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Por ocasião do "Dia Mundial das Massas", comemorado no próximo dia 25 de outubro, um estudo italiano revelou que o consumo de massa no mundo nos últimos 10 anos quase dobrou, passando de 9 para 15 milhões de toneladas.

Somente na Itália, onde o carboidrato é um item básico na mesa dos cidadãos, 9 em cada 10 italianos (88%) comem espaguete, fusilli e rigatoni regularmente, e 1 em cada 3 (36%) consome todos os dias. Os dados foram encomendados pelos fabricantes de massas da Unione Italiana Food, que fizeram um balanço do setor que é símbolo do "Made in Italy". 

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De acordo com a pesquisa, um prato em cada quatro consumidos no mundo é originário da Itália. Segundo os chefs, os consumidores, que vivem em busca de novos sabores e texturas, também optam por variações da tradicional pasta, escolhendo massas integrais (30%), legumes (10%), de farinhas diferentes (9%), sem glúten (6%). 

Além do estudo, o evento internacional "Al Dente" também será realizado por ocasião das celebrações. Durante sete dias, entre 18 e 25 de outubro, em diversas cidades do mundo vserá possível provar pratos de massas exclusivos, inspirados nos temas #pasta2050 e #WorldPastaDay.

Em 130 restaurantes na Itália e em todo o mundo, o menu destacará um prato de massa inspirado nas seis principais tendências que caracterizarão o consumo desse alimento nos próximos 30 anos. Entre os autores das receitas visionárias também estão os famosos chefs Heinz Beck, os irmãos Alajmo, Rosanna Marziale. O objetivo é enfatizar que a massa é um verdadeiro prato típico italiano e simboliza a saborosa e saudável dieta mediterrânea.

Da Ansa

Cerca de 20.600 pés de maconha foram incinerados na Ilha de Aracapá, localizada na Zona Rural de Orocó, no Sertão pernambucano. As autoridades estipulam que cerca de sete toneladas do entorpecente foram retiradas do mercado. A Polícia Federal (PF) revelou na manhã desta sexta-feira (20) os números da ação ocorrida entre os dias 18 e 19 deste mês.

No local, 130 quilos da droga pronta para consumo e 20.600 pés de maconha -divididos em 11 plantios - foram erradicados. A PF acredita que foram retirados do mercado consumidor aproximadamente seis toneladas e 800 quilos que seriam produzidos. Ninguém foi preso.

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Há pessoas que não têm medo de gastar o que têm no bolso. Seja em dinheiro ou cartão, passar umas horas no shopping, enchendo tantas sacolas quantas puder carregar, é às vezes a única coisa que ajuda a esquecer um problema estressante ou uma forma de fugir da pressão do trabalho ou da família. Oniomania é o nome dado à compra compulsiva, um mal que atinge milhares de brasileiros, principalmente mulheres, e que pode acabar se tornando uma doença.

Segundo Alessandro Bacchini, doutor em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e coordenador do curso de Psicologia da UNAMA - Universidade da Amazônia, o ato de compra descontrolada é reflexo principalmente de alguma frustração pessoal, relacionada à família ou ao trabalho, e à pressão social agravada pela sociedade capitalista do velho lema “dinheiro é poder”.

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“É uma paixão, num sentido de algum excesso, que vem para ocupar o lugar de alguma falta, de algo que uma pessoa não consegue suportar, e acaba tendo esse ato de comprar numa tentativa de obturar”, afirma o psicólogo. Segundo ele, dois dos principais fatores condicionantes para a oniomania são o tempo pessoal e a sociedade consumista. “Temos pouco tempo para ficar com as pessoas que estão no campo dos afetos que a gente nomeia como amor. Estamos substituindo a mera satisfação de algumas necessidades, de algumas pulsões, e deixando de lado o trabalho todo que dá ao longo do tempo para que a gente se pergunte em relação ao que nós desejamos de fato", afirma.

Outro fator determinante, segundo o psicólogo, é a sociedade baseada em consumo. "A relação de poder e produção econômica gira muito mais em torno de um mercado especulativo do que, por exemplo, um mercado fabril, como era no século XVIII”, diz Bacchini.

Além da possibilidade de superendividamento, que já é a realidade de grande parte da população brasileira, a oniomania pode levar a conflitos familiares (quando estes já não são os fatores de origem) e a tendências depressivas. O indivíduo que apresenta esse quadro pode acabar sofrendo de ansiedade após a compra, ou seja, o arrependimento que ocorre logo depois de chegar em casa e o medo de sequer olhar para as sacolas.

São muitos os motivos que levam uma pessoa a chegar nesse estado. Alessandro Bacchini explica que o trabalho do psicólogo entra como um auxílio de reposicionamento em relação a esse mal-estar, ao que a pessoa teve de abandonar em relação às suas satisfações e desejos. Segundo o psicólogo, a oniomania pode parecer só uma coisa qualquer, mas, como qualquer vício, é uma doença que destrói a estabilidade psicológica de uma pessoa e exige tratamento.

Liandra Diaz, maquiadora e auxiliar de promoção de eventos, tem uma rotina bem puxada e admite que só acaba com o estresse acumulado depois de comprar alguma coisa. “A minha rotina é tão cheia que só o que faço em casa é dormir. Nem tempo pra gastar dinheiro eu tenho, mas todas as minhas folgas eu passo no shopping. O problema é que depois eu fico morrendo de saudade do meu dinheirinho suado”, relata.

Por Afonso Serejo.

O consumo total de gás natural cresceu 1,77% em junho ante maio, informou nesta terça-feira, 20, a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Na comparação com igual mês do ano passado, houve uma queda de 23,41%. No acumulado do primeiro semestre, o consumo caiu 5,4%, totalizando para 57,9 milhões de metros cúbicos/dia.

O consumo na indústria em junho caiu 3,22% em relação a maio e 1,43% na comparação com junho de 2018. No primeiro semestre, foi 2,5% superior a igual período do ano anterior.

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O segmento residencial registrou alta de 25,2% na comparação com maio e estabilidade ante o mesmo mês de 2018. No semestre o setor registrou retração de 2,2%, em função das temperaturas, em média, mais elevadas.

A geração termelétrica teve alta de 12,5% em junho ante maio. Na comparação com junho de 2018, houve recuo de 50,1%. No balanço do semestre, a queda foi de 19,9%.

No GNV o consumo recuou 1,6% ante o mês imediatamente anterior. Na comparação com junho de 2018, avançou 1,1%. No confronto com o primeiro semestre, a alta foi de 5,2%.

Em junho, o número de clientes que consomem gás natural chegou a 3,565 milhões de clientes - número de medidores nas indústrias, comércios e residências e outros pontos de consumo.

Em nota, o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, destaca que com os sinais econômicos corretos, o consumo de gás natural pode crescer em todo o País. O executivo lembra que o Termo de Compromisso de Cessação (TCC) firmado entre o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Petrobras poderá reduzir a concentração de mercado existente e abrir chances para uma concorrência maior na oferta.

"Entretanto, o TCC ainda é insuficiente. É preciso que fique mais claro como será o acesso de novos agentes à infraestrutura essencial (rotas de escoamento, unidades de processamento e terminais de GNL), além de criar regras que deem segurança operacional ao mercado, garantindo o abastecimento", diz.

O índice de consumo de álcool no Brasil é mais alarmante do que o do uso de substâncias ilícitas, segundo o 3º Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A pesquisa revelou que mais da metade da população brasileira de 12 a 65 anos declarou ter consumido bebida alcoólica alguma vez na vida.

Cerca de 46 milhões (30,1%) informaram ter consumido pelo menos uma dose nos 30 dias anteriores. E aproximadamente 2,3 milhões de pessoas apresentaram critérios para dependência de álcool nos 12 meses anteriores à pesquisa.

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O levantamento que ouviu cerca de 17 mil pessoas com idades entre 12 e 65 anos, em todo o Brasil, entre maio e outubro de 2015, é apontado como um dos mais completos por sua abrangência. Pesquisadores da fundação afirmam, inclusive, que os resultados são representativos inclusive de municípios de pequeno porte e de zonas de fronteira.

Álcool e violência

A relação entre álcool e diferentes formas de violência também foi abordada pelos pesquisadores que detectaram que, aproximadamente 14% dos homens brasileiros de 12 a 65 anos dirigiram após consumir bebida alcoólica, nos 12 meses anteriores à entrevista. Já entre as mulheres esta estimativa foi de 1,8%. A percentagem de pessoas que estiveram envolvidos em acidentes de trânsito enquanto estavam sob o efeito de álcool foi de 0,7%.

Cerca de 4,4 milhões de pessoas alegaram ter discutido com alguém sob efeito de álcool nos 12 meses anteriores à entrevista. Destes, 2,9 milhões eram homens e 1,5 milhão, mulheres. A prevalência de ter informado que “destruiu ou quebrou algo que não era seu” sob efeito de álcool também foi estaticamente significativa e maior entre homens do que entre mulheres (1,1% e 0,3%, respectivamente).

Percepção de Risco

A percepção do brasileiro quanto às drogas atrela mais risco ao uso do crack do que ao álcool: 44,5% acham que o primeiro é a droga associada ao maior número de mortes no país, enquanto apenas 26,7% colocariam o álcool no topo do ranking.

Segundo coordenador do levantamento e pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz, Francisco Inácio Bastos,os principais estudos sobre o tema, como a pesquisa de cargas de doenças da Organização Mundial de Saúde, não deixam dúvidas: o álcool é a substância mais associada, direta ou indiretamente, a danos à saúde que levam à morte”, afirmou Bastos.

“Tanto o álcool quanto o crack, porém, representam grandes desafios à saúde pública. Os jovens brasileiros estão consumindo drogas com mais potencial de provocar danos e riscos, como o próprio crack. Além disso, há uma tendência ao poli uso [uso simultâneo de drogas diferentes]. Por isso é tão importante atualizar os dados epidemiológicos disponíveis no país, para responder às perguntas de um tema como o consumo de drogas, que se torna ainda mais complexo num país tão heterogêneo quanto o Brasil”, advertiu.

Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que, nas 27 capitais brasileiras, 67% dos consumidores pretendem ir às compras no Dia dos Pais. Isso representa um aumento de seis pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2018. Serão aproximadamente 105 milhões de filhos presenteando o papai no segundo domingo de agosto.

O valor médio que esses consumidores pretendem gastar também cresceu: R$ 189,98 é o mínimo que os filhos estão dispostos a bancar - R$ 41 a mais do que no ano passado. De acordo com a CNDL, isso vai gerar um impacto de cerca de R$ 20 bilhões. Esses números representam uma maior popularização da data, considerada pelo comércio como um "patinho feio" das datas comemorativas.

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Boa parte da rede varejista não deve estar sentindo um impacto positivo dessa data porque, de acordo com a pesquisa, 51% dos entrevistados disseram que pretendem comprar o presente na primeira semana de agosto, enquanto 13% provavelmente acabarão deixando para a véspera. 

Das pessoas que não presentearão o pai (23%), metade aponta o fato de já terem perdido o ente querido. Já 16% desse grupo justifica não ter contato com o pai e outros 10% não pretendem comprar presentes por falta de dinheiro.

Vestuário lidera o ranking de presentes

Assim como aconteceu em 2018, o vestuário deverá ser a maior responsável pela alegria dos pais, já que corresponde à maior parte das intenções de compra dos filhos (52%), seguido de perfumes e cosméticos (36%), calçados (30%) e acessórios (26%). Para esses "mimos", o levantamento constatou que quatro em cada dez consumidores (38%) pretendem realizar suas compras nos shoppings, enquanto 27% planejam adquirir os produtos na internet. Shoppings populares e lojas de bairros devem corresponder a 19% e 17%, respectivamente, dos locais escolhidos para o consumo. 

Em 13 anos, o uso abusivo de bebida alcoólica aumentou no país, chegando a atingir 17,9% da população adulta. De acordo com dados reunidos pelo Ministério da Saúde, no ano passado, o percentual era 14,7% maior do que o registrado em 2006 (15,6%). O dado consta da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada hoje (25).

No período, o maior crescimento se deu entre as mulheres. O percentual (11%), porém, continua sendo mais baixo do que o dos homens (26%). No início da análise, os percentuais eram de 7,7% e 24,8%, respectivamente.

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Conforme destaca o ministério, entre mulheres, considera-se uso abusivo de álcool a ingestão de quatro ou mais doses em uma mesma ocasião, nos últimos 30 dias. Já no caso de homens, o comportamento se configura quando há ingestão de cinco ou mais doses. 

O comportamento é visto com mais frequência entre grupos populacionais mais jovens e tende a diminuir à medida que a idade avança. Segundo a Vigitel, há preponderância entre homens de 25 a 34 anos (34,2%) e mulheres de 18 a 24 anos (18%). Já entre mulheres com mais de 65 anos, o percentual é de somente 2%, o que representa 5,2% a menos do que em homens da mesma idade (7,2%).

O uso abusivo de bebidas alcoólicas é um fator de risco que contribui para a ocorrência de acidentes de trânsito e para a suscetibilidade a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), que abrangem câncer, doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC). Na perspectiva da Organização Mundial da Saúde (OMS), não há volume de álcool que possa ser classificado como "seguro", uma vez que a substância é tóxica para o organismo humano.

Mortalidade

O Ministério da Saúde calcula que 1,45% do total de óbitos registrados entre 2000 e 2017 pode ser "totalmente atribuído" à ingestão abusiva de bebidas, como doença hepática alcoólica. A estatística prova que a vulnerabilidade dos homens está diretamente relacionada à embriaguez. Eles morrem aproximadamente nove vezes mais do que as mulheres por causas ligadas exclusivamente ao álcool.

Em coletiva, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou que "a melhor estratégia" do poder público é orientar a população por meio de campanhas que evidenciem os malefícios das bebidas alcoólicas. Atualmente, o governo federal oferece, por meio da Política Nacional de Saúde Mental, atendimento a pessoas que sofrem de dependência do álcool (alcoolismo). O atendimento é disponibilizado gratuitamente, das unidades do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

O consumo de bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos de frutas artificialmente adoçados, está vinculado a um risco maior de desenvolvimento de certos tipos de câncer, advertiram cientistas em um estudo que será publicado nesta quinta-feira (11).

A ingestão deste tipo de bebida explodiu no mundo todo nas últimas décadas e estes produtos altamente calóricos já tinham sido associados a um risco elevado de obesidade, que por si só já é reconhecida como um dos principais fatores de risco de desenvolvimento de diferentes tipos de câncer.

Uma equipe de pesquisadores na França quis avaliar as associações entre o consumo de bebidas açucaradas e os riscos de câncer em geral, assim como alguns tipos específicos de tumores malignos, como de mama, próstata e intestino. Eles pesquisaram mais de cem mil adultos, com idade média de 42 anos, sendo 79% mulheres.

Os participantes, que foram acompanhados por um período máximo de nove anos, preencheram pelo menos dois questionários sobre sua dieta em 24 horas, validados online, calculando seu consumo diário de açúcar e bebidas adoçadas artificialmente, assim como 100% de sucos de frutas.

Os cientistas mediram a ingestão diária de bebidas açucaradas em relação a bebidas diet e compararam os dados aos casos de câncer nos registros médicos dos participantes do estudo durante o período de acompanhamento.

Eles descobriram que uma ingestão de apenas 100 ml por dia de bebidas açucaradas estava associada a um aumento de 18% no risco de câncer e um aumento de 22% no risco de câncer de mama.

Tanto bebidas adoçadas quanto sucos de fruta tiveram associação de risco similar.

Durante o acompanhamento, os pesquisadores descobriram 2.193 casos de câncer diagnosticados, com idade média de diagnóstico aos 59 anos.

Os autores do estudo, publicado na revista médica BMJ, reforçaram que seu trabalho se baseou em observação e, portanto, não poderiam estabelecer a causa dos prognósticos de câncer.

Mas o tamanho da amostra foi grande e eles a ajustaram para um número de outros fatores de influência.

Segundo os autores, com base em suas descobertas, taxar as bebidas açucaradas poderia ter um impacto significativo nos índices de câncer.

"Este estudo amplo e bem desenhado se soma à evidência existente de que o consumo de bebidas açucaradas podem estar associadas com um aumento do risco de alguns cânceres", afirmou Graham Wheeler, estatístico sênior do Cancer Research UK, a respeito do estudo.

O consumo de legumes, raízes e tubérculos aumentará 1,9% em ritmo anual no mundo até 2028, segundo um relatório da FAO e da OCDE publicado nesta segunda-feira, que também prevê que o consumo mundial de carne continuará crescendo.

De acordo com o relatório "Perspectivas Agrícolas 2019-2028", publicado pela agência da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o crescimento do consumo de lentilhas, feijão e outras leguminosas, fonte de proteína, será o maior entre os alimentos básicos.

Quanto aos cereais, espera-se que seu consumo mundial cresça 1,2% ao ano na década; a de produtos animais, carne e laticínios, 1,7%; e o de açúcar e óleos vegetais, 1,8%.

O relatório também observa que "nos próximos dez anos, a demanda por produtos agrícolas dependerá, acima de tudo, das necessidades de uma população [...] mundial crescente e em melhor situação econômica".

Assim, na Ásia, onde estima-se que a renda per capita terá um aumento acentuado daqui a 2028, o consumo de carne aumentará 5 quilos por habitante por ano na China, e 4 quilos no sudeste da Ásia, segundo os especialistas.

Esse aumento afetará principalmente aves e suínos, os mais consumidos na região. O consumo de carne bovina aumentará em 0,5 quilo por habitante ao ano nos próximos dez anos, com uma média de 4 quilos por habitante.

No sul da Ásia, por outro lado, o crescimento da renda estará associado a um aumento na demanda por produtos lácteos, açúcar e óleo vegetal. Laticínios e leguminosas continuarão sendo as principais fontes de proteína na região.

O Paquistão será o país com o maior aumento no consumo de lácteos, com um avanço esperado de 42 quilos por habitante até 2028.

A indústria e o governo vão precisar “correr contra o tempo” para preparar o setor automotivo para o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE), avalia o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes. Segundo ele, é preciso melhorar a competitividade das montadoras instaladas no país para conseguir concorrer com os carros fabricados na Europa.

O acordo entre os dois blocos econômicos foi assinado na semana passada e prevê a eliminação das tarifas de importação para 90% dos produtos comercializados entre os países sul-americanos e europeus. Os termos ainda precisam ser ratificados pelos parlamentos dos signatários e, após essa etapa, a implementação das novas regras acontecerá gradualmente ao longo de 15 anos.

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O presidente da Anfavea admitiu que há o risco dos carros da UE ganharem espaço no mercado brasileiro com a redução das tarifas de importação, que atualmente está em 35%. “É uma ameaça, sim. E a gente tem que atacar isso”, enfatizou Moraes na apresentação do balanço do setor. Para ele, é necessário uma reforma na área tributária, além de melhorar as condições burocráticas e logísticas para a indústria nacional.

Com essa melhoria de condições, Moraes acredita que há até a possibilidade dos veículos montados no Brasil conseguirem penetrar no mercado europeu. “Nós consideramos a hipótese firme de exportar”, afirmou. De acordo com ele, o planejamento de investimentos das empresas, que no setor automotivo é feito com horizonte de 7 anos, vai considerar o acordo como fator importante.

A busca por competitividade também deve melhorar os preços dentro do mercado brasileiro. “Nós estamos buscando a redução do custo de produção para exportar, mas isso vai ser aplicado para o consumidor brasileiro também”, ressaltou. “A indústria automobilística trabalha com escala, quanto maior a escala e as condições de exportar, você tem condições de reduzir o custo de produção do veículo e isso vai ser transferido para o consumidor”, acrescentou.

Previsões para 2019

Sobre as expectativas para este ano, o presidente da Anfavea destacou que o mercado apresentou uma melhora em relação ao ano passado, com o melhor mês de junho desde 2015. No entanto, a crise na Argentina, principal destino das exportações brasileiras está, segundo ele, dificultado uma expansão mais robusta do setor.

A produção de veículos teve um aumento de 2,8% no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2018. Foram fabricadas 1,47 milhão de unidades, enquanto nos primeiros seis meses de 2018 a produção ficou em 1,43 milhão de veículos.

As exportações tiveram queda de 41,5% de janeiro a junho em comparação com o primeiro semestre de 2018. Foram vendidos para o exterior 221,9 mil veículos no período, contra 379 mil no ano passado. Em junho, a retração nas exportações foi de 37,9%, com a comercialização de 40,3 mil unidades.

Moraes acredita, entretanto, que o desempenho do segundo semestre poderá ser ainda melhor do que o do primeiro, mantendo a previsão de crescimento da Anfavea para a produção em 9% em relação a 2018.

O consumo de gás natural totalizou 52 milhões de metros cúbicos diários em abril, uma retração de 9,06% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 9,9% frente a março, informou a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

A queda foi impulsionada pela redução dos despachos termoelétricos. O segmento de geração elétrica consumiu 11,6 milhões de metros cúbicos/dia, volume 31,94% menor frente a abril de 2018 e 36,18% mais baixo ante o mês anterior.

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A Abegás destacou o melhor desempenho do segmento industrial, que demandou 28,3 milhões de metros cúbicos/dia em abril, o que corresponde a um crescimento de 0,67% na comparação com igual mês de 2018 e de 2,5% em relação ao mês de março.

Já o consumo de gás natural veicular (GNV) apresentou crescimento de 4,5% na comparação com abril de 2018 e alta de 1,01% frente a março. As residências demandaram 12,15% mais na comparação anual e 3,26% acima do verificado no mês anterior, enquanto o segmento comercial consumiu volume 9,64% maior ante abril do ano passado, mas 4,15% abaixo do verificado em março.

No acumulado do quadrimestre, o consumo chega a 58,898 milhões de metros cúbicos diários, queda de 0,11% ante os 58,96 milhões de metros cúbicos diários entre janeiro e abril do ano passado. "No acumulado do ano, o consumo teve crescimento nos segmentos industrial (2,7%), automotivo (7,2%) e comercial (11,5%), mas os números ficaram estáveis no consumo total em função do menor despacho termoelétrico no período", explica o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.

Em março, o número de clientes que consomem gás natural chegou a 3,5 milhões, número de medidores nas indústrias, comércios e residências e outros pontos de consumo.

Há 32 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu o dia 31 de maio – esta sexta-feira – como o Dia Mundial sem Tabaco. O objetivo é alertar sobre o risco de doenças cardiovasculares, já que anualmente o consumo da substância é responsável por cerca de sete milhões de mortes, das quais mais de 600 mil são por exposição involuntária à fumaça. No Recife, o hábito de fumar registrou uma queda de 37,4% entre 2006 e 2017. A diminuição conta com o auxílio de políticas públicas de redução e disponibilidade de tratamento gratuito através dos cinco Centros de Atenção Psicossocial (Caps AD) espalhados pelo município.

De acordo com a OMS, existem mais de um bilhão de fumantes no mundo que consomem cerca de seis trilhões de cigarros ao ano. “Em um momento de nervoso, você pode fumar uma carteira em um só dia”, declarou o artista plástico Rafael Silva. Aos 38 anos, ele revela que começou a fumar aos 13 anos através da influência publicitária e da cultura de massa, “existia muita propaganda, além disso tem a questão da elegância. Eu comecei vendo em filmes e novelas”, explicou. É válido pontuar que desde 1996, o Brasil vetou a produção e a veiculação de anúncios relacionadas ao tabagismo.

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"Nicotina é uma droga muito forte"

A nicotina, presente no cigarro, altera o sistema nervoso central e chega ao cérebro entre sete e nove segundos, resultando em uma variação do estado emocional e comportamental. Tais modificações induzem a dependência, caracterizada pela necessidade física e psicológica da substância. Mesmo sem o desejo de parar, Rafael sente os problemas acarretados em 25 anos de cigarro na respiração e faz inalação com soro fisiológico duas vezes por semana. “A gente tanta reduzir, pois sabe que o cigarro é ruim. Todos tentam, mas nicotina é uma droga muito forte. Ela é uma das piores”, confessou.

Influenciada pelo marido – que morreu pelo uso abusivo de tabaco - a contadora Clêci Reis começou a fumar aos 19 anos. Hoje com 65, ela se orgulha de ter vencido a nicotina. “Iria fazer 52 anos e me conscientizei que, com a idade, ia vir problemas de saúde. Hoje eu odeio cigarro”. Para a contadora, o dia 2 de janeiro de 2005 é um troféu, já que esta foi a data que decidiu não fumar mais e até hoje mantém a decisão.

Em relação ao tratamento, desde 1989, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) articula a Rede de Tratamento do Tabagismo através do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com os Estados e municípios. Na capital pernambucana, os Caps AD de Afogados, Rosarinho, Ipsep, Cordeiro e Tamarineira oferecem tratamento e acompanhamento gratuitos, além de medicamentos - adesivos de nicotina e Cloridrato de Bupropiona, para minimizar os sintomas das crises de abstinência.

A OMS aponta que em 20 minutos sem cigarro, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal                 Foto: Pixabay

O tratamento

O principal centro em combate ao tabagismo é o de Prevenção Tratamento e Reabilitação de Alcoolismo (CPTRA), na Tamarineira, Zona Norte do Recife. A unidade realiza acompanhamento terapêutico com profissionais especializados através de dinâmicas em grupo formados por cerca de 20 fumantes, a cada 4 meses. "Na abordagem grupo, a gente trabalha tanto questões objetivas inerentes ao uso, que são as possibilidades e recursos para a redução da quantidade, a identificação de gatilhos que disparam [o consumo], e também questões subjetivas. Você entende que as pessoas que procuram, geralmente, têm problemas graves com o cigarro, muitas vezes usam mais de 30 por dia, realmente são fumantes graves", explicou o gerente do CPTRA Luiz Carlos. Ele acredita que a ansiedade, desamparo e sentimento de solidão levam as pessoas a fumar. "O cigarro ocupa de certa forma um espaço significativo na vida dessas pessoas além da questão química", afirmou.

O tratamento tem a finalidade de apresentar um novo comportamento aos fumantes, através de desconstruções comportamentais relacionadas ao ato de fumar, combinadas a intervenções cognitivas com treinamento de habilidades. O INCA adverte que, à princípio, deve-se evitar café e bebidas alcoólicas, pois estimulam à vontade. "A pessoa bebendo, a mente vai pedindo mais nicotina e você chega a fumar duas carteiras em um fim de semana", declarou o artista plástico. Clêci concorda que o tabaco é facilmente atrelado ao consumo de álcool. "As vezes eu passava 15 dias sem fumar. Chegava fim de semana, eu pegava duas cervejas e já dava vontade. Eu acho que era mais para alcoólatra do que para fumante", brincou. 

Menos cigarro, mais saúde 

Independente da idade, parar de fumar é uma opção que maximiza os cuidados com a saúde e com o bolso. Hoje, o dinheiro que a contadora gastava com carteiras de cigarro é revertido na mensalidade da hidroginástica. A OMS aponta que em 20 minutos sem cigarro, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal; em duas horas, a nicotina é extinta do sangue; em oito horas, o nível de oxigênio no sangue é normalizado; entre 12 horas e um dia, os pulmões já apresentam uma melhora no funcionamento; após dois dias, o olfato já identifica melhor os cheiros e desperta o paladar; após um ano, o risco de morte por infarto é reduzido pela metade, e em 10 anos, o risco é igual ao de pessoas que nunca fumaram.

Serviço

Confira os endereços dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps AD)

CPTRA - Avenida Conselheiro Rosa e Silva, 2130, Tamarineira;

Caps AD do Rosarinho - Estação Vicente Araújo- Rua Couto Magalhães, 480;

Caps AD de Afogados - Espaço Travessia René Ribeiro, Rua Jacira, 210;

Caps AD do Ipsep - Professor José Lucena, Rua Santos Cosme e Damião, 186;

Caps AD Cordeiro - Rua Rondônia, 100.

Dúvidas ou informações podem ser obtidas através do telefone 3355-2821 ou pelo e-mail saúdementalal@gmail.com.

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A UNAMA - Universidade da Amazônia participou, entre os dias 23 e 25 de abril, da quarta edição da Semana Fashion Revolution, no campus Alcindo Cacela. O evento ocorre em 100 países, focando no consumo consciente e visando despertar a conscientização sobre o mercado de moda e seu impacto ambiental e social.

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Em Belém, a Fashion Revolution mobiliza profisisonais e estudantes de moda desde 2016, organizada por docentes e acadêmicos. Segundo o coordenador do curso de Moda da UNAMA, Fernando Hage, as atividades são bem práticas. “Nós realizamos algumas ações e temos uma exposição com o titulo 'Eu desenhei suas roupas', assim como um bazar de troca de camisetas, fazendo com que as pessoas pensem em formas alternativas de consumo”, disse o coordenador.

Rafaela Silva, professora, destacou a importância da customização. “O intuito da gente é reaproveitar alguma peça que temos em casa, pegar uma roupa velha e esquecida no guarda-roupa e fazer com que a galera possa customizar”, disse a professora.

Sara Magno, aluna do curso de Moda, disse que desenha des criança, inspirada na tia. “A minha inspiração não é só nessa área de bordado, eu desenho desde criança e minha grande inspiração para começar tudo isso foi a minha tia. É uma coisa que vem desde a infância, e essa oficina é para eu aprimorar mais”, finalizou.

Por Ramon Almeida.

Por conta da demanda, o mercado de cervejas artesanais vem crescendo no Brasil, são quase 7 mil registros de cervejas e chopes no país, número que superou em 2018 mercados como o de polpas de frutas, vinhos e bebidas mistas. Surfando nessa onda, eventos como o Abril pra Cerva, realizado no Garagem Food Trucks do Espinheiro, Zona Norte do Recife, vem ganhando força na capital pernambucana.

Voltado para os amantes da cerveja, o encontro começou por volta das 11 horas da manhã deste sábado (27), seguindo até 18 horas da noite, com mais de mil litros de cerveja artesanal disponível para as 200 pessoas que desembolsaram R$ 90 para saborear as diversidades desse, que é um dos líquidos mais consumidos no Brasil.

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Vanessa Nobre, 30 anos, uma das organizadoras do Abril pra Cerva e integrante da Associação de cervejeiros caseiros do Estado de Pernambuco, confirma a crescente dos consumidores da cerveja artesanal e que, diferente do que aconteceu anos passados, os ingressos para o evento deste ano foram vendidos mais rapidamente. No local, o público conferiu os diferentes tipos da cerveja.

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“Nós temos cerveja com goiaba, manga, pitanga, cacau, amendoim e com tudo o que você imaginar”, reforça Vanessa. Para que o trabalho seja bem feito e o sabor agrade ao público, a organizadora do Abril pra Cerva e Integrante da associação dos cervejeiros acentua que todos os associados tentam se ajudar. “Nós promovemos cursos, workshops; um prova a cerveja do outro, dizendo o que ficou bom e o que precisa melhorar. Com esse evento a gente consegue saber o que as pessoas acham (do que foi produzido)”, acentua Vanessa.

O encontro dos amantes da cerveja foi realizado em parceria com a Garagem Food Trucks e, de acordo com José Jaime, proprietário do espaço, o sucesso do evento se deve a procura pelo diferencial que eles fazem. “O espaço não sobreviveria se não estivéssemos o tempo todo injetando gás novo. Tudo é um teste. Você começa errando, mas depois você ver que há uma evolução”, acredita Jaime.

O feminismo e a cerveja artesanal

Engana-se quem pensa que não dá para misturar suas causas e lutas sociais - até - nas cervejas artesanais. Jú Alecrim, como quer ser chamada, fundou, juntamente com outras quatro mulheres, a confraria Moça Bonita. Elas juntaram força e hoje são mais de 150 mulheres cervejeiras integrando a confraria, lutando pelo empoderamento da mulher no mundo cervejeiro que, segundo Jú Alecrim, é um meio bastante machista e masculino. “Nós estamos lutando cada vez mais pela nossa posição nesse contexto de cerveja artesanal. O empoderamento feminino é uma luta de vida e não poderia ser diferente (no meio cervejeiro)”, exclama Jú, que é diretora da Maria Bonita.

Além de tentarem fortalecer o espaço feminino no meio tido como machista, as meninas da confraria tentam imprimir suas causas até nos sabores das cervejas que produzem. Para além da harmonização, Jú Alecrim reforça que a Moça Bonita realiza eventos e transforma o arrecadado em ajuda para as mulheres que precisam de ajuda.

“Fabricou a cerveja? Todo o dinheiro arrecadado é doado para instituições que ajudam mulheres em risco. Nós promovemos movimentos de educação, palestras, integrando mulheres também no movimento cervejeiro”, conclui a feminista e sommelier Jú Alecrim.

Aumento de cervejarias registradas no Brasil

De acordo com levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2018 foram 889 novas cervejarias registradas no Brasil, 210 a mais do que em 2017. O Sudeste é quem lidera o mercado nacional, com 90% dos registros de produtos realizados em 2018.

Para o presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), Carlo Lapolli, os números refletem as boas expectativas para o setor, que tem o objetivo de crescer também no volume de consumo das marcas independentes. “O aumento significativo na quantidade de cervejarias é um passo fundamental para que o mercado cresça. Com mais opções, rótulos regionais e um trabalho de inclusão de todos os estados brasileiros no universo da cerveja artesanal, acreditamos ser possível ultrapassarmos os 3% do volume de cervejas comercializadas nos próximos anos. Hoje, a estimativa é que estejamos próximos aos 2%”, comenta.

Tradicionalmente servido nos almoços do feriado de Sexta-Feira Santa, o peixe é uma ótima opção na troca da carne vermelha ou de frango por ser rico em proteínas e demais nutrientes, mas o consumidor deve estar atento para não ser contaminado por doenças transmitidas por bactérias, vírus, parasitas, biotoxinas e resíduos de metais pesados, que residem no alimento.

A diretora do Grupo de Alimentos do Centro de Vigilância do Estado de São Paulo, Claudia Maria Ruggiero Amaral, alerta que no momento da compra o consumidor deve escolher peixes frescos e conservados no gelo.

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"A higiene e o armazenamento são itens importantes. No supermercado devem estar em balcão frigorífico, e na feira, é necessário ter gelo picado por cima, estar exposto em balcão de aço inox inclinado e protegido do sol e de insetos, além de ser obrigatório que o feirante use luvas descartáveis", explica. "No caso dos peixes congelados que são vendidos em embalagens, o balcão onde estiver armazenado não pode estar superlotado. Isso impede a circulação do ar frio e compromete a qualidade", acrescenta.

Já quanto ao bacalhau, que é o peixe mais servido na data, Claudia recomenda o conhecimento da procedência do alimento. "Uma boa pesquisa de preços e tipos de qualidades pode levar a uma compra mais acertada. Não adquira se ele estiver com manchas avermelhadas ou pintas pretas no dorso, sinais que indicam a presença de bolor ou deterioração", ensina

A especialista afirma ainda que o armazenamento em casa também requer cuidados. "Os alimentos devem ser refrigerados e congelados na geladeira ou freezer e consumidos até a data de validade indicada no rótulo dos produtos. Na ausência dessas informações, os pescados podem ser mantidos na geladeira durante três dias na temperatura de 2º C, e no freezer durante três meses na temperatura de -18ºC", orienta.

O aumento no preço do feijão está sendo sentido pelo brasileiro que está acostumado em ir à feira todos os meses. Desde o início do ano, seja no mercadinho do bairro, nos mercados públicos ou supermercados, o consumidor parece não ter outra alternativa, a não ser pesquisar bem antes de comprar. A falta da "pechincha" pode custar caro para o consumidor. 

De acordo com os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ano de 2019 começou com a baixa estimativa e o país deve colher 2,929 milhões de toneladas de feijão neste ano - o que representa uma queda de 1,5% em relação ao resultado de 2018. O consumo doméstico do feijão gira em torno de 3 milhões de toneladas por ano.

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Essa estimativa menor de safra do grão de feijão é o que impulsionou o aumento no seu preço. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço do feijão carioca - o mais consumido no Brasil -, aumentou 19,76% em janeiro deste ano.

O LeiaJá foi conferir de perto a variação do preço do feijão carioca nos mercados públicos e supermercados do Recife e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. No mercado público de Afogados, Zona Oeste do Recife, o preço mais barato oferecido aos consumidores pelo feijão carioca foi R$ 7,50 o quilo; já o mais caro foi R$ 8,50.

Saindo do mercado público de Afogados e seguindo para alguns supermercados que estão espalhados pelo centro comercial do bairro, os preços mais altos cobrados pelo quilograma do feijão carioca quase que se repetiam: a oscilação foi R$ 9,98 e R$ 9,99.

Depois de conferir em vários supermercados, ainda de Afogados, o preço mais baixo encontrado foi de 6,99. Mais o consumidor deve ficar atento, muitos dos produtos que estão com preços baixos são do "tipo 2", classificação que se dá ao grão não tão puro, onde é possível encontrar até pequenas pedras na hora de "catar" o feijão antes de colocar no fogo.

Em Jaboatão dos Guararapes, pouca diferença nos preços do grão. No mercado público de Cavaleiro, a equipe de reportagem do LeiaJá encontrou o quilograma do feijão carioca por R$ 8. Já nos supermercados do entorno, o kg do grão varia entre R$ 7,29 e R$ 8.

De acordo com Reginaldo Gomes, dono de um mercadinho em Cavaleiro, muitos agricultores estão desistindo de plantar o feijão por conta da dificuldade. "Quem antigamente plantava feijão, agora prefere outros produtos mais fáceis", assegura seu Regi, como prefere ser chamado. Ele confirma que todos os seus feijões são comprados dos agricultores de Irecê, na Bahia e São Paulo.

Assim como seu Regis, Alexandre do Nascimento, proprietário de uma loja dentro do mercado público de Afogados, acredita que os preços tendem a cair nas próximas semanas. "Ainda está muito caro por conta da grande procura e da baixa oferta do feijão. Mas esses preços tendem a cair na próxima safra que é em abril", confirma Alexandre.

IPCA da Região Metropolitana do Recife

No último mês de fevereiro, a inflação da Região Metropolitana do Recife (RMR), medida através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo IBGE, cresceu, saindo de 0,27% em janeiro para 0,59% em fevereiro - superando os resultados de fevereiro dos últimos dois anos.

O grupo que mais pressionou o índice no mês, apesar da desaceleração em relação a janeiro, foi o de “Alimentação e bebidas”, com alta de 1,01%, ante alta de 1,77% no mês anterior. Os itens com os maiores reajustes foram o feijão-mulatinho (20,8%), feijão-carioca (54,0%), o coentro (19,4%) e a batata-inglesa (20,3%).

Esses itens são de natureza de preço livre, ou seja respondem às variações de oferta e demanda, e estão refletindo choques de oferta, geralmente ocasionados por questões climáticas que acabam comprometendo a produção.

O Guia de Consumo Responsável de Pescado, lançado nesta terça-feira (2) pela WWF-Brasil, organização não governamental que integra a rede do Fundo Mundial Para a Natureza (WWF), pesquisou 38 espécies de peixe de maior valor comercial, que são as mais procuradas pelos consumidores.

Do material avaliado, 58% ou o equivalente a 22 espécies foram classificados na categoria vermelha, como espécies oriundas de pescarias ou fazendas não sustentáveis e, que por isso, não devem ser consumidas. É o caso do camarão-rosa e do tubarão-azul (ou cação).

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Na categoria amarela, foram listadas oito espécies, correspondentes a 21% do total, entre as quais se encontram a tilápia e o bonito listrado. Embora sejam provenientes de fontes que mostram algum risco à sustentabilidade, essas espécies podem ser consumidas, mas com moderação.

Na categoria verde, foram incluídas também oito espécies (21%) mais seguras para serem consumidas, como o salmão rosa e alguns tipos de moluscos.

A gerente do Programa Marinho da WWF-Brasil, Anna Carolina Lobo, especialista em gestão ambiental, observou que entre as espécies de pescado situadas na lista verde e recomendadas para consumo, nenhuma é produzida no Brasil, como o salmão, por exemplo, que vem do Chile. Somente na aquicultura, o país tem quatro espécies cultivadas na categoria verde, que são o mexilhão, a ostra do pacífico, a ostra do mangue e a vieira.

O guia revela ainda que, das principais espécies consumidas no Brasil e avaliadas pelo WWF-Brasil, apenas 28% têm opção de produtos com certificação quanto à sustentabilidade de pesca ou cultivo.

As espécies de maior valor comercial estão mais ameaçadas de extinção, como o camarão, por exemplo. Polvo e lagosta são outras espécies ameaçadas. “Estão acabando. Daqui a pouco, as pessoas vão parar de consumir” porque não há mais disponibilidade”, afirmou Anna.

Consumo consciente

O guia comprova que, além dos principais problemas enfrentados pelo Brasil na área pesqueira, que são a sobrepesca e a falta de gestão, outra dificuldade é a escassez de informações para o público consumidor em relação aos pescados vendidos.

“O Brasil é um dos grandes países que consomem carne de tubarão no mundo”. Anna Carolina afirmou que o tubarão é um animal em extinção, considerado topo de cadeia alimentar e importante para a biodiversidade marinha, mas a população acaba comprando tubarão com a falsa ideia de que é cação.

“As pessoas devem evitar (consumir). Não dá para ter esse consumo desenfreado. As pessoas têm que perguntar, procurar se informar”, sugeriu.

Segundo a gerente do Programa Marinho da WWF-Brasil, alguns pescados já são certificados, tanto de aquicultura, quanto de pesca comum. É preciso que haja uma mudança de comportamento do consumidor, para que ele passe a questionar sobre a procedência do pescado que pretende comprar e sua certificação.

Além do estado alarmante de conservação dessas espécies, Anna Carolina destacou outra questão que é a venda dos peixes para o consumidor final inteiramente contaminados, com muitas toxinas prejudiciais à saúde.

Um exemplo é o panga, classificado na categoria amarela, que deve ser consumido apenas ocasionalmente. A gerente do WWF-Brasil observou que algumas espécies de panga resultantes do cultivo em aquicultura são as melhores para serem consumidas, porque não estão contaminadas com toxinas de rios do Vietnã, Tailândia e Camboja, de onde a espécie é proveniente.

Método da pesca

Além disso, o consumidor deve estar atento aos métodos da pesca, porque alguns são extremamente nocivos. Nos cercos, por exemplo, somente as espécies maiores ficam presas na rede. Anna Carolina afirmou que outras espécies marinhas, como tartarugas e golfinhos, quando capturadas de maneira acidental, devem ser devolvidas ao mar por pescadores antes de tirar os cercos da água.

Já o método do arrasto para camarão é considerado uma das piores técnicas de pesca porque acaba trazendo todo o tipo de vida existente no fundo do mar.

“Invariavelmente, somente 10% da pesca de arrasto compreendem camarão, que seria o objetivo primário da pesca, e 90% são captura acidental, trazendo toda essa vida marinha que está no fundo do mar”. A maioria chega quase morta nos barcos, alertou.

Esse é o primeiro estudo do tipo lançado no Brasil, embora existam outros similares em outros países. “Aqui no Brasil, nunca nenhum tipo de guia foi feito em escala nacional, pela nossa falta de monitoramento e pela deficiência de gestão pesqueira no país”, disse ela.

O estudo levou três anos para ser concluído. A gerente do WWF acredita que, se a rede varejista mudar sua postura, adquirindo pescados certificados, os estoques poderão ser recuperados e um novo levantamento deverá ser feito dentro de alguns anos.

Programas de melhoria

Em alguns lugares da costa brasileira, a WWF-Brasil está implantando programas de melhoria de gestão pesqueira, como no litoral norte de São Paulo. Ali, algumas famílias pescam utilizando a técnica do cerco flutuante, oriunda do Japão, com baixo impacto ao meio ambiente.

Um trabalho é feito também com o consumidor final e os donos de restaurantes, além dos pescadores. “A gente espera que, para o futuro, o cenário esteja muito melhor e que a gente tenha conseguido alcançar, por meio dessa parceria com o setor privado e com o aumento da conscientização da sociedade, melhores níveis de saúde das espécies de peixe”, observou.

A Páscoa é um ótimo momento para as pessoas pensarem bem na hora de levar o pescado para suas casas, lembrou Anna Carolina.

O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de consumo de chocolate. A informação é da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), com base em uma pesquisa realizada pelo Ibope. No entanto, a ingestão da guloseima requer atenção, especialmente pelas crianças que são as principais consumidoras devido aos novos formatos, cores e sabores que são lançados a cada ano, despertando ainda mais a atenção dos pequenos.

A nutricionista materno-infantil Vanessa Mazetto orienta que crianças de até um ano não devem consumir chocolate. Aquelas com idade entre dois e cinco anos devem comer, no máximo, 15 gramas de chocolate por dia. “Acima dessa idade, incluindo os adultos, o consumo recomendado é de até 30 gramas diárias e sempre após as refeições, pois em jejum o organismo absorve mais gordura”, explica.

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Vanessa acrescenta que o ideal é o consumo de chocolates com 55% a 65% de cacau visto que, quanto menos açúcar tiver, mais saudável a guloseima será. “O melhor a fazer é dar preferência ao chocolate meio amargo. Ele tem um índice de gordura menor, praticamente não tem açúcar e conta com bastante cacau, que contém substâncias benéficas e antioxidantes. O pior de todos é o chocolate branco, porque não tem nem cacau, apenas gordura”, explica.

De acordo com a nutricionista, os ingredientes acrescentados com frequência ao chocolate, como castanhas e especiarias, também precisam de atenção dos pais, pois podem causar alergia em algumas crianças. “Vale lembrar que, embora não haja um consenso sobre a quantidade máxima de chocolate permitida por dia, um ou dois quadradinhos já são suficientes para matar a vontade dos pais e das crianças”, pondera.

A costureira Karina Pasquini, 32 anos, conta que apesar de a filha Gabriela, oito anos, ser apaixonada por chocolate, procura controlar o consumo da guloseima. “Ela não come chocolate durante a semana, somente aos sábados e domingos e depois das refeições. Na lancheira da escola dela, eu sempre coloco frutas, pão e suco”, conta.

A nutricionista alerta ainda que o consumo de chocolate em excesso e a longo prazo pode causar danos à saúde. “Pode causar obesidade por ser um alimento rico em calorias e também pode acabar viciando, porque o chocolate possui substâncias que fazem o nosso cérebro querer sempre mais”, ensina.

Segundo a nutricionista, as versões diet também devem ser ingeridas com cautela.  “O chocolate diet é recomendado apenas para as pessoas que têm restrição de açúcar, como as diabéticas. Muitas vezes, para deixar com um sabor agradável e cremosidade, as indústrias tiram o açúcar e acrescentam mais gordura. Então a pessoa acha que está comendo um alimento saudável e que não engorda, mas o efeito pode ser contrário”, esclarece.

 

O Programa de Pós-Graduação em Gestão, Inovação e Consumo (PPGIC) da Universidade Federal de Pernambuco, que fica no Centro Acadêmico do Agreste (CAA), está com inscrições abertas para seu novo mestrado acadêmico, que visa a formação de professores e pesquisadores nas áreas gestão, inovação e consumo. São 16 vagas distribuídas em duas linhas de pesquisa. O prazo para participar da seleção termina no dia 1º de março. A taxa custa R$ 50 e deve ser paga por meio de depósito em conta única da União, exclusivamente no Banco do Brasil.

As inscrições podem ser feitas de segunda a sexta-feira, na secretaria geral dos cursos de graduação, localizada no Espaço de Apoio Estudantil, no campus da UFPE de Caruaru. O formulário para ser entregue no ato está anexo ao edital, onde também é possível verificar a lista de documentos exigidos para participar. Para mais informações o PPGIC disponibiliza o email ppgic.ufpe@gmail.com e o telefone (81) 2103.9187.

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As linhas de pesquisa do mestrado são “Inovação e cultura na gestão dos negócios locais” e “Consumo e marketing nos arranjos produtivos locais”. O processo seletivo conta com duas etapas. Na primeira os estudantes passam por provas de conhecimento teórico e construção argumentativa e é eliminatória. Já na segunda fase, os candidatos terão seus pré-projetos de dissertação avaliados, além de passarem também por uma análise do currículo vitae. O resultado será divulgado no dia 15 de abril. 

A televisão continua sendo a principal fonte de notícias para os americanos, enquanto a imprensa perde terreno para os serviços digitais, mostrou uma pesquisa nesta segunda-feira (3).

O relatório do Pew Research Center descobriu que 47% dos americanos preferem assistir às notícias, enquanto 34% optam pela leitura e 19% preferem ouvir.

A pesquisa sugere mais problemas para o já debilitado setor de jornais, enquanto a televisão está mantendo sua posição contra os vídeos on-line.

Entre os que assistem às notícias, 75% disseram preferir a televisão, e 20% a internet.

Mas entre os leitores de notícias, 63% preferiram o digital e 17% o impresso.

No geral, isso significa que apenas 7% dos entrevistados escolheram o formato impresso como a forma preferida de consumir notícias, em comparação com 11% em um estudo semelhante de 2016.

Detalhada por segmento de idade, a pesquisa ofereceu uma perspectiva particularmente sombria para os jornais impressos.

Adultos com menos de 50 anos têm maior probabilidade de preferir a internet como plataforma para receber notícias, independentemente de se leem, assistem ou ouvem, descobriram os pesquisadores.

E mesmo entre aqueles com mais de 50 anos, um terço disse que eram mais propensos a buscar notícias on-line que impressas.

A rádio se manteve estável como fonte de notícias, mas um número crescente de americanos está ouvindo notícias on-line por meio de podcasts ou de rádios na Internet, mostrou a pesquisa.

A televisão também se manteve, apesar do crescente número de iniciativas de vídeo on-line, de acordo com o Pew.

O relatório foi baseado em uma pesquisa com 3.425 adultos dos EUA, realizada de 30 de julho a 12 de agosto, com uma margem de erro estimada de 2,9 pontos percentuais.

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