Tópicos | religião

Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) oficializou a indicação do advogado-geral da União, André Mendonça, para a vaga de Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). Mendonça é pastor da igreja presbiteriana, fato que remete à fala do presidente há dois anos, sobre a indicação de um “ministro terrivelmente evangélico”.

Assim, abre-se o debate sobre até que ponto a relação entre política e religião pode chegar. De acordo com o Procurador do Estado de São Paulo e professor universitário de direito constitucional, José Luiz de Souza Moraes, o fato de o ministro ter uma forte influência religiosa não é um problema em si. “O que não pode ocorrer é que essas atuações influenciem o exercício da função judicial. O principal dever de um magistrado está na sua imparcialidade e ele deve saber separar as suas convicções pessoais daqueles mandamentos constitucionais que ele deverá respeitar e proteger”, comenta.

##RECOMENDA##

Moraes ressalta que a maior norma do Estado é a Constituição, que deve ser observada no exercício de todas as funções públicas. Já nos casos em que a norma constitucional não é respeitada, e nas situações em que política e religião se juntam, nasce um problema, segundo o especialista. “O Estado deve servir a todos de forma igual, sem qualquer distinção de classe social, gênero ou religião. A Constituição de 1988 teve grande preocupação com essa separação, protegendo de forma expressa também os ateus e agnósticos, permitindo que a pessoa não siga qualquer religião, ao mesmo tempo que sejam respeitados as crenças e cultos de quem as seguem”, explica Moraes.

Os efeitos dessa junção fazem parte da história humana, e segundo o especialista, têm como principal problema a perseguição e a diferenciação daqueles que não gozam das mesmas crenças protegidas pelo Estado, como o acesso a cargos e serviços públicos,. “Nos países teocráticos, aqueles que possuem uma religião oficial, é natural que membros do clero tenham cargos-chave na estrutura estatal, como em tribunais e naqueles que influenciam importantes decisões governamentais. Isso ocorre devido ao fato de que as normas que regem o Estado se confundirem com as regras religiosas”, esclarece o Procurador do Estado.

Já quando a mesma regra se aplica em um Estado laico, como o Brasil, o maior problema pode ocorrer em virtude da divergência entre Constituição e algumas políticas públicas adotadas. “O ensino religioso é uma delas. Hoje ele é tido como um direito e as pessoas podem ter acesso a ele quando assim desejarem. É diferente de haver a sua obrigatoriedade sem que sejam respeitadas as pluralidades de crenças religiosas, seria uma medida que afronta a nossa Constituição e a liberdade de crença”, exemplifica Moraes.

Política x religião ao longo da história

O especialista conta que existem diversos casos em que o papel religioso invadiu as funções públicas. “Ao contrário do que se pode pensar, abundam exemplos da invasão dessas duas funções, a política e a religiosa, e temos grandes exemplos históricos como Martin Luther King [1929 – 1968] que era pastor da igreja batista e Mahatma Gandhi [1869 – 1948], que lutou pela liberdade política da Índia contra a colonização britânica”. Moraes finaliza dizendo que também há o Papa, líder mundial da igreja católica, que goza de importante influência política internacional.

Por Rafael Sales

O pedetista Ciro Gomes, pré-candidato à presidência da República em 2022, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais nesta segunda-feira (21) que a presença do Estado laico não deve apagar a importância do cristianismo na criação das leis e da vivência em sociedade. Em nova proposta nos seus conteúdos pré-campanha, o dito progressista dá o primeiro aceno ao fundamentalismo religioso, mais associado ao espectro da direita. O discurso é visto como uma tentativa do ex-governador de conquistar o eleitorado de diversas frentes políticas.

A novidade surpreendeu parte dos apoiadores e dividiu opiniões nas redes. Muitos acreditam que dialogar com a direita mais conservadora pode ser positivo para a candidatura do economista. Já o eleitorado de esquerda passa a se ver um pouco mais distante das propostas de campanha do maior nome do PDT.

##RECOMENDA##

“O Brasil é uma república laica, ou seja, o Estado tem vida independente das igrejas e as igrejas têm vida independente do Estado. Mas esses livros (Bíblia e Constituição) não são conflitantes. Nossas leis não permitem favorecer uma religião sobre as outras, nem os brasileiros que têm fé sobre os que não têm. Esse princípio republicano, porém, não nos deve levar à negação de uma realidade histórica, com consequências sempre atuais: o Brasil se formou no berço do cristianismo”, diz Ciro Gomes, ao iniciar a mensagem.

O vídeo tem cerca de dois minutos e foi gravado com uma sinfonia clássica de fundo, típica em eventos religiosos do catolicismo. Ainda no posicionamento, o centrista reafirma que a humanidade foi criada à "imagem e semelhança de Deus” e que para se possuir uma vida digna, é preciso haver recursos e suporte, sendo essa uma das pontes entre os princípios cristãos e a elaboração das regras do Estado.

O mote não é tão diferente do utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018, quando o PR associou à sua campanha o “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

“Somos um Estado laico, mas a Bíblia e a Constituição não são livros conflitantes. O mesmo acontece com a religião e a política. Se observamos bem, veremos que ideias centrais do cristianismo inspiram a vida de todos nós que lutamos por um Brasil melhor”, escreveu ainda o político, em publicação no Twitter junta ao vídeo e à hashtag “ReligiãoEPolítica”.

Assista o vídeo

[@#video#@]

Há alguns dias, o SBT tem mostrado trechos do livro Eclesiastes, do Antigo Testamento, na programação. A iniciativa provocou discussões nas redes sociais, principalmente, devido à uma imagem que mostra a passagem de Salomão, que pede que não sejam feitas críticas ao governo, nem em pensamento.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

Contactada pela Folha de São Paulo, o SBT alegou que não se tratar de um espaço comercial, mas de uma iniciativa própria de veicular 106 versões com todos os capítulos e versículos da Bíblia.

Na noite desse domingo (13), o presidente Jair Bolsonaro publicou foto em suas redes sociais, durante o jogo Brasil x Venezuela, onde aponta para o símbolo da emissora, detentora dos direitos de transmissão em TV aberta.

Cotado para vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal em julho, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, afirmou que "Deus está no comando de todas as coisas" e fez referência a uma passagem bíblica durante evento virtual realizado pelo Conselho Nacional de Justiça na tarde desta terça (11). Logo após mencionar o versículo da Bíblia, Martins teceu elogios ao presidente do STF, Luiz Fux, afirmando que o ministro está "traçando planos de fé e esperança" para o Judiciário.

O discurso de Martins se deu durante a primeira Reunião Preparatória para o 15º Encontro Nacional do Judiciário, que, segundo o CNJ, tem como objetivo de debater a execução e o monitoramento da Estratégia Nacional do Poder entre os anos de 2021 e 2026. Para o presidente do STJ, o encontro inaugura "um novo ciclo com ele um novo tempo de fé, de esperança e crença num judiciário viável".

##RECOMENDA##

Em sua fala, Martins disse que é um 'homem de fé' e que acredita em um 'País de mãos dadas': "Esse encontro é um encontro de cidadania. O Judiciário de mãos dadas com a jurisdição. Judiciário de mãos dadas com a população. Judiciário vinculado à boa administração da Justiça. Ao lado do ministério Público, ao lado da advocacia, todos unidos pelo melhor da instituição em busca da cidadania".

Já o versículo citado pelo ministro do STJ é do capítulo 29 do livro do profeta Jeremias. "Porque sou eu quem conhece os planos que tenho para vocês. Planos de fazê-los prosperar e não de causar dano. Planos de dar a vocês esperança no futuro" afirmou o ministro.

Segundo Martins 'é isso' que o presidente do STF, Luiz Fux, está fazendo: "Traçando planos para o futuro, planos de fé, planos de altivismo, planos de esperança pelo Judiciário cada vez mais respeitado, acreditado e viável. Estes são os planos, planejamento estratégico para um poder Judiciário a serviço da cidadania".

Ao fim de seu discurso, o ministro pregou ainda: "Todos unidos, todos conscientes, todos de mãos dadas, por uma Justiça respeitada, acreditada, à serviço do jurisdicionado e do cidadão. Que Deus nos ilumine a fazer Justiça. Vamos vencer a covid-19. Creio, tenho fé, na construção de um País melhor, pois Deus está no comando de todas as coisas. Logo voltaremos ao nosso normal, com nosso encontros de forma presencial no sentido de dar um calor humano, apertar cada um, dar as mãos".

Adventista, Martins é um nome cotado para o STF que tem a simpatia do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Além dele, o advogado-geral da União, André Mendonça, e o procurador-geral da República, Augusto Aras também estão no páreo para a cadeira que será deixada pelo ministro Marco Aurélio Mello. O decano marcou sua saída para 5 de julho, sete dias antes de completar 75 anos, quando tem decretada a aposentadoria compulsória

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) divulgou os resultados de uma pesquisa com foco nos efeitos da participação popular em comunidades espirituais, no período de maio e julho de 2020, momentos iniciais da pandemia da Covid-19. O estudo é uma iniciativa conjunta luso-brasileira e teve a participação das Universidades Federal da Paraíba (UFPB), Católica de Pernambuco (UNICAP) e da Universidade Lusófona de Portugal.

A iniciativa tomou prática por meio de uma enquete on-line realizada nos dois países e está reunida no livro 'Persona Pandêmica - Investigação sobre a noção de identidade no pós-Covid-19'. Ao todo, mais de 1,5 mil pessoas responderam ao questionário, entre cidadãos de 20 estados do Brasil e moradores de outros países como França, Angola, Espanha e Emirados Árabes.

Já a fase portuguesa contou com 380 respostas. Esta é a segunda vez em que a Fundaj e Portugal estão juntos na análise sensível e inteligente da pandemia; a primeira foi para viabilizar a publicação de quase 200 textos em série do escritor português Gonçalo M. Tavares, no site e redes da Fundação.

A Fundaj informa que a publicação tem como principal objetivo entender como a religião e a espiritualidade impactaram e foram impactadas pelo isolamento social. "A pesquisa surgiu do desejo de compreender o impacto causado pela maior pandemia do nosso século na vivência religiosa. Nosso objetivo era explorar tanto as maneiras como as práticas religiosas e espirituais se adaptavam às regras sanitárias impostas pela pandemia como também perceber se o sentido de conexão, vivenciado pelos fiéis das diferentes tradições religiosas, contribuiu para uma maior resiliência perante os desafios do momento”, explica Rosalira Oliveira, doutora em antropologia pela Pontifícia Universidade Católica e pesquisadora da Fundaj que participou do levantamento.

O questionário divulgado aos participantes abordou desde as condições de vida dos participantes e fontes de informação, a sentimentos e vivência religiosa durante a pandemia. Os sentimentos citados com maior frequência foram fé, esperança, incerteza e preocupação. Já no que diz respeito às práticas espirituais, mais de 72% das pessoas que responderam a pesquisa afirmaram que não estavam participando de nenhuma atividade realizada presencialmente.

No que diz respeito à religião dos participantes, a maioria se declarou católica (47,3%), seguidos dos espíritas kardecistas (9,2%). As tradições de matriz africana totalizaram 14% dos respondentes, sendo 6,7% candomblecistas, 3,7% como praticantes do catimbó/jurema e 3,6% como umbandistas. Mais de 7% do grupo se definiu como espiritualista, sem vínculo com nenhuma tradição religiosa específica e quase 6% declarou não seguir uma religião específica, mas professam a crença na existência de um ser superior.

No Recife e em Olinda, as celebrações católicas começaram a ser transmitidas via internet em março de 2020, como medida sanitária para evitar aglomerações e a disseminação da Covid-19. Cerca de 37% dos entrevistados seguiram de forma virtual os rituais como missas, cultos e xirês. A maioria deles (56,7%) declarou se dedicar às práticas religiosas sozinhos, mas 15% dos participantes citaram na pesquisa a importância da comunidade religiosa.

“Creio que os dados da pesquisa nos permitem afirmar que este sentido de pertencimento a uma comunidade espiritual traduz o verdadeiro re-ligare proporcionado pela religião, em suas diferentes manifestações”, conta Rosalira.

Os resultados do questionário apontam ainda para um debate sobre a influência das práticas religiosas no bem-estar da população durante a pandemia e as transformações sociais por meio de ações. Os principais benefícios da manutenção de atividades espirituais relatados pelos participantes da enquete foram a permanência do contato com o divino, o sentimento de esperança e a construção da paz interior.

Outras pessoas citaram, ainda, a redução da ansiedade e o sentimento de estar acompanhado. Dentre as ações sociais praticadas pelas comunidades religiosas das quais os participantes fazem parte, foram citadas a distribuição de alimentos e de produtos de limpeza, de máscaras respiratórias e o atendimento a famílias e pessoas contaminadas pela Covid-19. Também foram citadas ações de caráter coletivo, como doação de material médico para hospitais, asilos e casas de caridade.

O padre Fábio de Melo veio às redes sociais, nesse domingo (21), comunicar que sua mãe, Ana Maria, foi intubada por conta de complicações causadas pelo Covid-19, mesmo já tendo tomado a primeira dose da vacina contra o coronavírus.

Pelo pouco tempo entre ter tomado a primeira dose da vacina e a contaminação, Ana Maria se encontrava no período da “janela imunológica”, que é o tempo em que o organismo leva para gerar anticorpos.

##RECOMENDA##

"A minha mãe continua em sua luta, bravamente. Resistindo, suportando. Ontem ela precisou entrar na respiração artificial. No primeiro momento isso me desolou muito. Parece que a gente encara isso como uma sentença de morte. Mas não. Hoje, mais lúcido, mais tranquilo, eu sei que é o melhor para ela. Para que o organismo descanse, para que ela possa ter mais forças para se recuperar contra a inflamação nos pulmões, que está bastante severa. Os médicos disseram que estão muito confiantes, nós também. E eu gostaria de viver este momento do mesmo jeito que a minha mãe sempre viveu todas as dificuldades que ela passou: Entregando tudo nas mãos de Deus e confiando nele. Foi assim que ela me ensinou a viver, e eu não poderia reagir diferente”, disse Fábio de Melo.

Finalizando o sacerdote aproveitou para agradecer o apoio e dizer que está em paz: “Obrigado, eu estou bem, estou em paz, hoje eu estou muito melhor do que estava esses dias. Vamos seguir a vida enquanto ela está lá dormindo, com seu organismo lutando para se recuperar de tudo isso”.

O Padre ainda publicou no twitter uma frase reflexiva sobre a paz, que discorreu no seu desabafo: “A paz é a expressão mais delicada da alegria. Hoje, apesar de tanto sofrimento, Deus me consolou com ela. Estou em paz”.

[@#podcast#@]

Um pastor foi indiciado, nessa quarta-feira (24), pelo crime de intolerância religiosa em Belford Roxo, na Baixada Fluminense (RJ). O acusado postou um vídeo nas suas redes sociais onde quebrava alguidares - peça utilizada em rituais e trabalhos religiosos -, garrafas de oferendas e ofendia a religião do candomblé. 

Segundo a polícia, após o vandalismo o dirigente do terreiro de candomblé registrou o fato na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e as diligências começaram. Os agentes analisaram o vídeo em que o pastor quebrou oferendas, ofendeu a religião e ouviram depoimentos da vítima e do autor e realizaram perícia. 

##RECOMENDA##

O caso ocorreu dia 7 de janeiro. No vídeo o pastor afirma estar praticando o ato “em nome de Jesus”. A investigação constatou que o fato foi motivado por intolerância religiosa e o acusado foi indiciado pelo crime.

 [@#video#@]

No dia 25 de dezembro é celebrado o nascimento de Jesus Cristo. Neste ano de 2020, o Natal será festejado de uma maneira um pouco diferente por causa da pandemia da Covid-19, que recomenda evitar aglomeração de pessoas para evitar o contágio do vírus. Durante este ano, pessoas de todo o mundo perderam amigos e parentes para o vírus. No Brasil, há um total de 189.220 óbitos acumulados. Nesta quinta-feira (24), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou que Pernambuco registrou mais 36 mortes e 1.457 casos. 

Para refletir sobre o atual cenário vivenciado atualmente, o LeiaJá reuniu representantes de diversas igrejas para compartilhar mensagens otimistas e explicar a representação do Natal sob a ótica religiosa.

##RECOMENDA##

Bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Limacêdo Antonio salientou que no Natal o “Deus que estava longe se tornou próximo, esse Deus que era todo poderoso se fez uma criança, esse Deus que tem tudo se esvaziou de seu filho (Jesus) para nos dar a lição que devemos também nos esvaziarmos de nós mesmos: do nosso egoísmo, das nossas pretensões e abrir o nosso coração para acolher todas as pessoas que passam pelo nosso caminho”.

O líder religioso ainda ressaltou que “somos filho de Deus e de consequência somos irmãos”.”Se somos irmãos, somos responsáveis uns pelos outros, portanto, se Deus assumiu nossa dor, somos também convidados a assumir a dor dos irmãos e das irmãs. Olhar, acompanhar e rezar para aqueles que estão na solidão, para aqueles que perderam sua esperança, por aqueles que às vezes tem tudo, mas falta o necessário, o mais interior e o mais profundo”, disse.

Limacêdo aproveitou também para desejar forças diante da pandemia.  “Que Deus abençoe a todos e nos prepare com força e sabedoria para enfrentar e acolher um ano novo que vem com uma boa notícia: está chegando a vacina e essa vacina vai nos ajudar a retornar  a vida que tínhamos, mas esperando que não seja com tanta maldade, egoísmo, inveja e corrupção, e sim com plena graça do amor e da partilha da generosidade de Deus”, desejou.

Representante da Igreja Ortodoxa, o padre Aldo Mota disse que este é um “momento de refletir mais sobre a simplicidade, sobre o amor que é fundamental e sobre as coisas pequenas porque Deus, que é todo poderoso, se fez homem e nasceu em um lugar simples, mostrando que o desapego das coisas da terra nos dá conforto e é essencial para uma vida feliz e em paz”.

Mota ainda observou que “a sociedade, muitas vezes, tem entendido o Natal como um momento de presentes, comércios, festas e roupas bonitas. O Natal é simplesmente o nascimento do nosso senhor e salvador Jesus Cristo. Ele veio para nos dar vida, então nós celebramos essa data e queremos levar para todos os sentidos desse nascimento que é a paz, solidariedade, harmonia, respeito e amor entre os homens”.

Seguindo a mesma linha, o pastor da Igreja Batista, Kinno Cerqueira, ressaltou que “atravessamos um tempo difícil”.  “Vírus, fundamentalismos religiosos e necropolítica são fios que formam um manto sinistro que envolve o sol da esperança. Às vésperas do Natal, uma questão excruciante brota destemida dentro de nós: como celebrar a vida sob nuvens tão lúgubres?”, questionou.

Além disso, para ele o isolamento domiciliar e a solidão que decorre do vírus é metáfora concreta da caminhada por vezes solitária de quem sonha com um mundo renascido do amor. “A memória do nascimento de Jesus é vela acesa em meio a densas trevas, possibilidade de entreabrir janelas, de banir a mortandade, de curar corações golpeados, de entretecer um novo existir sem pedras nem cruzes, mas com flores e gozo”, comentou.

Por fim, o padre Fábio Santos, presidente da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso (CODEIR) da Arquidiocese de Olinda e Recife, acrescentou que o Natal é um convite para nos encher de esperança. “Os anjos disseram: eu anuncio para vocês uma alegria, no meio da escuridão da noite brilha uma luz, no meio da escuridão de pandemias e pandemônios, Deus nos clareia e renova em nós a esperança de seguir em frente”, frisou.

Anitta usou seu perfil oficial no Twitter, na madrugada desta sexta (13), para pedir respeito por sua religião: o candomblé. Após rumores de que ela estaria escondendo uma suposta raspagem nos cabelos por motivos religiosos, a cantora decidiu falar sobre suas escolhas espirituais e pedir pelo fim da intolerância religiosa.

A artista já havia desmentido, nas redes sociais, que teria raspado os cabelos por conta de uma obrigação religiosa mas decidiu voltar ao tema aproveitando para criticar o jornalismo tendenciosos. “As notícias tendenciosas que fazem pra fazer parecer que estou escondendo minhas crenças só me faz ter mais vontade de falar sobre o assunto. Até mesmo quando tentam provocar dizendo que eu só devo aparecer no barracão uma vez ou outra.... (ai ai viu... rs)", disse.

##RECOMENDA##

Dentro do candomblé, Anitta é ekedi, pessoa designada a auxiliar os orixás quando em terra; em grande parte das linhas candomblecistas ekedis não precisam raspar os cabelos. A cantora aproveitou o ensejo para pedir respeito por sua religião e falar sobre intolerância religiosa. “Sempre frequentei os dois (candomblé e igreja católica) até me identificar mais com o candomblé e seguir me dedicando o quanto posso dentro da minha rotina. Mas tenho curiosidade, respeito e admiração por todas as religiões e gostaria que todos também tivessem com a minha".

Autoridades belgas prenderam e expulsaram cinco ativistas dinamarqueses de extrema direita que planejavam provocar muçulmanos na Bélgica queimando um exemplar do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, informaram fontes oficiais nesta quinta-feira (12).

O secretário de Estado belga para Asilo e Migração, Sammy Mahdi (filho de um refugiado iraquiano), disse que os cinco "receberam ordem de deixar o país imediatamente, o que já fizeram".

A permanência dos ativistas "foi rejeitada porque esses homens representam uma séria ameaça à ordem pública na Bélgica", acrescentou Mahdi.

De acordo com a página de seu grupo no Facebook, os presos são membros do "Stram Kurs" ou "Hard Line", um movimento liderado pelo militante dinamarquês anti-islâmico e anti-imigração Rasmus Paludan.

Segundo a publicação, Paludan foi preso na França e também foi expulso.

"Stram Kurs" é conhecido na Escandinávia por atos provocativos e as autoridades belgas acreditam que o grupo planejou a queima do Alcorão em Molenbeek, um distrito de Bruxelas com uma grande população marroquina.

O suposto plano faz parte do caso enviado pela polícia ao Ministério Público de Bruxelas, disse à AFP uma fonte próxima à investigação.

Os confrontos eclodiram em agosto em Malmo, no sul da Suécia, depois que provocadores de extrema direita queimaram um Alcorão. Moradores protestaram atacando a polícia e vários agentes ficaram feridos.

Paludan, um advogado que vive na Dinamarca, era inicialmente esperado para assistir à manifestação, mas as autoridades suecas o impediram de entrar no país.

No último fim de semana, surgiram rumores de que Anitta teria raspado a cabeça por causa de sua religião. Um jornalista afirmou nas redes sociais que a cantora, adepta do candomblé, deitou para o santo e, por isso, ficou careca. Desde então, a funkeira tem usado apenas perucas, embora alegasse que as mudanças no visual eram uma investida para o mercado gringo. Entretanto, a história foi desmentida nesta terça-feira, dia 10, em um comunicado compartilhado pela assessoria de imprensa de Anitta no Instagram.

A declaração nega que a poderosa tenha ficado careca e explicou qual a relação da artista com a religião, dando ainda o motivo pelo qual ela não precisaria raspar a cabeça. No fim, é dito que Anitta considera esse boato um tipo de intolerância religiosa. Leia na íntegra abaixo:

##RECOMENDA##

"Devido às especulações na imprensa de que @anitta raspou seu cabelo para cumprir compromissos religiosos, viemos a público afirmar que a informação não é verdadeira. A cantora, praticante do Candomblé, é uma "Ekedi" em sua religião. As Ekedis são suspensas para a iniciação, não precisando raspar a cabeça em sua preparação para servir aos Orixás. Anitta repudia qualquer tipo de intolerância religiosa, seja ela qual for, e acredita que tais especulações retratam um Brasil ainda repleto de discriminação e preconceito religioso. Mais uma vez a bpmcom lamenta que a imprensa não cumpra sua obrigação para com a verdade e apure os fatos antes de publica-los."

O Vaticano explicou em uma nota interna a posição do papa Francisco sobre as uniões homossexuais após a controvérsia provocada pelo documentário "Francesco" e reiterou que o matrimônio católico acontece entre um homem e uma mulher, informaram fontes religiosas nesta segunda-feira.

Um documento, emitido pela Secretaria de Estado do Vaticano - comandada pelo número dois da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin - e enviado às nunciaturas ou embaixadas em todo o mundo, aborda o tema delicado após mais de uma semana de silêncio, devido ao escândalo provocado pelas palavras do pontífice no documentário do americano de origem russa Yevgeny Afineevsky.

Exibido em meados de outubro no Festival de Cinema de Roma, no documentário o papa argentino defende o direito dos casais homossexuais, "filhos de Deus", a contar com uma "lei de convivência civil", que os proteja legalmente.

"As pessoas homossexuais têm o direito de estar em uma família, são filhos de Deus, possuem direito a uma família. Não se pode expulsar ninguém de uma família, nem tornar sua vida impossível por isso. O que temos que fazer é uma lei de convivência civil, eles têm direito a estarem legalmente protegidos. Eu defendi isso", explica o papa no filme.

Uma frase que provocou a revolta dos setores mais conservadores da Igreja, incluindo vários bispos e cardeais, e elogios das associações de defesa dos homossexuais, que a consideraram histórica.

Frases retiradas de contexto

Para a Secretaria de Estado, as declarações do papa "geraram confusão" porque o diretor do documentário resumiu em apenas uma resposta as diferentes respostas dadas pelo pontífice em uma entrevista concedida à jornalista mexicana Valentina Alazraki em 2019.

"Há mais de um ano, durante uma entrevista, o papa Francisco respondeu duas perguntas distintas em dois momentos diferentes que, no mencionado documentário, foram editadas e publicadas como uma só resposta, sem a devida contextualização, o que gerou confusão", explica a nota interna do Vaticano, repassada à imprensa por várias nunciaturas.

Para o Vaticano trata-se de explicar o caso aos bispos e religiosos que fazem perguntas sobre as palavras surpreendente do papa e, ao mesmo tempo, evitar desmentir o cineasta, premiado por seu filme pelas mesmas autoridades da Santa Sé.

O documento interno do Vaticano, que não tem selo ou assinatura oficial, ao que parece foi enviado às nunciaturas a pedido do próprio pontífice.

O papa "se referia às leis adotadas pelos Estados", quando citou as leis civis e "não a doutrina da Igreja", ressalta a nota. O texto cita as palavras do papa em diversas ocasiões e recorda que em 2014 ele explicou que "o matrimônio é entre um homem e uma mulher".

"Os Estados laicos querem justificar as uniões civis para regulamentar diversas situações de convivência, movidos pela exigência de regulamentar aspectos econômicos entre as pessoas, como por exemplo assegurar a assistência de saúde", explicou na ocasião o pontífice.

Para a Secretaria de Estado "é evidente que o papa Francisco se referiu a determinados dispositivos estatais, certamente não à doutrina da Igreja, muitas vezes reafirmada no curso dos anos", destaca o texto.

Em 2020, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou o maior número de candidaturas entre líderes ou pessoas vinculadas à religião em toda a história das eleições municipais no Brasil. O pleito para escolha de prefeitos e vereadores, que acontece em 15 de novembro, terá 885 candidatos que declararam ser "sacerdotes, membros de ordem ou seitas religiosas". O total representa 83 políticos a mais que a votação de 2012. O levantamento é da Agência Pública.

A maior parte (56,4%) dos 694 religiosos elegíveis são homens, negros e têm o ensino médio completo. As mulheres sacerdotisas são 191 no próximo pleito. Além dos que comunicaram ao TSE que a religião é o principal meio de sustento, outro levantamento realizado pelo portal G1 mostra que 8,7 mil postulantes aos cargos eletivos afirmam ter ligação com algum culto religioso.

##RECOMENDA##

Embora a maioria dos candidatos tenha declarado atuar em outro tipo de profissão, prenomes como pastora, apóstolo e missionário foram registrados nas urnas eletrônicas e são recorde na eleição municipal de 2020.

Dos candidatos que afirmam que a religião é profissão, 101 deles são filiados à legenda Republicanos, partido vinculado à Igreja Universal. Na sequência, com 79 e 61 postulantes, estão o Partido Social Cristão (PSC) e o Progressistas (PP). A maioria dos registros de candidaturas foi feito no estado de São Paulo, com 149 políticos. Os estados de Minas Gerais, com 120 e Bahia, com 71, vêm em seguida.

Os candidatos ligados ao cristianismo compõem a maioria com 415 pessoas elegíveis. Entre eles 387 são pastoras e pastores ligados ao protestantismo, e 28 são padres vinculados à Igreja Católica.

Líder, vice-líder e terceiro colocado nas pesquisas sobre a corrida eleitoral em São Paulo, os candidatos Celso Russomanno (Republicanos), Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) cumpriram agenda de campanha de ontem, primeiro sábado do período eleitoral, visitando templos religiosos em busca do voto cristão.

Russomanno foi ao Santuário Mãe de Deus, na zona sul, onde o padre Marcelo Rossi celebra suas missas, segundo informou sua assessoria. O padre é padrinho do filho mais jovem de Russomanno, Celsinho, de 17 anos.

##RECOMENDA##

Covas esteve na Igreja Batista Boas Novas, na zona leste, no encerramento da 112.ª Assembleia Anual da Convenção Batista do Estado de São Paulo. Ele participou do evento e falou sobre o atendimento à população pobre, que seria "uma missão cívica, mas ao mesmo tempo religiosa".

Já Boulos visitou a Paróquia Santos Mártires, no Jardim Ângela, para conversar com um núcleo de apoiadores que usam o espaço como local de encontro, conforme a assessoria do candidato do PSOL. Ele se encontrou com o padre Jaime Crowe, que apoiou campanhas do PT em eleições passadas.

Russomanno e Covas têm, em suas coligações partidárias, vínculos com instituições religiosas. O partido de Russomanno é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus; o vice de Covas, Ricardo Nunes (MDB), é ligado a grupos carismáticos da Igreja Católica.

Na parte da manhã, ambos tiveram agenda na zona leste. Russomanno participou de uma carreata nas regiões de Itaquera e Guaianases, percorrendo ruas da região em um jipe conversível, de onde cumprimentou eleitores. Ele fez postagem do ato em suas redes sociais dizendo "agora é nossa vez" e defendendo investimentos na área da educação.

Covas tomou café e comeu um pãozinho em uma padaria da região da Mooca, onde tirou fotos com populares. Lá, o prefeito comentou a pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo divulgada na sexta, que o colocou tecnicamente empatado com o líder se considerada a margem de erro de três pontos porcentuais. "A campanha não vai ser refém de resultado de pesquisa. Vamos continuar a aposta na estratégia de campanha de mostrar o que fizemos ao longo dos últimos anos."

Boulos fez uma carreata pela região do Boi Mirim. Lá, fez um discurso e transmitiu uma live em que criticou os adversários: "Diferente de muita gente que aparece aqui só em época de eleição para pedir votos, abraçar criancinha e comer pastel na feira, a gente está aqui o ano todo".

Já o ex-governador Márcio França (PSB), quarto colocado nas pesquisas, participou de um "adesivaço", evento em que adesivos de campanha são fixados em carros de apoiadores, no bairro Pedreira, zona sul. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato à Presidência em 2018, Fernando Haddad (PT), aproveitou a prisão do presidente do PSC, pastor Everaldo Pereira, para disparar críticas contra quem une religião e política visando o que chamou de 'charlatanismo'. Em publicação no Twitter, nesta sexta-feira (28), o petista estendeu o comentário à deputada Flordelis, denunciada como mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. 

"Espero que o charlatanismo que tomou conta deste país comece a ser desmontado. Não se mistura religião e política sem produzir o caos. Flordelis e Everaldo, vão com Deus!", escreveu na rede social. 

##RECOMENDA##

Pastor Everaldo foi preso nesta sexta pela Polícia Federal na Operação Tris in Idem, que também afastou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), do cargo por 180 dias. O religioso é investigado na operação que apura um esquema de corrupção na secretaria de Saúde do Estado e foi citado na delação premiada do ex-secretário da pasta, Edmar Santos, pela sua influência no setor.

Já Flordelis foi apontada, na última segunda-feira (24), como a mandante do assassinato do marido. A parlamentar foi acusada de homicídio triplamente qualificado, homicídio tentado, associação criminosa, uso de documento ideologicamente falso e falsidade ideológica. Outras dez pessoas também foram denunciadas no caso, nove estão presas.

Nesta segunda-feira (17), o médico e gestor executivo do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM-UPE), Olímpio Barbosa, concedeu entrevista à rádio BandNewsFM, para comentar o procedimento de aborto legal realizado ontem, no Recife, na criança de 10 anos estuprada pelo tio. O caso chamou a atenção de todo o país durante a última semana.

O procedimento foi realizado pelos plantonistas do CISAM, que é referência no atendimento de saúde da mulher, e coordenado pelo médico. O profissional comentou que sentiu tristeza ao notar a presença de manifestantes antiaborto no local, e afirma que a experiência o fez concluir que o discurso pró-vida é “uma falácia”.

##RECOMENDA##

"A classe alta procura o aborto com maior frequência do que a classe desfavorecida. O Brasil é o país da hipocrisia. A defesa da vida é uma falácia. Se consideram que o embrião tem vida, deveriam estar nas portas das clínicas de reprodução humana, que descartam milhares de embriões", pontuou à BandNewsFM. “Nunca passei por nada parecido”, continuou, referindo-se à hostilidade dos manifestantes.

Apesar do procedimento ser comum às equipes da clínica — são realizados cerca de 50 por ano no CISAM-UPE, sobretudo em menores vítimas de violência sexual — Olímpio comentou que o caso da menina apresenta maior raridade, pois não é comum uma criança de 10 anos ovular ou possibilitar uma gravidez. Se a gestação não tivesse sido interrompida, ela provavelmente sofreria complicações de saúde, por ter o corpo pouco desenvolvido.

Em adição, disse que se o aborto não tivesse sido autorizado, “o Estado brasileiro estaria conivente com a dor e a violência”.

O procedimento foi validado judicialmente pelo estado do Espírito Santo. Após a transferência da vítima para a cidade do Recife, o aborto foi realizado. A criança passa bem e pode receber alta ainda nesta semana.

Com a repercussão do protesto de religiosos para impedir a interrupção da gravidez de uma vítima de estupro, de 10 anos, a Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito criticou a posição do grupo e condenou o que classificou como "oportunismo" da ala política envolvida. "Em nenhum momento os gritos se voltaram contra o estuprador", condena.

Aos gritos de "assassina" contra a criança estuprada, dezenas de religiosos se aglomeraram nesse domingo (16), em frente ao Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), no Recife, para intimidar a equipe médica e orar para que o procedimento fosse cancelado. "[...] Os que escolheram jogar pedras estão indo contra a palavra de Deus, pois atacam uma criança ao invés de acolher como fez nosso Mestre", publicou a Frente de Evangélicos.

##RECOMENDA##

Contrária a generalização da vertente religiosa, a Frente também repreendeu o silêncio das igrejas em relação à cultura do estupro. "Com seus gritos também perturbaram mulheres grávidas em um momento de alta fragilidade e culparam uma criança, sem maturidade fisiológica e emocional e que vinha sendo estuprada nos últimos 4 anos. Em nenhum momento os gritos se voltaram contra o estuprador. Em nenhum momento se apiedaram dessa criança, há tanto tempo violentada no corpo e na alma", complementou.

As críticas ainda se estenderam a os deputados Clarissa Tércio (PSC) e Joel da Harpa (PP), que participaram do protesto para hostilizar a menor. "Condenamos também que políticos, em especial os ligados às bancadas religiosas, e influenciadores digitais usem o episódio para disseminar o ódio, colocando culpa e mais dor sobre a vítima", avaliou, ao classificá-los como oportunistas e cobrar pela investigação, e punição em caso de crime.

Por levar a filha ao candomblé e permitir que a adolescente de 12 anos passasse por um ritual de iniciação na religião africana, que envolve raspar a cabeça, a mãe perdeu a guarda de sua filha. A ação foi movida pelo Conselho Tutelar de Araçatuba, interior de São Paulo, que recebeu denúncias feitas, inclusive, ela avó materna da garota, que é evangélica.

A mãe da adolescente garante que era um sonho da filha ser "feita" para o santo, que é quando o novo adepto fica 21 dias recluso no terreiro, tomando banhos de ervas e sendo exposto a fundamentos da religião. Essa feitura de santo é para a purificação do e que o novo candomblecista entre em contato com o axé, que na língua iorubá significa força ou poder, e renasça com os seus ancestrais.

##RECOMENDA##

Segundo o UOL, no dia 23 de julho, o Conselho Tutelar de Araçatuba recebeu uma denúncia anônima dizendo que a jovem era vítima de maus-tratos e abuso sexual. Por conta dessas denúncias, o conselho e a Polícia Militar foram até o terreiro. No local, a adolescente confirmou que não sofria qualquer tipo de abuso e que estava passando por um ritual para se tornar filha de Iemanjá.

As autoridades não levaram em consideração a declaração da menor e a levaram, juntamente com a sua mãe, para a delegacia, só podendo sair do local depois que a jovem passou por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, que não encontrou nenhum tipo de hematoma ou lesão.

Mesmo assim, familiares que não concordam com a religião escolhida pela adolescente, fizeram outras denúncias, registrando um boletim de ocorrência, apontando que a adolescente estava sendo mantida à força no terreiro e sob condições abusivas.

Depois disso, novamente policiais e conselheiros foram até o terreiro, mas não encontraram a adolescente lá - que já tinha passado pela purificação. Não desistindo, os familiares denunciaram o caso à promotoria, alegando que houve lesão corporal por causa do cabelo raspado.

Na Justiça, conseguiram transferir a guarda da menor para a avó materna. "O pior de tudo é que em nenhum momento ouviram minha filha ou a mim. Simplesmente a tiraram de mim. Eu nunca a obriguei a nada, esse sempre foi o sonho dela. Ela está chorando a todo momento, me liga de dez em dez minutos querendo vir para casa", alega a mãe.

O UOL revela que o Conselho Tutelar da cidade e os familiares que entraram na Justiça para conseguir a guarda da adolescente não quiseram falar sobre os fatos. Há uma semana, mãe e filha só se falam por telefone.

Medo, ansiedade, notícias ruins, crise política, problemas econômicos, desemprego. A pandemia do novo coronavírus ocasionou uma série de dificuldades que estão castigando a rotina da sociedade. Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), realizada por meio do professor Alberto Figueiras, da Instituto de Psicologia da entidade, apontou que incertezas e as mudanças impostas pelo isolamento social vêm provocando sofrimento psíquico: casos de depressão praticamente dobraram entre os brasileiros entrevistados, enquanto os registros de ansiedade e estresse demonstraram crescimento de 80%.

A partir desse cenário preocupante, o programa “Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?” debate, nesta terça-feira (23), o tema “Fé X angústias: como resistir em tempos difíceis e acreditar no futuro?”. A live é exibida no Youtube do LeiaJá, por meio do Instagram @leiaja e no canal no YouTube Vai Cair No Enem. Assista:

##RECOMENDA##

Participam da transmissão a psicóloga Silvia Regina Rodrigues, o sacerdote juremeiro e mestre em ciências da religião Alexandre L’Omi L’Odò, o psicólogo Dino Rangel, além do padre e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz, Davi Gonçalves. A apresentação fica por conta do jornalista Nathan Santos.

O ‘Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?’ é uma idealização do LeiaJá em parceria com o projeto Vai Cair No Enem. O programa é exibido todas as quartas-feiras, às 16h30, no YouTube do LeiaJá, bem como por meio do Instagram.

Proposta - Os convidados do programa não apresentam “verdades absolutas” sobre a futura sociedade do período pós-pandemia, uma vez que há muitas dúvidas acerca de como os países se recuperarão das consequências causadas pela proliferação do vírus em diferentes áreas. Porém, eles revelam projeções, a partir das suas vivências pessoais e principalmente profissionais, que possam nos apresentar possíveis panoramas. As temáticas abordadas nas lives serão diversas, permeando áreas como educação, mercado de trabalho, esportes, política, medicina, ciência, tecnologia, cultura, entre outras.

Medo, ansiedade, notícias ruins, crise política, problemas econômicos, desemprego. A pandemia do novo coronavírus ocasionou uma série de dificuldades que estão castigando a rotina da sociedade. Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), realizada por meio do professor Alberto Figueiras, da Instituto de Psicologia da entidade, apontou que incertezas e as mudanças impostas pelo isolamento social vêm provocando sofrimento psíquico: casos de depressão praticamente dobraram entre os brasileiros entrevistados, enquanto os registros de ansiedade e estresse demonstraram crescimento de 80%.

A partir desse cenário preocupante, o programa “Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?” debate, nesta terça-feira (23), às 16h30, o tema “Fé X angústias: como resistir em tempos difíceis e acreditar no futuro?”. A live será exibida no Youtube do LeiaJá, por meio do Instagram @leiaja e no canal no YouTube Vai Cair No Enem.

##RECOMENDA##

Participam da transmissão a psicóloga Silvia Regina Rodrigues, o sacerdote juremeiro e mestre em ciências da religião Alexandre L’Omi L’Odò, o psicólogo Dino Rangel, além do padre e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz, Davi Gonçalves. A apresentação fica por conta do jornalista Nathan Santos. O programa será exibido excepcionalmente nesta terça-feira em virtude do feriado de São João, celebrado quarta-feira (24) em Pernambuco.

O ‘Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?’ é uma idealização do LeiaJá em parceria com o projeto Vai Cair No Enem. O programa é exibido todas as quartas-feiras, às 16h30, no YouTube do LeiaJá, bem como por meio do Instagram.

Proposta - Os convidados do programa não apresentam “verdades absolutas” sobre a futura sociedade do período pós-pandemia, uma vez que há muitas dúvidas acerca de como os países se recuperarão das consequências causadas pela proliferação do vírus em diferentes áreas. Porém, eles revelam projeções, a partir das suas vivências pessoais e principalmente profissionais, que possam nos apresentar possíveis panoramas. As temáticas abordadas nas lives serão diversas, permeando áreas como educação, mercado de trabalho, esportes, política, medicina, ciência, tecnologia, cultura, entre outras.

Serviço

Programa 'Quando passar... Como será o mundo após a pandemia?'

Quando: nesta terça-feira (23)

Horário: 16h30

Tema: Fé X angústias: como resistir em tempos difíceis e acreditar no futuro?

Convidados: Silvia Regina Rodrigues (psicóloga); Alexandre L’Omi L’Odò (sacerdote juremeiro e mestre em ciências da religião); Dino Rangel (psicólogo); e Davi Gonçalves (padre e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Luz).

Onde assistir:

youtube.com/leiajaonline

Instagram @leiaja

youtube.com/vaicairnoenem

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando