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Os médicos de um hospital de Addis Abeba extraíram 122 pregos e outros objetos cortantes do estômago de um paciente de 33 anos.

"O paciente sofre de uma enfermidade mental desde os 10 anos e há dois anos parou de tomar os medicamentos", afirmou AFP Dawit Teare, cirurgião do hospital St. Peters de Addis Abeba, capital da Etiópia. "Provavelmente por esta razão começou a consumir estes objetos", completou.

Além dos 122 pregos de 10 cm de comprimento, os médicos retiraram quatro tachinhas, duas agulhas, um palito e vários pedaços de vidro, informou Teare, antes de explicar que por sorte os objetos não cortaram seu estômago, o que poderia ter provocado uma infecção grave e a morte.

"Imagino que consumiu estes objetos tomando água", disse o cirurgião, que já havia operado pacientes com problemas psíquicos que haviam consumido objetos cortantes, mas nuca em tal quantidade.

Em assembleia realizada nesta quarta-feira (3), os médicos do Recife decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A categoria está em paralisação desde o dia 18 de setembro.

De acordo com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), a decisão foi definida por ampla maioria devido à falta de respostas da gestão municipal. “Aos quatro cantos, em resposta ao nosso movimento, que é legítimo, ouvimos e lemos por parte da Secretaria de Saúde que o diálogo está aberto. No entanto, sabemos que isso não está se concretizando na prática. Queremos negociar, médico gosta de atender, de promover saúde, e não de greve. Mas - na atua situação a qual estamos inseridos - está impossível de se trabalhar na rede municipal. Queremos e precisamos de mudanças e melhorias. A saúde e as pessoas não podem mais esperar”, respondeu o presidente do Simepe, Tadeu Calheiros.

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A categoria cobra cumprimento integral do termo de compromisso firmado com a Prefeitura do Recife em janeiro. O documento trata de questões como melhoria nas áreas de segurança das unidades de saúde e estruturas físicas; recomposição das escalas médidas, melhorias no abastecimento farmacêutico, principalmente na saúde mental, e equiparação salarial ao praticado pelo governo estadual.

Na próxima terça-feira (9), os profissionais prometem um ato em local de grande circulação do Recife. Uma nova assembleia está marcada para as 9h30 da próxima quarta-feira (10).

Por meio de nota, a Prefeitura do Recife já informou que "lamenta o uso deste tipo de expediente como forma de manifestação e reitera que o canal de diálogo com a categoria sempre esteve aberto". Disse ainda que desde 2013 "a categoria foi contemplada com reajuste acumulado de 32,95%, sendo 4,04% dado este ano, além das progressões de carreira que impactam diretamente na remuneração".

Com informações da assessoria

Em greve por tempo indeterminado há mais de uma semana, os médicos que atendem na rede municipal do Recife realizam nesta terça-feira (2) uma carreata de protesto. A concentração será a partir das 9h, em frente ao Centro de Convenções de Pernambuco no bairro de Salgadinho, em Olinda.

A categoria decidiu manter a greve na quarta-feira (26) durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE). De acordo com o Sindicato dos Médicos (Simepe), os médicos pedem mais segurança nas unidades de saúde, recomposição adequada das escalas, abastecimento correto de medicamentos - principalmente na rede de saúde mental, melhorias nas estruturas físicas e reajuste salarial.

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A categoria reivindica, também, que a questão remuneratória, através da Lei de Incorporação da Gratificação de Plantão e a equiparação salarial com o Estado, seja de fato cumprida pela gestão do Recife. A paralisação da categoria começou na sexta-feira (21). Consultas e exames nos ambulatórios e os serviços nos 121 postos do Programa Saúde da Família (PSF) foram paralisados. Os atendimentos nas emergências e maternidades estão mantidos.

Os médicos da rede municipal do Recife decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada na manhã desta quarta-feira (26) no auditório do Associação Médica de Pernambuco (AMPE), no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

A paralisação da categoria começou na sexta-feira (21). Consultas e exames nos ambulatórios e os serviços nos 121 postos do Programa Saúde da Família (PSF) foram paralisados. Os atendimentos nas emergências e maternidades estão mantidos.

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De acordo com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), a categoria decidiu manter a paralisação porque, até o momento, não houve uma resposta da Prefeitura do Recife em relação à pauta de reivindicações. A lista de demandas pede mais segurança nas unidades de saúde, recomposição adequada das escalas, abastecimento correto de medicamentos - principalmente na rede de saúde mental, melhorias nas estruturas físicas e reajuste salarial.

Após a assembleia, os médicos se reuniram e protestaram na Praça Oswaldo Cruz, também no bairro da Boa Vista. Por meio de nota, a Prefeitura do Recife "lamenta o uso deste tipo de expediente como forma de manifestação e reitera que o canal de diálogo com a categoria sempre esteve aberto". Disse, ainda, que desde 2013 "a categoria foi contemplada com reajuste acumulado de 32,95%, sendo 4,04% dado este ano, além das progressões de carreira que impactam diretamente na remuneração".

Cinco anos depois de ter ficado paralítico em um acidente de motoneve, um homem nos Estados Unidos aprendeu a andar novamente auxiliado por um implante elétrico, em um potencial avanço para quem sofre de lesões na coluna.

Uma equipe de médicos da Mayo Clinic, em Minnesota, disse que o homem, usando um andador com rodas dianteiras, conseguiu cobrir o equivalente ao comprimento de um campo de futebol, emitindo comandos de seu cérebro para transferir o peso e manter o equilíbrio, o que acreditava-se ser impossível para pacientes paralíticos.

O homem, hoje com 29 anos, teve sua medula espinhal lesionada no meio das costas quando bateu sua motoneve em 2013. Ele está completamente paralisado da cintura para baixo e não consegue mexer ou sentir nada abaixo do meio do seu torso.

No estudo, cujos resultados foram publicados nesta segunda-feira na revista Nature Medicine, os médicos implantaram um pequeno dispositivo eletrônico na coluna do homem em 2016.

O implante operado sem fio, mais ou menos do tamanho de uma bateria AA, gera pulsos elétricos para estimular os nervos que - devido à lesão - foram permanentemente desconectados do cérebro.

"O que isso está nos ensinando é que essas redes de neurônios abaixo de uma lesão na medula espinhal ainda podem funcionar após a paralisia", disse Kendall Lee, neurocirurgião da Mayo Clinic e principal autor do estudo.

Poucas semanas depois do dispositivo ter sido ligado, o homem começou a dar seus primeiros passos desde o acidente - mas ainda estava suspenso em um arnês.

Surpreendentemente, após várias outras sessões de reabilitação e fisioterapia, ele conseguiu sustentar a maior parte de seu próprio peso corporal e dar passos em uma esteira.

"Nós não limitamos nossas expectativas e continuamos a desenvolver com segurança seu desempenho à medida que ele ganhou função", disse à AFP Kristin Zhao, diretora do Laboratório de Tecnologia Assistiva e Restauradora da Mayo Clinic.

"Isso é importante porque a própria mente do paciente foi capaz de conduzir o movimento nas pernas", acrescentou.

Embora o dispositivo tenha sido capaz de ajudar a gerar energia e controle na parte inferior do corpo do paciente, ele não fez nada para restaurar a sensação em suas pernas.

Isso inicialmente se mostrou desafiador. Sem a sensação física de andar registrada em seu cérebro, era difícil para ele fazer os ajustes instantâneos de equilíbrio que a maioria de nós faz sem pensar.

A equipe superou o problema instalando espelhos na altura do joelho para que o paciente pudesse ver em que posição suas pernas se encontravam enquanto caminhava.

Longo caminho à frente

Eventualmente, o homem conseguiu andar na esteira com apenas alguns olhares periódicos para as pernas.

As filmagens do experimento mostram-no andando bruscamente em uma esteira que se movia lentamente, usando um trilho de metal para se equilibrar.

Embora o efeito do dispositivo seja notável, o homem continua paralisado quando este é desligado.

"É importante entender que, mesmo com o sucesso que esse indivíduo teve na capacidade de andar durante a pesquisa, ele ainda realiza suas atividades diárias a partir de uma cadeira de rodas", disse Lee à AFP.

Em 2011, os eletrodos implantados na parte inferior da coluna de um homem paraplégico permitiram que ele se levantasse e recuperasse um pouco do movimento em suas pernas, mas a equipe acredita que esta é a primeira vez que um implante foi usado para fazer uma pessoa paralisada andar.

Por razões de segurança, o paciente atualmente só usa o dispositivo sob supervisão, mas as implicações do estudo - que a paralisia pode não ser permanente após lesão medular grave - podem ser significativas.

"Nossos resultados, combinados com evidências anteriores, enfatizam a necessidade de reavaliar nossos entendimentos atuais das lesões da medula espinhal, a fim de perceber o potencial de tecnologias emergentes para a recuperação funcional, que anteriormente acreditava-se que tinha sido perdida permanentemente", disse Lee.

O estudo foi realizado em conjunto com a Universidade da Califórnia em Los Angeles e foi parcialmente financiado pela Fundação Christopher e Dana Reeve.

Christopher Reeve, conhecido por seu papel no filme "Superman", ficou paraplégico depois de um acidente de cavalo em 1995.

Os médicos da rede municipal do Recife deflagraram greve por tempo indeterminado a partir da próxima sexta-feira (21). Segundo o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), a votação em assembleia, realizada nesta quinta-feira (20), foi unânime.

A categoria está em paralisação de advertência de 72 horas até o final desta quinta. Durante a assembleia, os médicos criticaram a ausência de respostas da Prefeitura. Eles criticam uma quebra de contrato firmado com a gestão municipal em janeiro, tratando de reajuste salarial, avanços na área de segurança, recomposição de escalas médicas, melhorias das estruturas físicas e abastecimento adequado de medicamentos. Uma nova assembleia está agendada para a próxima quarta-feira (26), às 10h.

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Quando questionada sobre a paralisação de 72 horas, a Prefeitura do Recife disse ao LeiaJá que estava surpresa com a mobilização, afirmando que mantém agenda regular com Grupos de Trabalho para discutir todos os itens de pauta, tendo ocorrido duas reuniões em agosto. Segundo a Secretaria de Saúde, os médicos servidores do município tiveram aumento acumulado de 32,95% de 2013 até a data atual. Também houve nomeação de 846 médicos no mesmo período.

No quesito segurança, a rede de saúde conta com 233 guardas municipais, além de vigilantes e câmeras de monitoramento. “Recentemente, foi implantada a Ronda da Saúde com quatro veículos e 36 Guardas Municipais, realizando monitoramento 24 horas, especificamente das unidades de saúde. Também conta com o suporte da Central da Guarda Municipal por meio do número 153”, diz a nota.

Médicos da rede municipal do Recife e os médicos residentes do Hospital Getúlio Vargas (HGV) fazem paralisações na capital de Pernambuco. Os residentes do HGV decretaram greve por tempo indeterminado, enquanto os médicos da prefeitura suspenderam as atividades por 72 horas.

No HGV, a reivindicação trata de melhorias e implementações de direitos básicos para a oferta de serviços de saúde. Segundo o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), o hospital possui estrutura precária, superlotação e falta materiais básicos, como fios de nylon. A categoria denuncia, inclusive, que as condições estruturais precárias foram responsáveis por um princípio de incêndio (veja o vídeo abaixo) no Centro de Material e Esterilização (CME) no dia 7 de setembro deste ano.

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Apenas 30% dos profissionais residentes do HGV seguirão atendendo normalmente nos setores de urgência e emergência. Uma nova assembleia da categoria está prevista para a próxima sexta-feira (21), às 11h, para discutir se retomam as atividades ou permanecem em greve.

Já nas unidades de saúde municipais, apesar de a paralisação ser de 72 horas, há possibilidade de greve por tempo indeterminado. A categoria protesta por causa de um alegado descumprimento de um Termo de Compromisso firmado no último mês de janeiro. Entre os pontos do documento estavam ações de melhoria da segurança nas unidades de saúde, abastecimento de insumos e maior investimento em medicamentos, especialmente na área de saúde mental.

Os médicos cobram ainda questões remuneratórias, como o cumprimento da Lei de Incorporação da Gratificação de Plantão e a equiparação salarial com o Estado. "Lembramos que esse movimento vem sendo deflagrado desde 2017. Os médicos vinham alertando, através de paralisações de advertências na rede municipal. A gestão da saúde do Recife quebrou a confiança com a categoria", disse o presidente do Simepe, Tadeu Calheiros.

Na rede municipal, o atendimento às urgências e emergências será mantido. Estão suspensas atividades de serviços eletivos, ambulatórios e postos vinculados ao Estratégia de Saúde da Família (ESF). O LeiaJá entrou em contato com as secretarias de Saúde Estadual e Municipal, que ainda vão se posicionar.

Abaixo, vídeo mostra o princípio de incêndio no Hospital Getúlio Vargas.

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Médicos da rede municipal do Recife aprovaram, nesta terça-feira (11), uma paralisação de 72 horas para a próxima semana. A Assembleia Geral, realizada na Associação Médica de Pernambuco (AMPE), determinou que os profissionais cruzarão os braços nos dias 18, 19 e 20 de setembro. Há possibilidade de deflagração de greve por tempo indeterminado. 

Segundo a categoria, é geral a insatisfação em relação às negociações com a Secretaria de Saúde no que diz respeito ao descumprimento do Termo de Compromisso firmado no último mês de janeiro. Os profissionais exigem mais segurança dentro das unidades de saúde, abastecimento de insumos e maior investimento em medicamentos, especialmente na área de saúde mental.

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Os médicos cobram também que a questão remuneratória, através da Lei de Incorporação da Gratificação de Plantão e a equiparação salarial para com o Estado, seja de fato cumprida pela gestão do Recife. Tadeu Calheiros, presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), disse que a "questão mais relevante é o fato do descumprimento do Termo de Compromisso, por parte da Prefeitura do Recife. Lembramos que esse movimento vem sendo deflagrado desde 2017, onde os médicos vinham alertando, através de paralisações de advertências na rede municipal. A gestão da saúde do Recife quebrou a  confiança com a categoria”, explicou.

Uma nova assembleia da categoria está marcada para o dia 20 de setembro, na sede da AMPE, a partir das 10h, com possibilidade de deliberação de uma greve por tempo indeterminado, "caso a Prefeitura do Recife não apresente uma proposta que traga avanços para toda a rede de saúde municipal e para os profissionais".

Os estudantes que sempre sonharam cursar Medicina poderão contar com uma nova chance de ingressar no Ensino Superior dedicado à área ainda neste semestre. É que a UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, por conta do seu reconhecimento com Conceito Máximo (5), foi contemplada pelo MEC com novas vagas para o período 2018.2, através da Portaria nº 606, publicada no Diário Oficial da União.  O vestibular será realizado nos dias 22 e 23 de setembro, na UNINASSAU Graças e as aulas começarão no dia 01 de outubro de 2018.  

No sábado (22), os candidatos irão realizar as provas de Língua Portuguesa, Literatura, Inglês, Geografia, História, Filosofia, Sociologia e a Redação, a partir das 8h. No domingo (23), será a vez de Matemática, Física, Biologia e Química, também a partir das 8h. O resultado do vestibular será disponibilizado até às 18h do dia 26 de setembro, mas o gabarito oficial estará disponível no site vestibularmedicina.uninassau.edu.br uma hora após o termino das provas. Os classificados deverão realizar a matrícula nos dias 28 e 29 de setembro de 2018.

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O oferecimento das novas vagas se deve, principalmente, à alta qualidade do curso, que recebeu recentemente o reconhecimento de nota máxima (5) do Ministério da Educação (MEC). A avaliação leva em consideração a qualificação dos professores, que são profissionais mestres e doutores de renome na área; a qualidade no ensino pautado em metodologias práticas e teóricas; infraestrutura disponível para os alunos; recursos didático-pedagógicos empregados em aula e equipamentos de ponta; acervo bibliográfico atualizado, etc.

De acordo com o diretor médico da graduação, Cláudio Lacerda, a consolidação do curso, que já tem seis anos de existência e a sua primeira turma formada, reforça os atributos que os estudantes também levam em consideração na hora de escolher uma graduação de referência. “O curso já se tornou uma referência para a nossa cidade, sobretudo por também oferecer uma infraestrutura como Salas de Metodologias Ativas, laboratórios de Saúde e por ser a primeira Instituição do Nordeste a adquirir a Mesa Sectra, instrumento de aprendizagem com tecnologia 3D voltada para os alunos da graduação”, complementa.

Vale lembrar: No mês de junho, a UNINASSAU Recife já havia recebido a nota máxima 5 do MEC no recredenciamento de Centro Universitário, sendo o único da iniciativa privada do Estado de Pernambuco a obter nota global cinco no recredenciamento.  Ambas as avaliações servem de parâmetro para que os futuros universitários possam escolher a Instituição de excelência e com infraestrutura moderna na hora de ingressar para a vida acadêmica.

Todas as informações adicionais podem ser conferidas no edital do processo seletivo.

Serviço:

Vestibular de Medicina da UNINASSAU

Data: 22 e 23 de setembro de 2018

Local: UNINASSAU Graças

Horário: A partir das 8h

Divulgação do resultado: 26 de setembro de 2018

Matrículas: 28 e 29 de setembro de 2018.

Início das aulas: 01 de outubro de 2018.

Da assessoria 

Um grupo de 41 voluntários médicos, enfermeiros e técnicos de laboratório ligados aos hospitais universitários federais vinculados à Rede Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) participa desta segunda-feira (27) até o próximo dia 1º de uma ação médico-humanitária na capital Boa Vista e na cidade de Pacairama, na fronteira com a Venezuela.

Eles embarcaram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que decolou da Base Aérea de Brasília na manhã desse domingo (26). Entre os voluntários está a médica ginecologista Gizeli de Fátima Ribeiro dos Anjos, de Uberlândia, em Minas Gerias.

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Ela disse que sempre quis participar de uma ação desse tipo. “A ajuda humanitária faz parte da nossa profissão e acredito que eles estão precisando muito. Espero levar um pouco de medicina e, também, muitas palavras de carinho nesse momento difícil”. Os profissionais vão oferecer atendimento nas especialidades de ginecologia, obstetrícia, pediatria, infectologia, oftalmologia para os venezuelanos que estão na região.

É a Operação Acolhida, que é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República e envolve os ministérios da Defesa, Saúde, Desenvolvimento Social, Educação, Trabalho e Emprego, Forças Armadas, Organização das Nações Unidas (ONU), além da Polícia Federal.

O vice-presidente da Ebserh, Arnaldo Medeiros, informou que a Ebserh realiza anualmente uma ação desse tipo. Segundo ele, este ano Roraima foi o destino escolhido devido ao elevado número de imigrantes venezuelanos que têm cruzado a fronteira com o Brasil. “Sem o apoio da Casa Civil e da Força Aérea, essa ação não seria possível. Estamos recebendo todo o apoio aqui”, disse.

Em Boa Vista, as ações serão voltadas aos venezuelanos que ocupam os abrigos na cidade, e em Pacaraima, haverá vacinação para os imigrantes. São previstas ações educacionais preventivas em saúde, exames, testes para Hepatites B, C, HIV e VDRL, glicemia, verificação de pressão arterial, citologia de colo de útero, orientação sobre escovação dentária, prevenção e orientação sobre parasitoses intestinais, orientações sobre nutrição, consultas e orientações da oftalmologia, orientações para gestantes e amamentação, dentre outros procedimentos.

Os insumos e materiais a serem utilizados para a ação foram disponibilizados pelos hospitais universitários federais da Rede Ebserh e Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS-MS).

Ebserh

Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

*Com informações da Força Aérea Brasileira (FAB)

Uma mulher de 54 anos deu entrada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, com sintomas de overdose. No atendimento, uma equipe médica da unidade de saúde acabou encontrando 15 trouxinhas de cocaína no estômago da suspeita, que não teve o nome divulgado pela polícia. Ela havia dado entrada no hospital na tarde desta última sexta-feira (24), ao passar mal devido aos efeitos do entorpecente.

Para expelir a droga do estômago, os médicos deram laxante a mulher, que também passou por um procedimento de lavagem intestinal. Segundo o site Metrópoles, a equipe responsável pelo socorro levou os policiais até o local do atendimento, um hotel no Núcleo Bandeirante, onde a suspeita estava hospedada. Lá, foram identificados passaportes e comprovantes de viagem que indicam o, possível, caminho que a droga iria percorrer.

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Os investigadores constataram também mais duas mulheres no mesmo quarto do hotel em que a suspeita estava; a mulher socorrida era brasileira, mas as outras foram identificadas como naturais do Suriname, país sul-americano. As três teriam desembarcado em Brasília nesta última quinta-feira (23). O site confirmou que a principal suspeita ainda encontra-se sem condições de depor, devido os efeitos alucinógenos causados pela cocaína.

Com apenas 13 anos de idade, a jovem brasileira Isabela Diringer viajou mais de 9 mil quilômetros para se submeter a uma cirurgia na Itália para tratar de um problema no intestino. Isabela é portadora de gastrosquise, uma malformação que faz com que parte do intestino fique do lado de fora do corpo.

De acordo com a família, a menina tinha o intestino mais curto, de 17 cm, que a impedia de se alimentar e se desenvolver como criança. A brasileira foi salva por uma equipe do Hospital Pediátrico Meyer, em Florença, que realizou a intervenção de alta complexidade para reconstruir o intestino sob comando do médico Antonio Morabito.

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A cirurgia durou seis horas e foi aplicada a técnica chamada de "Spiral Intestinal Lengthening and Tailoring" (SILT). O Hospital Pediátrico Meyer é o único centro europeu para o tratamento da patologia congênita que afeta Isabela, e foi a segunda vez que o local aplicou a técnica em uma cirurgia.

A jovem já tinha passado por duas tentativas de operação, que não foram bem sucedidas e colocaram sua vida em risco. Por isso, a intervenção em Florença era considerada perigosa.

De acordo com um comunicado do hospital, por ter o intestino curto, Isabela era obrigada à nutrição parenteral total, ou seja, nutrição por via venosa. Na cirurgia, os médicos italianos reconstruíram o intestino com um diâmetro adequado para que ela viva normalmente. A jovem deve receber alta médica ainda nesta semana.

A menina contou com o apoio e solidariedade de outras pessoas, em campanha para arrecadar dinheiro para a cirurgia na Itália.
    Pela internet, ela conseguiu R$ 500 mil.

Da Ansa

A Polícia Militar de Espírito Santo (PM-ES) abriu as inscrições de um concurso público com 20 vagas e salários de R$ 7.320 para médicos nas especialidades de cardiologia, dermatologia, medicina física e reabilitação, infectologia, ortopedia, oftalmologia, medicina do trabalho, urologia e psiquiatria. 

Além do diploma de medicina, é necessário ter registro no Conselho Regional de Medicina, certificado de Residência Médica credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e título de especialista emitido pela Associação Médica Brasileira (AMB). 

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Também é exigido que os candidatos tenham altura mínima de 1,65m para homens e 1,60 para mulheres e até 35 anos de idade. As inscrições estão abertas e devem ser feitas até o dia 17 de agosto através do site da banca organizadora do concurso. A taxa custa R$ 120.

Os inscritos serão selecionados através da realização de prova objetiva e discursiva com aplicação prevista para o dia 9 de setembro em Vitória, capital do Espírito Santo. Também haverá análise de documentação, avaliação de títulos, teste físico, avaliação psicológica, inspeção de saúde e investigação social. Para mais detalhes, acesse o edital.

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A Prefeitura de Guarulhos abriu inscrições para contratação emergencial de médicos. São oferecidas 23 vagas, sendo seis para socorrista pediatra, 15 para médico da família e duas para geriatra. Os salários variam entre R$ 6.070,13 a R$ 15.347,74 para cargas horárias entre 20 a 40 horas semanais.

As inscrições deverão ser feitas pelos e-mails: alineduarte@guarulhos.sp.gov.br ou celiooliveira@guarulhos.sp.gov.br, ou pessoalmente na Secretaria da Saúde, na sala nove, das 9h às 16h, no endereço: rua Íris n.º 320, (Gopoúva). Os interessados precisam apresentar currículo, diploma de medicina, cadastro no CRM – SP e comprovação da especialidade de acordo com a graduação exigida. As matrículas vão até 12 de agosto.

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Além disso, os candidatos poderão apresentar outros certificados como título de especialização expedido pela Sociedade Brasileira, correspondente à função a que disputa, estágio na área que concorre em estabelecimento reconhecido pelo MEC, cursos de especialização em Saúde Pública, Administração Hospitalar ou Saúde Coletiva com duração mínima de 360 horas, e de curso de Aperfeiçoamento na área, após a graduação completa, com duração mínima de 360 horas.

As contratações serão por meio de regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com duração de 12 meses, mas com possibilidade de prorrogação de contrato.

A Penitenciária de Taquarituba, cidade distante 326 km de São Paulo, nunca contou com equipes de saúde. Essa é a constatação da Defensoria Pública de São Paulo, que entrou com uma ação civil pública na qual pede a disponibilização desses profissionais. No local, que foi construído para abrigar 847 pessoas, 1.815 detentos cumprem pena.

Embora inaugurada em dezembro de 2014, a unidade prisional nunca contou com equipes de saúde, que deveria ser composta por profissionais como médicos, psicólogos, psiquiatras, dentistas e assistentes sociais. Atualmente, a unidade conta apenas com duas auxiliares de enfermagem. A ação foi motivada inicialmente por relatos obtidos em cartas de detentos, bem como por conta de inspeção realizada pela DPSP no local em março deste ano.

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Os Defensores Eduardo Rodrigues Caldas (Unidade Avaré), Mateus Moro, Thiago Cury e Leonardo Biagioni (Núcleo Especializado de Situação Carcerária) apontam ainda que, para além da superlotação da unidade, que agrava os riscos à saúde, há detentos que precisam de atendimento médico especializado, por questões como diabetes, hipertensão, HIVs positivos, entre outros. A assistência à saúde é direito de detentos, garantido pela Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84) e pelas Regras Mínimas da ONU para Tratamento de Presos.

De acordo com a Deliberação CIB (Comissão Intergestores Bipartite) nº 62, elaborada em setembro de 2012 com a participação de membros das Secretarias Municipais e Estadual de Saúde, para estabelecimentos com até 1.200 presos, o mínimo de uma equipe com um médico e um dentista com jornada de 20 horas cada, e um enfermeiro e dois auxiliares de enfermagem com jornada de 30 horas. Os presídios com população superior a 1200 pessoas presas e com até 2400, como é o caso da Penitenciária de Taquarituba, devem contar com duas equipes mínimas.

Mais de 16 médicos da Estratégia Saúde da Família vão começar a atender em 11 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Guarulhos, que estão com falta dos profissionais.

Além dos atendimentos, os profissionais participaram de um curso preparatório, que inclui conteúdo teórico e prático sobre o funcionamento e os protocolos da Rede Municipal de Saúde, bem como sobre o SUS. Os médicos também visitaram a UBS Marinópolis, no Jardim Presidente Dutra, para a ação chamada de territorialização, em que eles conhecem o bairro e os problemas de saúde que mais afetam os moradores e as condições locais que interferem no processo de adoecimento, como, por exemplo, descarte irregular de lixo, falta de saneamento, entre outros fatores. 

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Os médicos irão atuar nas UBSs São Rafael, Munhoz, Recreio São Jorge, Continental, Rosa de França, Santos Dumont, Cumbica (Mário Macca), Cumbica 1, Jacy e Cummins. Além disso, também foram admitidos cinco enfermeiros de Família para prestar assistência nas UBSs Santos Dumont, Acácio e Soimco.

As contratações de médicos serão realizadas pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em caráter emergencial, por tempo determinado de 12 meses, podendo o contrato ser prorrogado.

Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens --- Diagnosticado com hanseníase, Fernando foi vítima do internamento compulsório em Pernambuco. Ele revela memórias sobre a "Cidade do Medo"

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Um esmorecimento nada comum para um jovem de 17 anos despertou a curiosidade alheia. Isolado, no canto mais brando de uma residência, o adolescente, claramente debilitado, não demonstrava energia para reerguer-se. Desconfiada da condição do rapaz, uma vizinha identificou um grande ferimento em uma das pernas do garoto, que logo se tornou claro indício de que a saúde dele precisava de sérios cuidados. A mulher tomou a iniciativa de procurar um médico e, ao fazer contato com um especialista, foi orientada a levar o jovem para uma unidade hospitalar. Seria nobre a atitude da senhora aos olhos de muitos cidadãos. Para Fernando Antônio de Paula, o rapaz enfermo, no entanto, foi o começo de um de seus piores pesadelos.

Fernando residia com sua mãe e algumas tias no bairro de Águas Compridas, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. A vizinha conhecia seus familiares; sob a orientação do médico, convenceu o rapaz a procurar a unidade de saúde, contudo, não revelou que se tratava na época de um “leprosário”, como eram chamados os locais que recebiam pessoas acometidas de hanseníase. Há exatos 33 anos, o verdadeiro destino foi o Hospital Colônia da Mirueira, situado na cidade pernambucana de Paulista. Fernando foi diagnosticado com hanseníase. Nunca mais viu grande parte de seus familiares. A vizinha não passou do portão e retornou a sua rotina social.

Entenda: A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo agente etiológico é o  Mycobacterium leprae (M. Leprae). Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, no en­tanto poucos adoecem. A doença acomete principalmente pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas. É de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória. Essa doença pode acometer pessoas de ambos os sexos e qualquer idade em áreas endêmicas. Entretanto, é necessário um longo período de exposição e apenas uma pequena parcela da população infectada adoece. Fonte: Ministério da Saúde.

Em poucas horas, tudo se tornou uma incógnita para o futuro de um jovem de apenas 17 anos. Dificilmente ele aceitaria ir para a colônia caso descobrisse, antes do isolamento, que se tratava, na verdade, de um "leprosário". Nada incomum para a sociedade da época, uma vez que desde a década de 30, por meio de uma política governamental do presidente Getúlio Vargas, os brasileiros identificados com hanseníase eram obrigados a ser separados do restante da população considerada saudável. Na ótica da gestão pública do período, foi uma ação emergencial de saúde, sob o argumento de que a medicina não reunia conhecimentos suficientes para tratar a doença que apresentava alto poder de transmissão. Já na visão das vítimas do isolamento compulsório, foi uma devastadora segregação social que durou mais de 40 anos e castigou cerca de 50 mil brasileiros.

Para manter os enfermos longe do restante da população, o governo federal construiu hospitais colônias em vários estados brasileiros. Nesses locais, verdadeiras cidades foram erguidas para que os doentes construíssem laços sociais entre eles próprios. Quem era diagnosticado com hanseníase só podia se relacionar com outros acometidos pela mesma doença. Nas ruas, fora dos muros das colônias, uma espécie de polícia sanitária tinha a missão de encontrar as vítimas da enfermidade e levar a força para o isolamento.

De bens materiais a vínculos sentimentais com familiares e amigos, quase nada restou para Fernando. Se já não bastasse a alcunha de conviver com uma doença taxada de “incurável” na época, era preciso adaptar-se a uma realidade que deixava marcas na pele e principalmente na alma. Do lado de fora das colônias, o preconceito preso à raiz da população oprimia os doentes; a maioria dos sadios não queria “leprosos” por perto. Até mesmo na literatura bíblica, a doença era sinônimo de castigo contra os pecadores. Além disso, o receio de contágio, as deformações nos corpos das vítimas e a falta de tratamento adequado para curar a hanseníase, entre outros fatores, estimularam uma mancha negativa no imaginário da população: o Hospital Colônia da Mirueira, que abriga uma vila de convivência onde os pacientes construíram novas famílias, foi batizado de “Cidade do Medo”.

“Perdi o contato com todo mundo, ninguém veio aqui. Tive que fazer minha vida neste local. O que me choca até hoje eram as dores, vi os pacientes rolarem no chão frio para poder passar! Precisei conviver com tudo isso. Mesmo doentes, eu e outros homens tínhamos que ajudar a tratar os demais pacientes, porque não havia profissionais de saúde suficientes para prestar atendimento. Aqui aprendi a vida. Foi aqui que aprendi a ter amor ao próximo. Possuo lembranças de vários amigos que morreram sofrendo; acredito, no entanto, que tudo é determinado por Deus. Perdi minha família lá fora, mas construí uma nova família aqui com uma mulher que também era doente”, relata Fernando, hoje aos 50 anos, casado e pai de três filhos, com 17, 18 e 23 anos. Nenhum deles tem hanseníase.  

“Quando eu dizia que era da colônia, as pessoas tinham medo. Na época que fiz 23 anos, fomos liberados para sair do hospital. Então, resolvi tentar ver o povo e fui ao encontro de uma antiga namorada que tive aos 17 anos. Nos encontramos, mas ela estava com um banquinho e sentou-se a uma distância de uns dez metros. Ela até conversou, perguntou como eu estava, mas não chegou perto de mim. Não me tocou. Isso me deixou marcado, porque, há um tempo, eu estava deitado com essa mulher e depois ela não queria chegar perto de mim”, conta Fernando.

Em tom de desabafo, ele continua seus relatos e retorna às memórias da “Cidade do Medo”. “O isolamento era uma coisa desumana. O pessoal doente, cheio de ferimentos, sem ter ninguém capacitado para apoiar. A gente que ajudava um ao outro. Não tinha como este hospital oferecer um tratamento correto. Era Cidade do Medo porque, antigamente, existiam pessoas com orelhas enormes, nariz inchado ou despedaçado. As pessoas eram todas deformadas”. Fernando deixou de morar no Hospital da Mirueira em meados de 1990. Hoje, reside no Recife com sua esposa e os filhos.

Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens --- Mesmo sem morar mais no Hospital da Mirueira, Fernando visita com frequência os residentes que foram internados junto com ele

“Cidade do Medo”. E da resistência

De acordo com o livro “Histórias vividas na terra dos esquecidos”, das autoras Rosa Maria Carlos de Albuquerque e Maria José Dantas Mesquita, a construção do Hospital Colônia da Mirueira se deu em 1936, à época, “a cargo do Ministério da Educação e Saúde”.  Estrategicamente, a colônia foi erguida em um local afastado da área urbana, “cercado por mata virgem e intensa circulação de ar”; há quem diga que o objetivo era evitar fugas e isolar os enfermos para mantê-los longe da sociedade. “Foi construído para ser uma microcidade e com capacidade para internar 400 doentes. Foi projetado para possuir o caráter de uma cidade, com ruas, praças, templo religioso, área para administração, prefeitura, delegacia, escola, áreas de lazer, além dos complexos médicos necessários para o tratamento”, diz trecho do livro.

A obra ainda traz os seguintes detalhes: “Era divido em zonas A, B e C, sendo a zona C considerada área de contágio, onde ficavam os internos. Somente com a devida permissão era possível transpor-se a barreira e penetrar-se além das linhas demarcatórias, sob pena de repreensão, mediante a proibição imposta a todos aqueles que habitavam a zona do medo”. A inauguração oficial do Hospital Colônia da Mirueira foi realizada em 26 de agosto de 1941. “O Hospital foi símbolo do isolamento social das pessoas com hanseníase em Pernambuco. O leprosário foi construído para prestar serviço inestimável de ordem técnica, sanitária, social e humana, com a visão de proteger a coletividade. Em relação aos doentes, falava-se em vantagens e promessas redentoras, pois o medo e o preconceito eram muito maiores. Esses internamentos eram o grande pavor dos hansenianos. Geralmente os primeiros dias eram difíceis, custando noites de insônia, lágrimas, muita aflição e enorme saudade dos familiares”, traz o livro “Histórias vividas na terra dos esquecidos”.

Nos registros históricos da unidade hospitalar, a capacidade inicial era para abrigar 400 doentes, no entanto, a colônia chegou a ter 500 pacientes. “Sofreram com o preconceito e o abandono, mas criaram uma sociedade só sua. Não tiveram o direito de criar seus filhos, mas agiam como se fosse uma grande família, mesmo a colônia sendo chamada a Cidade dos Mortos-Vivos e Cidade do Medo”, acrescentam as autoras Rosa Maria Carlos de Albuquerque e Maria José Dantas.

De fato, muitos internos não tiveram o direito de criar seus próprios filhos. Pacientes grávidas, quando entravam em trabalho de parto, eram submetidas a uma separação cruel e que deixaram marcas até hoje. Seus bebês eram levados para um local chamado de preventório, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. Não havia mais contato entre pais e filhos. Os bebês eram adotados ou passavam a viver em orfanatos. Atualmente, ainda existem relatos de famílias que nunca chegaram a conhecer seus filhos.

Fernando presenciou esses e outros tristes episódios que marcaram o isolamento compulsório. Porém, ele resistiu aos impactos da doença, mesmo com o tratamento ineficiente na época, e persistiu ante uma considerável parcela da população brasileira que via os enfermos como seres à margem da possibilidade de conviver em uma sociedade digna. Na colônia, trabalhou em atividades de agricultura, pecuária, além dos esforços para dar assistência aos demais pacientes. A rotina dos internos nos hospitais colônias, em geral, se resumia aos afazeres que geravam os próprios bens de consumo, como os alimentos oriundos das plantações, além de se submeterem aos tratamentos médicos. Ao caminhar pela “Cidade do Medo”, Fernando faz uma viagem pelas memórias que rementem a um período de dor e ao mesmo tempo de bravura dos que resistiram à doença e ao preconceito.

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O discurso de Fernando, por mais que em vários momentos remeta a memórias tristes da “Cidade do Medo”, reforça o auxílio humano que um paciente dava ao outro durante o internamento na colônia. Os que sentiam menos efeitos da doença ajudavam os internos mais castigados pela hanseníase. Sobretudo, além do auxílio físico, existia o aparato psicológico que, para Fernando, era tão importante quanto o tratamento corporal. Ele recorda do amigo Juliano Vieira de Farias. “Seu Juliano me ajudou muito mesmo. Quando cheguei à colônia, fiquei desesperado, era a primeira vez que seria vítima de um isolamento compulsório. Ele me deu palavras de conforto, pediu paciência e me fez acreditar que um dia tudo seria resolvido. Juliano foi um dos que mais me ajudaram dentro do hospital”, relembra.

Seu Juliano, bastante conhecido entre as vítimas do isolamento compulsório em Pernambuco, foi diagnosticado com hanseníase aos 14 anos, idade em que passou a viver entre os muros do Hospital Colônia da Mirueira. Em 2016, conhecemos Juliano – na época com 71 anos - em uma reportagem do LeiaJa.com e registramos um depoimento forte, sem rodeios e que não ocultou as marcas na alma de quem “sobreviveu” na “Cidade do Medo”.

“Se você fosse jogado dentro de um leprosário como eu fui com 14 anos de idade e te falassem que dali só sairia para o cemitério, o que você faria? Não existia perspectiva de uma vida digna e caí no mundo das drogas, após ser arrastado de dentro de casa e jogado no Hospital da Mirueira. Morava no bairro da Várzea, no Recife, com meus pais e mais sete irmãos. Me deixaram longe deles e passei a viver em um lugar que classifico como depósito de lixo humano”, desabafou Seu Juliano à época.

Se Juliano foi uma das pessoas que resistiram ao isolamento compulsório. Tocou sua vida nas dependências do Hospital da Mirueira – mesmo após o fim do internamento obrigatório - até 1994, quando decidiu residir sozinho em uma casa no mesmo bairro. Não se não casou na colônia, mas construiu uma "família" graças ao aparato emocional que dava aos demais internos. Ele faleceu em 2017, aos 72 anos.

Ainda residindo em uma das casas do Hospital da Mirueira, uma vez que por determinação federal os ex-pacientes do isolamento compulsório têm direito a morar nas antigas estruturas das colônias, Marly Ferreira, 67 anos, resiste à doença à rejeição social. Na pele, existem marcas da hanseníase, mas, segundo Marly, não se comparam às cicatrizes em sua memória. Recordar da época em que o hospital era chamado de “Cidade do Medo”, consequentemente a faz lembrar do preconceito da sociedade da época. “As pessoas tinham medo da gente. Nossa própria família não nos queria por perto. E isso dói, porque até os nossos familiares não nos tocavam. Muitos nos abandonaram”, revela Marly.

Hoje, Marly convive com o marido, também acometido pela doença, e com um filho sem o diagnóstico. Assim como os outros cidadãos vítimas do isolamento que conseguiram comprovar a segregação, ela recebe uma pensão mensal de um salário mínimo e meio, desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que oferece ajuda de custo para aqueles que passaram pelo interno. Marly considera que atualmente o preconceito diminuiu bastante, porém, acredita que ainda é necessário disseminar informação para a população entender de vez que a hanseníase tem cura. No áudio a seguir, ele conta detalhes da sua história e desperta tristes recordações da “Cidade do Medo”.

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Um médico diante de um “depósito de pacientes”

Há 40 anos, José Carlos de Lima Cavalcante encarava um de seus maiores desafios profissionais. Na época, aos 24 anos de idade, o jovem médico recebia a missão de tratar os internos do Hospital Colônia da Mirueira, sem ter sequer o auxílio de outros profissionais de saúde, como enfermeiros, terapeutas e técnicos em enfermagem. Eram apenas ele e mais três médicos que se revezavam na colônia. De acordo com José Carlos, como o tratamento – a base de fortes de medicamentos - da hanseníase era longo – média de dez anos -, muitos pacientes não continuavam o procedimento e sofriam sérias consequência em decorrência da doença. “Os casos de antigamente eram muito mais agressivos e havia muita amputação. Hoje, o mais difícil é ver alguém falar de uma amputação. Antigamente eram umas seis amputações por ano”, diz. 

José Carlos não esquece tudo que presenciou durante o período do internamento compulsório. Sem a estrutura necessária para cuidar dos acometidos pela doença, ele e os demais médicos se viam em um local inadequado para um auxílio minimamente humano. “Cheguei como médico em 1978. A questão é que a colônia era diferente de tudo o que você pode imaginar. Era um depósito de pacientes. Porque começa que não foi programada realmente para ser um hospital. Pegavam esses pacientes, que eram um incômodo para a sociedade e um peso para a família, e jogavam aqui”, recorda em tom crítico. Até as faixas de curativo dos internos eram lavadas e utilizadas novamente.

De acordo com José Carlos, com a proximidade do fim do isolamento obrigatório, alguns pacientes que respondiam bem aos tratamentos e apresentavam pequenas sequelas, ganharam alta hospitalar, mas não tinham trabalho e muito menos para onde ir. Para dar um suporte básico a eles, a gestão da unidade, que no período já era de responsabilidade do Governo de Pernambuco, oferecia remuneração para esses internos, que passavam a ajudar os doentes graves. “Ficavam dando assistência. Aplicavam injeção, carregavam defuntos”, detalha o médico. “Havia criação de porcos, bois... Era tudo diferente de um hospital de verdade”, complementa.

Sobre a forma como a sociedade definia a colônia, José entende que pelo contexto da época, em que no Brasil a cura ainda era difícil e havia chances claras de contágio, expressiva parte da população tinha receio de chegar próximo ao hospital e principalmente tocar os doentes. “Tudo fruto da ignorância, aquilo que a gente não conhece, teme. Através dos anos, a doença ia deformando a pessoa e por isso há o medo. A segregação sempre existiu por causa do terror e do medo. Por conta das deformações, as pessoas se sentiam verdadeiros monstros. Na época não tinha nada de hospital, era um leprosário, as pessoas simplesmente eram jogadas aqui”, opina o médico. 

O internamento obrigatório na colônia pernambucana durou de 1941 a 1986. Alguns pacientes continuaram vivendo nas dependências da colônia, outros adquiriram residências e passaram a morar fora do hospital. Hoje, José Carlos é o diretor do Hospital da Mirueira.

O Hospital da Mirueira nos dias de hoje

Sob a gestão estadual, a unidade é referência em Pernambuco no tratamento de hanseníase e de dependentes químicos. Hoje, existem 22 moradores que foram vítimas do internamento compulsório e continuaram residindo nas casas da antiga colônia. Somando-se os parentes dos ex-internos, há cerca de 40 pessoas vivendo nas dependências do Hospital da Mirueira.

Segundo a assistente social da unidade, Ieda Saraiva, o hospital possui com 28 leitos exclusivos para o tratamento da hanseníase. Os próprios moradores, principalmente os idosos que não possuem familiares para auxiliá-los, contam com consultas semanais.

Além dos ex-internos, pacientes diagnosticados atualmente com a doença recebem os serviços médicos do Hospital da Mirueira. A depender do nível da enfermidade, eles podem ficar internados na unidade hospitalar. É o caso de *Maria, 54, natural do Maranhão. Há mais de dez anos, ela residia na cidade de Bezerros, Agreste de Pernambuco.

Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens --- *Maria se apega à fé e afirma que está confiante nos médicos para ser curada

De acordo com *Maria, há cinco anos ela passou a apresentar os sintomas da doença, mas os médicos não afirmavam que era hanseníase. Até que, em uma consulta particular no Recife, o diagnóstico foi oficializado. Há três anos, ela se internou no Hospital da Mirueira, onde apesar de enfrentar as consequências da doença, alimenta a esperança pela cura. “Tenho uma fé muito grande de alcançar a cura. Já vi uma pessoa que teve o mesmo problema e depois de dez anos ela foi curada. Converso muito com Deus pedindo a minha libertação, porque eu não era assim. Eu trabalhava muito e hoje não posso. E aqui os médicos cuidam bem da gente, somos bem tratados”, diz a paciente.

*Alfredo, de 58, também foi diagnosticado com a doença. Natural de Goiana, Região Metropolitana do Recife, há cerca de um mês ele apresentou hematomas no corpo; ao ser atendido por uma médica de sua cidade, o senhor foi encaminhado para o Hospital da Mirueira. “A médica mandou logo eu vir para cá. Estou me tratando e espero sair daqui logo”, comenta.

Há 13 anos trabalhando como cuidadora de uma ex-interna idosa, Rosete Lourdes Souza é exemplo de resistência ao preconceito. Antes de atuar na função, ouvia relatos amedrontadores sobre o Hospital da Mirueira. O termo “Cidade do Medo” era comum aos seus ouvidos. “As pessoas lá fora criticaram muito, diziam de maneira muito preconceituosa que era hospital de leproso, e que quem entrasse iria pegar a doença. O pessoal dizia que havia ‘paga-fígado’ e eu não sabia que era uma referência aos próprios humanos que existiam aqui. Mas não dei ouvidos, porque comigo não tem isso de preconceito”, conta a cuidadora.  

Ela auxilia Maria Bernadete Cabral, que reside no Hospital da Mirueira há 47 anos. Aos 17, morava com os pais na cidade de Orobó, interior de Pernambuco, e ao apresentar sintomas da hanseníase, foi levada a médicos particulares. Posteriormente, Maria Bernadete foi encaminhada à colônia, e diferente de outros ex-internos, a família continuou visitando ela. “Eu não estudei, não fiz coisa nenhuma, por causa do preconceito que as pessoas tinham diante da doença. Nossa família era de Orobó, no interior, e por causa do preconceito meu pai vendeu tudo e veio para Recife para me ajudar a tratar a doença”, relembra.

O atual quadro do Hospital da Mirueira possui mais de 30 médicos. A população pode marcar atendimentos para os especialistas, caso apareçam sintomas da doença. A marcação de consultas é realizada de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h; todo serviço é totalmente gratuito.

De acordo com a direção do hospital, a unidade custa aos cofres do Estado um valor de R$ 1,7 milhão mensais. O montante atende, principalmente, aos pagamentos dos servidores concursados. Ainda segundo José Carlos, desse total, são destinados à sua gestão R$ 105.600 que servem para alimentação dos pacientes, compra de medicamentos, material de curativo, água, oxigênio e manutenção da estrutura física.

Alguns ex-internos ainda recebem cestas básicas mensais e todos os pacientes internados também contam com alimentação. Ao todo, são oferecidas mais de 90 refeições. José Carlos argumenta, no entanto, que há alguns problemas no Hospital da Mirueira, como a falta de roupas para pacientes, déficit de ventiladores e ar-condicionado. De acordo com diretor, já foi solicitado à Secretaria de Saúde de Pernambuco um aumento na verba para o orçamento do hospital, porém, até então, o valor é o mesmo. José Carlos estima que um acréscimo em torno R$ 105 mil mensais seria suficiente para amenizar as dificuldades do Hospital da Mirueira.  

Atual paranorama da doença no Brasil - De acordo com o mais recente levantamento do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 25,2 mil casos de hanseníase em 2016. O quantitativo representa 11,6% dos diagnósticos do mundo. Ainda no cenário global, nosso país só perde para Índia – mais de 27 mil casos - em números oficiais da doença.

Fundado em 1981, o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) é uma das instituições de referência no combate à doença e principalmente contra o preconceito. Artur Custódio, coordenador nacional do Morhan, alerta que os números da doença no Brasil, mesmo apresentando queda nos últimos anos, ainda são preocupantes e exigem atenção contínua do Ministério da Saúde. “Em números absolutos, só perdemos para Índia”, comenta Custódio.

Além de atuar com foco educativo, por meio da realização de eventos para apresentar à sociedade informações sobre a hanseníase, o Morhan também presta auxílio jurídico às vítimas da doença, inclusive os ex-internos do isolamento compulsório. A busca por pensão para quem viveu a segregação é um aos auxílios dados pelo Movimento, além da procura por filhos que foram separados dos pais no período do internamento obrigatório. 

Segundo Artur Custódio, é necessário o fortalecimento de um trabalho com a sociedade para propagar informações que possam diminuir o preconceito e acabar com estigmas negativos da doença. “O isolamento tem um impacto até na questão do estigma; ainda há pessoas que moram nos hospitais colônias. O preconceito vai além da imagem, além da questão física. Ele pega também o campo social e o psicológico. E essas pessoas têm dificuldade de se recuperar, e para isso ser revolvido, tem que haver um processo longo educacional”, opina o coordenador nacional do Morhan. 

A NHR Brasil, instituição sem fins lucrativos que tem o objetivo de “promover a melhoria na qualidade de vida e a reabilitação das pessoas atingidas pela hanseníase e por outras deficiências físicas no Brasil, através do desenvolvimento e implementação compartilhada de serviços efetivos, eficientes e sustentáveis para que tenham plena participação na sociedade”, também realiza trabalhos sobre a doença. Segundo a assessora técnica da NHR Brasil, Rejane Almeida, é notório que o preconceito tem diminuído pela disseminação das informações de que a hanseníase tem cura, no entanto, ela reforça que o trabalho de conscientização deve ser contínuo.

“Na atualidade, o tratamento é em nível ambulatorial. Todas as equipes de saúde têm trabalhado para reduzir o preconceito e para mostrar que hoje a hanseníase tem cura. É uma doença que pode provocar sequelas, mas não significa que vai provocar. Por isso, há a importância do diagnóstico precoce, porque quanto mais rápido ele acontecer, menor será a possibilidade de desenvolver incapacidade física. E o medo da hanseníase vem justamente das sequelas que ela pode provocar, porque ninguém quer ficar com as mãos atrofiadas ou com déficit de força no pé, por exemplo”, explica a assessora técnica.

Rejane informa que os hospitais do Sistema Único da Saúde (SUS) oferecem atendimentos gratuitos para as pessoas que apresentarem os sintomas da hanseníase. Ele alerta que a partir de qualquer indício, é muito importante a procura de um médico especializado, principalmente para a realização do diagnóstico precoce. “Isso torna a hanseníase uma doença com tratamento igual às demais e requer uma responsabilidade grande dos pacientes, porque os tratamentos podem durar de seis meses a um ano”, comenta. 

“Ainda não estamos em um patamar totalmente tranquilo, porque o Brasil ainda é o segundo país em números da doença no mundo. Mas, hoje contamos com atendimentos descentralizados para toda a população. Qualquer programa de saúde da família próximo da casa do paciente está apto a tratar a doença”, acrescenta Rejane.

* Nomes fictícios utilizados para preservar a identidade dos personagens

Fotos em preto em branco são do arquivo do Hospital da Mirueira 

Serviço:

Hospital da Mirueira

Endereço: Estrada de Santa Casa, sem número, bairro de Mirueira, em Paulista-PE

Contatos: (81) 3185-4415 / hgmses@yahoo.com.br

Agendamento de consultas: segunda à sexta-feira, das 8h às 12h. Gratuito.

--> Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan)

  --> NHR Brasil

Expediente:

Reportagem - Nathan Santos

Imagens: Chico Peixot

Edição de vídeos: Danillo Campelo

Artes: Raphael Sagatio

A Prefeitura de Salvador, capital da Bahia, divulgou um edital de seleção simplificada com 143 vagas e formação de cadastro reserva para a contratação de médicos, oferecendo salários de R$ 6,3 mil para os aprovados trabalharem nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade. 

As vagas estão distribuídas entre as áreas de clínica geral, pediatria, ortotraumatologia e saúde mental. Os candidatos, no ato da inscrição, devem optar para qual área desejam concorrer. 

##RECOMENDA##

Para participar, os interessados devem ter diploma de medicina reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e registro no conselho da classe ou declaração daqueles que estiverem cursando medicina com previsão de conclusão do curso até dezembro de 2018. Alguns cargos também exigem a comprovação de experiência profissional registrada em carteira de trabalho.

As inscrições devem ser feitas a partir desta quarta-feira (20) até o dia 1º de julho através do site da prefeitura e há uma taxa de R$ 50. Os candidatos serão selecionados por meio de avaliação de títulos realizada através do envio de documentos digitalizados. 

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A Prefeitura de Betânia, município localizado no Sertão pernambucano, divulgou o edital de seleção simplificada no Diário Oficial dos Municípios de Pernambuco desta terça-feira (29)

São oferecidas 17 vagas com salários de até R$ 7.700 por mês para os os cargos de médico clínico plantonista, cardiologista, obstetra, ortopedista, pediatra e médico - unidade básica de saúde.

##RECOMENDA##

Para participar, os interessados devem fazer a inscrição pessoalmente das 8h às 13h ou via Correios, enviando os documentos exigidos pelo edital para o endereço da Secretaria de Administração da Prefeitura Municipal de Betânia, que fica na  Praça Anfilófio Feitosa n° 60 – centro – CEP: 56.670-000 até o dia 14 de junho. Não há cobrança de taxa. 

Os candidatos serão selecionados em etapa única, através da realização de avaliação curricular e o resultado será divulgado no dia 29 de junho. Para mais detalhes, acesse o edital.

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Quatro entidades médicas divulgaram uma nota técnica para esclarecer alguns pontos sobre a vacinação contra a febre amarela. O objetivo é dar segurança aos médicos e outros profissionais da saúde envolvidos na orientação da população brasileira para aumentar a adesão à vacinação contra a febre amarela.

Os documentos são assinados pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A nota técnica inclui um protocolo inédito para orientar os profissionais que atuam na triagem sobre quem pode ou não ser vacinado.

##RECOMENDA##

O guia contém perguntas sobre o uso de medicamentos, presença de determinadas enfermidades e histórico de alergia grave ao ovo ou a algum dos componentes da vacina. Entre os grupos que não devem ser vacinados estão crianças menores de 6 meses de idade, pacientes com reação de hipersensibilidade grave a algum componente da vacina, pacientes em uso de medicamentos biológicos em geral, pacientes em uso de medicamentos imunossupressores e pessoas com história de doença do timo.

Já para os chamados grupos de precaução, a recomendação da vacina de febre amarela precisa ser analisada previamente pelo médico ou profissional da saúde. “Isto acontece naquelas situações em que a contraindicação não deve ser generalizada para todos, mas merece cuidado na avaliação dos riscos (possibilidade de se infectar versus possibilidade de evento adverso grave e os benefícios para seu paciente quando o risco de se infectar é maior que o risco de evento adverso grave)”, informa o documento.

São considerados grupos de precaução: pessoa com doenças imunossupressoras ou em tratamento com medicamentos imunossupressores, gestantes, pessoas maiores de 60 anos de idade, mulheres amamentando lactentes com menos de 6 meses de idade, pessoas que vivem com HIV/Aids e pessoas com doenças autoimunes, como lúpus, doença de Addison e artrite reumatoide.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil confirmou 1.127 casos e 331 óbitos entre 1º julho de 2017 a 10 de abril deste ano. Os estados do Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo estão com a cobertura abaixo da meta, que é de 95%, e 10 milhões de pessoas ainda precisam se vacinar contra febre amarela.

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