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Uma sessão especial do premiado filme “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, será realizada durante a programação do 21º Festival de Curtas de Pernambuco (FestCine), neste sábado (14), às 17h, no Cinema São Luiz. Esta será a primeira vez que o filme será exibido com os três recursos de acessibilidade comunicacional (Libras - língua brasileira de sinais, LSE - legenda para surdos e ensurdecidos, e audiodescrição), numa parceria com a COM Acessibilidade Comunicacional. A exibição é gratuita e será aberta para todo o público, mas a sessão é sujeita à lotação do cinema.

No censo realizado em 2010, o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) constatou que 23,9% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência, o que, em números absolutos, são mais de 45 milhões de brasileiros. Já em Pernambuco, cerca de 2,5 milhões dos residentes apresentam algum tipo de deficiência, o que representa 27,58% da população do estado.

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Produzido com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura Audiovisual, “Bacurau” já foi visto por mais de 700 mil pessoas ao redor do mundo. Dentre várias premiações, o longa recentemente foi escolhido pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), como o melhor filme de 2019. Outros títulos importantes foram o Prêmio do Júri, no festival internacional de Cannes (França).

A 21ª edição do Festival de Curtas de Pernambuco acontece até o próximo sábado, no Cinema São Luiz e tem entrada gratuita. Ao todo, 152 trabalhos de várias cidades do estado participaram do processo de inscrição. Este ano, o festival homenageia o cineasta Alexandre Figueirôa e a atriz Conceição Camarotti. Clique aqui e confira a programação completa.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou que mais de 39 mil participantes do Enem vão utilizar recursos de acessibilidade. Neste ano, o Enem vai oferecer 15 tipos de recursos de acessibilidade, incluindo auxílio para transcrição, tradutor-intérprete de Libras, prova em braile e ampliada, tempo adicional e videoprova em Libras.

 Pela primeira vez, surdos, deficientes auditivos e surdocegos puderam indicar, durante inscrição, o uso de aparelho auditivo ou de implante coclear, o que melhora o atendimento ao estudante no dia da prova. O Inep registrou 1848 usuários que utilizam um destes dispositivos ou os dois.

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 Desde 2017, a comunidade surda que tem a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua faz a videoprova traduzida em Libras. A modalidade permite que o participante realize a prova em notebook, por meio de vídeo com enunciados das questões e opções das respostas traduzidas em Libras. Quem faz esse tipo de prova conta com 120 minutos adicionais para cada dia do exame.

 São mais de 1,3 mil participantes que vão fazer videoprovas em Libras nesta edição e 14,8 mil terão tempo adicional para finalizar a prova. Para atender quem precisa de auxílio à leitura, o Inep terá mais de seis mil ledores de provas. O instituto também faz atendimento específico para gestantes, lactantes e idosos em situação hospitalar e outras condições, o que soma oito mil atendimentos neste ano.

 Conheça os recursos de acessibilidade oferecidos:

 Visão monocular e baixa visão: ledor, transcritor, prova com letras e figuras ampliadas, sala de fácil acesso. O edital também prevê que, se solicitado, o candidato pode fazer o uso de alguns materiais próprios, como caneta de ponta grossa, tiposcópio, óculos especiais, lupa, telelupa e luminária.

 Cegueira: prova em braile, ledor, transcritor, sala de fácil acesso. Assim como os candidatos com baixa visão, o deficiente visual também pode ter o auxílio de materiais próprios. São eles: máquina Perkins, punção, reglete, assinador, tábuas de apoio, sorobã e cubaritmo – instrumentos que auxiliam na escrita e cálculos para pessoas cegas. O candidato também pode fazer a prova acompanhado de cão-guia.

Surdocegueira: guia intérprete, prova em braile, transcritor, sala de fácil acesso.

 Deficiência auditiva e surdez: tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), leitura labial, videoprova em Libras.

 Autismo, discalculia, déficit de atenção e dislexia: ledor, transcritor, tempo adicional – uma hora por dia.

 Deficiência intelectual: ledor, transcritor, sala de fácil acesso.

 Deficiência física: transcritor, sala de fácil acesso, mobiliário adaptado (mesa e cadeira sem braços e mesa para cadeira de rodas).

 

Começa nesta terça-feira (17) e vai até o próximo domingo (22), em São Paulo, o Sem Barreiras - Festival de Acessibilidade e Artistas com Deficiência. O evento realizado para divulgar o trabalho executado por artistas com deficiência apresentará mais de 100 atrações de diferentes segmentos culturais como circo, dança, debates, exposições, música, passeios, poesia e performances teatrais.

As apresentações serão realizadas com o apoio de 19 instituições culturais em que serão promovidos espetáculos acessíveis às pessoas com deficiência. A ideia é fazer com que todas as deficiências possam serem vistas e entendidas por meio das expressões artísticas.

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Para abrir de maneira oficial o evento, o aplicativo Vem CA, plataforma que oferece acesso de pessoas com deficiência à cultura, será lançado no Itaú Cultural, às 18h em um bate-papo com mediação do ator e cantor Tiago Abravanel.

Além das atrações, o festival marcará a apresentação dos símbolos de acessibilidade comunicacional em toda programação cultural da capital paulista. Confira a programação completa em www.prefeitura.sp.gov.br.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta quarta-feira (04), o total das solicitações de atendimentos especializados para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). De acordo com o Inep, mais de 50 mil inscritos precisarão de recursos de acessibilidade para participarem da prova. O Enem será realizado nos domingos 03 e 10 de novembro. 

O dado, segundo órgão, representa 1% dos 5,1 milhões de candidatos confirmados. Determinação do Ministério da Educação (MEC) permite que sejam permitidos atentimentos especiais à pessoas com baixa visão, cegueira, deficiência auditiva, deficiência física, deficiência intelectual (mental), déficit de atenção, discalculia, dislexia, surdez, surdocegueira e visão monocular.

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Novidade na edição deste ano, cerca de 1.846 participantes com deficiência auditiva puderam indicar no ato da inscrição que fazem uso de aparelho auditivo ou implante coclear. 

Entre os recursos e auxílios de acessibilidade que são disponibilizados, estão: provas em braile; tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras); provas com letras ampliadas e super ampliadas; guia-intérprete para pessoas com surdocegueira; auxílios para leitura e transcrição; leitura labial; tempo adicional; sala de fácil acesso e mobiliário acessível. Os participantes que comprovaram a necessidade de tempo adicional para a prova por meio de laudo, declaração ou parecer, terão direito a um acréscimo de 60 minutos no exame. 

Há ainda a opção da realização das provas em vídeo, que é oferecido pelo MEC desde 2017, como sendo videoprova. Essa modalidade é direcionada à comunidade surda que tem a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeiro idioma. Os estudantes fazem a prova através de um notebook, onde visualizam o exame em vídeo com o enunciados das questões e as alternativas traduzidas em Libras. 

Atendimento específico

Refere-se às pessoas que têm necessidades especiais para prestar o exame. Podem solicitar: gestantes, lactantes, idosos e outras condições específicas. Para esta categoria, os uruários que vão ter direito ao atendimento somam 5.277 pessoas.

 

 

Dia 21 setembro é o “Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência”. Em alusão a esse dia, a UNINABUCO – Centro Universitário Joaquim Nabuco, em Paulista, realiza, no próximo dia 3, às 16h, evento com tema “Direito e Acessibilidade: um caminho que se deve percorrer”, com palestras, depoimentos e oficinas com o objetivo de promover debates e identificação das problemáticas sobre o tema, além da sensibilização e conscientização dos discentes. As inscrições devem ser feitas pelo site de extensão do Centro Universitário.

O coordenador do curso de Direito da UNINABUCO Paulista, Antônio Neto, destaca a importância do evento. “Há várias leis direcionadas para melhorar a qualidade de vida e desenvoltura nas atividades diárias da pessoa com deficiência, mas o importante é saber superar as diferenças, isso é o diferencial para se realçar profissionalmente. É indispensável que os discentes tenham contato com essa realidade”, afirma.

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Momento é voltado para alunos do curso de Direito e tem 100 vagas disponíveis. A UNINABUCO fica localizada na Av. Senador Salgado Filho S/N - Centro, Paulista - PE.

Serviço

Direito e Acessibilidade: um caminho que se deve percorrer

Data: 3 de setembro

Horário: 16h

Local: UNINABUCO - Av. Senador Salgado Filho S/N - Centro, Paulista - PE

Inscrições pelo site de extensão do Centro Universitário

Da assessoria de comunicação

Estudantes de escolas, universidades e institutos públicos e particulares de Pernambuco terão direito de receber diplomas em braille gratuitamente. O feito é resultado da Lei 16.604, aprovada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), sancionada pelo governo federal nesta terça-feira (9) e publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (10).

A norma obriga a expedição de certificados e diplomas em braille. Para que isso seja concretizado, basta o aluno deficiente visual fazer uma solicitação. O documento deve ser entregue no mesmo prazo que os certificados regulares e deve conter os mesmos dados. A autoria do projeto é da deputada Simone Santana (PSB) e entra em vigor em 90 dias. 

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Caso a determinação seja descumprida, as instituições passarão por penalidades. No ocorrido de uma instituição educacional de natureza privada, a primeira penalidade será de advertência. Na hipótese de haver uma segunda infração, a multa pode variar de R$ 1 mil a R$ 50 mil. Já as instituições públicas terão como pena a responsabilização administrativa de seus dirigentes. 

  Discutindo a participação de pessoas com deficiência nas práticas teatrais, o curso “Acessibilidade comunicacional nas artes” será realizado a partir da segunda-feira (27), na Alpha Faculdade, no bairro de Santo Amaro, no Recife. As inscrições estão abertas e o valor da matrícula custa R$ 50.

Com 60h de duração, o curso irá focar nos conceitos e práticas inclusivas envolvendo pessoas com deficiência no universo do teatro e aplicabilidades de tecnologias assistivas, como a audiodescrição, libras, braille, fontes ampliadas, entre outras. As aulas serão ministradas por Andreza Nóbrega, mestre em educação inclusiva, licenciada em artes cênicas e especialista em audiodescrição; Igor Rocha, especialista em educação para surdos, graduado em letras/libras; Marcelo Pedrosa, arquiteto que realiza projetos que dialogam a acessibilidade arquitetônica com a comunicacional e Milton Carvalho, graduado em publicidade, consultor em audiodescrição e professor e revisor de braille.

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O projeto conta com 60 vagas e é uma realização do VouVer Acessibilidade, através do Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Funcultura).

*Com informações da assessoria

Na tentativa de sensibilizar e orientar os taxistas do Recife para atender passageiros com deficiência, a prefeitura está capacitando cerca de 30 profissionais nesta terça-feira (23), no Sindicato dos Taxistas de Pernambuco, que fica localizado no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. A iniciativa faz parte da Campanha Taxista Acessível, lançada em 2018.

De acordo com a Prefeitura do Recife, a campanha tem como proposta tornar a cidade cada vez mais inclusiva. As aulas têm etapas teóricas e práticas, com a demonstração e simulação sobre como atender e ajudar uma pessoa com deficiência, além de receber conteúdo sobre legislação. Os motoristas terão acesso ao material impresso e adesivos que identificam que aquele profissional foi preparado para o atendimento da pessoa com deficiência.

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A prefeitura afirma que outras turmas serão capacitadas ao longo do ano. Atualmente, Recife tem uma frota de de 6.126 táxis, com aproximadamente 16 mil profissionais.

Legislação

A Lei Brasileira de Inclusão (Lei Federal n° 13.146/2015) determina que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida devem ter direito assegurado ao transporte e à mobilidade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de identificação e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu acesso.

Essa legislação, assim como a Lei Federal n° 11.126/2005, asseguram à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transportes.

Estão abertas as inscrições para masterclasses e oficinas sobre acessibilidade comunicacional no cinema dentro da quinta edição do festival VerOuvindo. As aulas fazem parte da JOrnada VerOuvindo, novidade deste ano no evento, e acontecerão entre os dias 26 e 28 de abril. Todas as atividades são gratuitas.

Ao total, serão uma oficina e três masterclasses voltadas para estudantes e profissionais da área, com ou sem deficiência. Podem participar produtores e diretores de cinema, tradutores intérpretes de Libras, audiodescritores e consultores. Serão ministrantes o tradutor intérprete Carlos Oliveira (PE); o consultor em Libras ALessandro Vasconcelos (PE); o diretor Jorge Pereira (PE); a coordenadora de acessibilidade da TV Aparecida, Flávia MAchado (SP); e a consultora em AD, Elizabet Dias de Sá (MG).

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Esta é a primeira vez que as atividades formativas do VerOuvindo vêm agrupadas em uma programação paralela, a I JOrnada VerOuvindo. Além delas, a Jornada contará também com painéis de comunicação oral, em que profissionais e pesquisadores irão apresentar sua produção prática. Toda a programação ee formulário de inscrição podem ser acessados pelo site do festival. O V VerOuvindo acontece entre os dias 23 e 28 de abril.

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A Microsoft desenvolveu uma linguagem de programação física para tornar a codificação acessível a qualquer pessoa com deficiência visual. O Code Jumper permite que os usuários conectem blocos coloridos para acionar diferentes comandos e construir programas totalmente funcionais.

A pessoa que lidera o projeto é Cecily Morrison, cientista da computação do laboratório de pesquisa da Microsoft em Cambridge. Ela tinha uma razão pessoal para pensar sobre o problema de ensinar crianças deficientes visuais a codificar - seu filho nasceu cego há seis anos.

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Ela e seus colegas da Microsoft decidiram rapidamente que o que as crianças precisavam era algo físico, que elas poderiam ter em suas mãos. Então, em vez de digitar em laptops, esses alunos usam as cápsulas de plástico, conectando-as com grossos fios brancos e depois ajustando seus botões.

Esses componentes físicos são usados ​​para criar programas de computador que possam contar histórias, fazer música e até mesmo contar piadas. A música também faz parte do processo - cada bloco pode ser programado para tocar uma determinada nota e os jovens codificadores podem colocá-los em sequências diferentes.

A ideia é promover uma introdução básica aos conceitos de programação, e as crianças podem então passar a aprender outras linguagens de codificação mais sofisticadas. Depois de quatro anos de desenvolvimento, o Code Jumper está agora prestes a ser vendido para escolas no Reino Unido, EUA, Canadá, Austrália e Índia.

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Um dispositivo de inteligência artificial desenvolvido por uma empresa israelense está mudando a vida de pessoas com deficiência visual, déficit de leitura, dislexia e síndrome de down ao auxiliá-las em tarefas do cotidiano. O aparelho chamado OrCam MyEye é acoplado no óculos do usuário e consegue fotografar, escanear e transformar instantaneamente textos de qualquer superfície em áudio.

Isto acontece com livros, jornais, revistas, placas de rua, cardápios de restaurantes, nomes de lojas, mensagens do celular e folhetos, por exemplo. Capaz de detectar textos em português, inglês e espanhol, o dispositivo possui controle de velocidade, possibilitando a leitura de 100 a 250 palavras por minuto e ainda permite escolher entre voz masculina e feminina.

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O usuário ainda pode usar comandos para pausar, adiantar ou retroceder a leitura. Tudo isso sem a necessidade de acesso à internet. Dotado de uma câmera inteligente intuitiva acoplada à armação dos óculos do usuário, o OrCam MyEye reconhece até 200 produtos previamente cadastrados.

Após o reconhecimento, retransmite a informação discretamente no ouvido da pessoa que o usa. O equipamento conta ainda com uma tecnologia avançada de reconhecimento de faces que auxilia o usuário a identificar as pessoas ao seu redor.

É possível cadastrar até 150 rostos. Sempre que o usuário passar por uma pessoa cadastrada, o dispositivo reconhece o nome de maneira instantânea e automática, revelando quem está à sua frente. Além disso, detecta as indivíduos por gênero quando não estão cadastradas.

O OrCam MyEye também identifica produtos por meio de códigos de barra, reconhece cores com um simples toque e, por ser dotado de leds, opera também no escuro. Outra utilidade é o reconhecimento automático de notas de dinheiro. Para o usuário saber a hora e data, basta girar o punho para ouvir a informação.

Sua bateria integrada tem duração contínua de duas horas e necessita de apenas 20 minutos para o carregamento. A versão mais atualizada do OrCam My Eye custa R$ 19.900. Sua compra pode  ser financiado em até 60 vezes pela linha de crédito do Governo Federal do Brasil para tecnologias assistivas. Há também a primeira versão do produto, que é vendida por R$ 12.900.

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O Instagram anunciou que está lançando novos recursos que facilitarão o uso do aplicativo para pessoas com deficiências visuais. As alterações permitirão que os smartphones descrevam fotos, seja automaticamente usando inteligência artificial ou lendo descrições personalizadas adicionadas pelos próprios usuários.

Os usuários poderão inserir suas próprias descrições de foto para que as pessoas que usam leitores de tela - software que descreve os elementos exibidos no celular - possam ouvi-las em voz alta enquanto navegam em seu feed ou um perfil.

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Se não houver descrição, o Instagram identificará automaticamente o que está em uma foto usando a tecnologia de reconhecimento de objetos e lerá a informação automática em voz alta quando alguém passar por ela.

As descrições de texto alternativo não estarão visíveis automaticamente e os usuários precisarão entrar nas configurações avançadas de uma foto para incluí-las nos posts.

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A Mostra Internacional de Música de Olinda chegou ao seu 15º ano prometendo uma edição digna de qualquer debutante. Porém, ao que tudo indica, não prestou atenção nas questões de acessibilidade para seu público com necessidades especiais. Relatos de pessoas que estiveram na Praça do Carmo, em Olinda, na primeira noite do evento, na última sexta (23), deram conta de que o espaço reservado para os cadeirantes não contava com rampa e ficava distante do palco, dificultando seu acesso aos shows.

Foi reservado para o espaço de acessibilidade do MIMO a área do coreto, na Praça do Carmo. Uma placa identificando o local foi devidamente instalada para que as pessoas pudessem vê-lo, porém, chegar até ali foi tarefa praticamente impossível.  O assistente social Bruno Viana, de 40 anos, falou ao LeiaJá sobre os problemas que teve na primeira noite do festival. Cadeirante, Bruno não conseguiu ficar no espaço a ele reservado, no palco principal do festival, pois este não contava com rampas, apenas escadas. “Não estão respeitando nada; das vagas de estacionamento a lugares no evento. Tem muita coisa errada”, disse o rapaz que também elencou a ausência de banheiros acessíveis e intérpretes de Libras nos fóruns que aconteceram durante a tarde.

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Uma outra fonte que preferiu não se identificar também apontou a má localização do espaço reservado às pessoas com deficiência: “Fizeram um local ao lado do palco  que qualquer cadeirante sequer tem vista para o palco. Além disso, o acesso é uma escada. Faz com que qualquer pessoa com mobilidade reduzida tenha que depender de terceiros para transitar”.

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Bruno também  mencionou a dificuldade que teve em estacionar o carro. As vagas reservadas para deficientes físicos estavam, em sua maioria, ocupadas por motos ou vendedores ambulantes. Também não haviam banheiros acessíveis e os fóruns de debates não contaram com intérpretes de Libras.  Tantas dificuldades fizeram o assistente social terminar sua noite mais cedo: “Voltei para casa”, lamentou.

 

Candidata a governadora de Pernambuco pelo PSOL, Dani Portela afirmou, nesta quarta-feira (26), que a acessibilidade é uma das prioridades da plataforma de gestão defendida por ela. A postulante participou, durante a manhã, de uma caminhada no Centro do Recife em comemoração ao Dia Nacional dos Surdos. Para Dani, acessibilidade vai além de calçadas aptas para cadeirantes e vagas nas escolas públicas.

“É uma pauta essencial. Pautamos a inclusão como atitude. Tem gente que resume inclusão ao pensar em rampa, calçada, vaga em escola, mas a principal pauta hoje é a acessibilidade comunicacional que se chama acessibilidade atitudinal. Em Pernambuco falta acessibilidade de comunicação. Por exemplo, não se tem praticamente escolas estaduais e municipais bilíngues português e Libras, delegacias acessíveis para a população surda e hospital”, argumentou a candidata.

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“Não é só calçada, é ele poder como qualquer cidadão se comunicar. Quando lutamos por acessibilidade, é acessibilidade para essa população na geração de emprego e renda. Não é simplesmente se comunicar no espaço, mas ser incluída de fato na sociedade”, completou Dani Portela.

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A proposta da candidata do PSOL é de ampliar as escolas bilíngues no Estado e criar uma secretaria dedicada para pessoas com deficiências. Segundo ela, em Pernambuco 7% da população é surda e 25% tem algum tipo de deficiência. Dani Portela criticou a falta de atenção do atual governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), com a área.

“Ele não leva em consideração das múltiplas deficiências, desde as físicas às cognitivas. Ele não inclui essas pessoas no Estado. Quando é questionado sobre acessibilidade, o próprio governador se limita a falar de vagas nas escolas e tratamento. Como é que você tem uma propaganda, com verba pública, e não tem janela para surdos? É a segunda língua do país, uma língua oficial. Todo vídeo meu tem acessibilidade. Como você quer falar de inclusão e não trazer inclusão comunicacional na sua propaganda feita com dinheiro público?”, indagou Dani, que também criticou a falta de acessibilidade nas campanhas dos adversários Armando Monteiro (PTB) e Maurício Rands (Pros).

De acordo com a candidata, no PSOL o compromisso com a causa vai além da época de campanha. “Temos o compromisso de se comunicar de fato e isso não ser apenas uma pauta política. Tentamos trazer a coerência não só para a eleição, mas para a prática cotidiana”, ressaltou, lembrando que em 2017 o vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL) fez um discurso na Câmara apenas em Libras.

A provocação levou a Casa a aprovar a presença de dois intérpretes de Libras para as sessões legislativas. Durante a caminhada no Recife, a população surda apresentou uma pauta de reivindicações, entre elas a manutenção das salas bilíngues da capital pernambucana e a ampliação de profissionais na área. “Queremos concurso para professor e intérprete de Libras, além de ampliar as salas bilíngues na educação do município”, salientou o professor da Universidade Federal de Pernambuco, Antônio Carlos.

A passeata seguiu até a Prefeitura do Recife, onde uma comissão se reúne com o secretário de Educação Alexandre Rebêlo. 

Com o objetivo de oferecer interação maior com o próximo e ampliando sua acessiblidade, a Cinemateca Pernambucana adaptou seu espaço físico para receber pessoas cegas, de baixa visão, surdas e ensurdecidas. O local se situa na Fundação Joaquim Nabuco, localizado em Casa Forte. 

A partir de terça-feira (25), a área contará com piso podotátil e visitas guidas com audidescrição e Libras, levando pessos com deficiências sensoriais à desfrutar de todo o conteúdo do acervo. Na inauguração, ocorrerá uma programação especial.

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A partir das 14h30 ocorrerá uma visita guiada com audiodescrição e Libras pelo espaço, e às 15h30, a Sessão Alumiar exibe com AD, Libras e LSE, o belíssimo longa brasileiro Colegas, de Marcelo Galvão. O filme narra uma jornada cheia de aventuras de três jovens portadores de síndrome de Down, que partem em busca dos seus sonhos.

"Agora é a vez de levarmos essa acessibilidade para nosso espaço físico, difundindo o cinema pernambucano para um maior numero de pessoas e promovendo uma expansão na inclusão cultural no estado”, destaca a coordenadora do Cinema da Fundação, Ana Farache. Ela ressalta que a Cinemateca já conta com filmes pernambucanos com três modalidades de acessibilidade comunicacional - Audiodescrição (AD), Língua Brasileira de Sinais (Libras) para pessoas surdas; e Legenda para surdos e ensurdecidos (LSE) - no seu acervo online.

 

Serviço
Cinemateca Pernambucana Acessível
Terça - feira (25), às 14h30
Fundação Joaquim Nabuco (1º Edifício Gil Maranhão, na Avenida Dezessete de Agosto, 2187, Casa Forte)
Gratuito

 

*Por Jhorge Nascimento

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A Biblioteca Central Prof. Clodoaldo Beckmann, na Universidade Federal do Pará (UFPA), oferece estrutura de acessibilidade para deficientes e um amplo espaço de leitura para os que visitam o local. A biblioteca é elogiada pelos alunos e visitantes, tanto no atendimento quanto na estrutura do local. “A biblioteca havia passado por uma reforma de acessibilidade. Foram instalados sistemas de monitoramento contra incêndio, piso tátil (para deficientes visuais), cobertura na entrada, rampa para os cadeirantes etc.”, disse Célia Ribeiro, diretora da biblioteca.

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A última reforma do espaço, finalizada em maio deste ano, implantou uma estrutura de fácil acesso a estudantes com deficiência. “A reforma foi feita recentemente. Para mim sempre foi acessível. Tudo é bem acessível, tanto o atendimento como os corredores dos livros, dá para acessar muito bem as rampas”, contou a cadeirante Ádria Santos, aluna de Ciências Sociais.

 O prédio da biblioteca, inaugurado em 1972, está pequeno para receber os aproximadamente três mil alunos que frequentam o espaço todos os dias. “A biblioteca não suporta mais o número de alunos que tem na universidade. Estuda-se a possibilidade de criar um novo prédio porque esse está pequeno. Nós não temos mais para onde ampliar. Devido aos cortes de governo, é um valor alto para construir um novo prédio aqui na universidade”, disse Célia Ribeiro, referindo-se ao congelamento de verbas destinadas pelo governo federal.

Segundo Célia, apesar das dificuldades, o prédio está em boas condições para o atendimento aos alunos. “As instalações do prédio estão atualizadas. Recentemente os Bombeiros fizeram a renovação e revisão dos extintores de incêndio”, contou a diretora.

Qualquer pessoa pode visitar a biblioteca e estudar em suas dependências, mas somente quem tem vínculo com a UFPA pode fazer empréstimos de livros. “Eu não vejo uma comunidade acadêmica sem uma biblioteca. Aqui é onde se reúne todo o conhecimento explícito das pessoas. A biblioteca, hoje, além de ter esse conhecimento armazenado, também é um espaço de convivência e a comunidade encontra um local tranquilo para estudar”, afirmou Célia.

Para os alunos, o espaço é agradável. Entretanto, eles sentem dificuldades em encontrar livros de alguns cursos devido à grande demanda. “Sempre visito a biblioteca. Não há muita reclamação, mas encontro dificuldades em achar os livros do meu curso”, disse Alexandra Souza, estudante de Terapia Ocupacional.

A Biblioteca Central da UFPA funciona de 8 às 22 horas e todos os meses abre inscrições de cursos e oficinas à comunidade em geral. Para mais informações, acesse o site.

Por Elayse Miranda e Jesiel Farias.

 

 

 

 

Um estudo desenvolvido pela Catho, site especializado em oportunidades de emprego, traz um resultado que reitera os problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência no Brasil. De acordo com a pesquisa, 44% dos cidadãos questionados deixaram de ir para uma entrevista de trabalho por dificuldades de locomoção.

Entre os mais de 3 mil cidadãos questionados na pesquisa, baixa qualidade das calçadas é o motivo para 63% das pessoas com deficiência abrirem mão de participar dos processos seletivos. Em seguida, com 36% das respostas, aparecem como barreiras ausência de infraestrutura acessível e transporte ineficiente. 

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No que diz respeito às pessoas que tentam superar as problemáticas, algumas atitudes são adotadas. Quase 90% delas recorrem às seguintes alternativas, segundo a pesquisa: ajuda de outra pessoa (48%); táxi (36,5%) e serviço de transporte público (5%).

Barreiras até para quem esteve empregado

O mesmo estudo da Catho expressa uma conclusão preocupante até mesmo para as pessoas com deficiência que conseguiram ingressar no mercado de trabalho. As dificuldades descritas por quem deixa de ir às entrevistas são os mesmos fatores que implicaram no pedido de demissão de 37% dos profissionais com deficiência entrevistados na pesquisa. Nesse caso, no entanto, o transporte ineficiente e não adaptado foi o ponto decisivo (56% das respostas) para os pedidos de desligamento. 

O diretor de operações da Catho, Fernando Morette, acredita que a pesquisa é um reflexo dos problemas enfrentados pelos cidadãos com deficiência física. "Fica claro que a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho traz desafios para toda a sociedade”, comenta, conforme informações da assessoria de imprensa.

Dentre as pessoas entrevistadas para o estudo neste mês de setembro, 63,6% apresentam deficiência física. Os percentuais posteriores são os seguintes: 15,1% visual; 1,1% mental; intelectual e múltipla, com 1% cada e com Transtorno do Espectro Autista, com 0,5%.

Um novo aplicativo gratuito ensina pessoas com deficiência visual a tocarem violão sem a necessidade da leitura de partituras ou cifras em braile. Chamado Samsung Áudio Acordes, o serviço é uma iniciativa inédita no Brasil e está disponível gratuitamente para dispositivos da marca com Android, por meio da Google Play.

O aplicativo se destaca por facilitar o processo de aprendizado das pessoas com deficiência visual não apenas por eliminar a necessidade de partituras em braile, mas principalmente por possuir uma tecnologia única baseada em um sistema de voz que dita os acordes das músicas no momento exato em que eles devem ser tocados.

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Isso permite que os cegos possam continuar segurando o violão ao mesmo tempo em que o aplicativo indica qual a partitura a ser reproduzida. A Samsung diz que o aplicativo é totalmente acessível para pessoas com diferentes níveis de deficiência visual e oferece aos iniciantes um áudio dicionário que ensina a tocar os acordes.

Além disso, por meio da plataforma, é possível salvar as músicas favoritas e compartilhá-las com os amigos por meio das redes sociais. Em breve, os usuários também poderão acessar aulas em áudio, que ensinam a tocar violão desde o nível básico. Estão disponíveis 30 opções de canções de gêneros como pop, rock, sertanejo, cantiga, samba e MPB.

"O aplicativo é um esforço da empresa para oferecer às pessoas com deficiência visual a oportunidade de seguirem com o sonho de aprender a tocar violão. Seu desenvolvimento foi pensado de forma a oferecer total suporte e acessibilidade, mesmo para aqueles que estão em seus primeiros acordes", comenta a diretora de marketing corporativo e de consumer electronics da Samsung Brasil, Andréa Mello.

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A partir desta segunda-feira (20), alguns bairros do Recife receberão o mamógrafo móvel, que contará com rampa de acessibilidade para facilitar, também, o acesso das pessoas com alguma deficiência motora. O primeiro bairro onde o caminhão ficará estacionado é o Centro de Saúde Joaquim Cavalcanti, nos Torrões, Zona Oeste da capital pernambucana, das 8h às 16h.

Segundo informado pela Prefeitura do Recife, em cada localidade que o mamógrafo móvel passar serão disponibilizadas 80 fichas, sendo 40 pela manhã e 40 à tarde. Na terça-feira (21), o caminhão estacionará na Unidade de Saúde da Família (USF) da Vila União, na Iputinga, também na Zona Oeste. A mamografia de rastreio é recomendada para mulheres com idade entre 50 e 69 anos, sem necessidade de agendamento. Basta levar documento com foto, cartão do SUS e comprovante de residência.

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O resultado do exame é entregue em até 20 dias na mesma unidade onde o veículo ficou estacionado ou na mais próxima. Mulheres fora da faixa etária indicada, que desejam fazer a mamografia, devem se dirigir à unidade de referência para serem encaminhadas.

Confira o calendário com os locais e dias de atendimento:

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Para muitos estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o caminho a ser percorrido até o momento da formatura é difícil diante de tantos desafios acadêmicos. Outros alunos, além de enfrentarem a intensa rotina de aulas, trabalhos e provas, encaram obstáculos que não pertencem à esfera pedagógica, mas fazem parte das barreiras impostas no caminho pela falta de acessibilidade.  

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Os problemas de acessibilidade encontrados em vários pontos do Campus Recife da UFPE dificultam o ir e vir de quem tem deficiência ou mobilidade reduzida. Faltam elevadores em certas instalações, existem calçadas inadequadas, postes no meio de calçadas. Faltam vagas de estacionamento para pessoas com deficiência e há rampas mal feitas que fazem as rodas das cadeiras travarem.

A Universidade tem 308 estudantes com deficiência matriculados, sendo 99 com deficiência física, 82 com deficiência auditiva ou surdez, 66 com cegueira ou baixa visão e 61 com deficiência intelectual, deficiência múltipla e autismo. Há também estudantes com altas habilidades/superdotação. No que diz respeito à distribuição desses alunos, há casos nos campi Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru.

As dificuldades de acessibilidade ficam mais evidentes após o estudante de biomedicina Lucas Vinícius, que sofre de paralisia cerebral e é cadeirante, cair da escada do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da instituição de ensino. Ele estava sendo carregado por um amigo pelas escadas até o terceiro andar, em direção ao laboratório de anatomia, porque o único elevador do prédio, que é destinado ao transporte de cadáveres e tem o uso proibido para alunos, estava quebrado. 

Após o ocorrido, foi reaberto um processo que a UFPE respondeu em 2015, quando foi condenada a adequar todas as suas estruturas para tornar toda a instituição acessível. Durante o restante do semestre, Lucas não assistiu mais aulas, nem fez prova prática de anatomia por não ter como chegar ao laboratório sem correr risco de cair outra vez; o estudante recebeu presença e nota, mas perdeu em aprendizado.

Munida de imagens de seu filho no hospital e também do Boletim de Ocorrência (BO) feito após o acidente, Andréa Maria da Costa, que é mãe de Lucas, acionou o Ministério Público Federal para fazer uma nova denúncia contra a UFPE. O pedido foi acatado, mas até o presente momento, não há novidade sobre o caso. 

Até o momento, apenas promessas por parte da Universidade de consertar o elevador - reservado para o transporte de cadáveres para estudos - até o recomeço das aulas de 2018 (marcadas para o dia 13 de agosto). Também há a promesse de que outro elevador será instalado para os estudantes, com adaptação para cadeirantes, até dezembro deste ano.

Lucas sente dificuldades para se locomover pela unidade Recife da UFPE / Foto: Lara Tôrres/LeiaJáImagens

A mãe do estudante também reclama bastante do tratamento dado pela Universidade à acessibilidade e ao caso de seu filho. Andréa conta que chegou a ouvir que “órgão público é assim mesmo”,  ao se queixar do elevador quebrado. “Com o processo, eu quero garantir as necessidades de Lucas, as questões de acessibilidade para garantir os direitos dele aqui na Universidade. Dele e dos que vierem depois”, contou Andréa, enquanto empurrava a cadeira de rodas que trepidava na calçada, sacudindo Lucas.  

As calçadas, muitas vezes, são um problema. Junto ao Centro de Biociências (CB), por exemplo, além do piso degradado e irregular, a calçada é estreita e tem postes instalados bem no meio, o que impossibilita a passagem da cadeira, forçando a descida até a via destinada a veículos, gerando risco de acidentes. 

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A existência de degraus na porta de saída, de areia e de uma tampa de esgoto na entrada fazem com que a circulação no Restaurante Universitário (RU) e seus arredores apresentem problema semelhante com o mesmo resultado: alunos cadeirantes precisam disputar espaço com os carros que circulam pelo campus. 

Os problemas se repetem, ainda, em outros pontos da UFPE como no estacionamento do Centro de Ciências da Saúde (CCS), onde os bicicletários foram instalados no lugar onde anteriormente havia vagas para pessoas com deficiência, ou as calçadas próximas ao Centro de Artes e Comunicação (CAC) e Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), onde há desníveis, barracas e sacos de lixo, dificultando a passagem das cadeiras de rodas.

Questionada pelo LeiaJá, a Universidade Federal de Pernambuco informou, através de uma nota escrita pela superintendente de infraestrutura, Silmara Melo, que está elaborando um Plano de Acessibilidade que será enviado ao Ministério da Educação (MEC) para liberação de recursos. O Plano se encontra em fase de levantamento das áreas que precisam de obras para adequação. 

Foi dito também que, no momento, estão sendo realizadas obras de readequação das casas de máquinas para instalar elevadores nos prédios do CTG, do CCS Bloco A, e com previsão para iniciar no CCS (Bloco D de Anatomia) e CFCH. O Centro Acadêmico do Agreste, segundo a instituição, também está no plano de acessibilidade. 

A Universidade destacou, ainda, que concluiu a obra de acessibilidade do Centro Acadêmico de Vitória e que está elaborando o edital de contratação de empresa “para serviços de manutenção, onde constam itens de execução de calçadas e outros”. Apesar das afirmações acima, não foram informadas as datas para a conclusão do plano de acessibilidade e dos editais de contratação de empresas para realizar as obras de manutenção.

O LeiaJá também identificou que o elevador para pessoas com deficiência do Centro de Artes e Comunicação não estava funcionando, mas a Universidade não respondeu sobre o problema. O elevador do Núcleo Integrado de Atividades de Ensino (NIATE) também não apresentou funcionamento, entre outros problemas do Campus Recife.

Diante de questionamentos do LeiaJá sobre a situação jurídica da universidade, a UFPE respondeu que “em relação à Ação Civil Pública – Processo nº 0800971 –14.2014.4.05.8300, a Universidade concluiu obras e instalações que estavam em andamento, e continua realizando intervenções para atender às normas de acessibilidade”. Por outro lado, a UFPE não informou se já foi formalmente notificada pelo Ministério Público Federal sobre a nova denúncia, feita pela mãe de Lucas Vinícius.

No que diz respeito ao apoio pedagógico aos alunos com deficiência, a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade (NACE) da UFPE, professora Ana Karina Morais de Lira, explica que a instituição de ensino realiza atendimento em acessibilidade em diversos eixos de atuação, prestando orientação a coordenação de curso e docentes, orientação a pais e familiares do estudante, oficinas de sensibilização, empréstimo e orientação para uso de tecnologia assistiva, serviço de tradução e interpretação de Libras. A coordenadora ainda garante que há adequação de material pedagógico em Braille e em letras ampliadas, avaliação funcional da visão e treinamento em orientação e mobilidade, entre outros serviços.

A UFPE argumenta que realizou obras de acessibilidade próximo ao CAC / Foto: Ascom/UFPE

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