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Professores e alunos bloquearam a entrada do novo reitor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), nessa segunda-feira (20). Eles apontam que a nomeação é fruto de motivação política. Mesmo sem participar das eleições para o cargo, o professor Josué de Oliveira Moreira, filiado ao PSL desde 2018, foi indicado pelo ministro da Educação Abraham Weintraub.

Aos gritos de "fora golpista", o grupo de manifestantes proibiu o acesso de Josué Moreira ao prédio da reitoria. Em 2016, ele teve pouco mais de 1% dos votos e foi derrotado nas eleições para a Prefeitura do município de Mossoró, quando integrava o Partido Social Democrata Cristão (PSDC). Dois anos depois, buscou novos ares e filiou-se ao Partido Social Liberal (PSL), ao qual o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fazia parte.

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Para alçar ao cargo de reitor do IFRN, Moreira só precisou de um 'empurrãozinho' de Weintraub. O ministro ignorou o resultado democrático das eleições ocorridas em dezembro de 2019. O pleito foi vencido pelo professor José Arnóbio de Araújo Filho, atual diretor geral do campus do IFRN Central, com 48,25% dos votos válidos.

A posse estava agendada para esta segunda-feira (20), no entanto, Weintraub manobrou ao publicar uma portaria na edição da sexta-feira (17) do Diário Oficial da União oficializando Moreira como o novo reitor. "Para a nossa surpresa, hoje pela manhã eu vejo que o reitor eleito não ia tomar posse e que eles iam colocar um interventor à frente da instituição [...] esse processo vai ser judicializado, porque é descabida uma ação autoritária como essa que aconteceu com o IFRN”, afirmou José Arnóbio ao G1.

O Ministério da Educação defende a entrada de Moreira ao apontar que José Arnóbio passou a ser alvo de um Processo Administrativo Disciplinar durante o processo eleitoral. Até que o caso seja apurado e devidamente resolvido, Moreira foi designado como reitor "pro tempore" -interino.

Na última segunda-feira (13) o professor José Carlos de Sá foi nomeado reitor do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), após a publicação de sua nomeação no Diário Oficial da União (DOU). Ele assume o cargo até o ano de 2024, no lugar da professora Anália Ribeiro.

O isolamento social, necessário para conter o avanço da Covid-19, não permite que seja realizada nenhuma cerimônia oficial de transmissão do cargo. Eleito em novembro de 2019, José Carlos de Sá é formado pela instituição: cursou eletrotécnica na então Escola Técnica Federal de Pernambuco e fez graduação em engenharia elétrica na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde também fez mestrado em Sistemas de Potência. O novo reitor se tornou professor do Campus Garanhuns do IFPE em 2010, diretor-geral pró-tempore em 2011 e, em 2015, foi eleito diretor-geral.

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Recebo com alegria e elevada consciência da responsabilidade que está depositada em minhas mãos. Tenho muita consciência das dificuldades impostas pelo momento que vivemos, mas tenho também muita confiança na capacidade de trabalho e na dedicação de todos os que fazem o IFPE", afirmou José Carlos.

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Nessa quarta-feira (26), o LeiaJá apurou a informação de que membros da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) elaboraram um requerimento e um abaixo-assinado virtual intercedendo ao reitor, professor Alfredo Gomes, pela liberação de trabalhadores terceirizados que seguem exercendo atividades não consideradas essenciais, como serviços de jardinagem e limpeza de espaços vazios, durante a suspensão das aulas e atividades acadêmicas em decorrência da pandemia de COVID-19.

Questionada pela nossa reportagem, a Universidade Federal de Pernambuco afirmou que o requerimento elaborado por membros da comunidade acadêmica ainda não foi recebido pela instituição. A UFPE alegou fazer “esforços nas tratativas junto a empresas e contratos, mantendo diálogo com as prestadoras de serviço para medidas que visem a preservação da saúde e dos salários dos trabalhadores frente à situação de emergência sanitária, econômica e social do país”.

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Também foi dito que “desde o dia 16 de março, após a suspensão das atividades acadêmicas de forma conjunta pelo Consórcio PE Universitas, entre as primeiras medidas adotadas pela UFPE, encontra-se que gestores de contratos devem notificar as empresas quanto às recomendações adotadas pela Instituição, referenciando o quadro de risco aumentado e vulnerabilidades conforme recomendações das autoridades sanitárias”. O anúncio dessa medida foi feito por meio de comunicado oficial da Universidade sobre medidas adotadas para prevenção ao coronavírus no dia 13 de março. 

O LeiaJá voltou a questionar a universidade sobre o motivo de, mesmo havendo negociações junto às empresas prestadoras de serviços há muitos dias, persistir o problema e ainda haver trabalhadores terceirizados exercendo funções que, durante uma pandemia, não são necessárias. Também perguntamos qual tem sido a postura de tais empresas nas tratativas com a UFPE e aguardamos resposta para atualização desta reportagem.

Professores, técnicos, estudantes, pesquisadores e diretórios acadêmicos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) fizeram um requerimento ao reitor da instituição, professor Alfredo Gomes, para que a Universidade negocie, junto às empresas que lhe prestam serviço, a liberação de funcionários terceirizados que seguem realizando atividades que não são indispensáveis, como a limpeza de espaços que estão fechados. O objetivo é que os trabalhadores terceirizados, assim como os servidores concursados, possam permanecer em suas casas para prevenção do contágio pelo novo coronavírus (SARS-COV-2).

O documento também requer que as empresas com as quais a UFPE tem contratos de terceirização determinem a permanência dos funcionários em casa e lhes dê orientações sobre a prevenção à Covid-19. Além disso, o texto solicita “que seja ajustada a manutenção de salários e benefícios recebidos por tais trabalhadores, na íntegra” para evitar enriquecimento indevido das empresas contratadas, uma vez que a UFPE continuará pagando o mesmo valor estipulado nos contratos de prestação de serviços.

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O fornecimento de máscaras, luvas, álcool gel e orientações sobre a lavagem das mãos adequada e frequentemente para os funcionários que permanecerem desempenhando atividades essenciais nas dependências do campus também está entre os pontos levantados pelo requerimento.

Um abaixo-assinado online e aberto ao público em geral, criado pela professora do curso de direito Liana Cirne, já reuniu mais de 1.250 assinaturas com o objetivo de pressionar o reitor a negociar a liberação dos funcionários junto às prestadoras de serviços. Atualmente, a UFPE mantém contratos com as empresas Preserve Liserve, Futura Portaria e Serviços, RPL - Engenharia e Serviços e com a CBL - Arquitetura e Engenharia.

O LeiaJá procurou a UFPE em busca de mais informações e de um posicionamento a respeito do requerimento feito pelos membros da comunidade acadêmica. Confira a nota da instituição:

A UFPE tem depositado esforços nas tratativas junto a empresas e contratos, mantendo diálogo com as prestadoras de serviço para medidas que visem a preservação da saúde e dos salários dos trabalhadores frente à situação de emergência sanitária, econômica e social do País. Desde o dia 16 de março, após a suspensão das atividades acadêmicas de forma conjunta pelo Consórcio PE Universitas, entre as primeiras medidas adotadas pela UFPE, encontra-se que gestores de contratos devem notificar as empresas quanto às recomendações adotadas pela Instituição, referenciando o quadro de risco aumentado e vulnerabilidades conforme recomendações das autoridades sanitárias. Questões como essa têm sido uma preocupação desde o início na expedição de comunicados junto às empresas prestadoras de serviço. A instituição está agindo nesse sentido.

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Foto: Universidade Brasil

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A Justiça Federal de Sales, em São Paulo, determinou que o Ministério da Educação (MEC) nomeie, em até cinco dias, os novos reitores da Universidade Brasil, localizada no município de Fernandópolis (SP). A decisão acatou um pedido do Ministério Público Federal, que investiga fraudes ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o curso de medicina da instituição. 

A intervenção já havia sido determinada em setembro de 2019, mas a determinação não foi cumprida pelo MEC. Assim a Justiça Federal acolheu o pedido do MPF reiterando a intervenção dentro de um prazo de cinco dias, com determinação de notificar pessoalmente o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Em caso de descumprimento da determinação, será cobrada multa diária de R$ 50 mil e, até que a ordem seja cumprida, a universidade está autorizada a nomear outro reitor para não interromper seu funcionamento. 

A organização criminosa era chefiada pelos donos da universidade, José Fernando Pinto da Costa e seu filho Sthefano Bruno Pinto da Costa, respectivamente reitor e CEO da universidade, que cobravam até R$ 120 mil por aluno para garantir a matrícula sem processo seletivo e com financiamento, mesmo sem atender às regras de adesão. Ambos foram afastados por ordem judicial. 

Com o afastamento, a instituição passou para o comando de Adib Abdouni, nomeado pela esposa do antigo reitor. De acordo com a recente decisão judicial, ele usou indevidamente sua função para atender a interesses particulares de pessoas denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF). Adib também é investigado por suspeita de ameaçar uma testemunha do processo e tentar obstruir as investigações. 

Há, ainda, outros problemas na atual administração da instituição de acordo com o juiz responsável pelo caso, como o descumprimento de ordens judiciais contra a instituição. Além disso, um funcionário afastado e proibido de acessar os sistemas de informação da universidade, Amauri Piratininga Silva, ex-diretor do campus de Fernandópolis, denunciado pelo MPF, ainda assinar contratos como representante da Universidade Brasil.

“Embora tenha havido decisão judicial de afastamento do antigo reitor de suas funções, entendeu-se que não seria o caso de interferir diretamente na nova administração. O resultado? A mantenedora da Universidade Brasil (e aqui, salvo melhor juízo, incluem-se decisões administrativas da esposa do antigo reitor, afastado) continua com uma gestão que está a apresentar sérios problemas, e cujo titular está sendo acusado pela Polícia Federal e MPF de práticas ilícitas do ponto de vista criminal, havendo inclusive pedido fundamentado de prisão em seu desfavor”, reforçou o juiz.

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O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Ribeiro Correia, deixou o cargo para assumir novamente a reitoria do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). A nomeação foi publicada na segunda-feira (16) e, segundo o Ministério da Educação, ainda não há substituto para o comando da Capes.

Formado em engenharia civil pela Unicamp, Anderson Ribeiro fez mestrado no ITA e mestrado na Universidade de Calgary, no Canadá. Ele também foi reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica de 2012 até janeiro deste ano.

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Segundo o jornal O Globo, o ITA mudou a regra que impedia ex-reitores de se candidatarem ao cargo durante três anos, possibilitando que o então presidente da Capes voltasse a comandar o instituto. Em entrevista concedida em outubro ao mesmo jornal, Anderson Ribeiro afirmou ser um servidor do comando da aeronáutica” e disse que trabalharia “onde o governo federal estipular". 

"Eu sou um servidor do comando da aeronáutica, da Força Aérea Brasileira. A gente é um soldado e trabalha onde o general mandar. Eu sigo as diretrizes do governo federal. A gente trabalha para servir o país. Estou em Brasília desde a transição, vim para cá em novembro, apoiei a estruturação do MEC. Vou atuar onde for mais útil para a sociedade", disse ele à época. 

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A comunidade acadêmica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) elegerá, na próxima quarta-feira (27), o novo reitor e os diretores-gerais dos 16 campi (Abreu e Lima, Afogados da Ingazeira, Barreiros, Belo Jardim, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Garanhuns, Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Palmares, Paulista, Pesqueira, Recife e Vitória de Santo Antão) da instituição. 

Na disputa pela reitoria nos anos de 2020 até 2024, há três candidatos: professor Ênio Lima, diretor-geral do Campus Ipojuca; professor Zé Carlos, diretor-geral do Campus Garanhuns e Sérgio Gaudêncio, professor do Campus Recife e ex-reitor. Servidores, docentes, técnico-administrativos e estudantes regularmente matriculados nos cursos de ensino médio, técnico, graduação e pós-graduação, presenciais ou a distância podem participar da eleição. 

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Para votar, é necessário apresentar um documento oficial com foto em qualquer um dos campi das 9h às 17h, com exceção da reitoria e campus Recife, onde a eleição tem horário estendido até 21h. A apuração terá início ainda na quarta-feira, com divulgação de resultado na quinta-feira (28) e prazo de recursos até a sexta (29). 

No dia 2 de dezembro podem ser apresentadas contrarrazões aos recursos e o resultado final será divulgado no dia 3 de dezembro. Para mais informações, acesse o site das Eleições para Reitoria e Direções 2019

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O professor Alfredo Macedo Gomes foi empossado reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UPE), nessa sexta-feira (18) no Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCNN), no Recife.  Na quinta-feira (16), em Brasília, Alfredo já havia sido empossado em Brasília, pelo ministro da Educação Abraham Weintraub.

A nomeação por parte do Presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) só foi realizada e publicada no Diário Oficial da União no último dia 10. Durante a cerimônia, a então vice-reitora em exercício Florisbela de Arruda passou o posto para Alfredo, no lugar do ex-reitor Anísio Brasileiro. O professor também participa da posse do vice-reitor professor Moacyr Cunha de Araújo Filho, que o acompanhará ao longo do mandato de 4 anos, até 2023.

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Obstáculos à posse 

Em seu discurso, Alfredo afirmou que ele e Moacyr ainda não montaram a equipe de comando da universidade devido às incertezas em relação à posse da chapa eleita para a reitoria. O motivo foi uma ação movida pelo “Grupo Docentes pela Liberdade”, que contestava a lista tríplice elaborada pelo conselho universitário da UFPE. O grupo é formado por professores e empresários liderados pelo professor do Centro de Ciências Jurídicas Daniel e Silva Meira, que é irmão do coronel Luiz Meira, líder bolsonarista no Estado. 

Os “Docentes Pela Liberdade” tentaram impedir judicialmente a posse de Alfredo e Moacyr, reclamando que os outros componentes da lista tríplice enviada pela UFPE ao governo não faziam parte da eleição para a reitoria. No entanto, o juiz Francisco Alves dos Santos Júnior, da 2ª Vara Federal de Pernambuco rejeitou a ação civil que solicitava a anulação da lista. Ele entendeu que cabe ao Conselho Universitário formar a Lista Tríplice, a partir de processo eleitoral de caráter apenas consultivo. O magistrado também entendeu que não houve nenhuma irregularidade ao seguimento das regras regimentais, leis nem à Constituição Federal no processo de escolha dos nomes que acompanharam os de Alfredo e Moacyr. 

Mudança de paradigmas

Em seu discurso de posse, o novo reitor Alfredo Macedo Gomes, que tem formação de graduação em psicologia na própria UFPE, afirmou que durante o seu mandato na UFPE, pretende se ater a todas as propostas de campanha, o que consiste, entre outras coisas, em dar uma atenção maior nos próximos anos às áreas das humanidades para que nenhuma área do conhecimento fique desassistida. “Tivemos nos últimos 24 anos 3 reitores das áreas de engenharia, é um momento que eu creio que vai possibilitar colocar outras questões das áreas de humanas”, disse o reitor. 

Defesa da universidade

Com um discurso forte, o reitor também afirmou que a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) afirmou que sua gestão à frente da reitoria será pautada pela defesa de princípios republicanos, democracia, laicidade, diversidade, liberdade de cátedra, pluralidade, justiça social, responsabilidade ambiental e sustentabilidade como pilares para a criação de uma universidade não-elitista.

"A democracia é condição sine-qua-non para o exercício de universidades autônomas, fortes, criativas, inovadoras e comprometidas com as transformações sociais. (...) Nenhuma instituição universitária pode prescindir uma base democrática concreta e real, a nossa carta magna cristalinamente garante esses princípios. (...) É nosso dever lutar pela preservação da autonomia universitária de forma articulada com o conjunto de políticas públicas nacionais para persistir no caminho da construção de uma sociedade democrática com justiça social e econômica", disse o reitor.

Segundo o Alfredo, é um projeto de sua gestão que a UFPE seja uma instituição que tenha uma matriz de energia limpa e sustentável. "Temos que fazer com que nossa universidade torne-se uma instituição de energia limpa, nós produzimos conhecimento nessa área, e temos que fazer com que o que nós produzimos seja aplicado dentro da instituição. Uma universidade ambientalmente responsável e sustentável, que articula responsabilidade ambiental e social como dimensões formativas e indissociáveis do modelo de gestão", afirmou ele.

O vice-reitor Moacyr Cunha de Araújo Filho também defendeu a busca pela sustentabilidade e novas políticas universitárias. “Antes de falar de 'Future-se' (programa do Governo Federal), eu gostaria de falar em 'presente-se'. Sabemos azer cooperação internacional, mas também colaborações com empresas, instituições e companhias públicas e privadas nacionais. Uma Universidade Federal PARA Pernambuco é fundamental em tempos de apagão federativo. Em noites obscuras, os cães ladram mas a caravana passa”, disse ele sob aplausos. 

Ingresso de Alunos

Alfredo, também citou a preocupação com os novos estudantes que chegam à universidade no próximo semestre. O novo reitor afirmou que a responsabilidade com os estudantes e suas famílias, em termos de acesso e assistência, precede o ingresso na instituição.

“As famílias investem muito esforço para que seus filhos e filhas possam ingressar numa universidade pública, a universidade tem que ter capacidade de reconhecer esse esforço anterior e superar os problemas internos no que diz respeito à relação professor e aluno. É impossível que nós não coloquemos na mesa de debate sobre o número alarmante de evasão, repetência e outras questões na nossa instituição. Em determinadas áreas mais do que em outras”, disse o reitor. 

Nos dias 23, 24, 25 e 26 de outubro, a Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), que tem 49 universidades filiadas, discutirá a possibilidade da saída em bloco do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em decorrência da alta desistência de estudantes. O movimento de debate e possível redução de vagas ou abandono do Sisu é encabeçado pelo professor Pedro Falcão, da Universidade de Pernambuco (UPE). 

O Pró-reitor acadêmico da Universidade Federal de Pernambuco, Paulo Góes, já havia afirmado em entrevista, que “uma nova gestão vai assumir a UFPE, mas não há qualquer indicativo de saída do Sisu”. Questionado sobre a possibilidade de debater a futura saída da universidade do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o novo reitor afirmou que no momento o assunto não é uma questão.

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O professor Alfredo Gomes foi nomeado oficialmente pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) o novo reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (10), no Diário Oficial da União.

O docente deve assumir o cargo a partir do dia 13 de outubro, quando o mandato do atual reitor, Anísio Brasileiro, termina. Nas eleições realizadas em junho pela comunidade acadêmica, Alfredo, que compôs a chapa Mude UFPE, ao lado de Moacyr Cunha de Araújo Filho, foi o candidato mais votado para o cargo com 31,26% dos votos.

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Mesmo que alunos, técnicos e docentes da instituição votem em quem gostariam de eleger, apenas o presidente da república pode escolher quem ocupará o cargo. Por isso, o Conselho Universitário enviou ao Ministério da Educação (MEC) uma lista tríplice com os nomes de três candidatos, sendo um deles, Alfredo Gomes. 

Na última segunda-feira (7), um grupo chamado de Docentes da Liberdade entrou com um ação popular na justiça para que os nomes da lista tríplice fossem suspensos, já que o segundo e terceiro lugar das eleições realizadas pela comunidade acadêmica ficaram de fora da lista.

Graduado em psicologia (1990) e mestre em Sociologia pela UFPE (1995), Alfredo Gomes tem 55 anos e atualmente é diretor do Centro de Educação (CE) da universidade, desde 2016. Lá, ele também atua como professor associado do Departamento de Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação. O docente também possui Doutorado em Educação (PhD) pela University of Bristol (2000). 

O nome escolhido para ocupar o cargo de vice-reitor fica a critério do novo reitor que só poderá fazê-lo após começar cumprir o mandato de quatro anos. No entanto, Moacyr Cunha é o mais cotado, visto que disputou as eleições ao lado de Alfredo.

O Presidente Jair Bolsonaro nomeou o novo reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), nesta segunda-feira (19), por meio de decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU). José Cândido Lustosa Bittencourt de Albuquerque é professor da instituição e foi o nome menos votado pela comunidade acadêmica para ocupar o cargo.

O nome de Cândido Albuquerque estava na lista tríplice enviada pela universidade em maio deste ano. Na votação, o nome mais votado foi o então vice-reitor, Custódio Luís Silva de Almeira, com 7.772 votos. Cândido Albuquerque obteve 610 votos.

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O presidente pode, por lei, determinar qualquer nome das três sugestões, sem necessariamente apresentar justificativa. A decisão, contudo, vai de encontro a uma tradição de nomear o mais votado da lista tríplice desde os governos Lula.

Sucessor do Professor Henry de Holanda Campos, que esteve no posto desde 2015, O novo reitor deve tomar posse em Brasília ainda esta semana.

Cândido Albuquerque faz parte do corpo docente da Universidade Federal do Ceará desde 1991, onde se formou no curso de Direito. O professor deu aulas de direito penal na graduação e nas pós-graduação durante anos. Posteriormente, se tornou diretor da faculdade de direito da UFC e também foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará, entre os anos de 1995 e 1997.

 

Segundo o presidente da Associação de Professores da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), Edeson Siqueira, reitores das instituições de ensino superior não terão mais utilidade. "O reitor será apenas um adereço", cravou o docente.

De acordo com Siqueira, isso se dará pelo fato de que organizações sociais poderão administrar as universidades e institutos federais livremente. "Inclusive, elas, além de controlar tudo no modo administrativo, também serão responsáveis pela contratação de pessoal. Será tudo CLT", disse, em entrevista ao LeiaJá, durante protesto contra os cortes na educação e a Reforma da Previdência. 

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Popularmente conhecido como Tsunami da Educação, o ato tem como objetivo promover mobilização social contra o contingenciamento nas educações básica e superior, além de promover debate contra a Reforma da Previdência no Brasil. No Recife, o encontro teve concentração na Rua da Aurora, área central da cidade, e segue em caminhada pelas ruas localizadas no centro do município.

 

O presidente Jair Bolsonaro nomeou o terceiro nome da lista tríplice, o professor Janir Alves Soares, como novo reitor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). É a terceira nomeação de reitor feita pelo presidente que não acata a decisão da maioria da comunidade universitária.

Ele já havia nomeado o segundo e terceiro colocados, respectivamente, para as federais do Triângulo Mineiro (UFTM) e do Recôncavo da Bahia (UFRB). Apesar de a escolha do reitor ser prerrogativa do presidente, a nomeação de candidato menos votado rompe uma tradição que se mantinha desde 2003, na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Procurado, o governo Bolsonaro não informou quais critérios foram adotados para a escolha desses três nomes.

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A chapa de Soares recebeu apenas 5,2% dos votos válidos dos professores, funcionários e alunos da UFVJM. O atual reitor, Gilciano Nogueira, ficou em primeiro lugar e se disse surpreso com a escolha do governo federal. "Em todas as reuniões e exposições públicas, o ministro vem dizendo que vai escolher os reitores pela capacidade de gestão e ausência de atuação ou identificação partidária. Eu consegui zerar as dívidas da universidade, equilibrei as contas, retomei obras paradas em meio à crise financeira que atinge todo o sistema federal. E isso foi reconhecido pela comunidade acadêmica", ressaltou.

Ele acredita que a decisão tenha influência política, uma vez que, quando reitor, recebeu a caravana do ex-presidente Lula, que foi quem criou a instituição. "Respeito a decisão e confio na capacidade de gestão do professor que foi nomeado, mas lamento que a decisão e autonomia da universidade não estejam sendo respeitadas", afirmou Nogueira. Soares é professor de Odontologia e já ocupou cargos de direção na UFVJM. O Estado de S. Paulo tentou contato com Soares, mas não o localizou.

Essa foi a oitava nomeação de reitor feita por Bolsonaro. Além dos três casos em que o indicado não foi o mais votado, o governo federal questionou a eleição e não aceitou a lista tríplice da Universidade Federal Grande Dourados (UFGD). Uma reitora interina foi nomeada. Nos outros casos, como o da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a maior do País, se indicou a mais votada.

Peso do voto

 

Os questionamentos feitos pelo governo Bolsonaro ao processo de eleição das universidades ocorre após a gestão Michel Temer ter editado um documento em que diz ser ilegais as consultas internas para escolha de reitor nas quais o peso do voto dos professores é menor do que 70%. A posição contraria a prática da maioria das universidades, que adotam processos de escolha nos quais o voto de cada categoria tem o mesmo peso, um terço do total.

Em nota, o MEC reiterou ontem que as nomeações são "atribuição discricionária do presidente". Apenas neste ano, o governo Bolsonaro deverá escolher os reitores de outras três universidades federais - são 63, no total. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nessa terça-feira (30), o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Anísio Brasileiro, se manifestou publicamente sobre o programa “Future-se”, anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), no dia 17 de julho, com a proposta de fazer com que as universidades operem em modelos privados de negócios para captar seus próprios recursos. Por meio de um canal institucional no YouTube, o reitor afirmou que recebeu o projeto com “extrema atenção” e conclamou toda a comunidade acadêmica a debater o tema, que considerou “essencial para o futuro das universidades brasileiras, pois, por exemplo, altera dezesseis legislações ordinárias do país”.

“Essa discussão que se está iniciando no Brasil e na UFPE tem alguns princípios que constituem a base, a filosofia de nossa atividade, que se expressam através da autonomia universitária (artigo 207 da Constituição Federal), que prevê que a educação é um bem público, O financiamento público se constitui na âncora da manutenção da qualidade da graduação, da pós, dos laboratórios de pesquisa, da sua manutenção”, afirma Brasileiro. O pronunciamento reforça ainda que a carreira dos servidores é um dos pilares do bom funcionamento das universidades públicas. “Concurso público para técnico e docente, a carreira baseada no mérito, a dedicação exclusiva e a gratuidade do ensino”, comentou.

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Além de ressaltar a “importância da educação como um bem público”, o reitor lembrou a existência da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento e a Pesquisa. “Muito tem sido feito do ponto de vista de parcerias estratégicas com empresas públicas e empresas privadas”, argumentou.

Carta da Andifes

No dia 26 de julho, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), representante oficial das universidades federais na interlocução com o governo federal, publicou uma carta em que questiona pontos do programa “Future-se”. “Por exemplo, com a exigência de firmar-se contrato de gestão abrangente com uma Organização Social, as universidades ver-se-iam profundamente atingidas em sua autonomia administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e mesmo em sua autonomia didático-científica, em conflito com o artigo 207 da Constituição Federal de 1988. Outro exemplo: a proposta de constituição de um Fundo de Investimento sugere um descompromisso crescente com o financiamento público do ensino superior, no que atentaria contra no artigo 55 da LDB (Lei No 9.394, de 20/12/1996), segundo o qual: ‘Caberá à União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das instituições de educação superior por ela mantidas’”, comunica trecho da carta.

A Andifes garantiu ainda que promoverá seminários para debater o projeto, mobilizando .especialistas, entidades científicas e parlamentares. “A ANDIFES conclama, assim, todas as universidades federais a avaliarem os aspectos estruturantes da proposta, assim como suas consequências, à luz dos princípios constitucionais e dos valores mais elevados que orientam a vida universitária”, diz o comunicado.

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) protocolou, nesta quarta-feira (29), um projeto de lei que estabelece mecanismos e critérios para o processo de escolha de dirigentes das instituições de ensino superior. A proposta foi criada após o governo sinalizar que a indicação de reitores seria feita pelo presidente da República.

O PL do parlamentar estabelece, entre outras diretrizes, que será feita uma consulta à comunidade escolar da universidade, com votação uninominal. A nomeação deverá ser decorrente do processo de consulta, organizado pelo colegiado máximo da instituição, criado especificamente para este fim, no qual será declarado vencedor o candidato mais votado.

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"É preciso reconhecer que essa consulta à comunidade, nos termos da legislação federal, não vincula juridicamente o colegiado para a elaboração da lista tríplice. Chegou a hora de atualizar essa legislação e dar regularidade formal aos processos eleitorais diferenciados que já ocorrem nas instituições", explica Danilo Cabral.

A escolha dos reitores é feita de forma que os professores têm 70% do peso de escolha e os técnicos-administrativos e discentes possuem 15% cada. "Atualmente, algumas instituições procuram respeitar os processos democráticos internos conquistados por docentes, técnico-administrativos e estudantes, que passaram a realizar consulta à comunidade universitária com paridade no peso do voto entre os três segmentos", ressalta o parlamentar.

Danilo Cabral acredita que a proposta apresentada traz avanços normativos para esse tema ao vincular a nomeação do reitor ao resultado da consulta à comunidade, com eliminação da lista tríplice e da instância indireta do conselho máximo da IFES, bem como estabelecendo a diretriz de votação paritária no processo eleitoral. "Precisamos fortalecer a  autonomia das universidades. Esse é mais um passo para a melhoria da educação superior no país. A escolha da reitoria deve ser feita de forma democrática e justa", conclui.

*Da Assessoria de Imprensa

Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (7), o reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Arimateia Dantas Lopes, confirmou o bloqueio de 30% no orçamento da instituição de ensino, oriundo de uma prática do Ministério da Educação (MEC) que, apesar de criticada, segue atingindo instituições de ensino públicas. Na entrevista, o gestor alertou que, diante do desfalque, existe o risco da UFPI funcionar somente até setembro deste ano.

De acordo com o reitor, outra situação negativa pode afetar o funcionamento da academia. Com o bloqueio nas verbas, 40% dos trabalhadores terceirizados poderão ser demitidos da Universidade.

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“O maior impacto é na despesa do funcionamento da educação superior. Estamos fechando o quinto mês, teremos mais sete meses. Para esses que faltam, nós tínhamos no orçamento mais de R$ 41 milhões; vamos ficar apenas com R$ 12 milhões. É algo inadmissível. Não tem como administrar se esse bloqueio for mantido. Estamos muito aflitos por conta de não ter tido ainda um diálogo; precisamos do apoio de toda a sociedade, da comunidade acadêmica, da imprensa, dos egressos. Bloqueio não é definitivo, esperamos que não se converta em corte”, declarou o reitor. 

“A folha de pagamento está fora desse bloqueio. Não teremos demissão de servidores e nem de professores. Acontecerá que, se o bloqueio não for revertido, vai ficar difícil funcionar a universidade como um todo. Com esse bloqueio, não vai dar para a universidade chegar ao fim do ano”, acrescentou Lopes.

Por meio de nota, a UFPI detalhou que o bloqueio corresponde a um corte total de R$ 33 milhões. Serviços como energia elétrica, limpeza, internet, entre outros, estão ameaçados. Confira, a seguir, a nota da instituição de ensino:

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) confirma o bloqueio global de 30% em seu orçamento de custeio, anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) na última terça-feira (30/04/2019). A decisão impacta diretamente no funcionamento da Universidade, comprometendo gravemente sua capacidade de cumprir com as atividades administrativas e acadêmicas. O bloqueio representa um corte total de mais de 33 milhões de reais:

a) mais de 1,5 milhão dos programas de Ensino, Pesquisa e Extensão (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Tecnológica (PIBITI), Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), Programa de Monitoria, etc.);

b) mais de 2,8 milhões para o funcionamento das três escolas vinculadas (Colégios Técnicos de Teresina, Floriano e Bom Jesus);

c) e 28,7 milhões para o funcionamento do Ensino Superior.

O corte afeta diretamente os serviços de vigilância, limpeza, fornecimento de energia e água, manutenção de equipamentos, transporte, dentre outros. Merece ser destacado que o bloqueio anunciado representa aproximadamente 50% dos recursos previstos no orçamento para o período de maio a dezembro.

Atualmente oferecendo 84 cursos presenciais; 15 de ensino a distância, por todo o Piauí; 46 cursos de pós-graduação em nível mestrado, 19 doutorados; 23 residências médicas e 11 residências multiprofissionais, a UFPI, com 48 anos de existência, tem se firmado como uma das instituições que mais contribui para o desenvolvimento do estado e do país. Vale destacar que, a despeito dos inúmeros cortes sofridos pelas universidades, a UFPI vem, num trabalho diligente de toda sua equipe administrativa, cumprindo com seus compromissos e não possuindo, mesmo neste contexto de restrições orçamentárias, contas em atraso e nem obras paradas.

A UFPI se apresenta no cenário atual com uma comunidade acadêmica constituída de cerca de 45 mil pessoas; com mais de 4.000 alunos assistidos nos seus programas de bolsas institucionais. Oferece mais de 90% dos programas de pós-graduação stricto sensu do Piauí e 48% dos cursos de Licenciatura do Estado. Na última década, contribuiu com a formação de mais de 30.000 novos profissionais, nas diversas áreas do conhecimento.

Vale ainda destacar que no contexto da qualificação e formação de recursos humanos, a UFPI é a única IFES do Piauí a oferecer cursos de Doutorados Institucionais, e também a única a ofertar os cursos de graduação em: Medicina Veterinária, Música, Arqueologia, Educação no Campo, Engenharia Florestal, Engenharia de Materiais, Licenciatura em Libras, dentre outros.

A instituição tem, dentre suas missões, o compromisso da garantia de uma educação pública de qualidade, da geração do conhecimento, da inovação, contribuindo, efetivamente, para o desenvolvimento econômico, político e social do país. Reafirma, portanto, a defesa desses direitos, junto à sociedade piauiense e de todo o Brasil.

UFC repudia bloqueio

Também nesta terça-feira, a Universidade Federal do Ceará (UFC) alertou que o bloqueio no orçamento das instituições federais acarretará em "graves efeitos" para a comunidade acadêmcia. Veja, a seguir, a nota oficial divulgada pela Universidade:

A informação de que as universidades federais brasileiras sofreriam corte de 30% em seu orçamentogerou inquietação e revolta na comunidade acadêmica, bem assim nos setores da sociedade atentos à importância estratégica dessas instituições. Na Universidade Federal do Ceará, sabemos dos graves efeitos que a medida trará a nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão, todas elas dimensionadas a partir de uma dotação orçamentária longamente discutida e aprovada pelo Congresso Nacional.

Foi com base nesse orçamento que assumimos compromissos externos, enquanto, internamente, projetamos os próximos passos de nossa expansão, dos investimentos na qualidade do ensino e no avanço das pesquisas e da inovação. Hoje, carentes de qualquer explicação por parte do MEC, ignoramos o que parametrizou a drástica medida (se é que se utilizaram parâmetros, além do viés ideológico que ela claramente carrega).

Também desconhecemos quem assumirá o ônus pelos compromissos que deixaremos de cumprir, pelos sacrifícios que sofrerão nossos bolsistas, pesquisadores e os agentes que levam a Universidade para o interior das comunidades pobres. De fato, é a população inteira que será apenada, e isso nos leva a conclamar a sociedade, através de suas representações mais legítimas, para se mobilizar contra o golpe que ameaça inviabilizar a Universidade pública, gratuita e de qualidade.

Com seus 43 mil alunos, 118 cursos de graduação e 116 de pós-graduação, a UFC agiganta-se no cenário das instituições federais de ensino superior, um conjunto de 65 universidades que oferecem contribuição essencial para o desenvolvimento do País.

Em anos recentes, aprimoramos nossa concepção educacional e reforçamos o status da UFC como equipamento social. De forma contínua, ampliamos o número de cursos, assim como o de alunos matriculados e formados.

Ao mesmo tempo, aprovamos uma política de inovação e propriedade intelectual, que veio reforçar nossa posição como geradores de produtos de conteúdo tecnológico. Em 2018, através do Programa de Internacionalização (PRINT), a CAPES chancelou a UFC como universidade de excelência em nível mundial.

Profundamente vinculada à sociedade, nossa instituição tem um rico histórico de prestação de serviços, que começa no trabalho do complexo hospitalar e se espraia por todos os municípios do Ceará, graças à atuação de seus oito campi e de um gigantesco programa de extensão.

Sob qualquer perspectiva, a Universidade Federal do Ceará sobressai por sua imprescindibilidade em um Estado pobre, carente de mão de obra qualificada e altamente dependente do conhecimento técnico gerado em outras latitudes. É nesse contexto que atua uma das maiores e melhores do País, referenciada pela excelência, por seu papel social, pela contribuição para a superação dos graves problemas que afetam o Nordeste brasileiro.

Essa instituição não pode ser apenada no âmbito de um reordenamento orçamentário que surpreende, acima de tudo, por se voltar contra o ensino de qualidade, o progresso científico e tecnológico, a inteligência.

Henry de Holanda Campos
Reitor da Universidade Federal do Ceará

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A Associação de Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe) promoverá três debates com os candidatos a reitor da instituição de ensino. O primeiro turno das eleições ocorrerão no dia 29 de maio. O vencedor vai comandar a UFPE de 2019 a 2023. Representantes das cinco chapas reuniram-se, nessa segunda-feira (29), para definirem as regras, datas, locais e horários dos encontros.

Ficou definido que o primeiro debate será no Centro Acadêmico do Agreste (CAA), em Caruaru, no dia 8 de maio, às 17h, na quadra esportiva. Já o segundo ocorre, no Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), no Campus Recife, no dia 14 de maio, às 15h. E o último, na quadra esportiva do Centro Acadêmico de Vitória (CAV), no dia 22 de maio.

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Os debates serão registrados e disponibilizados no Youtube da Adufepe. Serão seis blocos, compostos pela apresentação de propostas, perguntas entre os candidatos, perguntas da Adufepe, perguntas da plateia e considerações finais.

Os candidatos a reitor da UFPE são Alfredo Macedo Gomes, Daniel Álvares Rodrigues, Edilson Fernandes de Souza, Florisbela de Arruda Câmara e Siqueira Campos e Jeronymo José Libonati.

Nesta quarta-feira (24), a Comissão Organizadora da Consulta à Comunidade Acadêmica para escolha de reitor e vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) homologou as cinco chapas inscritas. A disputa é direcionada para mandato no quadriênio 2019-2023.

De acordo com a instituição de ensino, cinco candidatos apresentaram seus nomes para as eleições. Confira em ordem alfabética: Alfredo Macedo Gomes, Daniel Álvares Rodrigues, Edilson Fernandes de Souza, Florisbela de Arruda Câmara e Siqueira Campos e Jeronymo José Libonati.

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Na próxima sexta-feira (26), será realizada uma reunião com os candidatos para definir as regras da propaganda eleitoral. “Os candidatos podem iniciar a campanha já no dia 26, após a reunião. A Consulta à Comunidade Acadêmica se destina a elaborar a lista tríplice de nomes para a escolha do reitor e vice-reitor da UFPE para o quadriênio 2019-2023”, informou a Universidade.

Segundo a UFPE, até 3 de maio devem ser designados os mesários. A consulta será dividida em dois turnos, sendo o primeiro no dia 29 de maio e o segundo no dia 12 de junho.

A previsão é que a apuração e divulgação dos resultados sejam realizadas nos mesmos dias das consultas. O relatório final da Consulta à Comunidade Acadêmica ao Conselho Universitário será enviado no dia 2 de julho.

Alfredo Macedo Gomes (candidato a reitor) e Moacyr Cunha de Araújo Filho (candidato a vice-reitor) – nº 55

Daniel Álvares Rodrigues (candidato a reitor) e Roberta Ramos Marques (candidata a vice-reitora) – nº 54

Edilson Fernandes de Souza (candidato a reitor) e Sandro Cozza Sayão (candidato a vice-reitor) – nº 50 

Florisbela de Arruda Câmara e Siqueira Campos (candidata a reitora) e André Luís de Medeiros Santos (candidato a vice-reitor) – nº 53

Jeronymo José Libonati (candidato a reitor) e José Luiz de Lima Filho (candidato a vice-reitor) – nº 59

Currículos dos candidatos a reitor e a vice-reitor

Alfredo Macedo Gomes é graduado em Psicologia (1990) e mestre em Sociologia pela UFPE (1995). O docente possui doutorado em Educação (PhD) pela University of Bristol (2000), no Reino Unido, e realizou estágio pós-doutoral junto ao Centre for Globalization, Societies and Education, também pela University of Bristol (2010-2011). É diretor do Centro de Educação (CE)

Moacyr Cunha de Araújo Filho é formado em Engenharia Civil pela UFPE (1985), com mestrado em Hidráulica e Saneamento pela USP (1991) e doutorado (1996) em Physique et Chimie de l´Environnement pelo Institut National Polytechnique de Toulouse, na França. É professor do Departamento de Oceanografia.

Daniel Álvares Rodrigues é graduado em Direito pela Unicap (1988), possui mestrado em Educação pela UFPE (1996) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2007). Foi diretor do Centro de Educação da UFPE, no período de 2012 a 2016 e coordena o grupo de pesquisa GepMarx (antigo Gema).

Roberta Ramos Marques possui graduação em Letras pela UFPE (1996), mestrado (2000) e doutorado (2008) em Teoria da Literatura pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE. A docente participa da coordenação e das pesquisas do Acervo Recordança, desde 2003.

Edilson Fernandes de Souza é graduado em Educação Física pela Universidade Castelo Branco (1991), possui mestrado em Educação Física e Cultura pela Universidade Gama Filho (1995), doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (1998) e pós-doutorado em Sociologia pela Universidade do Porto, em Portugal. Foi pró-reitor de Extensão.

Sandro Cozza Sayão é formado em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg) (1996), tem mestrado em Educação Ambiental pela FURG (1999) e em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) (2001) e doutorado em Filosofia pela PUC-RS (2006).

Florisbela de Arruda Câmara e Siqueira Campos é graduada em Nutrição pela UFPE (1978) e possui mestrado (1983) e doutorado (1999) em Nutrição (1983), ambos pela UFPE. Foi diretora do Centro Acadêmico de Vitória (CAV) da UFPE, de 2006 a 2015. Ela é atualmente vice-reitora da Universidade.

André Luís de Medeiros Santos é formado em Ciência da Computação pela UFPE (1989), possui mestrado em Ciência da Computação pela UFPE (1991) e doutorado em Computing Science pela University of Glasgow (1995), na Escócia. É diretor do Centro de Informática (CIn).

Jeronymo José Libonati é graduado em Ciências Econômicas (1986) e em Ciências Contábeis (1991), ambos pela Faculdade de Ciências Humanas Esuda. Possui mestrado (1996) e doutorado (2002), ambos em Controladoria e Contabilidade, pela USP. É diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA).

José Luiz de Lima Filho é formado em Medicina pela UFPE (1983), possui doutorado em Bioquímica e Microbiologia, pela University of St Andrews (1987), na Escócia. É professor do Departamento de Bioquímica e Biofísica e diretor do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) da UFPE.

O professor Eloi Lago é o mais novo reitor da Univeritas/UNG, localizada em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. O cargo foi transmitido pelo então reitor da instituição de ensino, Jânyo Diniz, em um evento que contou com a presença de funcionários da universidade e da imprensa local.

Em seu discurso de posse, Lago, que é formado em Farmácia e Bioquímica pela própria instituição e mestre em Imunologia pela Universidade de São Paulo (USP), afirmou que entre as propostas de sua gestão está o fortalecimento de parcerias já existentes e a criação de novos convênios para beneficiar os estudantes, além de ampliar as vagas e as instituições parceiras de intercâmbios.

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 “É com muita honra que recebo essa nomeação. Reitero nosso compromisso com a educação de qualidade e excelência, contribuindo para o avanço e inovação da tecnologia e, sobretudo, capacitar e inserir nosso aluno no mercado de trabalho. Temos vários projetos em vista que irão reforçar a qualidade da educação que promovemos, cumprindo o calendário acadêmico que a instituição já vem seguindo ao longo desses anos”, afirmou o novo reitor, que desde 2017 ocupava o cargo de vice-reitor da universidade.

O atual vice-reitor da Universidade de São Paulo (USP), Vahan Agopyan, lidera a lista tríplice para novo reitor da instituição. Ele teve 1.092 votos, de um total de 1.949 eleitores, seguido pela diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) Maria Arminda do Nascimento Arruda (840 votos) e do professor da Poli e ex-diretor da Petrobrás Ildo Luís Sauer (594). A votação foi realizada nesta segunda-feira, 30, na universidade. Forma-se agora uma lista tríplice, que será enviada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), a quem cabe a palavra final.

O novo reitor assume em 25 de janeiro, mas não há prazo para que Alckmin decida. O novo mandato será de 2018 a 2022. Ainda ficou fora da lista tríplice o professor da FFLCH Ricardo Terra, que teve 163 votos.

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A última vez em que o governador não seguiu o primeiro da lista tríplice foi em 2008. Na época, José Serra (PSDB) decidiu nomear João Grandino Rodas, 2.º na disputa, no lugar do cientista Glaucius Oliva, que havia vencido a disputa interna.

Pela primeira vez a votação e a apuração na USP foram realizadas pela internet. Houve adesão em massa ao novo modelo e os 13 pontos físicos tiveram pouca visitação, segundo a reitoria.

Nem toda a USP tem direito a voto. É formada uma assembleia eleitoral, com 2.062 membros, composta por representantes de conselhos da instituição. A maioria (84%) é docente, 10% são alunos e 6% são servidores técnico-administrativos.

Antes da votação oficial, a reitoria abriu consulta pública a todos os membros da comunidade uspiana na semana passada. Mas o resultado não interfere na eleição oficial. A vencedora havia sido Maria Arminda - que faz oposição ao atual reitor Marco Antonio Zago, após ter dado apoio a ele há quatro anos.

Quem for escolhido terá como um de seus principais desafios gerir a maior instituição de ensino do País em meio a sua pior crise financeira. Conforme mostrou o jornal O Estado de S. Paulo neste mês, o fundo de reserva da USP representa hoje apenas 5% do valor de dez anos atrás - R$ 97,5 milhões, o mais baixo da história da instituição. Só a folha de pagamento mensal da universidade é de R$ 380 milhões. A USP gasta quase tudo que recebe do governo estadual com salários.

"Ficou muito claro que a nossa comunidade está apoiando as principais diretrizes que o (candidato a vice, Antonio Carlos)Hernandes e eu definimos como prioritárias, que é de manutenção da excelência, inserção com a sociedade", afirmou Agopyan ao Estado, após a divulgação dos resultados. Na campanha, ele defendeu as medidas de ajuste fiscal adotadas por Zago, como os cortes de gastos e planos de demissão voluntária de funcionários.

A reportagem não conseguiu localizar os demais candidatos ontem à noite.

Desafios. Para o ex-ministro da Educação e professor titular da USP, Renato Janine Ribeiro, um dos principais desafios de quem vencer está ligado às finanças. "Zago é uma pessoa de muita competência, mas pegou uma fase que tinha uma crise orçamentária que já vinha de antes", diz. "Outro problema é a questão do teto salarial, que torna a carreira do professor da USP pouco competitiva."

Pela constituição paulista, o professor da USP não pode receber salário mais alto do que o do governador do Estado (R$ 21,6 mil). No caso das universidades federais, o limite é de 90% da remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal (R$ 33,7 mil). O aumento do teto é reivindicação antiga das universidades paulistas.

Para Janine Ribeiro, outro desafio será recuperar o "clima de diálogo" na universidade, que tem estado "conflituosa".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina, Luis Carlos Cancellier Olivo, foi encontrado morto nesta segunda-feira, 2, no Beiramar Shopping, em Florianópolis. Há a suspeita de que ele teria se jogado de um vão central do shopping. A carteira de habilitação do reitor foi encontrada em seu bolso. O Instituto Médico-Legal está no local e fez a identificação. Segundo a assessoria do IML, o corpo está passando por perícia.

Luis Carlos Cancellier de Olivo é investigado na Operação Ouvidos Moucos, que apura irregularidades na aplicação de recursos federais recebidos pela Universidade para curso de Ensino a Distância.

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O reitor foi preso pela Polícia Federal no dia 14 de outubro. A ordem de custódia temporária por cinco dias e de afastamento do cargo havia sido decretada em 25 de agosto pela juíza Janaína Cassol Machado, da 1ª Vara Federal de Florianópolis. O reitor e outros seis investigados foram soltos no dia seguinte pela juíza Marjôrie Cristina Freiberger, que substituía Janaína Cassol Machado, naquele dia, ausente por motivos médicos.

A delegada de Polícia Federal Erika Mialik Marena, da Operação Ouvidos Moucos, afirmou em representação à Justiça que Cancellier tentou "obstaculizar investigações internas". A operação da PF apura irregularidades na aplicação de R$ 80 milhões em recursos federais recebidos pela UFSC relativos ao curso de Ensino a Distância.

As investigações da Ouvidos Moucos começaram a partir de suspeitas de desvio no uso de recursos públicos em cursos de Educação à Distância oferecidos pelo programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) na Federal de Santa Catarina. Segundo a PF, o sistema EaD/UAB recebe verbas em duas frentes: "a verba de custeio, gerida pelas fundações de apoio mediante contratos com a UFSC, e com todos os desvios, e a verba das bolsas Capes, que deveriam ser pagas aos professores e tutores do EaD".

Cancellier era reitor da Federal de Santa Catarina desde março de 2016. A PF afirma que o professor "criou a Secretaria de Educação à Distância, para estar acima do já existente Núcleo UAB, vinculando-a diretamente à Reitoria".

"Nomeou no âmbito do EaD os professores do grupo que mantiveram a política de desvios e direcionamento nos pagamentos das bolsas do EaD. Procurou obstaculizar as investigações internas sobre as irregularidades na gestão de recursos do EaD, pressionou para a saída da professora Taisa Dias do cargo de coordenadora do EaD do curso de Administração. Recebedor de bolsa do EaD via Capes e via Fapeu", destacou a PF.

A Ouvidos Moucos investiga repasses que totalizam cerca de R$ 80 milhões. Foi identificado que docentes da UFSC, empresários e funcionários de instituições e fundações parceiras teriam atuado para o desvio de bolsas e verbas de custeio por meio de concessão de benefícios a pessoas sem qualquer vínculo com a Universidade.

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