Tópicos | Fernando Bezerra Coelho

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), saiu em defesa do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e afirmou que a liberação de emendas parlamentares não pode ser vista como “algo ilegal ou criminoso”. No plenário, o senador explicou que a Casa Civil é responsável pela articulação política do governo, o que inclui as discussões sobre a liberação de recursos para Estados e municípios.

“Tenho absoluta certeza que o ministro Onyx Lorenzoni seria o último a viabilizar votos pelo ‘toma lá dá cá’. Agora, é evidente que a Casa Civil da Presidência da República tem que tratar da liberação de recursos para governadores, prefeitos e convênios. Isso é o dia a dia do Congresso Nacional”, disse o líder. “Não se pode ver uma iniciativa comum, que é usual, que é a demanda que eu trago do meu município e da minha região como algo ilegal ou criminoso”, acrescentou.

##RECOMENDA##

Para Fernando Bezerra Coelho, Governo e Congresso devem construir uma relação de confiança. “E é isso que o ministro Onyx está fazendo com as lideranças partidárias, com os presidentes de partidos. Tanto é assim que, através deste diálogo, foi possível a expressiva votação na CCJ da Câmara com mais de 66% dos votos, sinalizando que vai ser possível também aprovar a Reforma da Previdência na comissão especial”, finalizou.

LeiaJa imagens

--> Barack Obama fará palestra no Brasil em maio

--> Alepe aprova aumento de R$2 mi para emendas parlamentares

--> 'Governo Bolsonaro perdeu gordura',diz presidente do Ibope

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), defendeu nessa quarta-feira (27), o diálogo entre Congresso Nacional e Poder Executivo para a construção de um ambiente de “compreensão e entendimento” para a votação da Reforma da Previdência.

Após reunião com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e líderes de partidos no Senado, Fernando Bezerra Coelho afirmou que o governo está identificando os interesses de cada bancada para melhorar a interlocução com o Congresso.

##RECOMENDA##

“Entram os bombeiros, botam água na fervura, restabelecem o diálogo e vamos encontrar um caminho para estabelecer essa parceria da Câmara e do Senado com o Poder Executivo”, afirmou o líder do governo. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem reiterado a importância da Reforma da Previdência para destravar o crescimento econômico do Brasil.

“Acho que todos querem contribuir para viabilizar uma nova agenda para o Brasil. O governo acertou ao colocar a agenda para discussão, com um forte programa de desestatização, simplificação tributária, descentralização de receitas para ajudar e reforçar a autonomia de estados e municípios, e a Reforma da Previdência, que é a maior de todas as reformas, tendo em vista o impacto fiscal relevante para o equilíbrio das contas públicas”, pontuou.

Fernando Bezerra Coelho informou, ainda, que o Senado deve votar na próxima semana a Proposta de Emenda à Constituição 2/2015, que amplia a execução obrigatória do Orçamento da União. Aprovada em dois turnos pela Câmara nessa terça-feira (26), a PEC será, agora, apreciada pelo Senado.

LeiaJá também

--> FHC sugere que Bolsonaro “pode cair” ao "atiçar" Maia

--> Ibama exonera servidor que multou Jair Bolsonaro

--> Bolsonaro: 'Reforma trará equilíbrio das contas públicas'

O senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) foi o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro como líder do governo no Senado. A escolha, feita nessa terça-feira (19), aconteceu um dia depois de o parlamentar prestar depoimento em um desdobramento da operação Lava Jato.

Bezerra Coelho é suspeito de ter recebido R$ 2 milhões de empreiteiras por obras no Porto de Suape, na Região Metropolitana do Recife. Na época do governo Dilma Rousseff, o pernambucano foi ministro da Integração, quando ele ainda fazia parte do PSB.

##RECOMENDA##

Já no ano passado, ele foi líder do presidente Michel Temer no Senado. O parlamentar também foi secretário no governo estadual de Eduardo Campos.

A polêmica em torno de Fernando Bezerra Coelho é porque ele é alvo de cinco inquéritos - dois por supostos crimes contra a lei de licitações, quando era prefeito de Petrolina; dois de quando ele era secretário estadual; e um da época em que ele foi ministro.

A Arena de Pernambuco, que é motivo de muitos debates no Estado, está envolvida em um dos inquéritos em que Bezerra Coelho consta como investigado. O documento apura irregularidades relacionadas a obras no estádio.

O pernambucano também foi apontado por executivos da Odebrecht como destinatário de repasses indevidos da construtora e da OAS após fraude em licitação.

Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira (11), rejeitar denúncia apresentada em 2016 pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) pelo crime de corrupção passiva.

O julgamento começou em dezembro do ano passado, mas foi registrado um empate na votação devido à ausência do ministro Ricardo Lewandowski, que estava afastado por motivos de saúde.

##RECOMENDA##

Ao retomar o julgamento nesta tarde, Lewandowski seguiu voto divergente iniciado pelo ministro Gilmar Mendes e entendeu que a PGR não apresentou provas suficientes para justificar a abertura de uma ação penal para tornar o parlamentar réu no Supremo.

Antes da suspensão do julgamento, o relator da denúncia, Edson Fachin, e Celso de Mello votaram pelo recebimento da denúncia, e Gilmar Mendes e Dias Toffoli pela rejeição.

Em 2016, ao denunciar o senador Fernando Bezerra ao Supremo, a procuradoria entendeu que havia indícios de que o senador recebeu vantagens indevidas em 2010, por meio de doações eleitorais oficiais, período em que o parlamentar exercia os cargos de secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, ambos por indicação do então governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014.

Durante o julgamento, a defesa do Fernando Bezerra Coelho afirmou que o parlamentar não participou da campanha de Eduardo Campos e que a denúncia está amparada somente em depoimentos de delatores.

O ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell, encaminhou para a Vara de Crimes contra a Administração  Público e Ordem Tributária da comarca do Recife o inquérito que investiga supostas fraudes e superfaturamento na construção da Arena de Pernambuco. A informação é do jornal Folha de São Paulo. A decisão do STJ foi proferida no último dia 12. 

Com a medida, quem seria responsável pelas próximas diligências da investigação, a exemplo de casos anteriores, seria a extinta Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp). De acordo com a reportagem, a Polícia Federal confirmou que, como o inquérito foi remetido para a Justiça de Pernambuco, as novas diligências devem ser feitas pela Polícia Civil.

##RECOMENDA##

O inquérito tem como alvo de investigação nomes como o do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, o deputado federal Tadeu Alencar - todos do PSB - e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB). Eles integravam o Comitê Gestor de Parcerias Público- Privadas da gestão de Eduardo Campos, quando o empreendimento foi construído.

A Decasp, contudo, foi extinta por um projeto de lei, encaminhado pelo governador, aprovado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em regime de urgência. A nova legislação cria o Departamento de Combate ao Crime Organizado (Draco) que deve começar a funcionar a partir de 2019 e acumular o trabalho feito pela delegacia especializada em corrupção em órgãos públicos.

Na última segunda-feira (19), as atividades da delegacia chegaram a ser retomadas por decisão liminar que permitiu que a delegada Patrícia Domingues, até então responsável pelo departamento, concluísse, em 45 dias, as investigações em andamento. Porém, nessa quarta-feira (21), o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco Alberto de Oliveira Melo, acolheu um recurso do governo e derrubou a liminar.

As supostas irregularidades na licitação da Arena foram apontadas pela Operação Fair Play. Que, em 2015, sugeriu que o superfaturamento teria sido de R$ 42,8 milhões. De acordo apurações do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o valor chegaria a R$ 70 milhões.  

À reportagem da Folha, o Governo de Pernambuco não quis se pronunciar. Quando a investigação veio à tona, Paulo Câmara, Geraldo Julio e Tadeu Alencar afirmaram, em nota conjunta, que todos os procedimentos licitatórios seguiram os trâmites legais e o senador negou qualquer irregularidade. A transferência do inquérito para o TJPE obedece decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que flexibiliza o foro privilegiado. 

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta terça-feira, 11, o arquivamento de inquérito contra o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), aberto com base na delação da Odebrecht.

Segundo o Ministério Público, colaboradores da empreiteira relataram o pagamento de valores não contabilizados no âmbito da campanha eleitoral de 2010, o que configuraria crime de caixa dois. Teriam sido repassados R$ 200 mil em duas parcelas por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht.

##RECOMENDA##

A defesa do parlamentar, no entanto, destacou durante as apurações que Bezerra Coelho sequer tinha concorrido em 2010, não tendo como imputar ao senador – eleito só em 2014 – o crime apontado pela PGR.

A votação, rápida, foi unânime entre os ministros da turma. O decano Celso de Mello não estava presente na sessão.

O ministro Edson Fachin, que tem divergido nas decisões de arquivamento pela Segunda Turma, ressaltou que neste inquérito não havia justa causa para manutenção da investigação, aberta em abril do ano passado.

Ao votar, o relator ministro Gilmar Mendes destacou que a situação era semelhante aos recentes arquivamentos de inquéritos abertos com delação da Odebrecht, em que as apurações não conseguiram comprovar o que disseram os colaboradores da empreiteira.

Em manifestação enviada ao STF em 10 de agosto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedia a remessa das investigações para à Justiça Eleitoral de Pernambuco, em função da restrição do foro por prerrogativa no Supremo. A Procuradoria destacava que as supostas doações eleitorais investigadas ocorreram quando Bezerra Coelho ocupava o cargo de Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco, cumulativamente ao de presidente do Porto de Suape/PE.

Já o pedido de arquivamento da defesa enviado no final de agosto ressaltava que não havia indícios de autoria e materialidade suficientes para o oferecimento de denúncia no caso.

"A defesa esperava a decisão unânime de arquivamento tendo em vista que o senador sequer concorreu a cargo eletivo na época do fatos", situação que não poderia categorizar o crime apontado pela PGR, afirmou o advogado André Luís Callegari após o julgamento na Segunda Turma.

Mais cedo, a turma, por 3 votos a 1, arquivou o inquérito também da Odebrecht contra a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), vice na chapa do candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT). O caso foi levado à julgamento pelo relator, Gilmar Mendes, primeiro a votar pelo arquivamento, sendo seguido pelos colegas Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Com as decisões desta terça, 11, já são nove inquéritos abertos com base na delação da empreiteira arquivados pelos ministros sem que haja pedido da PGR.

O governador Paulo Câmara (PSB) emitiu uma nota, na manhã desta quinta-feira (30), rebatendo, mais uma vez, as afirmações do presidente Michel Temer (MDB) de que o pessebista esteve aliado ao seu governo desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e de que o Governo Federal destinará, até dezembro deste ano, R$ 3,23 bilhões ao Estado. No texto, Paulo acusa o Michel Temer de agir a mando do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), agora líder do governo no Senado, para beneficiar a candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) a governador. 

Na nota, o candidato à reeleição diz que o presidente cumpriu “uma tarefa eleitoral minúscula a serviço dos seus aliados” e “tentou interferir na eleição local com a falsa afirmação de que teria algum tipo de proximidade” com ele. 

##RECOMENDA##

“A ação orquestrada entre Temer e Fernando Bezerra Coelho para beneficiar Armando Monteiro só evidenciou o quanto esse grupo político está integrado e trabalhando contra os pernambucanos. A mentira se estendeu a um documento que supostamente deveria conter os investimentos federais no Estado”, diz o texto, assinado pela equipe de comunicação de Paulo Câmara. 

O documento a que a nota se refere é um relatório da Secretaria-geral da Presidência da República enviado ao Jornal do Commercio que aponta que os R$ 3,23 bilhões destinados a Pernambuco foi para a Transposição do São Francisco, que abrange outros Estados como Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte; a restauração de igrejas no Recife e em Olinda; a construção de 2,9 mil casas do programa Minha Casa, Minha Vida; e a construção da Barragem Poço Branco, no Rio Grande do Norte. Além disso, também estão inclusos no relatório o pagamento de beneficiários do Bolsa Família, em 2017 e 2018, e a liberação do PIS/Pasep e contas inativas do FGTS.

O governador chamou o relatório de “obra de ficção” e reforçou a tese de que Pernambuco é injustiçado pelo governo Temer. “Elenca como aporte do Governo Temer em Pernambuco desde construções realizadas no Rio Grande do Norte, passando por repasses obrigatórios aos trabalhadores, como PIS/PASEP e FGTS. Além de itens que deveriam acontecer em 2018 e nem sequer foram iniciados. Nenhuma linha sobre o fechamento do crédito nos bancos oficiais para Pernambuco e nem sobre o fim do repasse para obras importantes como a Adutora do Agreste, que não recebeu nenhum centavo da União em 2018”, argumenta a nota. 

“O documento também não menciona que Temer impediu por duas vezes a devolução da autonomia de Suape, assim como prometeu e não cumpriu a prorrogação dos incentivos fiscais para que a FIAT realize mais um investimento de R$ 7 bilhões que gerarão 13 mil novos empregos”, acrescenta.  

Por fim, a nota diz que “quem sabe o que o presidente Temer significa pra Pernambuco é o nosso povo que dá 94% de rejeição a ele”. “O papel a que se prestou o presidente mostra a exata dimensão de sua estatura política e do tamanho do seu empenho com a candidatura do senador Armando Monteiro e toda a sua turma”, alfineta, concluindo.

A pitada de pimenta colocada por Temer nas eleições estaduais nessa quarta (29), ao afirmar que a rejeição de Paulo Câmara a ele era apenas eleitoral e de que o governador pernambucano era seu aliado, foi o suficiente para aquecer o debate. 

As falas do emedebista foram proferidas no mesmo momento em que nenhum dos dois principais palanques - nem o de Paulo nem o de Armando - querem ter a imagem atrelada ao presidente com, segundo dados da pesquisa Ibope de junho, 4% de aprovação do governo e 79% de rejeição. 

Tanto Paulo quanto Armando se dizem eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apesar de condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, tem lidera as pesquisas de intenções de votos e é o principal cabo eleitoral em Pernambuco, onde o lulismo é forte. 

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (7) a Medida Provisória 831/18, que determina à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) contratar um mínimo de 30% dos serviços de transporte de grãos com cooperativas e associações de transportadores autônomos. A matéria será enviada ao Senado.

Essa regra foi uma das reivindicações do setor nas negociações para acabar com a greve ocorrida no fim de maio deste ano.

##RECOMENDA##

O texto foi aprovado na forma do projeto de lei de conversão apresentado pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que retirou a possibilidade de contratação de sindicatos de transportadores autônomos. Para o relator, a contratação de sindicatos para uma função que não é a principal deles seria inconstitucional.

A Conab utiliza as transportadoras para movimentar grãos pelo País e garantir o abastecimento de todas as regiões com os estoques reguladores. Os serviços de transporte são contratados por leilão eletrônico.

Mínimo ou máximo

A MP original previa a contratação de um máximo de 30% dos serviços de transporte com essa reserva de mercado, mas um acordo entre a categoria e a Casa Civil da Presidência da República em data posterior ao envio da MP para o Congresso mudou para contratação mínima de 30%.

 O texto estipula ainda que o preço contratado não deverá ser maior que o praticado nas tabelas referenciais utilizadas pela Conab e permite à companhia contratar de outra forma se a oferta de serviço de transporte de cargas por essas entidades não for suficiente para suprir sua demanda.

O contratado terá de atender também aos requisitos estabelecidos no regulamento para transportes da Conab.

Três anos

Outra mudança no projeto de lei de conversão retirou a condição de que as associações de transportadores autônomos de cargas constituídas nos termos do Código Civil (Lei 10.406/02) tivessem, no mínimo, três anos de funcionamento para participar da contratação.

Da 'Agência Câmara Notícias

O MDB de Pernambuco aprovou em convenção, nesta sexta-feira (3), a candidatura do deputado federal Jarbas Vasconcelos ao Senado pela Frente Popular. Na ocasião, dos 94 delegados que estavam aptos a votar, apenas 58 compareceram. Destes, 56 votaram a favor da postulação do parlamentar por uma vaga na Casa Alta. Durante o encontro, também foi dado plenos poderes para que a Executiva Estadual defina as coligações da legenda para a disputa majoritária e proporcional. O presidente estadual e vice-governador Raul Henry optou por manter a aliança do partido com o PSB, que buscará a reeleição do governador Paulo Câmara. 

Durante a convenção, que iniciou pontualmente às 9h, foi apresentada uma moção assinada pelo emedebista Orlando Tolentino e subscrita pelo senador Fernando Bezerra Coelho com a proposta de que a aliança firmada no Estado tivesse consonância com a candidatura de Henrique Meirelles à Presidência e apontando o palanque do senador Armando Monteiro (PTB) como o viável para isto. A solicitação, por sua vez, foi negada pelos delegados. 

##RECOMENDA##

“A moção, apesar de intempestiva, fará parte da nossa ata”, resumiu Raul, lembrando que há onze meses ele e a atual direção do MDB de Pernambuco é alvo de “ameaça permanente” com a busca de dissolução do colegiado, a pedido de Fernando Bezerra, e que agora tramita no Supremo Tribunal Federal. 

“Todos acompanharam a nossa luta nos últimos onze meses, sabem que vivemos sob uma ameaça permanente, uma espada pendurada sobre o nosso pescoço, uma luta contra a intervenção do nosso partido”, pontuou, em discurso rápido durante a convenção, fazendo menção a decisão liminar do ministro Ricardo Lewandowski negando o pedido de urgência para apreciar o processo e legitimando a realização da convenção estadual.  

“Fomos ameaçados de uma dissolução injusta que não cometeu nenhum deslize, em função do atropelamento que teve precisamos judicializar, com essa decisão são cinco do Supremo a nosso favor. Nossa convicção sempre foi que manteríamos o comando do MDB, esta etapa de hoje consolida”, completou o vice-governador.

Henry também fez questão de destacar a coragem que ele, Jarbas, o deputado estadual Tony Gel e outros parlamentares emedebistas tiveram de permanecer no partido, mesmo com a possibilidade de terem a carreira política interrompida caso perdessem a disputa pela direção e agradeceu ao deputado federal André de Paula por ter oferecido o PSD para que eles disputassem o pleito. 

[@#galeria#@]

Jarbas entre sorrisos e afagos

Certo de que teria o nome referendado pela convenção, o que chamou a atenção durante o encontro entre os emedebistas foram os sorrisos de Jarbas Vasconcelos. De canto a canto, o semblante do parlamentar se mostrava confiável na volta a disputa por uma vaga na Casa Alta, onde já cumpriu mandato, e “alívio” pela decisão do STF favorável ao grupo dele e de Raul Henry. 

No palanque da Frente Popular, Jarbas vai precisar dividir com o espaço com o PT, partido de quem ele é rival histórico, e a disputa pelo Senado com o senador Humberto Costa que buscará a reeleição. O deputado disse estar preparado para lidar com a militância do Pt que já o chamou de golpista. 

“Temos que estar preparados para isso, não é uma aliança que é fácil, foi difícil de fazer esse alinhamento, uma troca de conversas comandada muito bem por Paulo Câmara e tenho certeza que teremos uma chapa exitosa. Cabe a gente dar continuidade a isso e ganhar uma eleição”, observou. 

A aliança com o PT também foi encarada como natural por Raul Henry. “Já disse que aqui em Pernambuco temos uma frente ampla que tem mais de uma candidatura, temos divergência nos problemas do país e convergências estaduais, capacidade de diálogo. Vejo com tranquilidade essa aliança”, disse. 

“Podemos ter opiniões diferentes nos problemas do país. A frente é ampla, mas temos convergência com relação a Pernambuco. Um governador aplicado, responsável, que honrou os compromissos com o povo de pernambuco, uma pessoa competente e que tem todas as condições de voltar a governar Pernambuco por mais um mandato e espero que em condições econômicas mais favoráveis”, completou o vice-governador.

A posição do MDB para o pleito estadual será reafirmada durante a convenção da Frente Popular de Pernambuco marcada para o próximo domingo, das 10h às 17h, no Clube Português, no Recife. 

O deputado federal Jarbas Vasconcelos afirmou, nesta sexta-feira (3), durante a convenção estadual do MDB, que não acredita que a Executiva Nacional pratique retaliações financeiras diante da campanha dele ao Senado pela Frente Popular de Pernambuco. A cúpula emedebista nacional é responsável por distribuir os recursos oriundos dos fundos partidário e eleitoral para as campanhas proporcionais e majoritárias de todo o país. 

Ao ser questionado pela imprensa sobre a possibilidade, Jarbas disse que a Executiva sabe que se isso acontecesse ele não ficaria calado. “Não acredito [em retaliação] porque a Executiva me conhece, sabe que tomando uma iniciativa estapafúrdia como esta eu não ficaria calado. Não passa pela minha cabeça que a Executiva faça isso”, declarou.

##RECOMENDA##

A indagação baseia-se na aliança do presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), com o senador Fernando Bezerra Coelho. Os dois buscam, desde que Bezerra se filiou ao partido em setembro, dissolver a direção da legenda em Pernambuco, atualmente comandada pelo vice-governador Raul Henry. Como Jarbas e Henry não aceitaram os argumentos apresentados por eles, a briga foi levada para o Supremo Tribunal Federal que, até o momento, manteve a condução de Henry

O vice-governador, que tentará uma vaga na Câmara Federal, também descartou qualquer intervenção financeira na divisão dos recursos para a campanha por parte da Nacional. “O bom senso deve prevalecer. Vencemos a luta jurídica e a convenção, não vejo nenhuma justificativa para deixar de ter um senador e um deputado federal com candidaturas viáveis. Não faz nenhum sentido retaliações”, ponderou. 

A convenção estadual do MDB foi realizada na manhã desta sexta e a expectativa é de que o resultado da votação dos 94 delegados que aprovariam ou não as candidaturas de Jarbas ao Senado e dos postulantes à Câmara e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) seja divulgado até às 15h. 

 A 12 dias do fim do prazo para as convenções partidárias, quando as legendas definem suas coligações e candidatos para as eleições, o quadro de alianças em Pernambuco ainda não está tão consolidado como se espera nessa reta final do período pré-eleitoral. Enquanto de um lado, o senador Armando Monteiro (PTB) enfrenta dificuldades para eliminar os ruídos que surgem no conjunto dos oito partidos que endossam sua candidatura, do outro o governador Paulo Câmara (PSB), que buscará à reeleição, tenta não ser alvo de mais baixas na Frente Popular e pleiteia o alinhamento do PT ao seu nome, limando uma terceira candidatura competitiva, como a da vereadora Marília Arraes. 

Hoje a dificuldade exposta pela aliança formada em torno do nome de Armando Monteiro é  o fato dele se colocar como eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tendo no palanque partidos como PSDB e DEM - adversários históricos do petista. No fim da última semana, inclusive, o deputado federal e presidente da sigla tucana no Estado, Bruno Araújo, chegou a sugerir um rompimento da aliança com o petebista. 

##RECOMENDA##

A medida, que ainda está em discussão entre os tucanos, é pelo desejo de que o palanque da ‘Pernambuco Vai Mudar’ dê lugar de preferência para o presidenciável do PSDB que é o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O grupo que endossa a candidatura do petebista, tem ainda outras postulações presidenciais como a do senador Álvaro Dias (Podemos) e a do economista Paulo Rebello de Castro (PSC), mas as legendas não vem impondo questionamentos sobre o fato de pedir votos. 

Além de PSDB, DEM, Podemos e PSC, ao lado de Armando ainda estão PPS, PV e PRB. E, apesar do prazo curto para a composição da chapa, o senador e seus aliados continuam flertando com legendas aliadas a Paulo Câmara, como o Solidariedade. 

Mesmo com insatisfações já apresentadas, o Solidariedade deve definir apenas no dia 4 de agosto, quando fará sua convenção, se permanece com o governador ou vai para o palanque petebista. O Solidariedade, entretanto, não é o único desafio entre os aliados de Paulo Câmara, o PROS, do deputado federal João Fernando Coutinho, ensaia um desembarque da base para endossar a eventual candidatura de Marília pelo PT, que vem nacionalmente atirando para todos os lados na expectativa de conquistar ao menos um partido aliado em prol da candidatura de Lula. Se com o PSB a aliança não vingar, a legenda tem o PROS na gaveta para marchar juntos. 

Apesar das eventuais perdas, o governador ainda ostenta um grupo com 14 legendas (PCdoB, PSB, MDB, PTC, PRP, PR, PSD, PPL, PHS, PSDC, PP, PEN, PSL e PDT) e se mantém com a maior frente, até agora, para a corrida eleitoral. 

Um fator comum 

O quadro, entre as duas principais chapas que disputam o comando do Palácio do Campo das Princesas, ainda tem um fator comum: a manutenção ou não do vice-governador Raul Henry no comando do MDB de Pernambuco, que aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal. No momento, a legenda integra a base da Paulo, mas se a direção do partido for diluída e o senador Fernando Bezerra Coelho passar a responder pelo partido, o MDB, inevitavelmente, migrará para o palanque de Armando. 

Hoje FBC é uma espécie de dissidente emedebista, por não estar alinhado a Paulo Câmara e não cessar nas críticas direcionadas a gestão pessebista, da qual ele próprio já fez parte, uma vez que era filiado ao PSB até setembro de 2017.

Pendências nacionais ditarão os palanques em Pernambuco

Com o panorama traçado, a cientista política Priscila Lapa ponderou, em conversa com o LeiaJá, que as indefinições estaduais estão diretamente ligadas à conjuntura nacional e a expectativa dela é que este ano, mais do que normalmente, a disputa em Pernambuco seja “mais nacionalizada”. “Enquanto o cenário nacional ficar indefinido, no plano local vão postergar ainda mais o anúncio completo das chapas”, salientou a estudiosa.  

O reflexo disso é que até agora ainda não foram anunciadas as chapas completas tanto de Paulo quanto de Armando. Com as definições previstas para os ‘45 do segundo tempo’, Priscila disse que as duas chapas podem se prejudicar, mas como Paulo Câmara tem a máquina pública ele não perde tanto. 

“Todo mundo está mais ou menos na mesma situação. A chapa da oposição, de Armando Monteiro, demorou e ainda enfrenta problemas em algumas definições dentro da construção da própria aliança. Se a demora fosse exclusivamente do governador, talvez sofresse o prejuízo do tempo para confirmar com que forças ele sai para a disputa pela reeleição. Contudo, isso tem atingido igualmente todas as candidaturas e tem uma vantagem para quem está no cargo. Quem menos se prejudica nessa demora é quem já está no governo. Ele tem um time com o eleitor já construído”, observou a cientista política. 

Armando e o voto a Lula

Sob a ótica de Priscila Lapa, o posicionamento de Armando condiz com o peso da avaliação do pensamento dos eleitores pernambucanos. No Estado, segundo ela, “nenhum dos postulantes vai, principalmente pensando no eleitorado do interior, fazer um discurso sem considerar o legado de Lula” e, a partir do início da campanha, os eleitores vão “fazer a distinção de quem é herdeiro e aliado mesmo de Lula, daqueles que querem pegar apenas carona nesse legado”. 

“Armando tem uma história ligada a Lula, de ter sido ministro no governo petista, mas a aliança que ele firmou não vai permitir um discurso de alinhamento total como nesse primeiro momento de pré-campanha”, ponderou Lapa. 

“Obviamente a partir de agosto as pessoas vão ter palanques e lados, elas vão ter que defender esses lados. Existe uma tentativa dos partidos que apoiam Armando de descolar do governo Temer, por exemplo, mas é inevitável dizer que esse palanque representa bem mais o grupo que rompeu o lulismo do que ser herdeiro dessa herança política”, completou. 

Neste sentido, o que vai pesar para o senador, segundo a estudiosa, é a trajetória política dele da eleição de 2014, quando teve uma aliança formal com o PT, até agora. “É uma candidatura forte no ponto de vista das alianças, mas talvez tenha problemas na coerência do discurso”, finalizou Priscila Lapa.  

No Brasil, política e família são uma espécie de sinônimos. Isto porque, uma boa parcela dos políticos detentores de mandatos no país vem de uma tradição familiar que vai passando o espaço nas Casas Legislativas e nos Executivos de geração em geração. Em Pernambuco o quadro não é diferente, um exemplo disso é a expectativa de lideranças como o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e o deputado federal Mendonça Filho (DEM) de ampliar os espaços que seus clãs familiares tem no setor com a entrada de seus filhos para o Legislativo a partir das eleições deste ano.  

Na ala dos Coelhos, a novidade para este pleito é a candidatura do filho mais novo do senador, Antônio, ao cargo de deputado estadual. Aos 20 anos, ele é formado em economia e ciência política pela New York University e vem galgando, durante este período de pré-campanha, apoios pelo Sertão de Pernambuco, onde a família tem base eleitoral, e na Região Metropolitana.

##RECOMENDA##

A expectativa é de que Antônio ocupe a vaga que era de um outro filho de Fernando Bezerra na Assembleia Legislativa (Alepe), Miguel Coelho. O ex-deputado estadual deixou o cargo em 2017 quando assumiu o comando da prefeitura de Petrolina, que também já foi ocupada pelo próprio senador.

[@#video#@]

Além do caçula, a família também vai concorrer em outubro com o deputado federal Fernando Filho (DEM) que tentará à reeleição. Caso os planos de FBC dê certo, os Coelhos terão representantes no Senado, na Câmara dos Deputados, na Alepe e na prefeitura petrolinense, quinta maior cidade do Estado.

Mendonça quer deixar o filho com espaço construído na Câmara

Entre os Mendonças, o novo é a candidatura do filho do pré-candidato a senador pela chapa Pernambuco Vai Mudar, Vinícius Mendonça (DEM), a deputado federal. Com 24 anos, ele é graduado em engenharia de produção e, nas redes sociais, se define como um “defensor da boa política para a construção de um Brasil melhor”.

Assim como Antonio Coelho, Vinícius é neófito na política e já começou a percorrer cidades de diversas regiões do Estado para se apresentar aos eleitores. Essas andanças, inclusive, ocasionaram um susto para a família de Mendonça Filho na última segunda (16). O carro em que Vinicius seguia para Belo Jardim, no Agreste, sofreu um acidente grave na BR-232, em Bezerros, ocasionando a morte de duas pessoas: o motorista Edson de Oliveira e do advogado Rodrigo Albuquerque.

Desde então, Vinícius Mendonça reduziu a atividade de pré-campanha para se recuperar do acidente que o levou a ter um rompimento nos ligamentos do ombro

[@#podcast#@]

Recentemente, em um vídeo divulgado nas redes sociais, Vinicius chegou a dizer que a população precisa escolher bem o candidato que votará. “O período eleitoral tem muita demagogia e promessa, então temos que fazer uma pesquisa dura para encontrar quem são os candidatos que estão comprometidos com o bem do povo. Eu espero que todo mundo faça o seu dever de casa e vamos em frente que o trabalho está só começando”, projetou.

Além de Vinicius, a família Mendonça neste pleito também quer voltar a ter espaço na Alepe com a candidatura da irmã Andréa Mendonça. O clã liderado inicialmente pelo ex-deputado federal José Mendonça, pai de Andréa e do ex-ministro da Educação no governo Temer, não possui representação na Casa há oito anos.

Se as críticas do palanque da oposição para a gestão do governador Paulo Câmara (PSB) já eram ácidas, elas passaram a se intensificar ainda mais com a proximidade do pleito e a busca pela adesão de partidos da base, como é caso do PSC, que agora integra a frente 'Pernambuco Vai Mudar'. Ao avaliar a administração do ex-aliado, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) disse que o pessebista “quebrou o Estado”.

Para Bezerra, se o senador Armando Monteiro (PTB) for eleito terá que tomar “medidas duras” para restabelecer o equilíbrio fiscal das contas públicas.

##RECOMENDA##

“Quebraram o nosso Estado. É um dos mais desequilibrados no ponto de vista fiscal, medidas duras terão que ser tomadas, mas tenho certeza que Armando vai retomar a autoestima dos pernambucanos. Ele vai atrair os investimentos privados para recuperar os empregos necessários”, projetou Bezerra. 

O emedebista também observou que, atualmente, Pernambuco aparece entre os dez piores Estados em relação ao equilíbrio da Previdência. Segundo pontuou o senador, gasta-se aproximadamente R$ 3 bilhões para “tapar o buraco” do pagamento a 90 mil aposentados. E são menos de R$ 1,5 bilhão para atender as demandas de Educação, Saúde, Infraestrutura e Segurança de mais de nove milhões de pernambucanos.

Para Bezerra Coelho, a partir das eleições deste ano “Pernambuco vai mudar, mas não é qualquer mudança que não passe pelo compromisso com o futuro”. 

Apesar do desejo expresso de ser candidato a governador de Pernambuco, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) afirmou, nesta segunda-feira (11), que será leal à postulação do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ao cargo pela chapa da frente Pernambuco Quer Mudar. Ao apresentar o petebista como o líder da disputa pelo bloco que ele também integra, junto com lideranças de outros cinco partidos, Bezerra Coelho fez um discurso empolgado e prometeu “nada além de trabalho, suor e lágrimas”, pela eleição do aliado. 

“Você sabe, Armando, eu queria estar jogando em outra posição, mas quero dizer com muita lealdade, foram nove eleições para o Governo do Estado e em sete fui vencedor. Estou com a percepção que tem cheiro de mudança no ar. A gente precisava de ter um nome que pudesse unir a nossa gente e todos os segmentos da sociedade”, salientou o senador. 

##RECOMENDA##

“Para dizer a Pernambuco que a esperança vai voltar é possível retomar a força que já teve. Armando esta eleição é como se fosse a minha, o julgamento de toda uma história e uma caminhada. Não será tempo fácil, você está sendo convocado para a mais adversa composição de Pernambuco. Não prometer nada além de trabalho, suor e lágrimas”, acrescentou Bezerra Coelho. 

Em resposta, no seu discurso Armando disse que vai precisar do senador na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas. “Sei que você em algum momento pretendeu liderar este projeto, as circunstâncias e a vida não permitiram que você estivesse agora nesta missão, este projeto precisa muito de você. Quero dizer que se tiver um pouco dessa sua energia, vibração e entusiasmo tenho certeza que este projeto será bem sucedido”, admitiu, em tom mais ponderado do que o do emedebista. 

Assim que os partidos começaram a se aglutinar para formar uma frente de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB), Fernando Bezerra também se colocou como pré-candidato ao governo, mas o que dificultou o andamento do pleito dele ao cargo foi o fato de não ter conquistado o comando do MDB em Pernambuco, como ele esperava. A legenda, em meio a brigas judiciais, permaneceu sob a batuta do vice-governador Raul Henry (MDB) que manteve a aliança com o PSB para a disputa.

Desejo de mudança

A palavra de ordem no lançamento oficial das candidaturas ao governo e Senado da Pernambuco Quer Mudar foi mudança. Fernando Bezerra Coelho ainda disse que “chegou a hora de restaurar a autoridade da figura do governador de Pernambuco”.

“Nunca vi nada igual como o momento que agora estamos vivendo no nosso estado. Tenho andando no Sertão, Agreste, Mata e na RMR e tenho ouvido a decepção, a frustração que choca, machuca e abate a alma do nosso povo. Pernambuco que se apequenou e foi deixado para trás”, observou. 

Os senadores integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) cobraram nesta terça-feira (5), do governo federal, uma solução para frear a alta no preço dos combustíveis, e não só do óleo diesel.

A situação é insustentável. Se nós vivemos uma inflação baixa, juros baixos, por que os combustíveis têm que ter essa escalada de alta quase todos os dias? Outro item muito caro e essencial aos brasileiros é o gás de cozinha, que tem recebido aumento bem expressivos e também está pesando muito no bolso dos consumidores. Não adianta só baixar o preço do óleo diesel, temos que pensar também numa política de preços. É urgente que o governo federal, por meio dos órgãos competentes, tome medidas necessárias a fim de reduzir o preço dos combustíveis em geral”, cobrou o senador Valdir Raupp (MDB-RO).

##RECOMENDA##

Raupp disse ainda que a população brasileira não aguenta mais arcar com valores tão elevados para abastecer seus veículos e que a redução de R$ 0,46 no litro do diesel, que foi parte do acordo para o fim da greve dos caminhoneiros, ainda não chegou às bombas. “Quero pedir encarecidamente ao governo federal para que haja um cronograma de redução dos preços [de todos os combustíveis] para chegarmos no nível aceitável à população brasileira”, disse.

Outros emedebistas como Fernando Bezerra Coelho (PE) e Eduardo Braga (AM) também engrossaram o coro de preocupação com o preço dos combustíveis. Braga lembrou que 45% a 50% da carga tributária sobre os derivados de petróleo tem uma parcela de imposto estadual. “Era importante que houvesse essa discussão dentro de um pacto federativo para que possamos repactuar com os estados a carga tributária dos derivados de petróleo”, defendeu. O senador admitiu que o assunto é delicado, já que os impostos recolhidos com petróleo financiam boa parte das folhas de pagamento dos estados.

Fernando Bezerra destacou que o Brasil não pode volar a ter a política de preço praticada nos governos Lula e Dilma, mas avaliou que a atual não é adequada. “A política nova de preços da Petrobras tem equívocos claros. Traz para a fórmula de preços as volatilidades do preço do petróleo no mercado internacional e do câmbio, então é evidente que era preciso e é necessário fazer ajustes”, defendeu Fernando Bezerra Coelho.

Ainda segundo ele, o Brasil precisa abrir o mercado que envolve o petróleo, mas, para isso, considera imprescindível uma política clara de preços, que atraia investimentos para a área de refino no país.

CPI da Petrobras

Fernando Bezerra disse que não chegou assinou o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a política de preços da Petrobras, proposta na semana passada pela oposição, mas disse que após ouvir os argumentos do senador Eduardo Braga em defesa do colegiado, apoia a iniciativa.

A ideia é que a CPI da Petrobras tenha um caráter mais técnico, com prazo de 30 dias para concluir os trabalhos, e se dedique exclusivamente a estudar a política de preços da estatal para propor soluções.

Com 28 assinaturas, uma mais que o mínimo necessário, a inciativa precisa ser lida pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE) no plenário. Braga disse que pretende pressionar Eunício, na reunião do colégio de líderes prevista para hoje às 14h30. Eunício já se manifestou contrário à criação da CPI.

A senadora Vanessa Grazzition (PCdoB-AM), que recolheu assinaturas para a instalação da comissão, disse que a CPI é o único instrumento capaz de abrir a caixa-preta da Petrobras, já que os dados sobre a política de preços da estatal são sigilosos e por meio de requerimentos de senadores a empresa não compartilha informações sob esse argumento.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) afirmou que o candidato do movimento Pernambuco Quer Mudar a governador deverá ser o senador Armando Monteiro (PTB). A declaração foi concedida por Bezerra durante uma entrevista à imprensa de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, na última sexta-feira (18). O anúncio da chapa do grupo de partidos que fazem oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) está marcado para o próximo dia 28.  

“Estamos trabalhando de forma muito integrada e unida. De fato, o nome de Armando vem ganhando muita força e deverá ser o nosso candidato a governador a ser anunciado no dia 28”, disse, enquanto participava da abertura do São João dos Bairros de Petrolina. A presença de Armando na cabeça de chapa reedita a disputa eleitoral de 2014, quando o petebista e Paulo concorreram ao cargo.

##RECOMENDA##

Com a afirmação, Bezerra Coelho também descarta a possibilidade de ele próprio postular o comando do Palácio do Campo das Princesas. No último dia 7, o senador negou que teria desistido da vaga, mas com a proximidade do pleito e a falta de resolução da briga que enfrenta pela direção estadual do MDB, foi inevitável. 

Bezerra ainda disse que o deputado federal e ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) deverá ser candidato ao Senado. “Estamos aguardando a definição dos outros dois nomes, um nome para vice-governador e o nome para o Senado, que a gente espera chegar até o dia 28 com essas definições, se não pelo menos com três nomes e o último ficando para meados de junho”, salientou.

Os partidos de oposição que compõem a frente Pernambuco Quer Mudar devem anunciar o candidato a governador até o próximo dia 31. A expectativa é de que seja confirmado o nome do senador Armando Monteiro (PTB) para a disputa. Nos bastidores, comenta-se que a data do anúncio será divulgada nesta quarta-feira (16), mas não há confirmações oficiais. 

Além do cabeça da chapa majoritária, também deve ser anunciado quem vai ocupar uma das duas vagas para o Senado, que tende a ser o ex-ministro da Educação do governo Michel Temer (MDB), Mendonça Filho (DEM). 

##RECOMENDA##

As vagas de vice-governador e de senador que ficarão em aberto só devem ser preenchidas depois que o PT resolver se apoiará a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) ou disputará o governo, com a candidatura da vereadora do Recife, Marília Arraes.

A frente, que é composta por PTB, DEM, Podemos, PV, PRTB, PRB e PSDB, deverá aguardar a definição para tentar conquistar o apoio de outras legendas como o PSC, que busca concorrer também ao Senado, com o deputado estadual André Ferreira.

A previsão inicial era de que a composição fosse conhecida em 20 de abril, mas a divulgação foi adiada pela indefinição do PT e a briga jurídica enfrentada pelo senador Fernando Bezerra Coelho pelo comando do MDB. Até a semana passada, Bezerra garantiu que ainda era pré-candidato ao governo, contudo, agora ele já teria desistido de disputar o pleito. 

LeiaJá também

--> Sem comando do MDB-PE, Bezerra ainda quer ser candidato

--> Antes de anunciar chapa, oposição se reúne em Ipojuca 

Começou o tira teima pra muitos políticos enroscados na justiça e que estavam até agora vivendo no privilégio do foro privilegiado, então vamos adiante, o ministro Fachin do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta segunda-feira (7) o envio do inquérito com denúncia contra senador Fernando Bezerra  do (MDB-PE) para o juiz federal Sérgio Moro. Vamos destacar que este é o primeiro inquérito da Lava Jato envolvendo político com foro a ser remetido para a primeira instância da Justiça.  Sendo assim o senador Fernando Bezerra poderá recorrer contra a decisão à Segunda Turma do STF, mas já começa a ter uma dorzinha de cabeça pois a partir do momento de  determinar o envio do inquérito, Fachin atendeu a um pedido da procuradora  Raquel Dodge, que apontou a necessidade de o caso ser analisado em Curitiba em razão da relação com desvios na Petrobras.

A procuradora geral não poupou criticas e disse que :"Os crimes causaram danos diretos ao patrimônio e à credibilidade da Petrobras, inclusive mediante contratos superfaturados referentes à Refinaria do Nordeste ou Refinaria Abreu e Lima", afirmou a procuradora em parecer.

Analisando o pedido o ministro , Fachin aplicou o novo entendimento do Supremo, segundo o qual somente permanecerão na Corte somente os casos de crimes que foram feitos no mandato  e em função do cargo. Agora o senador corre para barrar a denúncia e não ir parar nas mãos do juiz Sérgio Moro. Vamos aguardar como a segunda turma vai receber o pedido de não ida do caso para Curitiba.

 Curso de empreendedorismo para mulheres é iniciado em Petrolina

As mulheres de Petrolina ganharam uma boa oportunidade de obter conhecimento sobre empreendedorismo. É que começou nesta segunda-feira (07), a primeira turma de um curso especifico formada através de uma parceria entre a prefeitura e a Prospere Consultoria Júnior.

 Aula

 Durante a aula inaugural as participantes, moradoras de várias regiões da cidade, tiveram seu primeiro contato com a equipe responsável por ministrar o curso. Na oportunidade, as alunas falaram sobre suas expectativas com relação ao curso e ao futuro profissional. O primeiro tema escolhido para estudo foi Fluxo de Caixa, onde foi abordada a importância do instrumento de gestão financeira para o bom funcionamento de uma empresa.

 Ricardo Coutinho na berlinda

Numa outra decisão do ministro Salomão do STJ, de baixar à primeira instância processo do governador Ricardo Coutinho (PSB-PB) não encerrou o impasse que existe na corte sobre a restrição do foro especial e foi vista com cautela no MPF.

A intervenção do nada

 Prestes a completar três meses, a intervenção federal no Rio se Janeiro não produziu o  efeito desejado pelo Planalto, que era criar na população ao menos uma percepção de maior segurança com a presença do Exército nas ruas.

 Continua tudo dominado

 Nem o Exército – talvez acertadamente – foi tanto assim para as ruas, e nem o crime organizado e tráfico se inibiram. Improvisada e sem planejamento, a operação está longe de ser aquela “grande jogada” idealizada pelos marqueteiros do governo.

Propinão de Temer

Laudo da Polícia Federal, obtido pela Folha, indica que o advogado José Yunes, amigo do presidente Michel Temer, recebeu em duas vezes um milhão de reais.O segundo repasse, de acordo com análise dos investigadores, só teria ocorrido mediante pressões sobre a empreiteira e até a ameaça de um escândalo em Brasília. 

 Detalhando

O laudo foi elaborado a partir de novos arquivos entregues pela Odebrecht à Lava Jato, com registros dos sistemas Drousys e My Web Day, usados para gerir o pagamento de propinas a políticos. 

 Raquel Lyra cobra de Paulo Câmara

 A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, participou de reunião, na sede da AMUPE, com a bancada federal pernambucana e prefeitos do estado. A prefeita aproveitou para levantar a pauta das dívidas do estado com a Capital do Agreste. “Estamos numa situação que tem que ser, urgentemente, normalizada com o Governo do Estado. Em Caruaru, em débitos na saúde pública, somamos o SAMU, os remédios à atenção básica e o incentivo à atenção básica e, além disso, juntando com o FEM, nós temos mais de 16 milhões em débitos “

 Marina aqui

Marina Silva já tem data marcada para voltar ao Estado. A ex-ministra fará o lançamento da pré-candidatura ao Senado de Pastor Jairinho, no próximo dia 31. O evento também contará, possivelmente, com a presença do senador pela REDE do Amapá, Randolfe Rodrigues.

 Temer  mais enrolado

 O policial militar Abel de Queiroz disse ter ido ao menos duas vezes "com absoluta certeza" ao escritório do advogado José Yunes, amigo do presidente Michel Temer, para fazer entrega de dinheiro a ele entre 2013 e 2015, segundo depoimento sigiloso dele prestado à Polícia Federal e obtido pela Reuters.

Todos os amigos próximos  envolvidos

Ele falou na condição de testemunha do inquérito que investiga se houve crime numa contribuição de 10 milhões de reais para o então PMDB, que teria sido formalizada em um jantar no Palácio do Jaburu, com a presença de Temer, do empresário Marcelo Odebrecht e dos hoje ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia) em 2014.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) questionou, através de nota encaminhada pela sua defesa, o envio do inquérito contra ele, no âmbito da Lava Jato, para a 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), capitaneada pelo juiz Sérgio Moro. O encaminhamento foi feito nessa segunda-feira (8) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, após as mudanças na abrangência do foro privilegiado para deputados e senadores. 

“É necessário atentar que os fatos narrados no inquérito não guardam qualquer relação que leve à Justiça Federal do Paraná e os precedentes da 2ª Turma são exatamente contrários à decisão. É importante destacar, ainda, que a denúncia contra o senador não foi sequer recebida, havendo empate entre os ministros, com dois votos contrários. Pela jurisprudência, esta situação pesa a favor do parlamentar”, declara o advogado de defesa do senador, André Luís Callegari, no texto. 

##RECOMENDA##

A Segunda Turma do STF analisaria o recebimento da denúncia ou não nesta terça-feira (8). “A defesa do senador tomará as medidas cabíveis, com a certeza de que prevalecerá a rejeição da denúncia, qualquer que seja o grau de jurisdição competente”, reforça a nota. O documento também lembra que Fernando Bezerra Coelho votou, no Senado, pelo fim do foro por prerrogativa de função.

FBC foi denunciado em 2016, no âmbito da Operação Lava Jato, acusado de receber um total de propina de pelo menos R$ 41,5 milhões das empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa, contratadas pela Petrobras para a execução de obras da Refinaria Abreu e Lima (RNEST). Como o fato aconteceu enquanto era secretário do governo Eduardo Campos, em 2010, não faz parte dos novos critérios listados para o foro e, por isso, seguiu para a primeira instância. 

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o envio da denúncia contra o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e os empresários Aldo Guedes Álvaro e João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho para a 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). Com a decisão do ministro, relator do processo e presidente da Segunda Turma da Corte, o inquérito foi retirado da pauta da turma, que analisaria o recebimento da denúncia nesta terça-feira, 8.

"Ante o exposto, com fundamento no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e do art. 109 do Código de Processo Penal, reconheço, por causa superveniente, a incompetência deste Supremo Tribunal Federal, determinando a remessa dos autos ao Juízo da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba/PR. Declaro prejudicados os agravos regimentais interpostos nos autos, anotando que tais matérias poderão ser objeto de análise pela nova instância", escreveu Fachin em sua decisão.

##RECOMENDA##

Fernando Bezerra Coelho foi denunciado em 2016, no âmbito da Operação Lava Jato, acusado de recebimento de propina de pelo menos R$ 41,5 milhões das empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa, contratadas pela Petrobras para a execução de obras da Refinaria Abreu e Lima (RNEST). O destino dos recursos seria a campanha de reeleição de Eduardo Campos - morto em um acidente de avião, em agosto de 2014, durante a campanha presidencial - ao governo de Pernambuco em 2010, quando Bezerra Coelho estava no governo estadual. Já o empresário João Lyra é apontado pela Polícia Federal como responsável por entregar propina de empreiteiras a Campos.

Pouco antes de o ministro Edson Fachin decidir pelo envio da denúncia para a primeira instância, a Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República divulgou memorial enviado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, aos ministros que compõem a Segunda Turma em que Raquel defende a mudança do processo para a 13ª Vara de Curitiba.

O posicionamento da procuradora-geral está relacionado à decisão do plenário da Corte de semana passada, quando o alcance do foro privilegiado, no caso de deputados federais e senadores, foi reduzido para crimes cometidos no exercício do mandato e em função do cargo, conforme o entendimento defendido pelo ministro Luís Roberto Barroso.

No documento, Raquel afirma que o afastamento judicial de sigilo telefônico autorizado pela Justiça revelou o papel de Aldo Guedes Álvaro como operador de propina com finalidade eleitoral em favor do então governador de Pernambuco Eduardo Campos, com a intermediação do senador Fernando Bezerra Coelho. De acordo com a PGR, no período investigado, foram constatadas 40 ligações entre o parlamentar e o empresário e 1.117 contatos telefônicos entre Aldo Guedes Álvaro e o Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Ao sustentar a prática de corrupção passiva por Aldo Guedes e o parlamentar, Raquel ressalta o cumprimento de contraprestações pelo recebimento da propina. O fato é evidenciado por diversos atos, tanto a elaboração de leis como de contratos administrativos referentes a obras de infraestrutura e incentivos tributários concedidos pelo Estado de Pernambuco para viabilizar a RNEST. Conforme destaca a procuradora-geral, parte significativa dos documentos foi assinada por Eduardo Campos ou por Fernando Bezerra Coelho ou pelos dois, inclusive com Paulo Roberto Costa, então diretor de abastecimento da Petrobras.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Fernando Bezerra Coelho, Aldo Guedes Álvaro e João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando