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Termina hoje (17) o prazo para os estudantes pré-selecionados em processos anteriores do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que tiveram a inscrição postergada para o segundo semestre de 2018, complementarem as informações no sistema. Segundo o Ministério da Educação (MEC), eles são, aproximadamente, 12 mil estudantes.

Esses candidatos foram selecionados para receber o financiamento, mas devido ao fato de a conclusão do processo ter ocorrido no meio ou no final do semestre corrente, escolheram que o início do financiamento se daria apenas no segundo semestre deste ano, adiando a confirmação da inscrição.

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Agora, para fazer a complementação, o estudante precisa acessar a página do Fies na internet e fornecer as informações solicitadas, como o percentual a ser financiado e dados da agência bancária para receber o benefício.

A contratação do financiamento só ocorrerá após a complementação e aprovação das informações pela Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição para a qual o candidato foi pré-selecionado.

Prazo extra

O MEC constatou que, ao longo do processo, mais de 600 estudantes tiveram problemas para complementar as informações devido a falhas no sistema. Por isso, a pasta prorrogou o prazo para a complementação das informações do dia 10 para hoje.

Até ontem (16), no entanto, 30 estudantes ainda enfrentavam problemas. A pasta diz que esses candidatos terão um prazo extra de cinco dias para fornecer as informações e integrar o Fies no segundo semestre.

Além desses candidatos, também terão um prazo extra aqueles que tiveram os problemas solucionados após essa segunda-feira (13). De acordo com o MEC, cada um receberá um prazo específico para que tenha pelo menos cinco dias totais de acesso ao sistema.

O MEC informa que notificou os estudantes, por e-mail e SMS, de que terão o prazo extra.

Fies

O Fies concede financiamento a estudantes em cursos superiores de instituições privadas com avaliação positiva do Ministério da Educação. Para concorrer é preciso ter feito uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010 e ter obtido média igual ou superior a 450 pontos e nota acima de zero na redação.

O novo Fies, que entrou em vigor este ano, tem modalidades de acordo com a renda familiar. A modalidade Fies juro zero é voltada para os candidatos com renda mensal familiar per capita de até três salários-mínimos. Nesse caso, o financiamento mínimo é  de 50% do curso, enquanto o limite máximo semestral é de R$ 42 mil. Os estudantes pré-selecionados no processo dos postergados foram todos beneficiados por essa modalidade.

Além do juro zero, há a modalidade P-Fies, para candidatos com renda familiar per capita entre três e cinco salários mínimos. Nesse caso, o financiamento é feito por condições definidas pelo agente financeiro operador de crédito, que pode ser um banco privado ou fundos constitucionais e de Desenvolvimento.

Um projeto que teve início há mais de um ano começa a sair do papel e a Arena Corinthians vai ter uma universidade no ano que vem. O clube firmou uma parceria com a Universidade Brasil e a instituição de ensino passará a ministrar cursos no local, dando maior movimentação ao estádio alvinegro.

Em junho do ano passado, a universidade e o Corinthians acertaram um acordo de patrocínio na camisa e também uma parceria para doação de bolsas de estudo e a implantação de uma universidade na arena. O Estado apurou que após algumas reuniões entre o reitor da instituição, Fernando Costa, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, e o diretor de marketing, Luís Paulo Rosenberg, ficou encaminhado o início do projeto no local.

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A universidade vai funcionar no setor Leste e a entrada dos alunos deverá ser próximo do estacionamento E3. O espaço foi escolhido pela proximidade com a estação de metrô Corinthians - Itaquera. A entrada será exclusiva para a unidade e não terá ligação com o setor por onde entram os torcedores. Serão 35 salas para aulas presenciais, em um total de 93 cursos.

Para evitar que o barulho da torcida em dia de jogos atrapalhe as aulas, as salas terão isolamento acústico. Além disso, em dias de grandes partidas, os alunos terão atividades complementares, que serão feitas com os torcedores no estádio.

O número exato de estudantes ainda não está definido, pois depende do interesse na busca por vagas. Entretanto, a ideia é atender cerca de três mil.

Além do campus na Arena Corinthians, também está previsto uma unidade no Parque São Jorge, mas lá seria apenas um suporte para EAD (ensino a distância). A Universidade Brasil exibe sua marca no ombro da camisa alvinegra desde junho do ano passado.

Clube e instituição não falam em valores, mas o acordo garante porcentagem do faturamento das unidades da Arena e do Parque São Jorge para o Corinthians. A diretoria alvinegra admite que o ganho não será substancial e a iniciativa é uma questão mercadológica e ação de marketing. Além disso, o clube ganhará de outras formas, como no estacionamento, venda de produtos nas lanchonetes, etc.

Em entrevista ao Estado, o reitor da universidade, Fernando Costa, diz que o Corinthians inicia uma nova era. "O esporte tem que ser aliado ao estudo, como é nos Estados Unidos, e podemos fazer algo assim em Itaquera. Todos vão ganhar com isso. Além do mais, ter uma universidade dentro da arena é um sonho antigo do Andrés", contou Fernando.

O namoro entre clube e universidade começou logo depois de assinarem o contrato de patrocínio. Ainda com Roberto de Andrade como presidente, Andrés - que na época nem admitia ser candidato - já conversava com Fernando para acelerar o início do projeto. O Corinthians diz que dará detalhes do acordo quando tudo estiver melhor concretizado. "A negociação ainda está em andamento e é prematuro nos posicionarmos", disse Rosenberg.

NOVAS RECEITAS - A universidade é mais uma forma encontrada pela diretoria para conseguir dar "vida" à Arena em dias que não há jogos e, consequentemente, obter rendas além dos jogos e do tour que os torcedores podem fazer no local.

Em maio, o Estado divulgou que o clube negociava uma parceria para a construção de quadras de futebol de salão e de basquete e pistas de skate e de corrida e já existia até um projeto de como ficaria a arena.

Segundo os dirigentes, o valor total da dívida para pagar a Arena está hoje na casa dos R$ 1,2 bilhão e o financiamento para a Caixa Econômica Federal está sendo pago normalmente, mas há pendências com o BNDES e com a Odebrecht, construtora responsável pela construção da casa alvinegra.

BOLSAS DE ESTUDO - Além da implantação de uma unidade na Arena e no Parque São Jorge e do patrocínio na camisa, a Universidade Brasil também fez uma parceria com o Corinthians para dar bolsas de estudo de acordo com o que o time faz em campo. Gols, vitórias, lideranças e títulos se convertem em oportunidades de estudo para jovens que não têm condições financeiras de pagar por uma faculdade particular.

É o caso, por exemplo, de Gabriel Fortunato Fontes Passos, de 20 anos. O jovem nascido em Itaquera ganhou a bolsa de estudo do atacante Jô, artilheiro do Brasileirão do ano passado, e pôde realizar o sonho de estudar Enfermagem. "Tivemos uma cerimônia no CT, conhecemos os jogadores e foi uma experiência única. Quando falo que sou bolsista do Corinthians, todo mundo me olha fascinado", disse o jovem, que está no segundo semestre do curso.

Mesmo período que Crislane Beatriz das Neves Luz faz no curso de Direito. Corintiana, ela disse que seu amor pelo clube só aumentou. "É uma oportunidade para os jovens que não têm condições e uma forma de incentivar a educação. O clube ganha com a imagem e faz a gente amar ainda mais o nosso time", conta a jovem de 17 anos.

O Corinthians indicou a instituição Eny Vieira Machado para receber as bolsas. Os jovens que estudam no local e se destacam no ensino médio são indicados para ter acesso à oportunidade de fazer um curso superior. Os escolhidos podem conhecer o CT Joaquim Grava e a Arena e recebem um certificado das mãos de algum atleta ou da comissão técnica do clube.

A Universidade de Medicina de Tóquio, no Japão, se desculpou na terça-feira, 7, após uma investigação confirmar que a instituição reduziu deliberadamente as notas de mulheres que prestaram seus exames de admissão durante ao menos uma década.

A faculdade disse que a manipulação não deveria ter acontecido e não acontecerá no futuro. Além disso, afirmou que está considerando a ideia de admitir de forma retroativa as mulheres que teriam sido aprovadas nas provas, mas não explicou como isso seria feito.

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"Pedimos sinceras desculpas pelas transgressões graves envolvendo exames de admissão que causaram preocupação e problemas para muitas pessoas, e traíram a confiança da população", disse o diretor administrativo da universidade, Tetsuo Yukioka. Ele negou qualquer conhecimento prévio da manipulação e afirmou que nunca esteve envolvido no caso.

"Suspeito que houve falta de sensibilidade às regras da sociedade moderna, na qual as mulheres não deveriam ser tratadas de forma diferente em razão de seu gênero", disse Yukioka.

Segundo reportagens da imprensa local, cerca de 10% das mulheres inscritas foram excluídas do processo. As alterações foram descobertas a partir de uma investigação interna realizada após alegações de corrupção nas provas, o que causou protestos e revolta.

Advogados investigaram o exame de admissão prestado pelo filho de um funcionário do Ministério da Educação e disseram ter concluído que sua nota, assim como a de vários outros candidatos, foi aumentada "injustamente". Em um dos casos, os investigadores apontaram 49 pontos de diferença entre o número real e o número inflado.

O grupo concluiu que as notas foram alteradas para dar mais pontos aos homens do que às mulheres, reduzindo o número das que eram aceitas. A justificativa seria o fato de que mulheres estão mais inclinadas a deixar a profissão depois de ter filhos ou por outras motivações.

Os estudantes que se candidataram a uma das vagas do P-Fies, Programa de Financiamento Estudantil cujas condições são definidas entre o aluno, a universidade e o banco para quem tem uma renda mensal familiar de até cinco salários por pessoa, já podem conferir a lista de pré-selecionados no site do Fies.

Os candidatos que tiverem seus nomes na lista têm até a próxima segunda-feira (13) para procurar a Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da universidade onde desejam estudar. Eles também precisam levar a documentação que comprova as informações declaradas no ato de inscrição. 

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Os atendimentos psicológicos, nutricionais, sessões de fisioterapia e consulta odontológica da Universidade Univeritas/UNG , em Guarulhos, mretornam em agosto. Os atendimentos são direcionados à população, com preços acessíveis.

Os atendimentos são feitos pelos alunos da instituição e supervisionados pelos professores, mestres e doutores. “A Universidade Univeritas/UNG tem um papel importante em atender a população do entorno, oferendo serviços de qualidade, com valor populares”, afirma o vice-reitor da Universidade, Eloi Lago.

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Confira os serviços prestados pela Universidade:

Clínica de Nutrição: avaliação e diagnóstico nutricional, reeducação alimentar e oficinas de práticas dietéticas são alguns dos serviços oferecidos pela clínica. Os interessados devem passar por triagem, que determinará se ele será atendido individualmente ou em grupo. A Clínica fica localizada no 2º andar do Prédio I da Unidade Guarulhos-Centro. Os atendimentos acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 13h e das 15h30 às 20h. Informações: (11) 2464-1738.

Clínica de Odontologia: dentre os serviços oferecidos estão: tratamentos de cáries, gengiva, canal, próteses dentárias, diagnóstico de lesões da boca, extrações, pequenas cirurgias orais, instalação de implantes e atendimento de emergência. Os pacientes cadastrados são atendidos com hora marcada de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h e das 17h40 às 22h30. O atendimento de emergência é realizado de terça a sexta-feira, das 14h às 16h. A Clínica de Odontologia está instalada nos Prédios R e S da unidade Guarulhos-Centro. Informações: (11) 2464-1668.

Clínica de Fisioterapia: entre os serviços oferecidos estão: Fisioterapia Dermato-Funcional, Fisioterapia em Ortopedia, Neurologia Adulto e Infantil, Hidroterapia, Pilates, Equoterapia, Ginecologia e Obstetrícia (incluindo Pré e Pós-parto e Incontinência Urinária). Para inscrever-se basta comparecer à Clínica de Fisioterapia, portanto o RG, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Há fila de espera para atendimentos. A clínica fica no prédio O, localizado na Rua: Soldado Brasílio Pinto de Almeida, s/n. Informações: (11) 2464-1778.

Clínica de Psicologia: entre os serviços prestados estão: psicodiagnóstico, psicoterapia breve infantil e adulto, psicoterapia familiar e de casal. A Clínica de Psicologia está instalada no Prédio I da Unidade Guarulhos-Centro. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e aos sábados das 8h às 15h. Informações: (11) 2464-1676.

Os estudantes pré-selecionados para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do primeiro semestre de 2018, têm desta segunda (30) até sexta-feira (3) para fazer a complementação da inscrição. O processo de complementação deve ser feito por meio do acesso à página do Fies na internet.

A página do Fies orienta passo a passo o que fazer. Por exemplo, a porcentagem a ser financiada e os dados da agência bancária para receber o benefício. Dúvidas e informações estão contidas no item “Complementação da inscrição no FiesSeleção”.

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Detalhes

O Fies é um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em cursos superiores não gratuitas na forma da Lei 10.260/2001.

Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação.

Desde o segundo semestre de 2015, os financiamentos concedidos com recursos do Fies passaram a ter taxa de juros de 6,5% ao ano.

Segundo o MEC, o valor contribui para a sustentabilidade do programa, possibilitando sua continuidade enquanto política pública perene de inclusão social e de democratização do ensino superior.

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Dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), através do Censo de Educação Superior, mostram que a maioria dos estudantes universitários, cerca de 56%, não se forma no curso em que ingressaram originalmente, seja por mudança de instituição de ensino, dificuldades financeiras, falta de identificação com a área de estudos e mercado de trabalho ou desistência da graduação. São números que refletem uma dificuldade de definir o futuro profissional.

No meio do caminho entre o início dos estudos e o surgimento dos primeiros indícios de que talvez a primeira escolha não tenha sido correta ou que a universidade é diferente do que o estudante imaginava a princípio, muitos sentimentos como frustração de expectativas, pressão e medo podem aparecer.  Com eles, a sensação de infelicidade, vazio e problemas como ansiedade e a depressão podem piorar ainda mais o cenário de desestímulo aos estudos e trabalho dos universitários. O surgimento de problemas ligados à vida universitária e profissional é um problema muito recorrente, atingindo vários estudantes em diferentes universidades, regiões, países, cursos e áreas do conhecimento. 

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De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em 2016, 30% dos alunos de graduação em instituições federais no Brasil procuraram atendimento psicológico e mais de 10% fizeram uso de algum medicamento psiquiátrico.  Já o Health Science Center da Universidade do Texas, em San Antônio (EUA), fez uma pesquisa abrangendo mais de 2 mil pessoas e constatou que acadêmicos têm seis vezes mais chance de desenvolver ansiedade e depressão.

Na tentativa de reduzir esses índices e inspirado em experiências de sucesso realizadas em universidades estrangeiras renomadas como Harvard e Yale, o professor Wander Cleber Maria Pereira, da Universidade de Brasília (UnB), decidiu criar e ofertar a partir deste semestre (2018.2) uma disciplina eletiva chama “Felicidade”.  Wander é professor de engenharia no campus Gama da instituição de ensino, que concentra cursos da área das ciências exatas. Lá se observava um número ainda mais elevado de evasão, abandono, ansiedade e depressão grave, a ponto de chegarem cartas de pais de alunos solicitando que a instituição tomasse uma atitude para melhorar a experiência acadêmica dos estudantes. 

“Não será um curso teórico sobre felicidade, não vai ter provas, trabalhos, palestras de auto-ajuda. Vão haver algumas leituras, diálogos, compartilhamento de vivências. No primeiro momento, vamos na fundamentação da psicologia positiva sobre o que é a felicidade e características de pessoas felizes e autoconhecimento e depois vamos trabalhar estratégias de enfrentamento aos problemas, aumento de resiliência, como se expressar, conter e prevenir ansiedade, diferença de tristeza e depressão, tudo coletivamente. Ao final da disciplina, os grupos produzirão uma ação que traga mais felicidade ao campus e, fazendo isso, já estão aprovados”, explicou o professor. 

Leonardo Barbosa é estudante de engenharia civil e explica que escolheu esse curso pois sentia desde criança o desejo de trabalhar com áreas ligadas à construção. “Eu não sabia nem o que era um engenheiro civil. Depois que descobri, fiquei encantado”, contou. Ele decidiu investir a graduação em uma universidade que, em sua visão, tinha professores bem capacitados, bons laboratórios e apresentava inovações no método de ensino. 

Ele começou o curso no ano de 2015 e apesar de saber que seria um curso difícil e com “muita correria”, o estudante estava disposto a seguir carreira na área com a qual havia sonhado desde a infância. Tudo ia bem, tanto a nível acadêmico quanto profissiona,l com os estágios e perspectivas de mercado de trabalho para empregos efetivos. Os problemas começaram quando a área de estudos escolhida por Leonardo entrou em crise.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, a construção civil está entre os setores que mais eliminaram postos de trabalho no ano passado e continua apresentando a mesma tendência em 2018.

Ao todo, 2.110 vagas formais para engenheiros civis foram fechadas no Brasil nos 12 meses encerrados em junho, o que significa uma queda de 3,2% de ocupação na profissão em relação aos 12 meses anteriores, até junho de 2017.  A retração do mercado não foi sentida apenas entre os profissionais formados, atingindo também Leonardo, que já estagiava e passou por um longo período de dificuldades. 

“Procurei pesquisar bastante a respeito do curso para saber como era, e sim, o mercado de trabalho era promissor na época, não sabia que o baque ia ser gigante como foi. Sofri na pele por isso. Passei por três estágios até a crise afetar uma empresa que trabalhava no final de 2015”, contou o estudante. 

Entre medos, frustrações, dificuldades financeiras e sofrimento emocional, era preciso encontrar algo para permanecer firme no propósito de se formar e seguir a carreira que havia sido escolhida. Ter em mente o tamanho da sua vontade de dedicar a vida profissional à engenharia civil foi o que manteve (e ainda mantém) Leonardo focado e otimista quanto ao trabalho. “O que me faz continuar é amor pelo que faço. Sempre enfrentar desafios diferentes. A busca por conhecimento diverso para solucionar os problemas que sempre aparecem”, afirmou o estudante.

Ele também destaca a importância da especialização em um cenário profissional muito competitivo. “Procure conversar com pessoas de outras áreas. Se tem desestímulo do mercado, se especialize. O mercado exige muito e a internet nos dispõe de um acervo absurdo de conhecimento”, aconselhou Leonardo.

Questionado se teria feito algo diferente em sua trajetória pelo ensino superior visando uma melhor preparação para o mercado de trabalho que o espera, Leonardo afirma que certamente mudaria a maneira como ele encarou a universidade e o futuro profissional assim que começou os estudos no nível superior. “Teria me dedicado mais no começo do curso, visto que entrei na faculdade aos 17 anos e ainda não pensava muito profissionalmente”, contou ele.

Às vezes é preciso recomeçar 

A solução encontrada pela jovem Kalu Gouveia seguiu uma linha diferente: o recomeço. Em 2012, logo que saiu do ensino médio, a estudante, que também é surfista e sempre adorou a praia, o mar e os animais marinhos, decidiu estudar oceanografia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “Eu era muito nova, não tinha ainda muita noção ainda do que eu queria e no começo eu estava curtindo o momento, mas o curso é muito Exatas e a gente paga o básico das cadeiras de engenharia e isso me desestimulou muito porque era matemática e física pura, não era voltado para o nosso curso”’, contou Kalu, que ao descobrir que o mercado de oceanografia é voltado à pesquisa e ao ensino, também não se agradou. 

Perto do sexto período, veio a desistência da graduação. Kalu passou a fazer cursinhos pré-vestibular para tentar entrar em medicina, porém, após dois anos de estudos sem obter a nota necessária no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ser aprovada no curso, pressionada pelos pais, ela permanecia “sem rumo”. 

Por gostar muito tanto dos animais que estudou durante o período em que cursou oceanografia, quanto dos cães de sua família, Kalu decidiu que prestaria vestibular para o curso de medicina veterinária e foi aprovada na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde está estudando no momento. 

“É uma coisa bem prática, estou gostando muito, aprendendo muita coisa interessante e se tiver um animal precisando eu vou lá e posso ajudar. No final do curso de oceanografia eu fiquei bem depressiva, pensando que não tinha mais nada para mim e tinha perdido muito tempo da minha vida em um curso que não terminei, que estava velha vendo todas as minhas amigas quase se formando e eu saindo de uma faculdade e tendo que estudar para outra, começando tudo de novo”, contou a estudante.

As soluções para o problema  

De acordo com a psicóloga especializada em Gestão de Pessoas, professora e analista de RH do Grupo Ser Educacional, Juliana Paiva, quando um jovem entra na universidade, há muita ansiedade, pressão e expectativas em relação ao futuro profissional, além de se deparar com uma realidade diferente do colégio com o qual estava acostumado e, muitas vezes, com uma imagem de que na faculdade tudo será festivo. Tudo isso somado a um jovem que é diferente de uma pessoa mais velha e madura e à falta de autoconhecimento, segundo Juliana, pode levar a frustração, sentimentos ruins como o medo e a incerteza, estresse e, em casos mais graves, o adoecimento por sofrimento psicológico. 

Ela também coloca a alta competitividade do mercado de trabalho e a falta de identificação com a área de estudos e atuação profissional como fatores frustrantes que podem, a longo prazo, prejudicar a saúde mental dos estudantes universitários. “O aluno mais jovem não se conhece tanto, está envolvido de muita ansiedade de descoberta pelo novo, por uma nova rotina, novo círculo social, é muita emoção e isso pode ser frustrado”, conta a psicóloga. 

“Tudo começa com uma ansiedade porque se está em um mundo novo, com novas cobranças, e pode se intensificar, gerar adoecimento, estresse ou até a depressão”, explicou Juliana. A psicóloga lembra que é importante saber diferenciar momentos de tensão, tristeza e nervosismo passageiros de um problema persistente ou uma doença psicológica. De acordo com ela, quando o estudante percebe que está, de forma recorrente, sofrendo com altos níveis de estresse, irritabilidade, distúrbios alimentares e problemas do sono a ponto de afetar a vida social, os relacionamentos sociais e familiares, é hora de procurar apoio terapêutico e, caso necessário, psiquiátrico também. 

“É preciso que o estudante se situe, se imagine na área escolhida e pense se esse é o futuro que está esperando para si. Pensar no curso, na sua identificação, no mercado e nas áreas de atuação para definir se a atividade vai gerar prazer, se conhecer e avaliar o que a instituição de ensino lhe oferece”, explicou Juliana. 

Ela também afirma que, diante da constatação de que a escolha da graduação não foi acertada, o melhor a fazer é refletir para decidir, desta vez de forma mais consciente e cuidadosa, um novo caminho que seja mais satisfatório, além de recomeçar, seja retomando o mesmo curso em outro momento ou mudando a área de estudos e atuação profissional.

Juliana destaca também a importância de buscar informações e autoconhecimento antes de escolher a que curso se dedicar, se possível com aconselhamento junto a um profissional de psicologia, buscando identificar quais são as áreas de maior identificação. Também é importante prestar atenção às ferramentas de aprendizado prático e empregabilidade oferecidas pela instituição de ensino. 

“A universidade tem que se preocupar com esse problema e buscar diminuir a frustração do estudante, através de núcleos de carreiras onde a instituição faz a ponte entre o estudante e o mercado. Também é preciso ter uma estrutura que proporcione experiências práticas e um setor que apoie o estudante, psicológica e pedagogicamente”, pontuou a especialista. 

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Dados do Censo de Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), apontam que a maioria dos estudantes universitários do Brasil saem da faculdade antes da hora. Os motivos são os mais variados. Vão desde não identificação com o curso até necessidade de mudar de turno, dificuldades financeiras e troca de instituição de ensino.

O índice de 56% do total de universitários matriculados significa mais de 1.392.470 de alunos desistindo da faculdade, mudando de curso ou de turno entre os anos de 2010 e 2015. Nos cursos que são oferecidos pela modalidade de Educação a Distância (EaD), os números de desistência são maiores, chegando a 61% de desistências. 

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Os estudantes que desistem menos são os que contam com algum tipo de incentivo para obter descontos ou gratuidade em instituições privadas de ensino. Entre os estudantes que contam com apoio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), apenas 34% desistiram, enquanto os alunos contemplados com bolsas do Programa Universidade Para Todos (Prouni) têm um número levemente maior, de 36%.

No recorte por curso, os que apresentam maiores números em taxa de abandono são administração (182.591), direito (128.728), pedagogia (100.743), ciências contábeis (59.002), enfermagem (43.429), serviço social (34.498) e ciências contábeis (59.002).

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O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (10) divulgou detalhes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre deste ano. As inscrições serão realizadas do dia 16 a 22 deste mês, por meio da internet.

Os candidatos devem ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010. A nota mínima exigida é de 450 pontos, bem como os participantes não podem ter zerado a redação.

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Entre os critérios para participação no Fies, os estudantes precisam ainda comprovar renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos. De acordo com o DOU, o resultado final com os pré-selecionados está previsto para 27 de julho.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), para este ano, foram oferecidas 310 mil vagas pelo Fies, sendo 155 mil para este segundo semestre. Outras informações a respeito do Fundo podem ser obtidas no Diário Oficial da União

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) abriu concurso público de provas para provimento de cargo técnico-administrativo em educação com um total de 69 vagas. As inscrições devem ser feitas de 23 de julho a 20 de agosto.

O edital de número 016/2018 traz informações sobre os cargos de Analista de Tecnologia da Informação, Arquiteto e Urbanista, Bibliotecário-Documentalista, Enfermeiro, Engenharia Civil, Engenharia da Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecatrônica, Farmacêutico, Jornalista, Médico/Endoscopia Peroral, Médico/Oftalmologia, Médico/Psiquiatria, Psicólogo Escolar, Técnico em Assuntos Educacionais, Tecnólogo/Formação Secretariado, Tecnólogo/Formação Marketing, Zootecnista, Assistente em Administração, Técnico em Contabilidade, Técnico em Enfermagem e Assistente de Aluno.

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Já o edital de número 017/2018 tem detalhes para Desenhista Técnico/Área Comunicação Visual, Desenhista Técnico/Área Webdesigner, Técnico em Artes Gráficas, Técnico em Eletromecânica, Tradutor e Intérprete de Linguagem de Sinais e Operador de Luz.

Com provas previstas a serem aplicadas no dia 30 de setembro, o valor da taxa de inscrição do concurso varia de R$ 50 a R$ 80, conforme o cargo. Os interessados devem efetuar inscrição no site do Núcleo Permanente de Concursos (Comperve).

Da assessoria da UFRN

Uma universidade japonesa reservada a mulheres anunciou nesta terça-feira que aceitará a partir de 2020 estudantes transgênero, uma decisão surpreendente em um país onde os direitos das minorias LGTB estão atrasados em relação a outros países desenvolvidos.

A decisão da Universidade Ochanomizu de Tóquio "provavelmente não tem precedentes" no Japão, afirmou à AFP uma fonte do ministério da Educação, que no entanto não confirmou se esta é uma novidade nacional.

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"É conveniente que várias universidades adotem dispositivos para uma compreensão melhor das necessidades das minorias sexuais, mas uma decisão assim depende de cada universidade", completou.

"É importante criar um entorno no qual o conjunto da sociedade aceite a diversidade e se mostre compreensiva a respeito das pessoas transgênero", declarou o ministro da Educação, Yoshimasa Hayashi.

A medida entrará em vigor em abril de 2020 e beneficiará os estudantes nascidos homens mas que identificam como mulheres, afirmou um porta-voz da Universidade de Ochanomizu.

Akane Tsunashima, secretária-geral da Aliança Japonesa para a Legislação LGTB, recebeu a iniciativa como "uma evolução positiva para um entorno de aceitação geral nas universidades de minorias sexuais tal e como são".

No Japão, quase 8% da população seria LGTB, segundo o Instituto de Pesquisas LGTB do país, mas nove em cada 10 pessoas não falam sobre o tema com a família. Apenas 13% conversariam sobre o tema com os amigos mais próximos.

Valiosos mestres, responsáveis por nos guiar da nostalgia escolar aos braços da universidade. Com horas de trabalho quase que intermináveis, extraem o melhor dos livros e compartilham conosco todo o aprendizado na esperança de que sejamos grandes profissionais e integrantes de uma sociedade menos desigual e com mais educação. Na empreitada de quem teve a oportunidade de estudar desde o ensino básico ao ensino superior, eles sempre serão primordiais. Salve os professores! No entanto, os salvem também de tantos problemas.

Nesta sexta-feira (28), o LeiaJa.com publica a série de reportagens “Profissão professor: desafios dos educadores brasileiros”, que mostra em detalhes os desafios, virtudes e problemas de uma das categorias mais importantes para a formação educacional e social dos brasileiros. Mesmo tão importantes para as escolas e universidades, os docentes ainda amargam dificuldades em um país que sofre com uma educação ferida, mas que ainda é, sem rodeios, a principal ferramenta de ascensão social.

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Baixos salários que resultam em jovens cada vez mais distantes da formação docente no ensino superior. Educadores marcados por uma remuneração que, em muitos momentos, não chega nem perto do seu real valor profissional. Violência, falta de estrutura principalmente nas escolas públicas. Escassos investimentos nas universidades. É longa a lista de problemas que marcam os professores brasileiros.

Problemas esses, no entanto, que não ofuscam o brilho de muitos mestres. Seja no empreendedorismo, no esforço dobrado da docência e pesquisa, ou na missão honrosa de quem abre mão de dinheiro por uma sociedade mais justa graças à educação, professores do Brasil inteiro superam as mazelas com muito raça para levar o melhor do aprendizado aos seus alunos.

Na nossa série “Profissão professor: desafios dos educadores brasileiros”, sete reportagens multimídia abordam a rotina de docentes brasileiros e suas relações com os estudantes. Apesar de não ser valorizada como verdadeiramente merecia, a carreira docente ainda representa uma ponte firme e forte entre a escola e a tão sonhada chegada à universidade. O LeiaJa.com convida os nossos leitores a analisarem o universo profissional dos professores do Brasil e compreenderem de que forma é possível reverter um quadro ainda muito distante do ideal. Confira, a seguir, um resumo das matérias e os links que direcionam para os textos multimídia na íntegra: 

Primeira reportagem: Baixa procura por licenciaturas exige sérias medidas –Diante de um cenário repleto de problemas como baixos salários e desvalorização profissional, os cursos de licenciatura sentem, cada vez mais, a baixa procura dos estudantes brasileiros. Nas universidades, os poucos jovens que resolvem iniciar uma graduação para ser professores acabam desistindo da carreira. Especialistas chegam a cogitar que há o risco de colapso de educadores no futuro. Acompanhe os detalhes da problemática na reportagem, assim como ações que podem mudar esse panorama.

Segunda reportagem: Remuneração adequada do professor ainda é desafio diário – É praticamente unanimidade. Nos protestos dos professores realizados Brasil afora, a pauta salarial sempre tem força, guiando as reclamações da categoria e travando as negociações com os gestores nos âmbitos municipais, estudais e federais. O problema, inclusive, tem relação direta com os investimentos que o Brasil faz em educação. Investimentos esses muito aquém dos aplicados nos países desenvolvidos. Confira os detalhes na reportagem. 

Terceira reportagem: Professores por vocação – Mais que voluntários, realizadores de sonhos. As dificuldades salariais de muitos professores não encobrem a vontade de quem entende que a educação é fundamental o fim da desigualdade social no Brasil. Nesta reportagem, contamos histórias de professores que dedicam-se ao voluntariado na esperança de ver seus alunos, muitos deles pobres e à margem de uma educação igualitária, ostentando um diploma de nível superior. Um cursinho para pessoas transexuais. Um preparatório para jovens pobres. Duas inciativas que somam milhões de sonhos.  

Quarta reportagem: Professor empreendedor, entre a sala de aula e o negócio – Nesta matéria, mostramos com a visão empreendedora dos professores resultam em que a educação é a alma do negócio. Detalhamos o mercado de preparatórios para as principais universidades do Brasil, em que há docentes que, além de dedicarem suas horas de trabalho às salas de aulas, se lançam em meio às contas e funções administrativas para manterem seus empreendimentos de pé diante de um cenário cercado por concorrentes. No final de tudo, a aprovação no ensino superior vira sinônimo de lucro.

Quinta reportagem: Professores encaram desafios e cobrança no ensino superior - Além dos ambientes escolares e preparatórios para cursos superiores, o ambiente acadêmico é desafiador para os educadores brasileiros. Na universidade pública, a rotina da sala de aula divide espaço com o universo da pesquisa científica. As faculdades privadas também exigem docentes com experiência de sala, mas não abre mão das habilidades aprendidas no mercado de trabalho. Saiba mais na reportagem. 

Sexta reportagem: Aprendendo a ensinar a distância, o desafio do professor. O espaço físico de uma escola ou universidade não é mais o intocável local de aprendizado. O ensino a distância é mais que uma realidade no Brasil e, consequentemente, passou a exigir dos docentes uma nova forma de compartilhar conteúdo. A relação da tecnologia EAD com o mercado profissional dos professores você vê em detalhes nesta matéria. 

Sétima reportagem: Da escola à universidade: análises sobre o futuro docente – O que podemos esperar das novas formas de aprendizado? Como será a relação dos professores com as novas ferramentas tecnológicas? E o estudante universitário, de maneira vai encarar a graduação e o mercado de trabalho? As respostas para essas e outras perguntas integram as análises de especialistas em educação entrevistados nesta reportagem. Eles traçam as tendências que configuram o que deve ser o professor do futuro, tanto no âmbito universitário quanto no escolar.

Reforçamos o convite, caro leitor! Acompanhe a nossa série e compartilhe. Nossos professores não podem ser esquecidos. Não existe profissional sem o trabalho do professor. Boa leitura!

Expediente da série:

Reportagens: Nathan Santos; Eduarda Esteves e Marília Parente.

Edição de textos: Nathan Santos

Repórteres fotográficos: Chico Peixoto, Rafael Bandeira e Júlio Gomes. 

Edição de vídeos: Danilo Campello 

Artes e pós-produção: Raphael Sagatio 

Estudantes interessados em se candidatar para o segundo processo seletivo de 2018 do Programa Universidade para Todos (ProUni) já podem consultar as vagas disponíveis por meio do endereço oficial do site.  As inscrições para o Programa abrem na próxima terça-feira (26). Em Pernambuco, serão ofertadas 9.346 vagas para bolsas integrais e parciais.

Para se candidatar, é necessário ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, ter alcançado no mínimo 450 pontos e ter tido nota superior a zero na redação. Importante lembrar que as notas de outras edições do Enem não valem para pleitear uma bolsa. 

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Só podem participar alunos brasileiros que não possuem curso superior e que tenham cursado o ensino médio completo na rede pública ou como bolsista integral na rede privada. Alunos que fizeram parte do ensino médio na rede pública e a outra parte na rede privada na condição de bolsista ou que sejam deficientes físicos ou professores da rede pública também podem solicitar uma bolsa.

 O candidato que quiser uma bolsa integral deve ter uma renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais de 50% são destinadas aos alunos que têm uma renda familiar per capita de até três salários mínimos. Quem conseguir uma bolsa parcial, e não tiver condições financeiras de arcar com a outra metade do valor da mensalidade, pode utilizar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados com a lista dos candidatos pré-selecionados estarão disponíveis na página do ProUni na internet, a partir do dia 2 de julho para a primeira chamada, e 16 de julho para a segunda.

Foi lançado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) o  Edital nº 22/2018, referente a uma parceria com o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), que executará o Programa Conjunto de Bolsas de Doutorado da Alemanha.

Em publicação feita na quarta-feira (6), no Diário Oficial da União, o Edital prevê a oferta de 30 bolsas por parte da CAPES, com duração máxima de 48 meses, contemplando o nível de formação de Doutorado, sendo 10 de Doutorado Pleno, 17 de Doutorado Sanduíche e outras três bolsas de Doutorado Sanduíche com Cocutela na Alemanha.

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Gratuitas, as inscrições só poderão ser feitas através da internet, até o dia 20 de junho, após o preenchimento do formulário de inscrição e o envio de documentos eletrônicos, de acordo com os prazos estabelecidos no item 12 do Edital. Os interessados deverão acessar o link na  página do Programa Doutorado Capes/DAAD.

Por Danda Morais 

A Faculdade UNINASSAU Olinda está com inscrições abertas para a seleção de professores dos cursos de Administração e Ciências Contábeis. Os interessados em concorrer às vagas devem se inscrever até o dia 15 de junho, enviando Currículo Lattes atualizado por e-mail para os endereços contabeis.olinda@uninassau.edu.br, administracao.olinda@uninassau.edu.br e gregorio.batista@uninassau.edu.br.

Os requisitos para participar do processo seletivo são possuir formação em Ciências Contábeis, Administração ou áreas afins; ter Doutorado correlato à função; e disponibilidade para ministrar aulas no período noturno e/ou diurno nos horários estabelecidos pela gerência do curso. A carga-horária das disciplinas disponíveis é de 60 horas-aula.

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A seleção se dará em quatro etapas: análise do Currículo Lattes, avaliação escrita elaborada sobre tema relacionado à disciplina, avaliação didático-pedagógica com aula expositiva de duração de 20 minutos e entrevista. Para mais informações, acesse o edital completo ou entre em contato com a instituição pelo telefone 2121-5933.

*Da assessoria

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A Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), no Rio Grande do Sul, está com inscrições abertas até a próxima quinta-feira (31) para um concurso público com 41 vagas destinadas a professores visitantes. Os salários variam de R$ 15.806 a R$ 19.440. 

Para participar, os interessados devem ter doutorado, experiência comprovada de no mínimo cinco anos para estrangeiros e 10 anos para brasileiros, contados a partir da titulação de doutorado. 

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Há vagas para docentes das áreas de agronomia, antropologia, arquitetura e urbanismo, artes visuais, biologia animal, bioquímica e bioprospecção, biotecnologia, ciência e engenharia de materiais, ciência e tecnologia de alimentos, ciência e tecnologia de sementes, ciência política, ciências ambientais, computação, desenvolvimento territorial e sistemas agroindustriais, direito, educação física e memória social e patrimônio cultural, entre outros.

Os candidatos serão selecionados através da realização de uma análise do reconhecimento de competência e avaliação da produção acadêmica dos candidatos com base nos Critérios de Julgamento dos Comitês de Assessoramento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

As inscrições devem ser feitas presencialmente na secretaria da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PRPPGI) – Rua Gomes Carneiro, 1, Sala 409, Bloco A, Centro, Pelotas-RS, ou via e-mail para o endereço visitantes.ufpel@gmail.com.

Também é necessário realizar o pagamento de uma taxa de R$ 191. Para mais informações, acesse o edital publicado no Diário Oficial da União do dia 27 de abril de 2018, a partir da página 51.

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A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) divulgou o edital de concurso público para professores na instituição. As inscrições já estão abertas, de forma presencial.

Entre as oportunidades, vagas para as áreas de Anatomia Humana; Endocrinologia; Infectologia; Urologia e Microbiologia - Virologia, Bacteriologia e Micologia, destinadas à Unidade Acadêmica de Ciências da Vida.

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Para concorrer os interessados devem atender os pré-requisitos listados no edital. A remuneração mensal chega a 9.575,67, de acordo com o grau de titulação.

O processo seletivo será realizado através de prova escrita, didática e exame de títulos. Com previsão para o dia 4 de junho, as provas acontecem a partir das 8h.

As inscrições seguem até 23 de maio, das 8h às 11h e das 14h às 17h, na Secretaria do Centro de Formação de Professores, localizada na Rua Sérgio Moreira de Figueiredo, s/nº, no bairro Casas Populares, Cajazeiras - PB. A taxa é de R$ 100,00.

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Após cancelar ato na capital pernambucana no mês passado, diante do cenário que culminou com a prisão de Lula, o líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o pré-candidato a presidente Guilherme Boulos (PSOL), vai desembarcar no Recife na próxima quarta-feira (16). 

Boulos vai cumprir agenda na Universidade Federal de Pernambuco, onde irá participar de um debate com o mote “Juventude trabalhadora do campo e da cidade: resistir aos retrocessos e avançar nas lutas”. O evento está marcado para iniciar a partir das 13h. 

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Também participam do evento a pré-candidata a governadora de Pernambuco Dani Portela (PSOL) e a travesti Amanda Palha, aprovada em primeiro lugar pelo Sisu no curso de Serviço Social da UFPE e pré-candidata a deputada federal pelo PCB. 

Nesta segunda (14), a partir das 19h30, em Sergipe, Boulos vai participar do lançamento da “Frente Sergipana Anti-Fascismo”. O encontro vai acontecer na Universidade Federal de Sergipe.  

 

RIO DE JANEIRO - O ano letivo na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) começou agitado com uma atividade que atraiu um grande público para o auditório 111, no bloco F, do Campus Maracanã. Com capacidade para 250 pessoas, o espaço ficou lotado na aula inaugural da disciplina "Golpe de Estado de 2016 e o futuro da democracia no Brasil", disciplina eletiva oferecida no programa de pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH). 

A apresentação ministrada pelo advogado e diretor da Faculdade de Direito da Uerj, Ricardo Lodi, e pelo coordenador do Laboratório de Políticas Públicas, também recebeu um grande público externo. Segundo a coordenação do programa, a disciplina optativa já conta com 27 inscritos, quase o dobro de alunos que esse tipo de matéria costuma receber. O corpo docente é formando por 18 acadêmicos, entre cientistas políticos, filósofos, sociólogos e demais pesquisadores das Ciências Sociais e Humanas, ligados à Fiocruz, UFRJ, UFF, a própria Uerj e outras instituições.

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Na primeira aula, cujo tema foi "Lawfare e o Estado de exceção", Ricardo Lodi começou fazendo um resgate conjuntural de embates complexos entre o direito e a política, que influenciaram em processos históricos vivenciados por países, como a Alemanha sob o domínio nazista, Chile, Itália e os Estados Unidos. O advogado ainda explicou que a 'guerra jurídica' (significado de Lawfare) foi utilizada para justificar mudanças estruturais em governos, com o objetivo de atender a interesses econômicos. 

"É interessante convidarem um professor de direito para tratar de um tema que é a negação do direito", ironizou Lodi, acrescentando que o lawfare é utlizado para a destruição de adversários - especialmente, políticos - e que este só é possível em um estado de exceção, tal qual ocorreu em outros países da América Latina e também da Europa, em décadas passadas.    

Lodi seguiu detalhando o surgimento do neoliberalismo e como este modelo econômico passou a influenciar a governança e a democracia global. Segundo o advogado, as políticas sociais adotadas por países latinos, tanto os governados por partidos de centro-esquerda (a exemplo do Brasil, Chile e Argentina) e centro-direita (como Colômbia e México), resultando na diminuição de desigualdades sociais, vão de encontro aos interesses de grandes grupos econômicos globais, que seriam os financiadores da derrubada de governos eleitos democraticamente contrários a esses projetos.

"Em 2014, ocorreu um fato no Brasil que é difícil explicar. Pela primeira vez, numa eleição presidencial, toda a elite econômica nacional se juntou contra uma candidatura oficial e escolheu o seu candidato à presidência da república", afirmou Lodi, em relação à chapa da ex-presidenta Dilma Roussef. Para o advogado, essas forças econômicas teriam iniciado as articulações contra o governo Dilma antes mesmo dela tomar posse do segundo mandato. "Esse movimento começa nas elites empresariais, na grande imprensa e toma as ruas", enfatiza. 

Ainda de acordo com o professor, o documento "Uma ponte para o futuro", lançado pelo hoje MDB poucos meses antes do impeachment, é uma prova de que a destituição de Dilma atendia a interesses econômicos, como a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e a PEC do congelamento de gastos. 

"Nem Aécio Neves (PSDB) teve coragem de propor o que foi implementado e escrito na Ponte para o Futuro. Nenhum candidato que possa concorrer a eleições pode propor uma plataforma como essa. Michel Temer fez porque não precisou de voto popular para chegar ao poder", garantiu o palestrante, ao acrescentar que o processo recebeu uma "roupagem jurídica" para que fosse legitimado. "A presidenta Dilma jamais foi acusada de corrupção. O impeachment não tem nenhuma relação com a Lava Jato", completou. 

De maneira sarcástica, Lodi classificou a prisão do ex-presidente Lula como um "impeachment preventivo", em um dos diversos momentos em cativou o público. "Carlos Lacerda dizia que o senhor Getúlio Vargas não pode ser candidato a presidente. Se for candidato, não pode ser eleito. Se for eleito, não pode tomar posse, e se tomar posse, não pode governar. Tem que ser derrubado por um golpe", citou.   

Em uma apresentação mais curta que os cerca de 40 minutos de explanação do colega de universidade, Emir Sader endossou o argumento de Lodi sobre a implantação de uma política econômica impopular de ajuste fiscal ter sido o principal motivo do impeachment de Dilma, o que consolida a existência de "um golpe de Estado" no país. "Não reconheceram a vitória da Dilma, começaram aquele processo de articulação, que levaram aos dois resultados brutais: o golpe contra a Dilma e a prisão do Lula", cravou. 

Ao longo da aula, não houve represálias ou manifestações contrárias às explicações, dentro ou fora do auditório, que esteve aberto ao público sem restrições. Devido à demanda, a coordenação do curso resolveu manter aberta as inscrições na disciplina para os alunos ouvintes. As aulas ocorrerão às quartas-feiras, das 17h às 10h, no Campus Maracanã. As informações estão disponíveis na página do programa.  

Reação acadêmica

A Uerj é mais uma dentre as dezenas de universidade que decidiu apoiar e oferecer a disciplina "Golpe de Estado de 2016 e o futuro da democracia no Brasil", idealizada pelo cientista político Luís Felipe Miguel e oferecida inicialmente da Universidade de Brasília (UNB).

A decisão foi uma resposta ao posicionamento do então ministro da Educação, Mendonça Filho, que contestou a legalidade do curso e acionou a Advocacia-Geral da União, o Tribunal de Contas da União, a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal para questionar a oferta da disciplina.

A medida foi recebida como um ataque à autonomia universitária, prevista no artigo 207 da Constituição Federal, o qual diz que a "autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial", e também na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que assegura às universidades o direito de "decidir, dentro dos recursos orçamentários disponíveis, sobre criação, expansão, modificação e extinção de cursos".

No Rio de Janeiro, a temática também foi oferecida em um curso promovido pelo Departamento de Ciência Política da Universidade Federal Fluminense (UFF), iniciado no dia 23 de março. Já na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a abordagem do conteúdo será feita a partir seminários homônimos, promovidos pela pós-graduação em Economia Política Internacional (PEPI).   

Na Uerj, a ementa traz a seguinte definição: "A disciplina tem como objetivos analisar a conjuntura política que levou ao impeachment da presidenta Dilma Roussef e ampliar o debate sobre o golpe de 2016 e suas múltiplas consequências para a frágil democracia no Brasil. Também realizará um estudo sobre as principais políticas propostas pelo governo de Michel Temer e suas implicações no campo da garantia de direitos". 

O Ministério Público Federal (MPF) ouviu, nesta quinta-feira, 12 de abril, representantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) em procedimento que apura a legalidade no título “Tópicos Especiais IV - O golpe de 16 e o futuro da Democracia no Brasil” de disciplina ofertada pelo Departamento de História da instituição de ensino.

Para o MPF, o ato administrativo da UFC que aprovou a oferta da disciplina com tal título representa a imposição oficial de uma narrativa específica, comprometendo o pluralismo de ideias. 
“As instituições públicas não podem ser reduzidas a associações, a sindicatos e a entidades político-partidárias”, defende o procurador da República Oscar Costa Filho, titular do procedimento do caso. “A institucionalidade não exclui e, quando você faz uma escolha por uma narrativa específica, você está fazendo também uma exclusão da possibilidade de outras narrativas”, completa.

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A oferta de disciplinas pelos cursos da universidade precisa ser aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), o que ocorreu com a disciplina sobre o “Golpe de 16”. Entretanto, na avaliação de Costa Filho, “esse ato administrativo não tem validade perante o Direito e torna passível ser decretada sua nulidade perante o Poder Judiciário”.

Os representantes da UFC apresentaram a ementa da disciplina, que faz parte da grade opcional, e defenderam que o conteúdo programático e o fato de vários professores de diferentes cursos ministrarem aulas da matéria garante a diversidade de leituras e abordagens. Vice-reitor da instituição, Custódio Almeida garantiu que a aprovação da oferta da disciplina seguiu os mesmos procedimentos e critérios já adotados pela universidade. Almeida defendeu que a pluralidade de conteúdo é assegurada também pela diversidade da grade curricular como um todo.

O chefe do Departamento de História, Francisco José Pinheiro, destacou a demanda de estudantes pela disciplina. De acordo com o professor, todas as 60 vagas ofertadas foram preenchidas e cerca de 80 estudantes ficaram na lista de espera para a matrícula.

Ao final da reunião, os representantes da universidade concordaram em analisar a proposta do MPF de modificar o nome da disciplina de forma a atender os interesses da coletividade e o pluralismo de ideias. O MPF firmou entendimento de que com esse título a disciplina não pode ser ofertada, o que abre a possibilidade da questão ser levada ao poder judiciário.

Da assessoria do MPF

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