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Fátima Matos, militante dos movimentos feminista e negro, atual coordenadora de formação da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) e Conselheira Estadual de Segurança Pública (Consep), explica que o Consep não intervém na política de segurança, porém enfatiza que há a necessidade de um debate mais abrangente sobre a questão penitenciária. Além disso, afirma que no Pará há um índice preocupante de prisão em massa de pessoas que se encontram na condição de negros e pobres.

"Trabalhamos enquanto conselheiros, representando a Sociedade Civil. Nos empenhamos na perspectiva de atender questões que são pertinentes à pauta do conselho de segurança pública. A política penitenciária do Pará tem que estar sendo executada à luz de um conselho nacional penitenciário, de todas as recomendações e deliberações tiradas nas conferências nacionais de segurança pública. No Pará, existe um excesso de encarceramento. Composto em sua maioria, da população negra e pobre, homens ou mulheres."

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Fátima evidencia que uma possível solução para todo esse caos seria um sistema humanizado, que venha oferecer uma melhor assistência ao preso.

"Não é só ver o preso como um preso, mas é a saúde, a educação, vias de trabalho. Tudo que se refere a um cidadão. A própria prisão, a própria privação da liberdade, já é uma forma de estar penitenciando aquele ser humano. Eu não estou aqui, em nenhum momento, fazendo apologia da violência. Acho que as pessoas que cometem o ato infracional, que cometem um crime, quer seja de que tipo for, segundo as leis de execuções penais, têm que estar ali privado da liberdade como condenado. Mas tem que ser uma privação de liberdade à luz de um conselho penitenciário. Não só de intramuros de uma prisão, como extramuros. Como é que está essa família? Como é que são as visitam? Como se relacionam?", questionou.

A conselheira comenta sobre a polêmica envolvendo os Direitos Humanos. "Há uma máxima na sociedade que não entende o nosso trabalho, que diz que os Direitos Humanos defendem bandidos. Não, nós defendemos os humanos. E os bandidos também são humanos. Defendemos que bandido enquanto um preso apenado, condenado, ele tem que ser tratado dentro de todo um sistema penitenciário, do que prevê a Constituição, e que o Conselho indica como deve ser esse trato. Então nós não aceitamos essa pecha de que os direitos humanos defendem bandidos”, afirmou.

Fátima relata quais medidas foram tomadas para coibir a prática de tortura. "A tortura é a forma que nós, do ponto de vista político, definimos. Não é que tenha que ter tratamento de ‘hotel 5 estrelas’, porque nem nós da sociedade civil que não estamos em conflito com a lei temos, principalmente nesta atual conjuntura. Mas é que seja tratado à luz do que é deliberado dentro de um sistema penitenciário, até porque tem financiamento pra isso. Tem recurso pra manter. E nós sabemos que tem indústria da alimentação, indústria da energia, indústria dos lençóis, indústria das condições mesmo que irreais ou surreais de que é dormir em cima de um cimento com um colchão de três dedos de largura. Mas isso é computado como gasto, como recurso investido para o preso dormir, não é essa a condição que se exige. Então as medidas tomadas diante desse atual quadro foram as visitas em inspeção aos presídios, a constatação, a existência de um dossiê relatório, audiência com o governo do estado e todo o sistema de segurança, pedindo providências em relação a isso. E se pensa hoje enquanto uma medida, não seria drástica, mas necessária, a de internacionalizar denúncias. Ou seja, recorrer aos mecanismos internacionais e aos tribunais internacionais de direitos humanos, e isso será feito", concluiu.

Por Caroline Monteiro.

 

 

 

A ex-companheira de Gugu Liberato, Rose di Matteo, decidiu entrar na Justiça para comprovar sua união estável com o apresentador. Após não ter seu nome mencionado no testamento, assinado por ele em 2011, Rose - que é mãe dos três filhos de Gugu - vai cobrar legalmente por seus direitos enquanto viúva do comunicador. 

O testamento de Gugu Liberato foi aberto na última quinta (19), na presença da família. O apresentador escolheu sua irmã, Aparecida Liberato, como inventariante do seu espólio. O documento atesta que 75% da herança deixada pelo comunicador deve ser destinada aos três filhos - João, Sofia e Marina -, e os outros 25%, aos sobrinhos. Rose, mãe de João e das gêmeas, não foi mencionada nem como curadora legal das meninas, que ainda são de menor. 

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Em entrevista à coluna de Mônica Bérgamo, da Folha de São Paulo, Rose di Matteo revelou que vai contestar a decisão pois, apesar de não ter oficializado a união com Gugu, os dois viviam juntos há muitos anos. "A própria família dele estava cansada de nos ver juntos, há 19 anos. Eu chamava ele de anjo. Nunca tive outro homem a não ser ele. Há pessoas que não querem aceitar minha união estável com Gugu. Nós sempre fomos uma família. Marido e mulher, mãe e pai de três filhos. Só isso. É tão óbvio. Tenho inúmeras provas disso". Se tiver ganho de causa, Rose terá direito sobre  metade da herança de Gugu. 

Através de nota enviada à imprensa na própria quinta (19), a família de Gugu alega que uma disputa judicial colocaria Rose contra seus próprios filhos além de afirmar que ela estaria recebendo "mau aconselhamento" por parte de terceiros. "Está parecendo que é uma briga, mas não é. Eu tenho todo o direito de me colocar no meu lugar - infelizmente, na condição de viúva. Já está tudo no nome dos filhos, como o Gugu queria. Não quero nada para mim. É tudo deles. Eu só vou viver de usufruto para poder me manter", disse Rose. 

Gugu Liberato morreu no dia 22 de novembro, após um acidente doméstico em Orlando, Estados Unidos. O apresentador estava com 60 anos e teve morte cerebral. Seus órgãos foram doados e beneficiaram cerca de 50 pessoas. 

 

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu, na última segunda-feira (18), que trabalhadoras contratadas em regime temporário que engravidarem não terão direito à estabilidade no emprego. A decisão foi tomada por maioria dos votos no plenário da corte. 

O julgamento discutiu a aplicação da súmula 244 do TST e do artigo do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), que trata do direito da empregada gestante. O ADCT proíbe a demissão sem justa causa desde a confirmação da gestação e até cinco meses após o parto. No entanto, trabalhos contratadas em regime temporário não terão direito à estabilidade. 

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Essa regra está em vigor desde outubro, quando a legislação do trabalho temporário foi alterada por meio de decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro. O caso ainda pode ir para o Supremo Tribunal Federal (STF), por ter discutido a aplicação de preceito constitucional. No âmbito da Justiça do Trabalho, porém, o julgamento deve encerrar as discussões por ter sido pleiteado por um dispositivo criado para uniformizar a jurisprudência nos tribunais. 

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Pessoas com altas habilidades, comumente chamadas de “superdotados”, representam cerca de 10% do todo da população, mas apenas 0,3% são efetivamente identificadas e recebem o acompanhamento educacional mais adequado, de acordo com a professora, psicóloga e especialista em educação especial e psicologia Thiane Araújo. A declaração foi dada na Bienal do Livro de Pernambuco, realizada no Centro de Convenções dpo Estado.

Thiane Araújo trabalha no Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS), que presta apoio a esta população no sistema de educação do Recife. Ela explica que, apesar de não serem pessoas com deficiência, os estudantes com altas habilidades se encaixam nos grupos que têm direito ao atendimento de educação especial. Araújo ainda faz questão de destacar que, ao contrário do que se pensa, não são apenas os “alunos brilhantes” que se enquadram na superdotação. 

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De acordo com a especialista, a identificação de uma pessoa com altas habilidades/superdotação se dá através da constatação de capacidades acima da média, fácil aprendizagem e velocidade de pensamento, além de uma alta criatividade e grande envolvimento com as tarefas, que consiste não apenas em fazer algo muito bem mas no desejo de fazer bem feito e se dedicar ao acabamento do trabalho. Além do perfil de altas habilidades acadêmicas, há também outros tipos de superdotação e, segundo a psicóloga, o desafio está em identificar e apoiar o desenvolvimento dos que têm um perfil criativo/produtivo, que seria aquele ligado à dança, música, artes e outras áreas. 

            O processo de avaliação para identificação por meio dos NAAHS é feito através de encaminhamento. A partir do momento em que se suspeite que a criança ou adolescente pode ter altas habilidades, deve ser realizado um relatório pedagógico que é enviado à Gerência de Educação Especial para, aí sim, chegar ao NAAHS. Lá, os pais e a criança passam por entrevistas antes de se iniciar um processo de avaliação e observação qualitativa de até seis meses e, constatando-se a superdotação, inicia-se o processo de atendimento de educação especial. 

            Além do NAAHS, que atende crianças de 1 ano e meio a 16 anos e 11 meses na rede pública de ensino e com 20% de vagas para estudantes de escolas privadas. Thiane recomenda o acompanhamento de um(a) profissional de psicologia para melhor avaliar o desenvolvimento do fenômeno da superdotação e altas habilidades no caso particular de cada criança ou jovem. 

Acompanhamento gratuito é direito

Thiane lembra também que todo estudante com altas habilidades tem direito assegurado pela Lei 13.234 de 29 de dezembro de 2015, ao serviço de educação especial prestado gratuitamente tanto em escolas públicas quanto privadas. No entanto, explica que é comum ver escolas cobrarem taxas extras para oferecer o serviço aos estudantes, mesmo se dizendo inclusivas. 

Ela aconselha os pais ou responsáveis pelos estudantes a buscar a construção de um diálogo com a escola, mas salienta que o direito é legítimo e legalmente garantido, sendo possível partir para a briga por ele não apenas dentro dos espaços de educação mas também na justiça, através, por exemplo, de denúncias ao Ministério Público. 

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Manifestantes seguiram pela Conde da Boa Vista até a rua da Aurora. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

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Pondo em prática o mote “lugar de mulher é onde ela quiser”, a nona edição da Marcha das Vadias tomou as ruas do Centro do Recife, na tarde deste sábado (24). De orientação feminista, a mobilização teve sua concentração marcada para às 13h, na praça Oswaldo Cruz, no bairro da Soledade, de onde partiu rumo à rua da Aurora, onde as manifestantes se juntaram à manifestação pró-Amazônia. O ato foi marcado pela já tradicional batucada feminista, atos performáticos e por palavras de ordem a favor de bandeiras como a descriminalização do aborto e o combate ao feminicídio. 

Primeira aluna transexual da Unidade Acadêmica de Serra Talhada da Universidade Federal de Pernambuco (UAST-UFPE), a estudante Rayana Souza veio para o Recife, exclusivamente para comparecer à marcha. “Estou aqui para dizer às mulheres trans que este espaço também é nosso e precisamos ocupá-lo. Recentemente, um homem trans que passou no vestibular da Uast já entrou em contato comigo para saber como funcionava a questão do nome social. É muito importante abrir esses espaços”, afirma.

Rayana veio de Serra Talhada apenas para comparecer à marcha. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Membra da Coletiva das Vadias, a ativista Ju Dolores ressalta a escolha do tema da marcha de 2019: “Dias Mulheres Virão”. “Esse ano, apesar de os números serem estarrecedores, a gente precisou falar da potência das mulheres juntas. Dentro desse retrocesso que estamos vivendo, temos que manter a fé e nos fortalecer, porque a gente sabe que não tem nenhuma mulher forte que um dia não precise da ajuda de outra”, comenta. Dolores reforça ainda o caráter interseccional da marcha. “A Coletiva das Vadias é antirracista, antisexista, antiprobicionista e a gente tem orgulho de ter transformado a Marcha das Vadias do Recife em uma marcha diversa. A gente vê mulheres mães, negras, trans e de todas as idades”, comemora.

Perfomance

Durante a marcha, o Coletivo Rua das Vadias realizou a performance “Rojas”, previamente divulgada nas redes sociais com uma convocatória aberta a mulheres cisgênero e transgênero. Portando tinta guache vermelha e baldes, o grupo repetiu a executada nas ruas do Centro do Recife, no dia 14 de agosto.

Giovanny Vareles e Borys Álvarez se tornaram nesta quinta-feira (25) o primeiro casal de homens a contrair matrimônio no Equador, onde já o fizeram duas lésbicas após a aprovação do casamento igualitário.

Vestindo ternos escuros e uma delicada flor cor-de-rosa na lapela, Vareles, de 29 anos, e Álvarez, de 31, se casaram no Registro Civil de Guayaquil (sudoeste).

Na quinta-feira passada, nesta cidade portuária, duas mulheres já haviam sacudido o país, ao se tornarem as primeiras a exercerem este direito para minorias sexuais em uma nação conservadora.

"Estamos felizes, mas um pouco nervosos, sim" com o casamento, expressou Vareles à AFP poucos minutos antes de se casar.

Vareles e Álvarez, que administram juntos um estabelecimento de venda e roupas e se conheceram no Facebook, mostraram seu desejo de ter filhos.

No entanto, a decisão constitucional de 12 de junho que desse passagem ao casamento igualitário, que na prática modificou a Carta Magna, não permite a adoção de crianças por parte de casais LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais).

O casal registrou seu casamento, apesar da "via crúcis" que enfrentaram pela oposição de suas famílias, segundo Varela.

"Sabiam da minha orientação sexual, já sabiam há mais de dez anos, mas minhas relações sempre foram discretas. Nesta ocasião, já tornei pública, então não gostaram", contou.

Após a histórica decisão da Corte Constitucional houve manifestações multitudinárias de grupos conservadores, católicos e evangélicos que exigiam a destituição de cinco dos nove juízes que votaram a favor deste direito para a comunidade LGBTI. No entanto, não foram registrados incidentes durante as cerimônias.

O juiz Gustavo Adolpho Perioto, da Vara Cível de Paraíso do Norte, no Paraná, foi taxativo em decisão publicada no dia 15 de maio. "Brasileiro tem muito direito e pouca obrigação." No documento, o magistrado contestava a necessidade de intimação por mandado a um homem que cobra parte do seguro DPVAT por invalidez permanente.

O DPVAT É um seguro obrigatório, destinado a indenizar vítimas de acidentes de trânsito ocorridos em todo o território nacional, sejam pedestres, passageiros ou motoristas, brasileiros ou estrangeiros. Segundo a Seguradora Líder, a indenização é paga "por um período de até 3 anos dentro das três coberturas previstas em lei: morte, com indenização de R$ 13.500; invalidez permanente, com indenização de até R$ 13.500, sendo o valor estabelecido de acordo com o local e intensidade da sequela; e reembolso de despesas médicas e suplementares (DAMS), com valor que pode chegar a R$ 2.700".

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A ação relata que o homem sofreu um acidente automobilístico na cidade de Mirador, no interior do Estado, e recebeu um pagamento parcial da indenização. Agora, ele cobra uma diferença no ressarcimento.

Durante o processo, o magistrado nomeou um perito para "provar o grau de invalidez" do homem. A perícia teria de responder a seis questionamentos: as lesões apresentadas pela parte autora são decorrentes de acidente de trânsito?; em decorrência deste acidente, o autor ficou com invalidez total ou parcial?; se parcial, foi completa ou incompleta?; qual o porcentual de perda (parte do corpo afetada) de acordo com a tabela da Lei 6.194/74, alterada pela lei 11.495/09?; se a invalidez foi parcial incompleta, qual o porcentual de repercussão sobre a parte do corpo afetada, 75% (grave), 50% (médio), 25% (leve) ou 10% (levíssimo)?; e qual o valor da indenização?.

"A prova pericial foi postulada pelo requerido (Seguradora Líder), vez que pede o reconhecimento da indenização de acordo com o grau de invalidez, enquanto que a parte autora entende que a indenização deve se dar pelo valor máximo (R$ 13,5 mil)", relatou o juiz em dezembro do ano passado.

Em maio deste ano, o juiz solicitou uma "nova data ao perito para exame". "O autor não paga para ingressar com o processo. Não paga a perícia. Se perder o processo, como acontece na maioria dos casos, também não paga nada", anotou.

"Designada a perícia, não pode o advogado pegar a porcaria do telefone para avisar o autor. Pede mandado para intimá-lo. Pior, o TJPR endossa tal prática. Brasileiro tem muito direito e pouca obrigação. Enfim, solicitar nova data ao perito para exame."

O magistrado ainda ordenou. "Intime-se sua Excelência, o autor, por mandado. Nos demais casos semelhantes, deve a secretaria expedir desde logo o mandado."

A cantora Solange Almeida, que esteve à frente da ‘Aviões do Forró’ durante 14 anos, entrou com um processo judicial, em março deste ano, contra a banda. A forrozeira briga para que os valores correspondentes à cota de participação, referentes ao período que foi sócia da banda, sejam pagos. O processo, que corre na comarca de Fortaleza, está avaliado em R$ 5 milhões.

De acordo com o G1, o advogado da banda, Carlos Freitos, disse considerar a saída de Solange abrupta e que por esse motivo, não se teria apurado naquele momento os valores que a cantora deveria receber. Segundo Freitas, ela entrou com uma ação de "Apuração de Haveres", que serve para avaliar o montante devido a um sócio que se retira da sociedade.

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No processo, o advogado da cantora, Livelton Lopes, afirma que os empresários da banda não queriam que ela fizesse mais parte do grupo. “Ocorre que em setembro de 2016 os sócios Carlinhos Aristides e Isaias CD – sem qualquer justificativa para tanto! – comunicaram a cantora Solange Almeida que a ‘banda’ não tinha mais interesse na sua permanência, como se isso fosse possível e que a mesma só era bem vinda até o término do carnaval de 2017, o que de fato se concretizou em 28/02/2017”.

Solange saiu da ‘Aviões do Forró’ no final de fevereiro de 2017 e deixou o vocal para Xandy, com quem dividia o palco.

Pelo segundo ano consecutivo, os professores da rede privada de São Paulo recorreram à Justiça para negociar os direitos trabalhistas da categoria. O sindicato das escolas quer alterar cláusulas da convenção coletiva que garantem 30 dias de recesso, tempo para direito à semestralidade e estabilidade na pré-aposentadoria. Sem acordo, os docentes entraram com uma ação de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado (Sieeesp) propôs que, ao invés de 30 dias corridos de recesso, que as escolas pudessem optar por 25 dias de descanso e descontar os outros cinco dias ao longo do ano, por exemplo, em emendas de feriado como carnaval e páscoa. Também quer aumentar o tempo de contratação de 22 para 26 meses para o direito à semestralidade (pagamento dos salários restantes em caso de demissão sem justa causa antes do fim do semestre letivo.)

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A Federação dos Professores de São Paulo (Fepesp) propôs aceitar as duas alterações pedidas pelas escolas desde que aceitassem incluir duas cláusulas propostas pelos docentes: a proibição de contratação de professores terceirizados e a garantia de ultratividade da convenção (ao final do período de vigência do documento, seus efeitos continuam valendo até que haja novo acordo entre as partes).

A questão financeira estava de acordo entre as duas partes. Neste ano, os professores receberiam apenas o reajuste da inflação e índice de 15% de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Para o próximo ano, teriam aumento real de 1,5% e 18%, de PLR.

"A negociação estava andando bem. Nós iríamos ceder em dois pontos e eles em dois. Até que eles encerram a negociação e nossa única opção foi recorrer à Justiça", disse Celso Napolitano, presidente da Fepesp, que representa 85% dos professores da rede privada do Estado - são 40 mil docentes apenas na capital.

O Sieeesp recuou e não quis acrescentar as duas cláusulas solicitadas pelos professores depois que duas federações, a Fepae e Feteesp (que representam os auxiliares em administração escolar) concordaram com a proposta patronal sem nenhuma solicitação. "Não vamos assinar duas convenções diferentes. Os sindicatos dos professores e funcionários que se desentenderam. A escola particular não vive só de professores. Os outros quadros também me importam muito", disse Benjamin Ribeiro, presidente do sindicato.

Paralisação

No ano passado, após 15 anos sem paralisação, os professores da rede particular promoveram uma greve geral que suspendeu por dois dias as aulas em 104 colégios. Na época, a mobilização também ocorreu após as escolas tentarem alterar a convenção coletiva. O sindicato patronal queria reduzir bolsa de estudos de dois para um filho de professor e limitada àqueles que têm carga horária semanal de ao menos dez horas; redução do recesso escolar do fim de ano de 30 para 20 dias; e aumentar de 22 para 60 meses o tempo para o direito à semestralidade.

Depois de uma batalha judicial e a paralisação das escolas, os professores conseguiram manter a convenção coletiva inalterada por mais um ano. O documento venceu em 1º de março deste ano.

O Estado pode ajudar um doente terminal a morrer sem sofrimento? A Alemanha, onde a Igreja ainda mantém uma influência importante, reabriu o debate nesta terça-feira (16) ante sua mais alta jurisdição.

Há quatro anos são enviados sinais contraditórios sobre a questão do fim da vida, tornando difícil compreender o que está ou não permitido.

Não se trata de uma "avaliação moral ou política do suicídio e de seu impacto na sociedade (...) mas de estabelecer o alcance da liberdade limitada pela ameaça de processos", explicou ao abrir os debates o presidente do Tribunal Constitucional, Andreas Vosskhule.

Trata-se de uma questão sensível em um país no qual cada vez há mais idosos, mas onde também continua flutuando o fantasma do nazismo. O Terceiro Reich recorreu em muitas ocasiões à eutanásia, sobretudo para matar os deficientes.

Em 2015, o Bundestag, após uma série de sessões acaloradas, proibiu a assistência "organizada" ao suicídio, punível com três anos de prisão.

Mas dois anos depois, O Tribunal Administrativo de Leipzig, a mais alta instância administrativa alemã, tomou uma decisão inesperada: os juízes consideraram que "em casos excepcionais, o Estado não pode impedir o acesso de um paciente a produtos anestésicos que lhe permitiriam se suicidar com dignidade e sem dor".

- Indignação -

O marido de uma mulher que ficou completamente paralisada em 2002 por um acidente e que teve que se mudar para a Suíça para poder ter acesso a um suicídio assistido em 2005 recorreu a este tribunal.

Os juízes deram razão ao marido, pondo três condições: que o sofrimento do paciente seja insuportável, que a decisão de morrer seja tomada livremente e que não haja nenhuma alternativa razoável.

Perante a indignação, concretamente das influentes Igrejas católica e protestante, o governo federal suspendeu em 2018 a aplicação desta decisão.

Não pode caber a "funcionários - ou em última instância a mim como ministro -" decidir "quem pode morrer", considerou em fevereiro de 2018 Jens Spahn, dirigente da União Democrata Cristã (CDU) que semanas depois se tornou ministro da Saúde.

O Tribunal Constitucional, ao qual recorreram associações alemãs e suíças de assistência ao suicídio, médicos e pacientes, aborda a questão nesta terça e quarta-feira, mas sua decisão demorará meses.

Os demandantes consideram que a legislação atual viola os artigos 1 e 2 da lei fundamental alemã sobre o respeito "intangível" da "dignidade" humana.

"Não só há um direito à vida, mas também um direito a uma morte responsável", apontava no semanário Die Zeit um dos demandantes, o médico Michael de Ridder.

Como o suicídio não é uma infração no direito alemão, médicos e familiares desejam uma maior segurança jurídica no acompanhamento dos pacientes, sobretudo em caso de interrupção de um tratamento que leve à morte.

- "Sinal forte" -

O presidente da Associação Médica alemã se pronunciou contra a legalização da eutanásia.

"Como médicos, precisamos ter claro o fato de que estamos indo ao leito de pacientes como assistentes, como curadores e não como assassinos", disse Frank Ulrich Montgomery à Rádio RBB.

A Igreja católica já pôs pressão sobre os juízes de Karlsruhe. O arcebispo de Berlim, monsenhor Heiner Koch, advertiu na segunda-feira contra qualquer "mudança do sistema de valores", por parte do Tribunal de Justiça federal, e disse esperar "um sinal forte para a proteção da vida".

Entre os países europeus continua havendo disparidades sobre esta questão. Holanda, Bélgica e Luxemburgo legalizaram a eutanásia.

Outros, como Espanha, Suíça, França, os países escandinavos, Reino Unido e Portugal toleram uma certa forma de assistência à morte, com a administração de tratamentos para a dor que impliquem no encurtamento da vida de um doente sem cura.

Os países com forte tradição católica, como Itália, Irlanda e Polônia, se opõem a qualquer tipo de auxílio à morte.

Nos últimos meses, a Alemanha debateu outras polêmicas éticas.

A introdução pelo governo do consentimento presumido em termos de doação de órgãos agitou recentemente políticos e religiosos. A vacinação obrigatória ou a possibilidade de reembolsar os exames pré-natais de diagnóstico de síndrome de Down também provocaram debate.

A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, se posicionou sobre a extinção de conselhos de direitos, divulgada no Diário Oficial dessa sexta-feira (12).

De acordo com a parlamentar, “A extinção dos conselhos representa a linha política do governo: autoritário, de afastamento da população dos debates”. Hoffmann expressou sua opinião no seu perfil oficial no Twitter.

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“Fere a Constituição, que prevê a participação e fiscalização popular para as políticas públicas”, pontuou a petista. Além dela, outras associações emitiram nota de repúdio sobre o assunto.

Gleisi ainda mencionou a causa social e lembrou da luta da população por direitos. “A ideia é sufocar os movimentos sociais para retirar direitos do povo”, finalizou a deputada.

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos, ABGLT repudiou a extinção de conselhos de direitos determinada pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada nesta sexta-feira (12) no Diário Oficial.

Através de uma nota, a ABGLT afirmou que “os conselhos são instrumentos importantes, conquistados pela luta da sociedade civil organizada e garantida na Constituição Brasileira, extingui-los é a expressão da perseguição aos movimentos sociais e o impedimento da participação e fiscalização dos cidadãos. Bolsonaro se nega a ouvir a população na construção de políticas públicas e rechaça a participação popular”.

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Ainda de acordo com a nota, os primeiros cem dias de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) foram seguidos de retrocessos para o Estado Brasileiro e em especial aos direitos da população LGBTI.

O grupo cita “a extinção da SECADI (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão), órgão do MEC responsável pela promoção de ações transversais; Fim das campanhas específicas de prevenção às IST/Aids; o ataque a laicidade do Estado com as diversas declarações do próprio presidente e da sua Ministra Damares; A posição da Advocacia Geral da União (AGU), na votação no STF se colocando contrária a criminalização da LGBTfobia e agora a extinção da participação e controle social”.

A Associação também acredita que a bancada de oposição na Câmara vai se opor através de Projeto de Decreto Legislativo para tentar sustar a validade do “descalabro” cometido por Bolsonaro.

“Apoiamos esta iniciativa e vamos nos mobilizar para garantir sua aprovação. A ABGLT segue firme denunciando os ataques deste governo as nossas vidas e existência e não abrirá mão de continuar denunciando o golpe, os conservadores e os fascistas, e como já afirmamos em outras posições públicas seguiremos no processo que vimos construindo desde o Fórum Social Mundial de 2018, chamando as entidades combativas do movimento LGBTI brasileiro a se somarem numa ampla frente de luta para combater todas as medidas do governo Bolsonaro que afrontem nossos direitos!”, finalizou.

O plenário da Câmara aprovou na noite desta quarta-feira (3) dois projetos em defesa das pessoas com autismo. O Projeto de Lei 1712/19 atribui à União a coordenação da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, já o Projeto de Lei 1354/19 assegura à pessoa com transtorno do espectro autista (TEA) prioridade na tramitação dos processos e procedimentos judiciais e administrativos. Os dois PLs seguem agora para o Senado.

Com a aprovação do PL 1712/19, o governo federal deverá fornecer apoio técnico e financeiro aos estados e municípios para o cumprimento da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. O apoio federal poderá ocorrer por meio de fomento de projetos e programas específicos de atenção à saúde, à educação inclusiva com atendimento educacional especializado e de outras políticas que possibilitem a inclusão social plena das pessoas autistas. 

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O PL 1354/19 fará com o que o autista tenha prioridade na execução de atos e diligências judiciais ou administrativas em que o figure como parte ou interveniente em qualquer instância. Para isso, ele deverá fazer prova de sua condição.  

* Com informações da Agência Câmara

Uma das mais icônicas séries de comédia das últimas duas décadas, Sex and the City, da HBO, teve os direitos do romance sequência comprados pela Paramount Television, para ser desenvolvida como uma série de TV. As informações são do site Deadline.

'Is There Still Sex in the City?' nome do novo livro que tem lançamento marcado para o dia 6 agosto deste ano, é assinado pela autora Candace Bushnell, responsável pelas obras originais. O novo romance tem como pano de fundo sexo, relacionamentos e amizades na cidade de Nova York após os cinquenta anos e é ambientado entre o Upper East Side em Manhattan e o enclave rural conhecido como The Village.

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Bushnell também escreverá o piloto da nova série e entra como produtora executiva ao lado de Liza Chasin e Robyn Meisinger.

Outros livros da autora incluem 'Sex and the City', 'The Carrie Diaries', 'One Fifth Avenue', 'Lipstick Jungle' e 'Four Blondes'. 'Sex and the City' foi a base da série protagonizada por Sarah Jessica Parker, Kim Cattrall, Kristin Davis e Cynthia Nixon, e os subsequentes filmes. 'The Carrie Diaries' e 'Lipstick Jungle' também foram adaptadas para a televisão.

Por Waleska Andrade

Com artigos polêmicos, o Parlamento Europeu aprovou nesta terça-feira (26) uma nova legislação referente a direitos autorais na internet. A iniciativa já rendeu protestos e foi criticada por empresas, acadêmicos e usuários que encaram as medidas como forma de censura. As regras serão aplicadas a partir de 2021, em toda União Europeia (UE).

Revisado no fim de 2018, o texto - aceito por 348 votos a 274, trouxe dois artigos tidos como polêmicos. O artigo 11, chamado de "imposto de link", limita a possibilidade de sites de busca e notícias de exibir trechos ou imagens. Na prática, empresas como a Google terão que pagar por licenças de seus links. Assim, os usuários não poderão ver uma prévia de imagem em uma pesquisa.

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Entretanto, o ponto mais criticado na reforma foi o artigo 17. Ele aponta que empresas de internet, como o Reddit, fiquem atentas em relação a infrações de direitos autorais enviada a eles, e desse modo filtrem conteúdos considerados ofensivos. Desde a antiga versão do documento, quando ainda era o artigo 13, a medida gera insatisfação devido o insucesso nos testes em 2014 na Alemanha e Espanha. De acordo com as informações do Tecmundo, ainda houve uma tentativa de barrar os dois artigos, mas a emenda foi vetada por cinco votos.

Protestos em países europeus

Na semana passada, milhares de manifestantes foram às ruas da Alemanha, Suíça, Polônia, Suécia, Portugal, Áustria e outros países da UE, para mostrar a insatisfação com as novas leis. Empresas como Wikipedia, Reddit, Google e PornHub também se mostraram contrárias às mudanças. No domingo (17), um grupo formado por 200 acadêmicos escreveu uma declaração contra a reforma.

O Ministério Público do Trabalho (MTP) recebeu 896 denúncias de discriminação racial nos últimos cinco anos. Em 2018 foram registrados 205 casos, um crescimento de 30% em relação a 2014. Os números foram divulgados pelo orgão em alusão ao Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, comemorado nesta quinta-feira (21).

O advogado criminal especializado em direito processual penal, Edson Knippel, explica que casos de discriminação racial, seja no ambiente de trabalho ou fora dele, configuram crime de racismo ou injúria racial, ambos previstos no Código Penal brasileiro, portanto, não devem ser negligenciados pelas empresas.

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"Quando um trabalhador é vítima de discriminação racial, é importante que haja uma apuração interna por parte do departamento de Recursos Humanos, e que sejam adotadas medidas para coibir esse tipo de crime, como a promoção da diversidade entre os funcionários", afirma.

Segundo a legislação brasileira, a injúria racial consiste em ofender a honra de alguém em razão de raça, cor, etnia, religião ou origem, enquanto o racismo atinge um número indeterminado de indivíduos, discriminando toda a integralidade de uma raça, sendo este inafiançável e imprescritível.

Knippel acrescenta que o papel da empresa no combate à discriminação também é fundamental para que os trabalhadores que são vítimas desse tipo de crime não se calem. "O número de denúncias divulgado pelo MTP é alarmante, mas não representa a realidade que é ainda mais grave. Há vítimas que não denunciam por medo de ficarem desempregadas, ainda mais na crise em que vivemos. Além do medo de não receber acolhimento da empresa", analisa.

Ainda de acordo com o advogado criminal, existem diversos níveis de discriminação racial presentes na sociedade e que não devem ser aceitos. "No Brasil, o racismo é estrutural e precisa ser desconstruído no trabalho, na educação, de todas as formas. Não se pode tolerá-lo nem em forma de piada", pondera.

Para Knippel, a extinção do Ministério do Trabalho, decretada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) no início de seu mandato, também não pode ser uma barreira para que os casos de discriminação racial no ambiente de trabalho sejam negligenciados.

"Espero que daqui 10 anos a gente possa ver outra pesquisa sobre o assunto e que mostre que o número de casos desse tipo de crime tenha diminuído. Mas isso não vai ocorrer sem que sejam pensadas políticas públicas para isso. A ausência do Ministério do Trabalho não pode ser um impedimento", avalia.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu nesta segunda-feira (11) que está ocorrendo um retrocesso mundial nos direitos das mulheres, e exortou os delegados de um encontro anual sobre a situação das mulheres a não ceder terreno.

Nove mil ativistas participam da reunião de 12 dias da Comissão da Condição da Mulher (CSW, na sigla em inglês), em meio a um grande nervosismo pela redução dos avanços alcançados durante várias décadas para promover a igualdade de gênero.

"Em todo o mundo, há um retrocesso nos direitos das mulheres", disse Guterres na sessão de abertura da CSW na Assembleia Geral. "Esse retrocesso é profundo, generalizado e incessante".

As mulheres que se candidatam a cargos políticos e as defensoras de direitos humanos enfrentam um aumento da violência, enquanto que em alguns países aumentam os casos de feminicídio.

No local de trabalho, as mulheres têm 26% menos chances de ser contratadas que os homens e menos de um terço dos gerentes é mulher, apesar de ser provável que estejam mais bem preparadas, disse o alto funcionário, citando um estudo recente da Organização Internacional do Trabalho.

"Até mesmo governos que são importantes defensores desta agenda não apoiam suas palavras com ações", disse Guterres, que se declara um orgulhoso feminista.

Ele destacou que as agendas nacionalistas, populistas e de austeridade estão "agravando a desigualdade, dividindo as comunidades, cortando os direitos das mulheres e os serviços vitais".

"Temos uma briga em nossas mãos", disse Guterres durante a reunião. "Não vamos ceder terreno. Não vamos olhar para o outro lado".

- Deter os avanços -

Um dos temas que preocupa os ativistas reunidos este ano é o fato de alguns governos tentarem debilitar a linguagem usada em um documento final que trata sobre igualdade sexual e direitos reprodutivos.

A administração do presidente Donald Trump buscou nas comissões de direitos da ONU eliminar as referências à saúde sexual e reprodutiva, argumentando que se usaram para promover o aborto.

Antes do início da CSW, mais de 30 líderes mulheres assinaram uma carta aberta fazendo um apelo a lutar contra a erosão dos direitos das mulheres, encabeçada pela ex-premiê neozelandesa Helen Clark, a ex-ministra de Relações Exteriores da Argentina Susana Malcorra e a política búlgara Irina Bokova.

"Vemos agora, mais de um quarto de século depois de Pequim, como mais movimentos ganham terreno em sua tentativa de deter os avanços e erodir os direitos conquistados pelas mulheres", dizia a carta.

Queremos destacar que o risco que representam as políticas que buscam deter e erodir a igualdade de gênero é um risco não só para as mulheres, mas também para toda a humanidade.

O tema deste ano deve ser a proteção social e o acesso aos serviços públicos para mulheres e crianças, devido ao aumento do movimento #MeToo e o número recorde de mulheres eleitas para o Congresso dos Estados Unidos estão captando grande atenção.

A reunião vai abrir o caminho para os 25 anos, em 2020, da histórica Declaração de Pequim, que estabelece um mapa do caminho rumo à igualdade.

Após o feito histórico que conseguiram ao lançar um mandato coletivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e saírem vitoriosas, o grupo Juntas conseguiram mais uma conquista nesta quinta-feira (7): a presidência da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular na assembleia. 

Por meio do Instagram, elas comemoraram e afirmaram que seguirão fortes para avançar cada vez mais. “Nas pautas fundamentais que defendemos em nossa mandato. Nossa gratidão a todas e todos que se juntaram a nós nesta primeira batalha”, agradeceram. 

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Antes mesmo do resultado, as codeputadas ressaltaram que a luta pelos direitos humanos está no DNA de cada uma. “Entendemos nossa presença como ponte importante para o necessário diálogo entre a casa legislativa e a sociedade. Essa demanda é coletiva e apoiada pela força popular que elegeu nossas pautas. Não vamos abrir mão”, chegaram a destacar. 

O mandato coletivo do PSOL, que resolveu inovar, apareceu nas urnas com o registro da ambulante Jô Cavalcanti, mas ao lado dela vem estão as chamadas codeputadas [como se autointitulam]: Carol Vergolino, que é produtora audiovisual; Robeyoncé Lima, advogada trans; Joelma Carla, estudante; e Kátia Cunha, professora.

As mulheres na Arábia Saudita em breve passarão a receber uma mensagem de texto em seus celulares para informá-las sobre mudanças em seu estado civil. A medida foi criada para tentar impedir que homens terminem seus casamentos sem informar suas esposas, segundo a CNN.

A mensagem de texto incluirá o número do certificado de divórcio e o nome do tribunal onde as mulheres podem pegar a documentação. Elas também podem perguntar sobre seu estado civil através de um site e ler documentos relacionados ao processo.

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O movimento do governo faz parte das reformas sociais e econômicas do país, como a que permitiu que as mulheres dirigissem. Sob o sistema de tutela masculina da Arábia Saudita, elas não podem se casar, divorciar ou viajar para fora do país sem a permissão de um parente do sexo masculino, geralmente um pai ou marido.

Enquanto um homem na Arábia Saudita pode rapidamente e facilmente se divorciar de sua esposa, as mulheres que buscam o fim de um casamento devem convencer os tribunais com a razão e evidências de abuso. Isso não pode ser feito sem o consentimento do guardião masculino delas.

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O programa Globalizando desta semana fala sobre os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A convidada é a professora Carla Noura, doutora em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), mestre em Direito das Relações Sciais pela mesma universidade, graduada em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e professora da Universidade da Amazônia (UNAMA).

Acompanhe esse e outros temas no programa Globalizando, na Rádio Unama FM 105.5, produzido pelos alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia (Unama). Clique no ícone abaixo para ouvir o Globalizando.

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