado”, justificou. 

“Os atuais políticos estão sob o fogo da imprensa, da Justiça, da polícia e do Ministério Público. Diversos deles presos, muitos transformados em réus à espera da sentença. Em um regime autoritário, a Justiça será controlada, a imprensa censurada, a polícia desviada de função para servir à repressão política. E nada indica que as fardas não têm bolsos para alguns militares que desejarem se locupletar ou que não fecharão os olhos para os políticos que vão servi-los, corruptamente, muitos dos quais escolhidos dentre os atuais”, continuou.

Na semana passada, o deputado federal Cabo Daciolo (Avante) defendeu, no plenário da Câmara, a possibilidade da saída Legislativa, incluindo ele mesmo, e do Executivo para que as Forças Armadas assumissem "um poder provisório". "O povo brasileiro tem esse poder: quando se instala o caos, eles entram", declarou. Um vídeo sobre o tema foi divulgado na página do Facebook do parlamentar. 

O Ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), confirmou, nesta terça-feira (22), que está sendo cortejado por partidos e políticos do Rio de Janeiro para que ele transfira o domicílio eleitoral para a capital carioca e dispute um cargo majoritário no estado. Segundo Jungmann, dois partidos chegaram a apresentar a proposta, mas ele não tem “nenhuma intenção”.  

“Houveram convites e conversas sim, mas não está nos meus planos. Não tenho nenhuma intenção”, frisou, em conversa com o LeiaJá. Os convites surgem no momento em que Jungmann está à frente de uma intervenção da Força Nacional na segurança do Rio e vem ganhando visibilidade com as ações no ministério. "Não cabe politizar uma ação como essa, não seria nada positivo”, acrescentou o auxiliar de Michel Temer (PMDB). 

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Indagado se já havia definido se seria candidato ou não em 2018, Jungmann disse que ainda não. "Se for candidato, serei candidato a deputado federal por Pernambuco", frisou. Assim como outros políticos, entretanto, o deputado federal licenciado está aguardando a reforma política para firmar a eventual postulação. 

Uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) dessa terça-feira (8) trouxe a exoneração do ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS). A inesperada exoneração chamou a atenção, já que não houve nenhum comunicado oficial da saída do pernambucano da pasta e, inclusive, ele foi o único dos deputados federais que estão no primeiro escalão a não deixar o cargo para a votação da admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva, no último dia 2. 

De acordo com a assessoria de imprensa de Jungmann, foi justamente este o motivo, o retorno dos ministros para a Câmara dos Deputados na votação. Como Jungmann não é titular e sim suplente de deputado, para cumprir trâmites legislativos após os titulares retomarem as licenças para atuarem no comando dos ministérios, ele precisou ser exonerado e reativar a suplência na Câmara, para em um eventual retorno não perder a vaga. 

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A assessoria de Jungmann também explicou que ele deve ser renomeado oficialmente para o Ministério da Defesa ainda nesta quarta-feira (9), logo depois de finalizar as pendências no Legislativo e mesmo com a exoneração ele continua respondendo pela pasta. 

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), ex-ministra da Cultura no governo Dilma Rousseff, foi sondada semanas atrás para reassumir a pasta, mas rejeitou o convite. Seria uma tentativa de fazer agrado ao PMDB, que quer mais um ministério depois da demissão de Osmar Serraglio da Justiça para dar lugar a Torquato Jardim.

Em carta enviada ao presidente Michel Temer, o ministro interino da Cultura, João Batista de Andrade, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (16) alegando que a pasta ficou "inviável" e que há uma "deterioração" do ambiente político. A informação foi antecipada pela Coluna do Estadão no estadão.com.br. Ele é o terceiro a deixar o comando do Ministério da Cultura em um ano de governo Temer.

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Segundo pessoas próximas à Marta, os motivos da recusa são os mesmos usados por Andrade para pedir demissão: redução de pessoal e corte de verbas.

De acordo com interlocutores de Marta, o sucateamento da pasta com o corte de pessoal feito ainda na gestão de Marcelo Calero e o contingenciamento de 43% do orçamento da Cultura inviabilizaram a gestão da pasta.

Interino

O Palácio do Planalto já não tinha a intenção de efetivar o ministro interino da Cultura, João Batista de Andrade, no cargo, em retaliação ao fato de Roberto Freire, titular anterior, ter saído e cobrado a renúncia de Temer, após a delação do empresário Joesley Batista, um dos acionistas da J&F. Os dois são filiados ao PPS.

A pasta poderia ser oferecida à base aliada na negociação por apoio político no Congresso assim como o Ministério da Transparência, que também está com ministro interino.

Andrade disse ao jornal O Estado de S. Paulo que decidiu deixar o cargo após perceber que o posto estava sendo negociado com outros partidos da base. "Eu não vim aqui atrás de cargo, vim fazer política cultural", afirmou Andrade, alegando que não quer ficar no meio "dessa roda de disputa". O interino afirmou que o corte de mais de 40% do orçamento da pasta tornou o funcionamento "inviável". "Os governantes não ligam muito para o Ministério da Cultura", disse.

Ele lembrou que sua indicação para ocupar o cargo de presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Debora Ivanov, foi ignorada, e que Temer preferiu outra pessoa. "Se como ministro não posso indicar os nomes das agências que estão ligadas à pasta, o que eu estou fazendo aqui? É um grau de desprestígio muito grande. Isso vai desgastando", afirmou.

Andrade é escritor, roteirista e cineasta. Antes do ministério, foi nomeado secretário de Cultura do Estado de São Paulo em 2005 e, entre 2012 e 2016, exerceu a função de presidente da Fundação Memorial da América Latina (SP).

O governo deve efetivar a troca na Cultura quando Temer retornar da viagem para Rússia e Noruega na sexta-feira, 23. Um dos cotados é o deputado André Amaral (PMDB-PB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Cultura confirmou há pouco a saída do ministro interino João Batista de Andrade (PPS) do cargo. A pasta divulgou a carta enviada por Andrade ao presidente Michel Temer (PMDB) em que ele afirma não ter interesse em ser efetivado no cargo. Ele assumiu a pasta interinamente após a saída de Roberto Freire, que deixou o cargo com o desembarque do PPS do governo.

"Comunico a Vossa Excelência, respeitosamente, o meu desinteresse em ser efetivado como Ministro de Estado da Cultura, posto que venho exercendo interinamente, e por determinação legal do regimento interno, por ser o atual Secretário-Executivo do Ministério da Cultura", afirmou Andrade na carta.

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O ministro interino afirmou ter disposição em contribuir para a transição do comando do Ministério até a nomeação do próximo titular. "Confirmo a minha disposição para contribuir da forma mais proativa possível com a transição de gestão no Ministério da Cultura, até a nomeação do próximo Ministro de Estado da Cultura e seu respectivo Secretário-Executivo."

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) afirmou que a decisão de revogar o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em menos de 24 horas da instituição dele “demonstra o despreparo e o desequilíbrio” do governo. A medida levou as Forças Armadas para às ruas de Brasília após um grupo de manifestantes quebrarem vidraças e incendiarem algumas sedes dos ministérios. A parcela de pessoas que participava da manifestação que pedia o adiantamento das eleições gerais e a renúncia do presidente Michel Temer.  

Humberto considerou a ação como “desastrosa” e disse que o governo não sabe lidar com um tema dessa gravidade. "Foi um erro colossal, que denunciamos desde a primeira hora, estabelecer um estado de exceção em Brasília por conta de uma manifestação contra o governo. Temer se mostrou um tresloucado e seu ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS-PE), um completo irresponsável", criticou.

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Ironizando a atuação do ministro Raul Jungmann (PPS) à frente da pasta da Defesa, Humberto Costa disse que o auxiliar de Temer precisou “mentir” para justificar a medida. Ele lembrou que o ministro disse estar atendendo a um pedido do Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que negou a informação.

"Temer, mal assessorado por Jungmann, foi protagonista de mais um episódio patético. Seu governo é uma espécie de elenco de Os Trapalhões. Jungmann nunca teve atributo nem para chefe de Guarda Municipal, imagine para ministro da Defesa, Agora, vê-se que age com total despreparo. Deveria, a exemplo de Roberto Freire, pedir demissão do cargo."

A informação da revogação do decreto chegou quando a bancada de oposição no Senado estava em uma audiência com a presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para dar entrada em uma mandado de segurança na Corte contra a decisão de Temer. Paralelamente, a oposição também havia apresentado um projeto de Decreto Legislativo para que o Congresso Nacional anulasse o decreto presidencial.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), justificou-se, na manhã desta quinta-feira (25), sobre a citação que fez ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), durante o anúncio da adoção de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que levou as Forças Armadas para às ruas de Brasília. No discurso dessa quarta (24), o ministro disse que a medida atendia a um pedido feito pelo democrata ao presidente Michel Temer (PMDB). 

Logo depois o anúncio, Maia negou e disse ter solicitado o reforço da Força Nacional de Segurança e não do Exército.  

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“É um mal entendido, já liguei para o senhor presidente [da Câmara] e dei as explicações. A decisão do emprego das Forças Armadas foi do presidente da República junto com o ministro da Defesa. Era absolutamente necessário que ocorresse e Rodrigo Maia não tem responsabilidade com isso, foi uma decisão operacional que nós tomamos em relação ao baixo efetivo da Força Nacional de Segurança. Isso já se encontra devidamente esclarecido”, justificou Raul Jungmann. 

Segundo o ministro, houve uma troca verbal inicialmente e apenas depois chegou o ofício do presidente da Câmara. ‘Depois o próprio presidente da República se encarregou de enviar um ofício para o presidente Câmara explicando”, pontuou.  

Mesmo com o imbróglio criado em torno do decreto, Raul Jungmann classificou como positiva a ação. “Tivemos, em função disso, a garantia da continuidade dos trabalhos no Congresso Nacional. A governabilidade não foi afetada e recuperamos a garantia da lei e da ordem”, declarou.  

Segundo ele, o recado do presidente Michel Temer é de que “a desordem não será tolerada”. “Não há democracia sem ordem, a ordem é basilar e essencial para a democracia. Dentro da Constituição tudo, fora da Constituição nada… O vandalismo e a barbárie, colocam em risco a vida das pessoas. A desordem não será tolerada e será combatida dentro da Lei e da ordem. Não serão toleradas essas manifestações que descambam para o vandalismo e a desordem”, ressaltou o ministro da Defesa.

Em um pronunciamento de menos de três minutos, o ministro da Defesa Raul Jungmann (PPS), anunciou que o presidente Michel Temer (PMDB) decretou uma Ação de Garantia da Lei da Ordem, após o início de confrontos entre militantes e policiais durante uma manifestação que acontece em Brasília na tarde desta quarta-feira (24). A medida foi adotada a partir de uma solicitação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Ministérios foram incendiados e houve depredações nas sedes das pastas.

“Levando em conta que uma manifestação estava prevista como pacífica degringolou a violência, o vandalismo, o desrespeito e a agressão ao patrimônio público, na ameaça as pessoas, muito delas servidores, o presidente decretou por solicitação do presidente da Câmara, uma Ação de Garantia da Lei da Ordem”, divulgou. 

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Segundo Jungmann, a Força Nacional vai reforçar a segurança e já tem tropas em frente aos Palácios do Planalto e do Itamaraty. “Logo mais estarão chegando tropas para assegurar que os prédios dos ministérios sejam mantidos incolores. É inaceitável a baderna e o descontrole”, destacou o ministro, dizendo que não vai permitir que “atos como este venham a turbar um processo que se desenvolve de forma democrática e com respeito”. 

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Diante da expectativa de que ministros deixem o governo Michel Temer (PMDB) após seus partidos romperem as alianças com o peemedebista, o ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), divulgou uma nota afirmando que vai permanecer no cargo. No início da tarde, conversas de bastidores deram conta de que tanto ele quanto o da Cultura, Roberto Freire, que também é presidente nacional do PPS estariam com a carta de demissão pronta. 

"Face às notícias divulgadas pela imprensa, o Ministro de Estado da Defesa, Raul Jungmann, comunica que permanece no cargo, no pleno exercício da direção superior das Forças Armadas, em cumprimento das funções para as quais foi nomeado pelo Senhor Presidente da República", diz a nota na íntegra. 

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O LeiaJá entrou em contato com Jungmann, para saber detalhes da decisão, mas até o fechamento desta matéria não obteve êxito. 

Após almoço com o presidente Michel Temer neste domingo (9), o ministro Raul Jungmann (Defesa) disse que o PPS vai fechar questão para que todos os deputados da sigla votem a favor da reforma da Previdência. Segundo o ministro, a Executiva do partido vai se reunir depois do feriado de Páscoa para debater o assunto. Na sequência, haverá um encontro com a bancada da Câmara, que tem demonstrado resistência em apoiar a proposta.

"Eu relatei ao presidente Temer que o PPS optou por fechar questão. As mudanças que foram feitas naqueles cinco pontos se ajustam ao que era esperado pela bancada", disse.

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Com dificuldades em aprovar a reforma da Previdência, o governo decidiu ceder e, na semana passada, anunciou alterações na regra de transição, na aposentadoria do trabalhador rural, nos regimes especiais para policiais e professores, no Benefício de Prestação Continuada (BPC) - para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda - e nas pensões.

Apesar da declaração de Jungmann, o líder do PPS na Câmara, Arnaldo Jordy (PA), afirmou que as mudanças devem facilitar o apoio dos deputados do partido à proposta. Ele, no entanto, disse que a bancada vai esperar o texto final do relator Arthur Maia (PPS-BA) para decidir se vai ou não fechar questão.

A postura do PPS em relação à Previdência tem irritado o Palácio do Planalto. Interlocutores de Temer lembram que o partido, que tem apenas oito deputados, ocupa duas pastas na Esplanada dos Ministérios - Defesa, com Jungmann, e Cultura, com Roberto Freire.

A postura do líder do partido na Câmara também preocupou o Planalto. Jordy, que inicialmente havia se declarado a favor da reforma no placar do Grupo Estado, mudou de ideia após sofrer pressão em sua base eleitoral e procurou o jornal para se posicionar contra a aprovação da Previdência.

Convescote

O almoço deste domingo aconteceu na residência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Além de Temer e Jungmann, também participaram do encontro os ministros Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassay (Secretaria de Governo) e Mendonça Filho (Educação). O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também estiveram na reunião.

Apesar do clima tenso por causa da Previdência, Jungmann falou que o encontro teve um clima descontraído. "Foi um convescote, não teve uma pauta definida. Conversa solta, conversa frouxa", afirmou.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, rejeitou liminar por meio da qual os deputados distritais Celina Leão (PPS) e Christiano Araújo (PSD) pediam a suspensão de julgamento sobre o recebimento de denúncia, previsto para este mês, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A decisão do ministro foi tomada na Reclamação (RCL) 26579, em que os parlamentares alegam que sua defesa ‘não teve amplo acesso à íntegra de interceptações ambientais produzidas no curso da investigação’. As informações foram divulgadas no site do Supremo.

Investigados na Operação Dracon, conduzida pela Procuradoria-Geral de Justiça do Distrito Federal, Celina e Araújo foram submetidos a diversas medidas cautelares, entre elas interceptações ambientais realizadas em seus gabinetes na Câmara Legislativa do DF.

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Os parlamentares alegam que ‘não tiveram acesso ao relatório produzido pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) a partir de tais escutas ambientais, autorizadas judicialmente’. Afirmam que o documento foi elaborado depois de já oferecida a denúncia, ‘de modo que a resposta escrita teve de ser apresentada sem o prévio conhecimento do conteúdo dos diálogos interceptados, o que causa cerceamento de defesa aos investigados’.

A defesa alega que tal situação, que estaria sendo mantida pelo desembargador que relata o inquérito no TJDFT, ‘desrespeita a Súmula Vinculante 14 do STF, segundo o qual é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa’.

Decisão

De acordo com Lewandowski, ‘o caso é de indeferimento da medida liminar, uma vez que, em análise preliminar, não é possível verificar violação da Súmula Vinculantes 14’.

O ministro citou informação da Procuradoria-Geral de Justiça do DF, segundo a qual os elementos de convicção do Ministério Público foram mencionados na peça acusatória - denúncia -, na qual são apontados trechos de conversas interceptadas, que podem ser consultados em arquivos eletrônicos.

O Ministério Público informou ainda que, recentemente, providenciou a juntada de um HD com as escutas ambientais, e que a medida cautelar de interceptação ambiental ainda não está devidamente documentada nos autos, restando a transcrição das escutas e sua materialização em um laudo pericial de degravação.

O ministro enfatizou que a jurisprudência do Supremo sobre o tema é no sentido de não ser necessária a juntada do conteúdo integral das degravações de interceptações telefônicas realizadas, bastando que sejam degravados os trechos que serviram de base ao oferecimento da denúncia.

"Assim, não vislumbro, nessa fase processual, o fumus boni iuris necessário para a concessão da medida liminar requerida", decidiu Lewandowski, ‘sem prejuízo de uma apreciação mais aprofundada no julgamento de mérito da Reclamação’.

Nas últimas quinta (9) e sexta-feira (10), o senador recifense Cristovam Buarque (PPS) esteve na capital pernambucana para participar de um evento em referência ao bicentenário da Revolução de 1817 e para lançar seu 33° livro intitulado "Mediterrâneos Invisíveis". Em entrevista ao LeiaJá, ele chegou a dizer que a educação no Brasil é uma tragédia não apenas no governo Temer, mas também nas gestões dos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso (FHC). 

Cristovam Buarque, em conversa posterior, também polemizou ao falar sobre o tema religião. "Eu sou a favor da liberdade. A escola não deve ensinar educação religiosa para uma criança. A escola é secular. A igreja evangélica pode ter uma escola, a igreja católica pode ter uma escola, os ateus podem ter uma escola, mas a escola pública do estado tem que ser laica e não tem que influir na escolha da religião", declarou. 

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"A escola pode influenciar na história de todas as religiões, mas não orientar para uma. Sou contra orientar para uma ou outra religião. O estado, no Brasil, não é religioso diferente do Irã, por exemplo. Diferente do Vaticano, que ensina catolicismo. Não se pode imaginar uma escola no Vaticano não ensinar catolicismo, mas no Brasil tem que ser laica e, em casa, os pais ensinam religião", argumentou o senador. 

Cristovam também já tinha dito que "o Brasil está perdido" e que dois grandes problemas afetam o país: a falta de uma coesão nacional e a falta de um rumo para onde ir.

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