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O candidato a presidente da República pelo Podemos, Alvaro Dias, partiu para o ataque contra o candidato a vice-presidente e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), adversário que deve ser confirmado amanhã como o nome do Partido dos Trabalhadores na cabeça de chapa, após a impugnação de Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo Dias, Haddad "será o porta-voz da tragédia" e "carregará um fardo pesado, que é a herança de um tempo de desarrumação no Brasil", uma referência ao governo do PT encerrado com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Dias considerou como uma "encenação" e uma "afronta ao Judiciário" o fato de o PT manter a candidatura de Lula, mesmo com o ex-presidente condenado em segunda instância e preso em Curitiba (PR), portanto inelegível. "Quando assistimos partidos e lideranças insuflando a população para o desrespeito à ficha limpa, para afronta a decisões judiciais, alimentando uma candidatura que não existiu, e quando assistimos insuflarem ódio e violência, portanto, é que imaginamos estar a democracia em risco", afirmou o candidato durante entrevista na Associação Comercial de Ribeirão Preto (SP).

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Os ataques aos adversários continuaram e o senador disse que o PT é o responsável pela "anarquia institucionalizada", e considerou o partido como o "caminho da Venezuela". Indagado se esperava que os possíveis eleitores de Lula migrariam para adversários alinhados à esquerda, Dias colocou em dúvida se as intenções de voto para o ex-presidente realmente se concretizariam caso ele fosse oficializado como candidato.

"Não sei se são eleitores do ex-presidente, se admitiriam votar em alguém que chefiou uma organização criminosa. Chegaria momento da reflexão e acabariam não votando", afirmou. "Acho que esses eleitores não são eleitores ideológicos e podem migrar, portanto, para qualquer lado, que ficarão disponíveis para convencimento", completou Dias.

O candidato do Podemos voltou a questionar as pesquisas eleitorais, avaliou que mais de 50% dizem que não definiram o voto ao serem questionados nas ruas e lembrou que nas eleições mais recentes candidatos que lideravam levantamentos de intenção e votos em agosto nem disputaram o segundo turno. "O momento é complexo, pois as pesquisas qualitativas mostram que brasileiro quer honestidade, competência de gestão, experiência administrativa, combate à corrupção e aos privilégios. E as pesquisas quantitativas mostram algo diferente, porque os que lideram são aqueles que negam esses pressupostos estabelecidos", completou.

Ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos petistas Antonio Palocci afirmou em depoimento que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu "diretamente" em pedido de propina relacionado à compra de caças suecos durante o governo Dilma Rousseff. Lula é réu na ação por lavagem de dinheiro, tráfico de influência e associação criminosa. Em depoimento no dia 26 de junho passado, Palocci menciona um suposto acerto envolvendo, inclusive, autoridades francesas.

Não é a primeira vez que Palocci acusa seu ex-líder. Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, ele atribuiu ao ex-presidente suposto "pacto de sangue" de R$ 300 milhões com a empreiteira Odebrecht. Palocci fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal em Curitiba.

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Nesta ação referente à compra dos caças, Lula, seu filho Luís Cláudio e o casal de lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni respondem pela acusação de participarem de "negociações irregulares que levaram à compra de 36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627", durante o governo Dilma.

O depoimento de Palocci foi marcado para 20 de novembro pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10.ª Vara Federal do Distrito Federal. Ao marcar a audiência, o magistrado relata que Palocci prestou depoimento no qual mencionou que tinha conhecimento de fatos em investigação neste processo, especialmente "a atuação direta do ex-presidente Lula, como dos caças". Para ele, é preciso ouvir Palocci e o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, que também deve depor em novembro.

Para o magistrado, ao ser ouvido em setembro de 2017, Jobim não mencionou que tenha havido alguma reunião entre ele, Lula e o ex-presidente da França Nicolas Sarkozi, "não tendo dito nada sobre assinatura de documento ou protocolo referente ao caça Mirage francês no dia seguinte à reunião, cujo documento teria ficado de posse de Nicolas Sarkozi, como afirmara o ex-ministro Palocci ao Ministério Público Federal".

No entanto, o juiz ponderou que as declarações "sucintas e diretas" de Palocci "precisam ser contrastadas em Juízo com as demais provas". "Essas declarações de Antonio Palocci estão em manifesta contradição com o depoimento da referida testemunha Nelson Jobim", observou o magistrado.

Para ele, se Palocci mantiver sua versão, Jobim deve ser "reperguntado" sobre a reunião que teria "durado noite adentro", "e se de fato o representante da França saiu com uma espécie de contrato ou protocolo de compromisso da compra dos caças franceses Mirage, um dos objetos deste processo criminal, e ainda se houve alguma menção ou negociação de propina nessa reunião".

A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-presidente Lula, que não se manifestou.

Diante da preocupação no PT em transferir votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Fernando Haddad na campanha eleitoral, o ex-ministro Aloizio Mercadante fez, nesta segunda-feira, 10, um apelo para que militantes defendam Haddad, que deve ser oficializado como candidato, e Manuela D'Ávila (PCdoB), escolhida como vice na chapa.

Após dizer que Haddad teve um "papel extraordinário" no Ministério da Educação, Mercadante discursou em prol da chapa Haddad-Manuela. "Vamos lutar até o último recurso para que Lula possa ser o presidente, que é o que o povo quer, vamos com Lula até o final", disse Mercadante durante ato da campanha petista em São Paulo. "Mas Lula escolheu um representante, e o nosso papel é defender Haddad e Manuela. Vamos votar no 13", conclamou o ex-ministro.

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Na véspera do prazo final para indicar seu substituto na disputa pelo Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em carta lida na capital paulista, que Fernando Haddad é sua "voz" na eleição.

Nesta terça-feira, 11, o PT deve oficializar Haddad como candidato à Presidência e Manuela D'Ávila (PCdoB) como candidata a vice após a candidatura de Lula ter sido barrada pela Justiça Eleitoral.

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"Minha voz é a voz de Fernando Haddad e de todos os companheiros em nossa jornada destemida para resgatar a dignidade nacional", afirmou Lula na mensagem.

O ex-presidente disse também que sua voz é a de Luiz Marinho, candidato ao governo de São Paulo, e dos demais candidatos na coligação petista no Estado.

Na carta lida pelo ator Sérgio Mamberti, Lula conclamou a militância para trabalhar nas próximas semanas até o primeiro turno da eleição. No PT, há uma preocupação com o tempo para a transferência de votos de Lula para Haddad.

"Vamos arrancar para a vitória nessas quatro semanas, vamos firmar nesta noite esse compromisso de luta", declarou o ex-presidente, que ainda disse sentir que seu coração estava batendo em cada militante.

O PT estadual realizou um ato de campanha no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Tuca), onde apoiadores anteciparam um anúncio informal da candidatura de Haddad e Manuela.

O governador Paulo Câmara (PSB) começou a semana conquistado o apoio do Movimento Sem Terra (MST). Nesta segunda-feira (10), durante um evento realizado na Fazenda Normandia, em Caruaru, o movimento oficializou a ajuda para que o pessebista consiga ser reeleito na eleição que acontece no próximo mês. Ele, durante o ato, reafirmou o compromisso com o desenvolvimento rural. Segundo a assessoria de imprensa, mas de cinco mil pessoas teriam participado do ato. 

Paulo Câmara voltou a dizer que com Lula o Brasil voltará a ser feliz. “Esse apoio não é apenas para ganhar as eleições. É para governarmos juntos, pensando e atuando com firmeza em políticas para o desenvolvimento rural. Estamos aqui hoje por Pernambuco, para seguir avançando em nosso Estado, e pelo País, com Lula e Haddad, para o Brasil voltar a ser feliz. Pensamos e trabalhos pelo melhor para o nosso Estado. Bem diferente da Turma do Temer”, disse. 

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O coordenador do MST em Pernambuco, Jaime Amorim, presente no evento, disse que o grupo não vai deixar a direita conservadora chegar ao poder em Pernambuco. Vamos realizar 32 plenárias como essa. Aqui não tem apoio só formal, só com fala. Aqui, a gente tem movimento de massa". 

A reunião na Fazenda Normandia contou com as presenças de Luciana Santos (PCdoB), candidata a vice, do deputado federal Wolney Queiroz (PDT), do postulante a deputado estadual Doriel Barros (PT) e do senador Humberto Costa (PT).

Na ocasião, representando a Federação dos Trabalhadores Rurais de Pernambuco (Fetape), Doriel ressaltou que “bons frutos serão colhidos com a parceria do Governo do Estado com os movimentos populares”.

 

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, determinou que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci seja ouvido como testemunha no processo da Operação Zelotes, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de participar de um esquema para favorecer a empresa Saab na venda de 36 caças ao Brasil. A oitiva foi marcada para o dia 20 de novembro.

O magistrado atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), feito depois que Palocci disse, em uma outra investigação, ter conhecimento sobre atuação direta do ex-presidente Lula na compra dos caças.

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Vallisney de Souza Oliveira determinou ainda que o ex-ministro seja ouvido novamente no caso. Ele já prestou depoimento em setembro do ano passado, quando disse que era o responsável direto pela decisão da aquisição dos caças, e que Lula não tinha envolvimento direto na transação. O magistrado afirmou ser necessário confrontar as versões contraditórias.

Em sua decisão, o juiz disse que “as declarações sucintas e diretas de Antonio Palocci, que já foi ministro da Fazenda e depois ministro da Casa Civil, precisam ser contrastadas em Juízo com as demais provas, em especial as provas contrárias produzidas, sob pena de que palavras soltas, sem os devidos esclarecimentos, possam gerar mais dúvidas com repercussão na verdade processual”.

Um dos filhos de Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, também é réu na mesma ação penal. Palocci está preso desde setembro de 2016 no Paraná por ordem do juiz federal Sérgio Moro, no âmbito da Operação Lava Jato.

O candidato a governador Armando Monteiro Neto (PTB) explicou, durante entrevista concedida ao LeiaJá, o banner com a frase “Sou Lula, voto em Armando”, utilizado na semana passada durante um evento no qual foi anunciado o apoio do prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), ao petebista. O governador Paulo Câmara (PSB) chegou a criticar Armando afirmando que ele quer enganar o povo. “Lula me apoia. Se ele tá usando foto, ele quer enganar o povo. O povo não se engana. Está muito claro quem é o candidato de Lula em Pernambuco”, rebateu Paulo. 

Armando, em tom mais ameno, respondeu a declaração do governador. “Eu não estou enganando ninguém”, afirmou. Ao se explicar, o candidato falou que o ex-presidente Lula já esteve ao seu lado no passado. “Eu não disse que Lula está comigo, eu disse que Lula já esteve comigo, é um registro histórico”, respondeu. 

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Durante a entrevista, apesar de não querer muito falar sobre o assunto envolvendo Lula, ele alfinetou Paulo Câmara ao declarar que o governo do pessebista é desaprovado pela população. Ainda disse que estava bastante otimista quanto vencer o pleito. “[Estou] muito confiante porque Pernambuco quer mudar. Vamos intensificar a agenda no Recife e no interior”, contou. 

Por sua vez, desde que o PT anunciou o apoio no estado ao PSB, Câmara continua tentando associar a sua imagem ao do líder petista. O governador já chegou a afirmar que "a esquerda foi unida para trabalhar por um Pernambuco mais justo". 

 

 

 

 

 

O prazo final para o PT apresentar o nome do substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - preso e condenado na Lava Jato e considerado inelegível pela Lei da Ficha Limpa ­- termina na terça-feira, 11. O ex-prefeito de São Paulo e vice na chapa, Fernando Haddad, é o mais cotado para assumir a vaga. Contudo, o PT ainda tenta reverter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que barrou a candidatura de Lula, ou, no mínimo, ganhar mais prazo para efetuar a troca.

No domingo, 9, a presidente do TSE, ministro Rosa Weber, negou pedido de efeito suspensivo ao julgamento da Corte eleitoral para suspender o prazo para troca de Lula como candidato do partido feito pelos advogados do petista no final de semana. O partido tenta ganhar mais uma semana e empurrar a troca para o dia 17, prazo final da Justiça Eleitoral para substituição de candidatos.

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Apesar da negativa, contudo, a ministra admitiu a plausibilidade de parte os argumentos da defesa do PT, que diz que há a obrigatoriedade do País a respeitar o pacto utilizado pelo comitê de Direitos Humanos Organização das Nações Unidas (ONU) - órgão de observadores independe ligado a ONU - em recomendação para que o Brasil garanta Lula no processo eleitoral.

Rosa Weber disse que há uma questão constitucional a ser enfrentada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade ou não do acordo. Entre parte dos membros do Judiciário e do governo federal há o entendimento que o acordo não é impositivo. Para o ministro da Justiça, Torquato Jardim, a decisão do comitê não tem "nenhuma relevância jurídica". O ministro do Supremo Alexandre de Moraes também rechaçou o acordo: "Como diria minha avó, cada macaco no seu galho", disse no último dia 21 de agosto.

Na decisão em que barrou a candidatura de Lula, o TSE, por maioria, entendeu que além da aprovação pelo Congresso, o pacto internacional também dependia da homologação pelo Executivo, o que não ocorreu no caso. Os ministros Luís Roberto Barroso, relator do registro de Lula, e a própria Rosa Weber entenderam que a Constituição exige que um tratado ou pacto seja aprovado pelo Legislativo e confirmado em decreto presidencial. O único divergente foi o ministro Edson Fachin, que entendeu que era necessário analisar o pedido antes.

Outros casos no TSE

No domingo, o ministro Barroso determinou à Coligação "O Povo Feliz de Novo" se abstenha "em qualquer meio ou peça de propaganda eleitoral" de apresentar Lula como candidato ao cargo de presidente da República e de "apoiá-lo na condição de candidato". Se a coligação insistir, afirmou Barroso, a propaganda de rádio e TV poderá ser suspensa. O ministro aceitou a tese do Ministério Público Eleitoral que viu uma aparição "sistêmica" do petista ainda como postulante ao cargo.

Defesa

Em nota, o PT disse que a decisão da ministra Rosa Weber "reconhece que a questão (da recomendação do Comitê da ONU) terá que ser enfrentada pelo Supremo". "A defesa pediu que seja designada uma sessão extraordinária para julgar o caso pelo plenário do Supremo. A ministra Rosa reconheceu que há uma divergência no tema constitucional que deve ser resolvida pelo STF.

"A presidente do TSE não adiou a data limite para substituição de candidatos porque entendeu que isso ainda pode ser feito, em tempo, pelo Supremo. Agora, o ministro Celso de Mello pode decidir a qualquer momento. Ou em decisão monocrática ou levando para uma sessão do plenário. Neste caso, terá que suspender a data da substituição, como quer a defesa", diz o posicionamento assinado por Luiz Fernando Casagrande Pereira, coordenador da defesa do ex-presidente na Corte eleitoral.

O Comitê de Direitos Humanos da ONU reafirmou, nesta segunda-feira (10), a liminar proferida em 17 de agosto solicitando que o Estado Brasileiro dê condições para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja candidato à Presidência da República. O registro de candidatura de Lula foi indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral, com base na Lei da Ficha Limpa, e o PT tem até esta terça-feira (11) para substituir o candidato. 

Com o reforço da decisão na ONU, o advogado Cristiano Zanin afirmou que vai dar conhecimento do Supremo Tribunal Federal (STF) e fazer o máximo para que ela seja cumprida. 

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“Segundo decisão reafirmada pelo Comitê, a candidatura do ex-presidente Lula deve ser assegurada por todas as autoridades brasileiras. É uma decisão de caráter vinculante e obrigatória que o Brasil deve cumprir. Vamos analisar como implementar essa decisão. Não há espaço para que ela não seja cumprida. Esperamos que ela seja cumprida e Lula tenha a candidatura assegurada. A própria ONU diz que o Estado não pode convocar uma lei interna para descumprir liminar da ONU”, argumentou, em entrevista veiculada nas redes sociais do PT. 

A postura do Comitê de Direitos Humanos, segundo Zanin, é em resposta a uma provocação feita pela defesa quanto aos questionamentos, inclusive do TSE, quanto ao seu cumprimento. 

“O Comitê de Direitos Humanos da ONU reforçando as duas anteriores, de 22 de maio e 17 de agosto, deixa bem claro que o Brasil está vinculado ao cumprimento das liminares dele e que todos os Poderes estão obrigados a dar cumprimento as decisões liminares do Comitê”, salientou Valeska Teixeira Zanin Martins.

Na decisão de agosto, o Comitê da ONU determinou que Lula, além de candidato, tivesse acesso à imprensa e outros membros do seu partido para endossar a participação na disputa pelo Palácio do Planalto. O ex-presidente está preso desde 7 de abril deste ano para cumprir pena pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, disse que o ataque a Jair Bolsonaro (PSL) pode provocar futuramente questionamentos à legitimidade do novo governo. "Por exemplo, em relação a Bolsonaro, em ele não sendo eleito, ele pode dizer que prejudicaram a campanha dele. E, sendo eleito, provavelmente será dito que ele foi beneficiado pelo atentado, porque gerou comoção", afirmou. "Daí altera o ritmo geral das coisas e é muito preocupante", completou.

As declarações do general foram dadas em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada neste domingo (9). Villas Boas avaliou que a violência contra Bolsonaro "confirma que estamos construindo dificuldades para que o novo governo tenha estabilidade para sua governabilidade". Segundo ele, o ataque confirma ainda "a intolerância generalizada e a falta de capacidade" de se colocar os interesses do país "acima das questões políticas, ideológicas e pessoais".

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O chefe do Exército negou que Jair Bolsonaro seja o candidato das Forças Armadas e que o seu eventual governo venha a ser "militar". Ele destacou que as Forças Armadas são "apolíticas e apartidárias" e têm compromisso com a estabilidade, qualquer que seja o governo eleito pelo povo. "A instabilidade é que mobiliza nossa atuação", disse, citando como exemplo a greve dos caminhoneiros.

O general Villas Boas defendeu ainda que os candidatos preguem a harmonia em seus discursos. Ele apelou para que controvérsias jurídicas não tirem a tranquilidade do processo eleitoral.

ONU e Lula

Villas Boas classificou como "invasão à soberania nacional" o parecer da Comissão de Direitos Humanos da ONU em favor da candidatura de Lula (PT), que teve seu registro negado pela Justiça Eleitoral. Afirmou, por fim, que a Constituição e a Lei da Ficha Limpa valem para todos.

Insubordinação

Em nota divulgada neste domingo, o PT repudiou a entrevista do general Villas Boas, classificando-a como “grave episódio de insubordinação de um comandante das Forças Armadas ao papel que lhe foi delimitado” pela Constituição.

Para o PT, a manifestação do general tem caráter político e visa “tutelar as instituições republicanas”, mais especificamente o Judiciário, “que ainda examina recursos processuais legítimos em relação ao ex-presidente Lula”. Na nota, o partido convoca “as forças democráticas do país" a condenar as declarações de Villas Boas.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, negou a prorrogação do prazo para o PT substituir o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cabeça de chapa presidencial.

Com a decisão, o PT tem até amanhã (11) para fazer a troca de nomes. Se não definir, o partido pode ficar sem coligação na disputa à Presidência da República.

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Nas articulações políticas, o nome que ganha força para substituir Lula é o do candidato a vice-presidente Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação.

Para Rosa Weber, não há motivos para prorrogar o prazo para o PT substituir o nome do ex-presidente na chapa. “Não se justifica, contudo, o deferimento do pedido de sustação da eficácia do acórdão recorrido, ainda que na pretensa extensão mínima”, diz a decisão.

A defesa de Lula pediu a ampliação de prazo para o dia 17, a próxima segunda-feira. Os advogados justificam que é necessário considerar o apelo popular de Lula e as intenções de votos atribuídas a ele nas pesquisas de opiniãoe. A defesa já recorreu da decisão da presidente do TSE.

O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, determinou neste domingo (9) que a coligação "O Povo Feliz de Novo" (PT/PCdoB/Pros) não apresente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, na condição de candidato ao cargo de presidente da República "em qualquer meio ou peça de propaganda eleitoral".

O ministro também proibiu a coligação de apoiá-lo na condição de candidato, sob pena de suspender a propaganda eleitoral da coligação - no rádio e na televisão - em caso de descumprimento da ordem judicial.

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A decisão de Barroso mostra que o TSE "subiu o tom" em questões envolvendo a propaganda presidencial petista, que já sofreu uma série de reveses na Corte Eleitoral. Na madrugada do dia 1º de setembro, o TSE negou por 6 a 1 o registro de Lula, por considerar que o ex-presidente está enquadrado na Lei da Ficha Limpa após ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no caso do tríplex do Guarujá. Em sua decisão, Barroso ressaltou que originalmente a Corte havia defendido a suspensão da propaganda eleitoral da campanha presidencial petista no rádio e na televisão até que houvesse a substituição da cabeça de chapa.

No entanto, naquela mesma sessão, o plenário do TSE acabou atendendo a um pedido do advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, um dos defensores de Lula, para permitir a continuidade da propaganda eleitoral da chapa, desde que o ex-presidente não aparecesse na condição de candidato. "Nada obstante, as sucessivas veiculações de propaganda eleitoral em desconformidade com o decidido revelam que a atuação da coligação se distanciou dos compromissos por ela assumidos, a exigir uma atuação em caráter mais abrangente", concluiu Barroso.

A decisão de Barroso foi feita no âmbito de uma reclamação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contra Lula e a coligação do PT. O MPE apontou que, ao longo dos últimos dias, a coligação segue veiculando propagandas eleitorais que continuam a apresentar Lula como candidato à Presidência da República, "tanto de forma direta quanto indireta".

"Entendo que a atuação pontual dos juízes auxiliares da propaganda, embora célere e diligente, não tem se revelado suficiente para preservar a autoridade da decisão deste tribunal. A própria dinâmica da propaganda eleitoral, veiculada diariamente nos meios de comunicação, aliada à resistência ao cumprimento da determinação desta Corte, têm imposto aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral a necessidade de prolação de sucessivas decisões a respeito do mesmo tema, sem, contudo, solucionar definitivamente a controvérsia", alegou Barroso.

Os advogados eleitorais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitaram neste sábado, 8, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a prorrogação do prazo para a substituição do candidato do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República, estipulado para o dia 11, por mais seis dias, até o dia 17. A defesa alega que o prazo é essencial para que o Supremo Tribunal Federal (STF) possa analisar o recurso contra a decisão do TSE que negou por maioria de votos o registro da candidatura, antes de uma alteração definitiva de Lula por Haddad. Os advogados falam que uma decisão definitiva sem análise do Supremo seria uma "injustiça".

O pedido foi apresentado à presidente do TSE, ministra Rosa Weber, que também é responsável pela análise da admissibilidade do recurso extraordinário de Lula contra a decisão do plenário da Corte Eleitoral que o definiu como inelegível, na madrugada do dia 1º de setembro. O recurso extraordinário chegou ao gabinete da ministra Rosa Weber na manhã deste domingo, após a defesa e as partes que questionam a candidatura apresentarem suas alegações até o Sábado.

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Lula está preso desde abril, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês, após condenação em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região, por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá-SP. Na próxima terça-feira, dia 11 de setembro, vence o prazo para mudança na cabeça da chapa e a ausência de substituição deixaria a coligação petista fora da disputa presidencial.

"Corre-se o grave risco de um registro de candidato a Presidente da República, julgado em sede originária por este Tribunal Superior Eleitoral, com dois votos vencidos justamente (de dois Ministros integrantes da Suprema Corte), ver o seu direito perecer, sem que sequer o Supremo Tribunal Federal possa analisar o seu direito, inquestionavelmente fundado em bases estritamente constitucionais, já que o prazo de substituição imposto à Coligação pelo acórdão objeto do apelo extremo (outra quebra de jurisprudência, como se verá) termina no dia 11/10, terça-feira, muito embora a Lei autorize trocas até o dia 17/10. É gravíssimo"", afirma a defesa de Lula.

Os advogados observam que o pedido de efeito suspensivo apresentado no Supremo Tribunal Federal depois da rejeição do registro da candidatura de Lula foi negado pelo ministro Celso de Mello, em uma decisão na qual pontuou que, como o TSE ainda não analisou a admissibilidade do recurso extraordinário, caberia à própria presidente da Corte Eleitoral, Rosa Weber "praticar os atos inerentes ao poder geral de cautela".

O plenário do TSE negou o registro de Lula por 6 votos a 1. O ministro Edson Fachin foi o único que votou a favor do ex-presidente, considerando o pronunciamento do Comitê de Direitos Humanos da ONU a favor das possibilidade de Lula. Por 5 a 2, o TSE também negou na mesma sessão o direito de Lula aparecer no horário eleitoral na condição de candidato, sendo derrotados nesse ponto Fachin e a própria presidente do TSE, ministra Rosa Weber. A defesa de Lula lembra que justamente dois ministros do Supremo tiveram divergências em maior ou menor extensão quanto à decisão que impede a candidatura do petista, ao insistir na prorrogação do prazo, afirmando que uma liminar é "imperiosa" para evitar uma "injustiça".

A defesa diz que o pedido do efeito suspensivo não é necessariamente até 17 de setembro, mas "apenas até a decisão do plenário do Supremo, em decisão sumário ou final no RE ou no efeito efeitos suspensivo no RE". Diz a defesa que essa decisão "pode se dar a partir de quarta-feira, dia 12 de setembro". "Um dia não pode enterrar viva (sub judice) uma candidatura que tem 40% das intenções de votos nas pesquisas", dizem os advogados Luiz Fernando Casagrande Pereira, Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro e Fernando Gaspar Neisser.L

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para viabilizar a candidatura do petista ao Palácio do Planalto. No dia 1º de setembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro do ex-presidente, sob a alegação de que ele está enquadrado na Lei da Ficha Limpa e, portanto, inelegível.

Os advogados de Lula querem que o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, reconsidere decisão da última quinta-feira, 6, quando o ministro negou o pedido para afastar qualquer impedimento à candidatura do petista à Presidência da República. Caso Fachin não reforme a decisão anterior, a defesa de Lula pede que o recurso seja apreciado pela Segunda Turma do STF.

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Com base no comunicado do comitê da ONU, a defesa de Lula pretendia afastar os efeitos da condenação do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá (SP), no qual o petista foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Por conta dessa condenação, Lula foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

De acordo com os advogados Cristiano Zanin e Valeska Zanin, "não cabe aos órgãos judiciários brasileiros sindicar as decisões proferidas pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU, mas, sim, dar cumprimento às obrigações internacionais assumidas pelo Brasil".

Fachin, no entanto, entendeu que o pronunciamento do Comitê de Direitos Humanos da ONU não alcançou o efeito de suspender a decisão do TRF-4 que condenou Lula. Para o ministro, a posição do comitê a favor da candidatura de Lula não afetaria a seara criminal, restringindo-se à seara eleitoral.

No TSE, tribunal onde também atua, Fachin votou a favor do registro do Lula, por avaliar que o pronunciamento do comitê afastava a inelegibilidade de Lula, ou seja, impactaria a situação eleitoral do ex-presidente.

O comunicado do comitê, emitido no dia 17 de agosto, solicitou que o Brasil "tome todas as medidas necessárias para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa desfrutar e exercer seus direitos políticos, enquanto esteja na prisão, como candidato para as eleições presidenciais".

Durante campanha realizada na cidade de Parelheiros, em São Paulo, na manhã deste sábado (8), o candidato a vice-presidente Fernando Haddad (PT) garantiu aos presentes no ato que Lula vai voltar a ser presidente. “Nós vamos substituir o Temer pelo Lula”, afirmou. 

Em um rápido discurso, Haddad disse que todas as obras foram paradas por Temer, pelo candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) e também pelo candidato a governador de São Paulo João Doria (PSDB). “O trio que parou o país”, disparou. 

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O petista também falou que é preciso governos comprometidos com a população. “Não começou uma obra aqui, só parou o que estava sendo feito e não começou nada. Cadê o asfalto novo? Eu não vi nada aqui em Parelheiros. Nada, nada, nada, tem buraco novo aqui em Parelheiros, mas asfalto novo está difícil. O sinal de celular aqui está uma porcaria, quem tem que cuidar é o Governo Federal. Então, se piorou o sinal de celular é porque nós temos que tomar providências. Temos que mudar isso”. 

Ele se comprometeu em tratar sobre os problemas da cidade, afirmando que vai chegar ao Palácio do Planalto. “Eu não estou sabendo exatamente o que está acontecendo, mas me comprometi com o companheiro que eu vou levar para Governo Federal para a gente tratar sobre o assunto do sinal. Não é brincadeira, nós temos que cuidar das pessoas”. 

“Todo mundo sabe quem trouxe benefícios para cá. Quando vocês apertaram o 13, a coisa andou, quando vocês apertaram outro número, a coisa parou. Essa que é a verdade. 13 anda, outro número para. Para que nós vamos ficar brincando com isso? É 13 Lula e Haddad”, ressaltou. 

 

Apesar de Haddad afirmar que Lula será novamente presidente da República, a decisão dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra o contrário. Os magistrados decidiram por 6 votos a 1, em  julgamento finalizado na madrugada do sábado passado, pela rejeição do pedido de registro de candidatura do líder petista. 

 

A apelação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a condenação no caso do Tríplex do Guarujá chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) na noite de ontem. Preso desde abril, Lula pede a absolvição e a anulação da sentença ou mesmo do processo em que foi condenado na 13ª Vara Federal de Curitiba e no Tribunal Regional Federal da 4ª Região pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Diante da declaração do presidente do STJ, João Otávio Noronha, de que a tramitação do recurso de Lula será breve e deverá durar entre 30 e 40 dias, abre-se uma perspectiva de que o julgamento possa ser realizado entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais, das quais Lula está afastado por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que apontou inelegibilidade do petista. O petista não pode concorrer devido à Lei da Ficha Limpa, por ser condenado em segunda instância pelo crime de corrupção.

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A defesa de Lula ainda pode apresentar ao STJ um pedido de tutela provisória, com o objetivo de obter uma liminar para suspender os efeitos da condenação - a prisão e a consequente inelegibilidade. Advogados do petista estão analisando que providências podem ser tomadas.

Se o STJ discordar do TRF-4 e enxergar "vícios" e ilegalidades na sentença, Lula poderia ter a pena diminuída ou mesmo anulada. Uma hipotética absolvição de Lula no STJ poderia não só retirá-lo da prisão como devolver a condição de elegibilidade que está afastada devido à condenação em segunda instância.

"Chegando ao STJ, em 30, 40 dias, esse processo será julgado", disse Noronha na quarta-feira, um dia antes do envio do recurso pelo TRF-4 ao STJ. Este seria o prazo natural, segundo o ministro, sem antecipação devido ao cenário político-eleitoral. "Esse processo será julgado como de regra tem sido julgado. Não importa se tem ou não tem eleição, esse processo tem sido julgado nesse prazo", acrescentou o presidente.

O relator do processo no STJ é o ministro Felix Fischer, que conduz as ações da Lava Jato na corte. O presidente do tribunal elogiou o ministro-relator. "Eu conheço os ministros da casa, conheço Fischer, ele tem um gabinete rigorosamente em dia. Ele é uma referência na área penal. Estamos muito bem servidos", disse Noronha.

O PT tem até a próxima terça-feira, 11 de setembro, para substituir Lula por Fernando Haddad como candidato a presidente da República. Enquanto isso, o partido espera que a ministra Rosa Weber, presidente da Corte Eleitoral, analise antes desta data o recurso extraordinário apresentado contra a decisão do TSE que negou o registro do candidato.

Se a decisão de Rosa não for tomada até o dia 11, o partido poderá se ver obrigado a trocar de candidato, mesmo sem ter esgotado os recursos nos quais tenta reverter a inelegibilidade do ex-presidente da República.

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira, 6, rejeitar pedido apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para derrubar decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que negou o registro do petista e o impediu de participar do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão na condição de candidato.

Alegando questões processuais, Celso de Mello apontou que seria "prematuro" decidir sobre o pedido de Lula antes de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisar um recurso extraordinário que também contesta a decisão do TSE, mas ainda não chegou ao STF.

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"Busca-se, nesta sede processual, a concessão de efeito suspensivo ao apelo extremo em questão, muito embora o recurso extraordinário deduzido no âmbito do E. Tribunal Superior Eleitoral ainda esteja em fase de processamento, tanto que sequer foi submetido ao pertinente juízo de admissibilidade", observou Celso de Mello.

"Entendo que não, pois, considerado o quadro processual ora delineado, mostra-se prematuro o ajuizamento, na espécie, desta demanda cautelar em virtude de o recurso extraordinário mencionado ainda não haver sofrido o necessário controle prévio de admissibilidade por parte da colenda Presidência do E. Tribunal Superior Eleitoral", concluiu o ministro.

Por 6 a 1, o plenário do TSE negou na madrugada do último sábado, 1, o registro de Lula - apenas o ministro Edson Fachin votou a favor do ex-presidente. Por 5 a 2, o TSE também negou na mesma sessão o direito de Lula aparecer no horário eleitoral na condição de candidato, sendo derrotados nesse ponto Fachin e a presidente do TSE, ministra Rosa Weber.

Esse último pedido da defesa de Lula marcou uma nova tentativa do PT de viabilizar a candidatura do ex-presidente ao Palácio do Planalto. O PT também já entrou com recurso extraordinário no TSE, que ainda será analisado pela presidente do TSE, ministra Rosa Weber, a quem caberá enviá-lo ao STF.

Para a surpresa do PT, a nova petição foi distribuída a Celso de Mello por "prevenção" (no jargão jurídico), pelo fato de Celso ter sido sorteado na última segunda-feira, 3, relator de um habeas corpus impetrado por uma advogada de Brasília a favor de Lula, que também contestava a decisão colegiada do TSE. Celso de Mello rejeitou esse habeas corpus, sob a alegação de que a advogada não integra a defesa oficial de Lula.

Segundo apurou o Broadcast Político, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado, o PT torcia para essa nova petição que busca derrubar a decisão do TSE ficasse com os ministros Marco Aurélio Mello ou Ricardo Lewandowski.

Em outubro de 2016, Marco Aurélio Mello concedeu habeas corpus em favor do prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz, que na época teve a candidatura à reeleição rejeitada pela Justiça Eleitoral mineira. Marco Aurélio autorizou que Muniz deixasse a prisão e fizesse campanha no segundo turno.

Derrota

Na madrugada desta quinta-feira, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, decidiu negar um outro pedido formulado pela defesa do ex-presidente para afastar impedimento à candidatura do petista ao Palácio do Planalto.

Fachin entendeu que o pronunciamento do Comitê de Direitos Humanos da ONU a favor das pretensões eleitorais de Lula não alcançou o efeito de suspender a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF-4) que condenou o ex-presidente a 12 anos e um mês de prisão no caso do triplex do Guarujá (SP).

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) indeferiu nesta quinta-feira (6), liminarmente, o mandado de segurança impetrado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para atuar como advogada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em processo que tramita na Justiça Eleitoral.

Gleisi recorreu ao tribunal ontem (5) após ter a procuração como advogada indeferida pela 12ª Vara Federal de Execuções de Curitiba, por entender que membro do Poder Legislativo não pode exercer a advocacia em casos de crimes contra a administração pública. A decisão é válida até o julgamento do mérito pela 8ª Turma, ainda sem data marcada.

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Para o juiz federal Nivaldo Brunoni, que substitui o desembargador João Pedro Gebran Neto, em licença de saúde, o mandado de segurança é instrumento para defesa de direito líquido e certo, o que não seria o caso nesse processo. Segundo o magistrado, há dúvidas quanto ao impedimento da senadora atuar como advogada e isso tornaria questionável o direito de constar como defensora do ex-presidente. Além disso, ainda segundo o magistrado, não haveria urgência para conceder o pedido de liminar.

Candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) cumpre agenda em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, nesta quinta-feira (6). A agenda faz parte da série de atividades que o pedetista realiza no Nordeste. O presidenciável está de olho no espaço deixado pelo indeferimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Esta é a primeira vez que o presidenciável vem ao Estado depois do início oficial da campanha. Na agenda, a previsão é que ele chegue a Caruaru por volta das 14h e seja recepcionado pela chapa do candidato a governador Maurício Rands (Pros), que tem na vice a pedetista Isabella de Roldão. Além dela, o presidente estadual da legenda e deputado federal Wolney Queiroz e o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz, que tem força política no município, vão acompanhar o candidato. 

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Em Caruaru, Ciro, juntamente com os aliados, vai realizar um ato político no Teatro João Lyra Filho. Desta vez Recife ficou de fora da agenda, mas a expectativa é de que na próxima semana o ex-governador do Ceará volte ao Estado para atividades na capital. 

Intenções de voto - No cenário presidencial em Pernambuco, segundo dados da pesquisa do Ibope divulgada nessa quarta (5), Ciro aparece com 13% das intenções de voto. Em 20 de agosto, ele tinha 9% da preferência dos pernambucanos. No âmbito nacional, Ciro também cresceu segundo o Ibope. Ele tinha 9% e agora aparece com 12%.

A coordenação de campanha do PT distribuiu uma circular no início da noite desta quarta-feira, 5, na qual orienta os candidatos e militantes do partido a não mencionar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato e "manter o pedido de voto apenas para coligação 'O Povo Feliz de Novo 13'", com Fernando Haddad como candidato a vice. O texto pede "estado de atenção permanente" ao cumprimento da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que indeferiu a candidatura do petista com base na Lei da Ficha Limpa.

"Discordamos da decisão do TSE, estamos nos defendendo em todas as instâncias, no entanto, acatamos o teor dessa decisão. A velocidade e o horário em que são julgados recursos contra nossos programas nos obrigam a manter estado de atenção permanentes".

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Nesta quarta, a campanha de Luiz Marinho, candidato ao governo de São Paulo, divulgou nota na qual afirma que panfletos com Lula retratado como candidato foram distribuídos a metalúrgicos "por engano".

Em conversas com lideranças petistas nesta semana, Lula disse que o partido deve cumprir a decisão do TSE e esperar o resultado do recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) antes de executar a substituição da cabeça de chapa. O anúncio deve acontecer em São Paulo no dia 10 ou 11, véspera e dia do encerramento do prazo dado pelo ministro Luís Roberto Barroso.

Recebido por militantes como o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad fez um corpo a corpo com eleitores em Diadema, primeira cidade administrada pelo partido, pedindo votos no "13".

Haddad condicionou uma definição sobre a candidatura do partido à decisão do STF. "Vamos aguardar o Supremo. A última palavra é do Supremo", respondeu após caminhada por ruas do centro da cidade. Ao cumprimentar eleitores, o ex-prefeito era saudado como candidato. "Meu presidente, meu voto é seu", disse um deles, para quem Haddad respondeu: "Estamos juntos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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