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Após a aprovação do impeachment na manhã desta quinta-feira (12), Michel Temer tomou posse, sem cerimônia, do cargo de presidente do Brasil e, com isso, nomeou os seus novos ministros. Dentre as 22 pastas, três delas ficaram nas mãos dos pernambucanos Bruno Araújo, Mendonça Filho e Raul Jungamann. Saiba mais sobre eles: 

Mendonça Filho

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Com 49 anos, José Mendonça Bezerra Filho (DEM) é recifense, mas teve o início da sua carreira política no município de Belo Jardim, Agreste pernambucano. É formado em administração de empresas com especialização em gestão pública. Sua vida pública iniciou aos 20 anos, sendo eleito como o mais novo deputado estadual do País, no ano de 1986. Ocupou esse posto por duas vezes, bem como foi secretário de Estado e, entre os anos de 1995 e 1998, exercia mandato de deputado federal.

Foi por duas vezes vice-governador de Pernambuco durante o exercício de Jarbas Vasconcelos nos períodos de 1999 a 2002 e 2002 a 2006. Também assumiu o papel de governador em 2006 durante candidatura de Jarbas a senador. Assume agora a pasta da Educação durante mandato de Michel Temer. 

Raul Jungmann

Ministério da Defesa durante o exercício de Michel Temer, Jungmann (PPS) possui 64 anos e é consultor empresarial. Passa a exercer função de ministro pela terceira vez, inclusive, já executou a tarefa durante o mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. 

Foi secretário de planejamento do governo de Pernambuco em 1990 e 1991; secretário-executivo em 1993 e 1994. Assumiu a presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em 1995 e 1996; ocupou a posição de Ministro extraordinário de política fundiária entre os anos de 1996 e 1999 e também foi presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) nos mesmo anos. Já em 1999 assume o Ministério do Desenvolvimento Agrário até o ano de 2002. Logo no ano seguinte, até 2006, foi deputado federal, sendo reeleito e ocupando a posição até 2010. Entre os anos 2012 e 2014, foi vereador do Recife e no ano seguinte foi eleito deputado federal até assumir, nesta quinta-feira (12), a pasta da Defesa.

Bruno Araújo 

Aos 44 anos e formado em direito, Bruno Araújo (PSDB) irá assumir a pasta de Cidades. Foi o deputado que deu o voto de número 342 na decisão da Câmara sobre o impeachment. Em sua trajetória, foi oficial de gabinete do governador de Pernambuco no ano de 1991 e, em seguida, chefe de gabinete de deputado entre 1992 e 1998. Sua carreira política com cargo eletivo foi no ano de 1998, aos 26 anos, como deputado estadual. 

Em 2002, foi eleito novamente e ocupou cargos na Assembleia Legislativa. Foi líder da casa, entre 2003 e 2006, durante o governo estadual de Jarbas Vasconcelos. Também assumiu a liderança do seu partido em 2006 e 2007. Na câmara dos deputados, assumiu o posto de líder da oposição ao governo de Dilma Rousseff. 

A equipe ministerial do governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) será empossada nesta quinta-feira (12). Dos 22 nomes já confirmados pela assessoria de imprensa do peemedebista, a participação dos partidos políticos que firmaram aliança e endossam o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff prevalece. Entre eles também não há nenhuma mulher. 

Três pernambucanos estão entre os novos ministros, os deputados federais pernambucanos Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e Raul Jungmann (PPS). Eles vão comandar as pastas de Cidades, Educação e Defesa, respectivamente. Além deles, outros seis são deputados federais: Ricardo Barros (PP-PR), Ronaldo Nogueira (PTB-RS), Osmar Terra (PMDB-RS), Sarney Filho (PV-MA), Maurício Quintella (PR-AL) e Leonardo Picciani (PMDB-RJ).

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Michel Temer recebeu a notificação de que responderá pelo comando do país por volta das 11h30 de hoje. À tarde, às 15h, está agendado o primeiro discurso do peemedebista como presidente.

Defesa - Raul Jungamnn (PPS)

Cidades - Bruno Araújo (PSDB)

Educação e Cultura - Mendonça Filho (DEM)

Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - Gilberto Kassab (PSD)

Planejamento, Desenvolvimento e Gestão - Romero Jucá (PMDB-RR)

Secretaria de Governo - Geddel Vieira Lima (PMDB-BA)

Gabinete de Segurança Institucional - Sérgio Etchegoyen

Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Blairo Maggi (PP-MT)

Fazenda - Henrique Meirelles

Casa Civil - Eliseu Padilha (PMDB-RS)

Desenvolvimento Social e Agrário - Osmar Terra (PMDB-RS)

Esportes - Leonardo Picciani (PMDB-RJ)

Saúde - Ricardo Barros (PP-PR)

Meio Ambiente - José Sarney Filho (PV)

Turismo - Henrique Eduardo Alves (PMDB)

Relações Exteriores - José Serra (PSDB-SP)

Trabalho - Ronaldo Nogueira de Oliveira

Justiça e Cidadania - Alexandre Moraes

Transportes, Portos e Aviação Civil - Maurício Quintella

Fiscalização, Transparência e Controle - Fabiano Augusto Martins Silveira

Indústria e Comércio – Márcio Pereira

O quantitativo de votos necessários para a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) foi conquistado com o voto da bancada de Pernambuco. Seguindo o rito, o estado foi o vigésimo quarto a expor sua postura e o voto de número 342 foi efetuado pelo deputado federal Bruno Araújo (PSDB).

Antes do tucano proferir o voto, os pares cantaram "eu sou Brasileiro, com muito orgulho e muito amor". "Quanta honra o destino me reservou de poder a minha voz sair o grito de esperança de milhões de brasileiros. Pernambuco nunca faltou o Brasil. Por isso voto sim", disparou, festejando. 

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Primeiro a votar pelo colegiado, Adalberto Cavalcanti (PTB) votou sim. Secretário das Cidades de Pernambuco exonerado para participar da votação, André de Paula (PSD), disse que "pela ética na política, por Pernambuco e pelo Brasil, sim".

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Na lista dos defensores de Dilma Rousseff, a presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos, citou a música Madeira de Lei de Capiba e disparou: “Vai ter luta”.

Até às 17h32, poucos minutos antes de iniciar a votação o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) era o único parlamentar da bancada pernambucana ausente na Câmara dos Deputados. Ele chegou ao Plenário após às 18h. O progressista votou a favor do impeachment. 

Outro que se posicionou pelo impeachment foi o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB). “Quero dizer do meu desconforto com a sua presidência nessa Casa", observou citando Eduardo Cunha. Apesar de serem do mesmo partido, Jarbas é a favor da cassação do mandato de Cunha.

A maioria da bancada de Pernambuco na Câmara dos Deputados se posicionou a favor da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Foram 18 favoráveis, 6 contra e uma absteção. No Recife, manifestantes pró e contra acompanham a votação em telões instalados na Avenida Boa Viagem, zona sul, e na Avenida Rio Branco, centro

Confira o placar da votação dos deputados pernambucanos:

 

 

 

 

 

Com 367 votos a favor e 137 contra a Câmara dos Deputados admitiu, neste domingo (17), a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A aprovação acontece 157 dias após o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), acatar o do requerimento dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal. O número de abstenções foram sete e duas ausências.

O voto de número 342 foi proferido pelo deputado federal Bruno Araújo (PSDB) durante a votação da bancada de Pernambuco, estado natal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A votação foi tumultuada e conduzida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que, inclusive, teve a idoneidade questionada pela maioria dos que votaram contra o pedido

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A passagem do processo na Casa, admite o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) que considera que a presidente Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade “por não zelar pelas leis orçamentárias e descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal”.

Uma das infrações apontadas como cometidas pela presidente é a edição de decretos suplementares sem autorização do Legislativo e o atraso dos repasses ao Banco do Brasil para o pagamento de benefícios do Plano Safra, levando o banco a pagar os agricultores com recursos próprios – as chamadas pedaladas fiscais. 

Próximos passos

A partir de agora o Senado Federal é quem analisa o impeachment da presidente. Assim que receber o processo, a Casa vai criar uma comissão especial para analisar o pedido e emitir, em 10 dias, um novo parecer. Após isso, o assunto vai para a pauta do Plenário e passará por uma nota votação. 

Os senadores vão escolher se extinguem o processo ou se o impeachment é instaurado. Para instaurar o impedimento da continuação do governo Dilma, 41 dos 81 parlamentares devem se posicionar favoráveis ao texto. 

Caso o pedido seja instaurado, a presidente Dilma Rousseff será afastada do cargo por 180 dias, ou seja, seis meses. Neste período, quem assume o comando do país é o vice-presidente Michel Temer (PMDB). 

Após o período, e com nova defesa em favor da presidente, os senadores voltam a analisar o processo, deste vez em uma sessão comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Para que Dilma seja deposta é necessário que dois terços dos senadores (54 de 81) optem pela condenação da petista. Se condenada, a presidente é automaticamente destituída e fica oito anos sem pode exercer cargo público. Michel Temer assume até 2018 a presidência.

Prestes a reiniciar as atividades legislativas no Congresso Nacional, o líder da oposição na Câmara Federal, deputado Bruno Araújo (PSDB), afirmou, nesta sexta-feira (29), que o enfrentamento das oposições contra a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) será "muito firme". Segundo o tucano, o país "não aguenta mais pagar a conta do desastre da gestão fiscal" do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A petista voltou a defender a retomada do imposto, como forma de amenizar o impacto da crise econômica nacional, nessa quinta-feira (28).  

Apesar de reconhecer que a CPMF atendeu interesses de gestões do PSDB, o parlamentar disse que nos governos do PT os recursos do tributo, que deveriam ter sido destinados à saúde, terminaram bancando o inchaço da máquina pública. "Não há nenhuma credibilidade da presidente, que impôs o descontrole das contas públicas, pedir um novo tributo ao país e exigir esse esforço. O governo deveria apresentar ao país um grande corte em suas despesas, como qualquer orçamento doméstico de quem não fecha suas contas e precisa fazer para ajustá-las. E isso o governo não apresentou à sociedade brasileira até esse momento", frisou.

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Para o pernambucano, a CPMF é um “filho que gasta toda a sua mesada e pede aumento”. "Tenho certeza de que não há ambiente na Câmara dos Deputados para concessão da CPMF. Nós faremos o enfrentamento muito firme em relação a isso”, frisou, lembrando que não acredita em um possível acordo da oposição com o governo para um projeto alternativo a retomada do imposto.

"Entendemos que momento é grave e chama todos nós, inclusive a oposição, a discutir uma agenda que aponte saídas para os problemas do futuro. Mas falta à Presidência da República uma presidente. Um líder que ponha uma agenda na mesa e aponte soluções para o Brasil”, disse. “A reforma da previdência pode ser uma dessa posições. Agora é bom lembrar que enquanto a presidente Dilma anuncia a possibilidade de enviar um projeto de reforma da previdência ao Congresso Nacional, as bancadas petistas na Câmara e no Senado já avisam que vão operar contra”, complementou.

 

 

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PSDB-PE), criticou com o relatório do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) que recomenda à Comissão Mista de Orçamento (CMO) a aprovação, com ressalvas, das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. O parecer será analisado pelo colegiado em 2016 e em março também deverá ser levado ao plenário.

Para o tucano, o parecer tem viés político e desconsidera os questionamentos feitos pelos auditores do Ministério Público e de ministros do Tribunal de Contas da União. “Será muito difícil o senador convencer a sociedade sobre o seu entendimento”, avaliou o líder.

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Ao apresentar o relatório, Gurgacz disse que não foram encontrados vínculos de responsabilidade de Dilma e que os argumentos apresentados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) “não são relevantes o suficiente para levar à rejeição [das contas]”. Ao todo, foram feitas três resslvas às contas.

O senador terá até o dia 28 de fevereiro para apresentar parecer sobre as emendas de deputados e senadores apresentadas ao relatório preliminar. O relatório final deverá ser votado na comissão até o dia 6 de março.

Na contramão do discurso oposicionista, o vice-líder do colegiado na Câmara dos Deputados, Raul Jungmann (PPS), aprovou a indicação do ministro Nelson Barbosa para o comando da pasta da Fazenda. Para Jungmann, é mais benéfico para o país alguém que administre a questão financeira em consonância com a presidente Dilma Rousseff (PT) do que com paradigmas e defesas divergentes. Nelson Barbosa foi anunciado para substituir Joaquim Levy nessa sexta-feira (18). 

“Nelson Barbosa é a expressão, digamos assim, na área da Fazenda do que pensa a presidente. O cargo é uma espécie de primeiro ministro no Brasil. Prefiro alguém alinhado ao faz-de-conta de ter um ministro da Fazenda que não conta com o beneplácito, nem o apoio ou a afinidade da presidente”, argumentou o vice-líder, neste sábado (19), minutos antes de uma reunião de avaliação do PPS de Pernambuco, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.

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Apesar da colocação favorável, Raul Jungmann pontuou reprovar ações passadas de Barbosa e disse que será necessário deixá-lo agir para ampliar seus argumentos quanto à administração da pasta da Fazenda.  “Isso [aprovar a indicação] não quer dizer que eu concorde com o que ele fez no passado. Nelson Barbosa é culpado por boa parte do que aí está [a crise econômica]. Para o bem ou para o mal, precisamos deixá-lo mostrar o que vai fazer, se ele acertar, aplausos, se não, críticas”, observou.

Nelson Barbosa se apresenta como um nome conciliador e de maior agrado para os movimentos sociais e setores do Partido dos Trabalhadores. Ele ocupava o Ministério do Planejamento e substitui Levy após uma série de embates entre o ex-ministro e a presidente, diante dos cortes de gastos e do ajuste fiscal.  

Outra ótica da oposição

Assim que foi anunciado o novo nome, o líder da oposição na Câmara, Bruno Araújo (PSDB), chegou a dizer que era “no mínimo preocupante” a nomeação de Barbosa para a Fazenda. Para ele, com a mudança ministerial “a crise de confiança cresce”. 

“Trata-se de um dos principais responsáveis pelo duplo rebaixamento do Brasil pelas agências internacionais de risco - por ter desprezado, seguidamente, as metas de superávit. O risco é de aumento da turbulência financeira, e de aprofundamento da recessão”, disparou.

Corroborando, o deputado federal Mendonça Filho (DEM) pontuou que a mudança significava “a volta política econômica que quebrou o Brasil”. “É a política do Guido Mantega que levou o Brasil a situação caótica que se encontra, com inflação em dois dígitos, desemprego atingindo os 7,5%, na maior recessão desde 1901”, justificou.

O rito que o processo de impeachment deverá seguir no Congresso Nacional, definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na noite dessa quinta-feira (17), gerou divergências entre os deputados federais que compõem a base governista e a oposição. Os ministros do STF definiram, entre outras coisas, que a Câmara Federal apenas autoriza ou não a instauração do processo de impeachment, enquanto o Senado pode optar por arquivar o processo. Além disso, anulou a eleição para a comissão especial que aconteceu no último dia 8.

"A forma com que a comissão foi eleita é completamente divergente da Constituição e, ao mesmo tempo, desprestigiante para com os partidos políticos, que são os elementos que precisam ser fortalecidos na democracia", afirmou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). Na eleição venceu a chapa avulsa, formada por partidos de oposição e dissidentes da base governista.

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Corroborando o argumento de Portugal, o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), afirmou que a opção de o Senado decidir se arquiva ou não o processo “foi correta”. "O Senado não é apenas uma casa de acolhimento de uma decisão da Câmara. Num Congresso bicameral, ele também é parte decisória até sobre o prosseguimento ou não do pedido de impeachment, que é o ponto mais fundamental e grave da Constituição brasileira no nosso sistema político”, disse.

Já o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou que a decisão do Supremo foi uma manobra política para favorecer o governo atual. "Enquanto há toda uma preocupação do legislador na Constituição brasileira com o trâmite da Câmara, o Supremo, ao interpretar a Constituição, não leva para o Senado Federal o mesmo princípio, de que teria que ser por um número proporcionalmente similar ao da Câmara e não por maioria simples numa mera comissão", frisou.

Apesar da análise do democrata, o líder da Minoria, deputado Bruno Araújo (PSDB), afirmou que a decisão do Supremo não foi uma derrota para a oposição, porque o rito do impeachment ficou definido, mas ele criticou a decisão do tribunal de não permitir chapas avulsas para a instalação da comissão especial do impeachment.

"Na realidade, o que o Supremo decide é que não há eleição. Há uma homologação, ou sim ou não. O Supremo transfere o poder de deliberação do Plenário para uma ditadura dos líderes, o que não parece muito democrático. Respeitamos a decisão, mas discordamos. Isso é ruim para a discussão democrática no ambiente interno dentro da Câmara", disse o líder da Minoria.

Bruno Araújo afirmou que, até fevereiro, quando ocorrerá a votação para a nova comissão especial, os partidos de oposição vão trabalhar na mobilização dos políticos e da sociedade para conseguir o quórum para a instalação do processo de impeachment.

*Com a Agência Câmara.

A Câmara dos Deputados instala, nesta segunda-feira (16), uma Comissão Especial que vai analisar a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2019. A DRU foi adotada em 1994, na implementação do Plano Real, e tem sido prorrogada desde então, com o objetivo dar ao governo federal mais mobilidade nos gastos com os impostos arrecadados.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prorroga permissão para gasto livre de 30% das receitas da União. Esse desvinculação é um mecanismo previsto na Constituição Federal e expira no final do ano.

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No último dia 4, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou as três PECs que prorrogam a DRU de diferentes maneiras. Após o parecer da comissão especial, a matéria será analisada pelo Plenário da Câmara, onde terá de ser votada em dois turnos. 

O texto tem preferência de prorrogação na Casa e está sendo apoiado pela bancada de oposição, liderada pelo deputado Bruno Araújo (PSDB). “A DRU se tornou um instrumento imprescindível de governança”, disse o tucano recentemente.

O líder da Oposição, Bruno Araújo (PSDB), afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT) deixou de lado a área social ao cortar recursos em setores, vistos por ele como essenciais para a vida do brasileiro. Sob a ótica do deputado, enquanto isso, a petista tem adiado "o quanto pode" uma redução efetiva dos cargos comissionados e dos gastos desnecessários.

“São 13 números que deixam claro o colapso que atinge o governo”, afirmou o líder. Entre os pontos mais negativos, Araújo destacou os sucessivos “cortes mascarados” que vem sofrendo o Bolsa Família. “A previsão de gastos para 2016, na melhor das hipóteses, aponta para um aumento de 4%, insuficiente para repor a inflação no período, que deve chegar a 10%”, comparou.

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O tucano também citou a redução no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o fim da Farmácia Popular. "[Os cortes] são o retrato fiel de que a ‘Pátria Educadora’ não passou de um slogan", disse. "Sem falar que nenhum centavo será destinado ao programa que permite comprar medicamentos com desconto de até 90%”, reforçou.

O líder lembrou ainda que o governo sempre apresentou números controversos sobre a quantidade de brasileiros vivendo na miséria, mas a realidade é a quantidade de pessoas em situações miseráveis aumentou em 371 mil em 2013. E, além disso, desde que Dilma venceu as eleições (em outubro do ano passado), dois milhões de brasileiros ficaram desempregados. “Esses dados revelam que o 'custo Dilma' terá um efeito duradouro”, sentenciou o deputado.

A análise do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) protocolado nesta quarta-feira (21) pela bancada de oposição ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ser feita em um “prazo muito curto”. Segundo o deputado federal e líder do DEM, Mendonça Filho, o peemedebista não estabeleceu prazos, mas a expectativa da oposição é de que o processo seja analisado até novembro.

Questionado pela imprensa se o presidente da Câmara teria legitimidade para decidir sobre o impeachment diante das denúncias da Procuradoria Geral da República contra ele, Mendonça disse que, do ponto de vista institucional, Cunha é legitimo. “Enquanto o presidente da Casa estiver respondendo pelo comando da Câmara, evidentemente qualquer ato autorizado por ele tem respaldo jurídico e constitucional”, cravou. Ele também demonstrou confiança de que Cunha acatará o pedido de impeachment de Dilma.

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Antes da apresentação do pedido, no início da manhã, os líderes se reuniram com Eduardo Cunha. Além do democrata, o líder da minoria, Bruno Araújo (PSDB), também participou da reunião. O encontro serviu para que os deputados alinhassem um cronograma com o presidente. A oposição, segundo Mendonça Filho, argumentou que é preciso um "rápido" processo de deliberação.

Caso o presidente da Câmara indefira o pedido de impeachment, Mendonça Filho defende ainda que Cunha acate as liminares do STF, desconsidere a questão de ordem e analise o novo pedido à luz da Constituição, do Regimento Interno e da Lei 1.079/50. Para ele, isso possibilitará que o Plenário se pronuncie em relação ao processo de impeachment, como já ocorreu no caso do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Membros da bancada de oposição a presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados afirmaram, nesta terça-feira (13), que vão analisar juridicamente os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspende o rito de tramitação do impeachment definido pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com base no regimento interno. A medida impede que bancada leve a questão ao plenário, caso Cunha rejeitasse o pedido.

“Evidente, que a posição dos partidos é no sentido de que o próprio presidente da Câmara defira o pedido de impeachment, ainda mais que estamos adicionando ilegalidades praticadas durante o exercício de 2015, com extensão das ilegalidades que reforçam o impedimento da presidenta Dilma”, afirmou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho.

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Para o líder da oposição na Câmara, o deputado Bruno Araújo (PSDB), a liminar deferida pelo ministro do STF dá poderes exclusivos ao presidente Cunha e tira a prerrogativa do plenário em dar a palavra finall sobre o impeachment. "Toda essa concentração de poder está agora nas mãos de Eduardo Cunha", cravou. 

Nas redes sociais, o senador Ronaldo Caiado (DEM) negou a existência de alguma manobra da oposição e reforçou a necessidade do país “limpar essa bandalheira”. “Se o STF determina levar em consideração lei de 1950 que diz caber ao presidente da Câmara a abertura de impeachment, que seja assim. Está nas mãos da presidência da Casa. Brasil quer e deseja o impeachment. Só assim vamos limpar essa bandalheira e fazer o País crescer”, observou.

A liminar do STF atende um mandado de segurança feito pelo deputado Wadih Damous (PT-RJ). 

A recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) para que o Congresso Nacional rejeite as contas do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), relativas ao exercício de 2014, é, para os tucanos, a prova de que a petista cometeu crimes contra a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, o parecer técnico demonstra as “sucessivas ilegalidades” adotadas para vencer as eleições de 2014. 

“Fica comprovado [com o parecer do TCU] que a presidente Dilma cometeu crime de responsabilidade e caberá agora ao Congresso Nacional determinar as sanções cabíveis”, frisou em nota encaminhada à imprensa. “A sensação de impunidade e o desprezo às leis que conduziram muitas das ações desse governo não terão mais espaço no Brasil que precisamos construir", completou Neves. 

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Para o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PSDB), a recomendação do TCU dá liberdade ao Congresso para seguir com o processo de impeachment. “Era o que faltava para dar legitimidade ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados", disse. "Ela rasgou a LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal]. Aposto que, com essa posição de hoje, o Congresso está livre para afastar a presidente da República", argumentou acrescentando. 

Desde 1937, quando o Tribunal recomendou a rejeição das contas do presidente Getúlio Vargas – mas o Congresso votou favorável –, esta é a primeira vez que o órgão de controle volta a rejeitar uma prestação presidencial. A atitude, para o deputado federal Betinho Gomes (PSDB) “demonstra que não se curva ao poder de quem está à frente do governo e dá uma grande contribuição à democracia brasileira”. 

“O Tribunal de Contas da União dá uma prova de que o Brasil tem instituições fortes e que estão indo de encontro ao sentimento da população, prezando pela transparência, por mais fiscalização, mais controle e, acima de tudo, respeito às regras que são estabelecidas pelas leis brasileiras", analisou. “Sem dúvida, foi um grande passo para a consolidação e fortalecimento de instituições democráticas existentes no Brasil", comemorou o tucano.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado Bruno Araújo (PSDB), encarou como “autoritarismo” e “intolerância” o pedido de afastamento do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, da relatoria das contas do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) relativas a 2014. O tucano intitulou a ação de “bolivariana” e disse que o país vive “uma sombria agressão à democracia”.

“O governo de Dilma Rousseff mostra a pior face de seu autoritarismo e intolerância ao exigir o afastamento do ministro. (...) A ação bolivariana, ora em curso, abre um precedente grave e representa um retrocesso nas relações entre as instituições da República”, observou Araújo. 

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“Por trás dessa ação vergonhosa está apenas o temor do governo em ver as contas de Dilma ser rejeitadas devido às chamadas pedaladas fiscais”, acrescentou. Segundo ele, o que mais pesa para o governo é “o fato de as finanças públicas do país ter sido fraudadas no ano passado apenas para tentar garantir a reeleição de Dilma”.

Um flerte. Este foi o clima que pairou durante o ato festivo de filiação do ex-governador de Pernambuco, Joaquim Francisco, ao PSDB nesta sexta-feira (2). A paquera foi direcionada a outros dois socialistas, a deputada estadual Raquel Lyra e o ex-governador João Lyra Neto, que participaram do evento e mostraram integração ao discurso tucano. 

Durante as falas de boas vindas a Francisco, vez ou outra os líderes do PSDB em Pernambuco esboçavam o desejo de que os caruaruenses migrassem para a sigla. “Tenho até o sentimento que vamos ganhar mais [filiados]. Não sei ainda de onde. Tem dois quadros que devem vir em breve. Por mim amanhã, mas vamos respeitar e esperar”, soltou o deputado federal Daniel Coelho, referindo-se a Raquel e João Lyra como “futuros tucanos”.  

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“Dois ex-governadores valem por um. Quem sabe não teremos?”, brincou o deputado federal Bruno Araújo ao responder um argumento do também parlamentar Betinho Gomes que pontuou a necessidade de todos os partidos fortes terem “um governador e um ex-governador”. O mesmo foi endossado pelo presidente estadual da legenda, deputado Antônio Moraes, e o vereador André Régis.

Após a cerimônia, questionado sobre o possível ingresso ao PSDB, João Lyra confirmou e disse estar conversando com as lideranças tucanas e a cúpula local do PSB. “Minha prioridade é ficar no PSB, mas existe a possibilidade também, dentro dessas conversas e dialogo, de nos integrarmos ao PSDB. Temos um prazo jurídico, mas não quer dizer o que político vai se estender. Mais brevemente possível estaremos dando o nosso posicionamento”, informou. Na semana passada, inclusive, ele esteve em Brasília para um encontro como senador Aécio Neves (PSDB)e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). 

Com a nova legislação, Raquel e João Lyra têm até março para mudar de partido caso queiram postular algum cargo eletivo em 2016. “Estou pacientemente aguardando uma definição do quadro do PSB. Temos que ter paciência, pois o dialogo é o instrumento principal para que nós possamos ter uma saída política que atenda o interessa da população. Não estamos fazendo isso por interesse pessoal, mas por defender um projeto a nível nacional, regional, estadual e municipal. Não existe a política sem essas escalas. Temos que integrar tudo isso para ter resultado”, argumentou o ex-governador.

Em Caruaru, o PSB tem duas frentes distintas. Uma ocupada pelos Lyras e outra pelo vice-prefeito da cidade, Jorge Gomes. O imbróglio local no momento é sobre o comando da legenda, a partir disso serão escolhidos os candidatos para a prefeitura da cidade em 2016. Nas últimas semanas, os políticos caruaruenses têm conversado com o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, e o governador Paulo Câmara (PSB), no entanto ainda não houve uma definição. 

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Instituto de PSDB- PE será presidido por Joaquim Francisco

Filiado oficialmente ao PSDB desde a última semana, Joaquim Francisco reuniu ex-governadores, deputados estaduais e federais, vereadores e prefeitos de diversos partidos, nesta sexta, para festejar a mudança de partido. Apesar de recém-chegado ao PSDB, o ex-governador já chega para presidir o Instituto Teotônio Vilela (ITV) em Pernambuco. Órgão do PSDB é responsável pelas formações e cursos dos integrantes da agremiação e simpatizantes. 

“Chego à casa nova como se fosse antiga. Não recebo nem o tratamento de novato. No ITV vamos mostrar ao jovem e ao militante que eles têm uma base e uma bandeira atual. Chego mais maduro, pelo calor de muitos sóis. Criei uma convicção de que o equilíbrio fiscal da voto e ninguém mais equilibrou este país como o Plano Real do PSDB”, argumentou contextualizando. “O papel da oposição é ser cri-cri. Quero estar aqui nesta trincheira para amolar ainda mais a foice”, acrescentou o ex-prefeito do Recife.  

Além de João Lyra, participaram do evento os ex-governadores Gustavo Krause e Roberto Magalhães. Os deputados estaduais Priscila Krause (DEM), Rodrigo Novaes (PSD), Eriberto Medeiros, José Humberto Cavalcanti (PTB) e Raquel Lyra. Ainda estive presente, a vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT). 

 

Servidores de qualquer esfera institucional, que cumprem funções de cargos comissionados, podem ser impedidos de doar para campanhas eleitorais, caso o projeto apresentado pelo deputado federal Bruno Araújo (PSDB) seja aprovado pela Câmara Federal. O Projeto de Lei (PL) 3106/15 proíbe as doações aos partidos ou a candidatos.

De acordo com o tucano, a proposta evita que as nomeações políticas sejam usadas para prover recursos de candidatos e partidos. “Assim pretendemos evitar a criação e a ocupação de cargos com o objetivo de aumentar a arrecadação de candidatos e partidos”. 

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Ele lembrou que em 2014, o Brasil possuía 22,7 mil cargos de confiança em nível federal, 115 mil em nível estadual e cerca de meio milhão na esfera municipal. “Parte daqueles que exercem função de livre nomeação e exoneração é obrigada a contribuir com uma parte de seu salário para o partido que está no poder e ao qual é filiado”, protestou.

Para o líder da oposição na Câmara, com a declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) das doações de pessoas jurídicas a partidos políticos, teme-se que o financiamento por meio de contribuições dos filiados que ocupam cargos em comissão seja ampliado, inchando ainda mais o Estado e agravando a situação fiscal do país.

“Além disso, este meio de financiamento mostra-se lesivo também à isonomia do processo eleitoral, uma vez que se restringe ao partido que está no poder e a seus aliados, causando notável desequilíbrio financeiro em relação aos demais”, completou o deputado.

Bruno Araújo destacou ainda que, no ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) editou resolução impedindo que autoridades públicas que exerçam cargos de chefia ou direção no serviço público façam doações a partidos políticos.

Segundo ele, o PL 3106/15 amplia a vedação a qualquer ocupante de cargo de livre nomeação e exoneração, já que a instabilidade característica desse cargo frequentemente coloca seu ocupante em posição de submissão em relação aos interesses do partido. “Assim, pretendemos evitar a criação de cargos com o objetivo de aumentar a arrecadação partidária”, sustentou.

 

As 27 propostas apresentadas recentemente pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), a presidente Dilma Rousseff (PT) estão sendo encaradas por deputados federais pernambucanos como uma estratégia para tirar o foco da pressão popular contra o governo da petista. 

“É espuma. Uma tentativa de tirar o foco e reduzir a pressão popular que é grande fazer com que as atenções do Brasil se voltem para este tipo de discussão. O debate no Brasil hoje é crise econômica grave, por conta do estelionato político eleitoral, e a incompetência do governo Dilma”, argumentou o líder do DEM na Câmara, o deputado Mendonça Filho. 

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Para o líder da oposição na Câmara, deputado Bruno Araújo (PSDB), a chamada “Agenda Brasil” é a demonstração de que “o governo Dilma acabou”. “No momento que as principais propostas macro econômicas e político-sociais do governo são decididas pelo presidente do Senado mostra que a presidente não governa mais. E, pior, ela não está abrindo mão do seu poder constitucional para qualquer referência política que o povo respeita, mas para Renan Calheiros. Isso mostra que o governo dela já chegou ao fim mesmo”, observou o tucano. 

Correligionário de Renan, o deputado Jarbas Vasconcelos pontuou a estratégia como uma possibilidade do presidente do Senado também querer sair do crivo popular. “É uma tentativa de Renan de sair do estrangulamento. São duas [Dilma e Renan] pessoas afogadas”, disparou. 

"Agenda Brasil" 

Divididas em três áreas, as propostas de Renan ao governo abordam "melhoria do ambiente de negócios", "equilíbrio fiscal" e "proteção social". Alguns dos pontos apresentados já estão em estudo pelo governo ou em análise no Legislativo.

Sem muitos detalhes, o documento sugere uma reforma da Lei de Licitações, do ICMS e do PIS/Cofins. A implantação da Instituição Fiscal Independente, aprovação da Lei de Responsabilidade das Estatais e medidas para repatriação de ativos financeiros do exterior. Além da possibilidade de cobrança diferenciada por faixa de renda para procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Com a popularidade em baixa, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi o principal alvo da manifestação, que aconteceu neste domingo (16), na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Ao som de jingles com frases como “pé na bunda dela, o Brasil não é a Venezuela”, “estou na rua para derrubar o PT” e entoando coros de “Fora Dilma”, “Lula nunca mais” e “impeachment, impeachment”, milhares de pernambucanos ocuparam a orla marítima recifense.

Vestidos de verde e amarelo, os rostos pintados e com apitos, os manifestantes iniciaram a concentração para a passeata por volta das 9h30 e o cortejo ganhou as ruas às 11h. O início do percurso foi ao som do Hino Nacional entoado pela cantora Nena Queiroga e dezenas de crianças que participavam junto com os pais do ato. "A nossa maior arma é a voz. Temos voz e vez quando saímos de casa, como hoje", afirmou a artista. 

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Com a caracterização de palhaço, o engenheiro João Paulo, de 54 anos, colocou-se insatisfeito com a atual conjuntura. “Trago aqui a minha insatisfação como brasileiro em relação à situação política e econômica do Brasil. Na estância normal quando um ladrão é descoberto ele é preso, porque os chefes destas quadrilhas não estão na prisão também?”, questionou o engenheiro. Indagado porque estava vestido de palhaço, o engenheiro afirmou se sentir assim. “Nós somos ou palhaços ou gados. Preferi vir de palhaço”, acrescentou. 

Rebatendo os panelaços, mas se colocando favorável a manifestação deste domingo (16), o auditor fiscal do estado, Antônio Mesquita, pediu que as panelas fossem trocadas por flores.  “Estou levantando a bandeira de um país livre do PT e dos partidos políticos que querem aparelhar os governos. Quero uma nação forte e unida em torno de um programa de gestão que beneficie a população por igual”, argumentou, oferecendo flores a quem passasse por ele. 

Um dos porta-vozes do Vem Pra Rua em Pernambuco, o advogado Gustavo Gesteira, apresentou um balanço positivo do ato. “Pudemos ver aqui gente de todas as classes, de vários lugares de Pernambuco e várias idades protestando contra a corrupção instalada no Brasil e esta crise causada pelo governo Lula e Dilma. As pessoas não aguentam mais tanta mentira e incompetência”, observou o representante.

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Segundo Gesteira, agora o Vem Pra Rua vai acompanhar o julgamento das contas da presidente Dilma no Tribunal de Contas da União (TCU). “Vamos acompanhar de perto o julgamento do TCU. Chegou a hora dos ministros divulgarem de que lado eles realmente estão. Se estão ao lado da lei e do povo brasileiro ou da corrupção e da roubalheira que teve nos últimos anos do governo do PT”, cravou, salientando que ainda não há nenhuma nova manifestação pré-agendada. Os dois últimos aconteceram em março e abril.

Ao fim do percurso, Gesteira abriu o microfone para os que estavam acompanhando a passeata. Pedidos de impeachment e críticas ao PT e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), foram algumas das teses levantadas pelos que fizeram o uso da palavra. “Não é com facão na mão que vamos lutar, mas com a constituição debaixo do braço e flores”, ironizou a professora Mônica Marinho, fazendo menção ao que disse recentemente o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Vagner Freitas. Ele disse que usaria armas para defender o governo petista. 

De acordo com o Vem Pra Rua, 50 mil pessoas estiveram no ato. A Polícia Militar que acompanhou todo o trajeto e não registrou ocorrências, preferiu não se posicionar sobre o quantitativo de presentes. 

Participação política 

A manifestação deste domingo acontece exatamente 23 anos depois que os caras-pintadas saíram às ruas pela primeira vez em todo o Brasil para pedir a saída do então presidente Fernando Collor. O desembarque da presidente Dilma Rousseff também é defendido por políticos que participaram do ato no Recife

“A população hoje está revoltada com a corrupção e a crise. Tem o direito e o dever de protestar, dizer da sua insatisfação e clamar por mudanças que passam por um processo de impeachment, por estratégias para eliminar a corrupção endêmica e a crise econômica”, observou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho. 

“O país está semi-paralisado. Ela [Dilma Rousseff] continua mentindo, quando diz que a crise é passageira. O país não aguenta nem Lula, nem o PT nem ela”, corroborou o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB). Para ele, o caminho mais viável seria uma renuncia de Dilma, pois o “processo de impeachment é muito traumático”. 

Além deles, os deputados federais Raul Jungmann (PPS), Daniel Coelho (PSDB) e Bruno Araújo (PSDB), este líder da oposição na Câmara; os estaduais Priscila Krause (DEM) e Antônio Moraes (PSDB); e o vereador do Recife André Régis (PSDB) também participaram do ato.  

Custeio 

Um caminhão de pequeno porte acompanhou toda a passeata vendendo camisas e placas com o pedido de “Fora Dilma” e “Lula nunca mais”. A estratégia, no entanto, não era referida como comercialização de itens pelos integrantes do Vem Pra Rua, mas como uma forma de doação. 

“Doe R$ 10,00 e ganhe um pirulito [placa com dizeres contra o PT]. Doe R$15,00 e ganhe uma camisa”, dizia o locutor. Indagado sobre os custos do evento, que por sinal foi logisticamente mais organizado do que os dois últimos, Gesteira disse que os gastos foram menores do que o imaginado. 

“Com as doações das pessoas que vieram para cá conseguimos custear a manifestação. O custo é menor do que se pensa. Gastamos menos de R$ 20 mil para bancar tudo”, explicou.

Em sessão solene em homenagem ao ex-governador de Pernambuco e ex-deputado federal Eduardo Campos, que faleceu em acidente aéreo em agosto do ano passado, os parlamentares destacaram a capacidade conciliadora do político ao governar. A cerimônia foi realizada no plenário da Câmara dos Deputados, atendendo ao pedido do deputado Luiz Lauro Filho (PSB-SP).

O líder do PT na Casa, Sibá Machado (AC), destacou que Campos “agia com tolerância e matinha a convivência pacífica”, mesmo que divergisse das ideias de alguns políticos. Em 2013, o então governador rompeu com o governo, já adiantando a candidatura alternativa à Presidência da República no ano seguinte. O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), também lembrou a relação de respeito que havia entre eles. “Aqui na Câmara, Eduardo teve a oportunidade de participar de forma ativa e vibrante e de vocalizar assuntos de interesses de Pernambuco e do Brasil”.

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Para Augusto Coutinho (SD-PE), seguir o legado de Campos é a melhor forma de prestar homenagem. “Ele agia com respeito, clareza e ética, olhando para o futuro. Eduardo deixou plantada a semente da boa política, capaz de transformar e mudar a vida dos brasileiros. Uma política a serviço do povo e não em interesse a grupos privados”, sustentou ele, ao dizer também que o falecimento deixou “um grande vácuo na política nacional”.

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A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) lembrou o desenvolvimento pelo qual Pernambuco passou quando Campos foi governador. “Ele elevou a economia de Pernambuco, levou para lá a indústria naval, petroquímica, farmoquímica e automobilística. Isso representou uma vontade política entre Lula e Eduardo. Mas se não fosse a capacidade política de Campos, não seria possível executar tudo isso”, disse. Ela também destacou o investimento na educação pública, que alcançou seis dos dez melhores desempenhos na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Ele acreditava na inteligência e conhecimento”.

Bruno Araújo (PSDB-PE) disse que Eduardo foi “o político mais obstinado e dedicado” que ele conheceu. Já Tadeu Alencar (PSB-PE) considerou a “celebração justíssima” pela influência que Campos tinha na política do país e considerou que a morte dele “deixou um evidente vácuo na gestão do pais”. Eduardo da Fonte (PP-PE) se solidarizou com a família Campos e ofereceu apoio ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e ao prefeito do Recife, Geraldo Julio, para governar.

Paulo Câmara, inclusive, ressaltou a gestão de Campos no Estado. “Durante quase oito anos, ele fez uma revolução em nosso estado com um modelo de gestão, do qual tenho a honra de dar continuidade, que defende que se faça mais com menos e mais rápido para chegar a toda população”. O governador Rodrigo Rollemberg (Distrito federal) disse que “Campos era, sobretudo, uma pessoa competida com o povo, com os mais pobres, e que sempre olhou para o futuro”, lembrando a atuação dele como ministro da Ciência e Tecnologia, quando apoio, por exemplo, as pesquisas com células-tronco.

Representando a família, João Campos, filho mais velho de Eduardo e Renata, agradece à Câmara dos Deputados pela homenagem e aos pernambucanos e brasileiros pelo carinho e apoio à família nos últimos meses. “Sempre perguntam: o que faria hoje Eduardo? Eduardo certamente insistiria que não deixassem de acreditar na força do povo, na capacidade que tem de superar desafios, que não permitissem que o desânimo vencesse a crença no futuro”, sustentou.

Repetindo parte das palavras ditas pelo irmão Pedro na Assembleia Legislativa de Pernambuco, nessa terça (11), João lembrou um trecho do discurso de Campos ao tomar posse no primeiro mandato como governador de Pernambuco.  “Vamos construir um tempo novo em que os que sempre perderam vão começar a ganhar, em que as vítimas não serão mais culpadas, em que a indignação seja ferramenta pra enfrentar a pobreza, a miséria, a violência e a exclusão.

No encerramento da sessão, o cantor pernambucano Maciel Melo cantou a canção Madeira do Rosarinho (Madeira que cupim não rói), cantada nas campanhas de Eduardo Campos.

Faltando um dia para a veiculação da propaganda partidária do Partido dos Trabalhadores (PT) em rede nacional de rádio e TV, parlamentares da oposição incentivam, nas redes sociais, à população aderir a mais um panelaço. A gravação vai ao ar nesta quinta-feira (6), às 20h nas rádios e às 20h30 na TV. 

Com duração de dez minutos, a propaganda deverá tentar driblar os resultados negativos da avaliação da presidente Dilma Rousseff (PT) nas últimas pesquisas e a crise econômica vivenciada no País. Outra dificuldade da legenda é ter que veicular a gravação partidária na semana que o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, foi preso. 

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Enquanto o partido prepara a gravação para mostrar propostas positivas, a oposição usa as redes sociais para convidar às pessoas para o panelaço. No Facebook do deputado federal Bruno Araújo (PSDB), ele postou uma imagem com uma panela, a data e o horário da veiculação e a frase: “panelaço neles!”.

Quem também usou o Facebook para instigar a população foi o senador Ronaldo Caiado (DEM). Na imagem, o democrata avisa: “10 minutos de panelaço em todo o Brasil”.

 

 

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