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A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) proibiu o Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife, de receber mais presos. Em um prazo de seis meses a partir do recebimento da resolução, o Brasil também deverá começar a computar em dobro cada dia de privação de liberdade no Complexo do Curado para os detentos que não sejam acusados de crimes contra a vida ou integridade física, de crimes sexuais ou que ainda não foram condenados.

A decisão foi assinada no último dia 28 de novembro, mas só nesta semana chegou ao conhecimento das partes. A resolução é semelhante à proferida para o Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, divulgada pela Defensoria Pública do Rio na última sexta-feira (14).

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Para os detentos que, inicialmente, não teriam os dias computados em dobro, o Tribunal determina que o Estado organize, no prazo de quatro meses, uma equipe criminológica de profissionais, em especial psicólogos e assistentes sociais. A equipe deverá avaliar, com base em indicações de agressividade, se os presos por crimes hediondos também podem ter cômputo em dobro.

O texto também proíbe a transferência de presos por determinação administrativa. Aqueles que foram transportados para outras unidades por ordem judicial também deverão ter os dias de pena cumpridos no Complexo do Curado contados em dobro.

"Não é recomendação ou sugestão, é decisão jurisdicional de um tribunal internacional e deve ser cumprida. É muito emblemático o fechamento da porta de entrada e a decisão de que um dia lá dentro seja contado como dois, partindo de que as pessoas são condenadas de privação de liberdade, mas estão tendo uma série de outros direitos violados. A Corte está reconhecendo a situação antijurídica e ilícita que se configura a privação de liberdade no Complexo do Curado" explica o advogado Guilherme Pontes, da Justiça Global, um dos órgãos que acionou o Tribunal.

O advogado acrescenta: "A Corte Interamericana tem jurisdição sobre o Brasil portanto suas decisões são vincultantes e devem ser cumpridas pelo Estado brasileiro na sua totalidade. O Brasil é membro das Organizações dos Estados Americanos (OEA), signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos. Em 1998, o Brasil reconheceu a competência da Corte, que é mecanismo da OEA, para processar e julgar casos de violações de direitos humanos praticados pelo Estado".

A principal preocupação é com relação à superlotação nas três unidades que compõem o Complexo. Somadas, as três prisões contabilizam, até o último dia 10, 5703 detentos, uma superpopulação que ultrapassa os 200%. Ou seja, mais de duas vezes a capacidade máxima. Critérios internacionais, como o do Conselho da Europa, destacam que ultrapassar 120% já implica superpopulação crítica. Além disso, não é respeitada a resolução nº1/2009, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, para regime fechado, de um agente penitenciário para cada cinco presos.

Ainda em 2011, a situação de risco à vida e à integridade dos detentos do Complexo do Curado foi denunciada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos pela Pastoral Carcerária de Pernambuco, Serviço Ecumênico de Militância nas Prisões (Sempri), Justiça Global e Clínica Internacional de Direitos Humanos da Universidade de Harvard. Naquele mesmo ano, a comissão emitiu medidas cautelares a serem adotadas pelo país.

Como as ações adotadas pelo governo não foram consideradas satisfatórias, havendo, inclusive, agravamento de situações de violência e maus tratos, o caso chegou para a Corte Interamericana de Direitos Humanos que decretou, em maio de 2014, medidas provisórias como a elaboração e implementação de plano de emergência em relação à atenção médica, redução da superlotação, eliminação da presença de armas e garantia de condições de segurança e de respeito à vida e à integridade de internos, funcionários e visitantes, bem como a eliminação de revistas humilhantes dos visitantes. Desde então, outras medidas provisórias foram expedidas em 7 de outubro de 2015, 23 de novembro de 2016 e 15 de novembro de 2017. Representantes da corte visitaram a unidade em 2016, sendo a primeira vez que visitavam uma prisão em solo brasileiro.

Para a Justiça Global, durante esses últimos anos ocorreram apenas avanços pontuais. "Nós fazemos uma leitura de que há uma questão estrutural no Complexo do Curado que não vem sendo enfrentada pelo Estado. Diversas violações a quem convive nessas unidades, como presos e famílias. Presídios sem condições de abrigar o número de presos que abrigam, e disso decorre insuficiência do número de profissionais de saúde, agentes, leitos...O Estado não vem demonstrando uma vontade política de se fazer cumprir as determinações", avalia Pontes.

 A assistente social Wilma Melo, do Sempri, destaca que a resolução não é benéfica apenas para os internos. “As medidas são para todos que circulam na prisão, como agentes, policiais e familiares. Os presídios têm pouquíssimos agentes penitenciários e um número exorbitante de presos, em uma situação que não tem nem lugar para dormir, aí criam 'puxadinhos'. Lá dentro estão sob os cuidados do Estado. E como é que o Estado não tem previsão nem planejamento que possibilite que essas pessoas tenham local mais adequado? Se apreende, tem que ter local para colocar. Além disso, tem outro aspecto: a custódia ser altamente deficiente, com lentidão dos processos judiciários”, comenta.

Outras determinações presentes na última resolução: no prazo de até seis meses, apresentar medidas concretas para garantir a vida e a integridade pessoal da população LGBTI, das pessoas com deficiência e dos idosos; informar mensalmente a Corte sobre as medidas adotadas para melhorar a atenção de saúde geral dos internos, destacando quais as doenças mais comuns; manter inspeções mensais no interior das unidades para impedir armamento e evitar o ingresso e a fabricação clandestina de armas, drogas e celulares. As decisões foram tomadas usando como precedentes sentença da Corte Constitucional da Colômbia, da Suprema Corte dos Estados Unidos, do Tribunal Europeu de Direitos Humanos e a Súmula Vinculante nº 56 do Supremo Tribunal Federal (STF) que diz: "A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso".

O Tribunal ainda cobra informações sobre a proteção de duas defensoras de direitos humanos e o resultado das diligências e investigações sobre ameaças sofridas por elas. As duas lutam pelo respeito dos direitos humanos nas prisões e já foram ameaçadas mais de uma vez. As ameaças impactaram diretamente a saúde dessas mulheres.

O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco e aguarda resposta sobre a resolução.

A venda de alguns modelos de iPhone foi proibida na China após a Qualcomm ganhar um processo judicial contra a Apple. Um tribunal decidiu que a Apple está infringindo duas patentes da Qualcomm e emitiu liminares contra a comercialização de sete modelos de iPhone no país, incluindo o iPhone X.

O caso, apresentado pela Qualcomm, faz parte de uma disputa global de patentes entre as duas empresas dos EUA, que inclui dezenas de ações judiciais. A Apple informou na segunda-feira (10) que todos os seus modelos de celulares continuam à venda na China continental e que entrou com um pedido de reconsideração junto ao tribunal.

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Os modelos específicos do iPhone afetados pela decisão preliminar na China são o iPhone 6S, o iPhone 6S Plus, o iPhone 7, o iPhone 7 Plus, o iPhone 8, o iPhone 8 Plus e o iPhone X. A Apple afirmou que o trio de novos modelos lançados em setembro não faz parte do caso.

A Qualcomm é uma das principais fornecedoras de tecnologia para as marcas de telefones inteligentes da China, como Xiaomi, Oppo, Vivo e OnePlus. A China é um mercado importante para a Apple e, de acordo com dados da Bloomberg, a empresa obteve quase 20% de sua receita de 2018 no país.

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E parece que Angelina Jolie e Brad Pitt estão prestes a ter um reencontro. Segundo informações do site TMZ, os dois se enfrentarão no tribunal em um processo que se iniciará no dia 4 de dezembro. Lá, eles tentarão chegar a um acordo sobre a custódia dos seis filhos: Maddox, Zahara, Shiloh, Pax, Knox e Vivianne.

Angelina quer ter a custódia total das crianças. Já Brad quer ter a guarda compartilhada. O julgamento está previsto para durar cerca de duas ou três semanas. Além da custódia, o juiz determinará como ficará a situação financeira do casal, já que eles não fizeram um acordo pré-nupcial antes de formalizar o casamento.

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Universidade

O filho mais velho de Angelina e Brad, Maddox, de 17 anos de idade, está prestes a entrar na faculdade! No último fim de semana, a atriz levou o garoto para visitar campus de universidades em Seul, na Coreia do Sul. Segundo informações do site norte-americano People, Maddox vem estudando coreano e mostrou interesse em se formar no país.

Apesar de apoiar o filho, fontes revelaram ao site Hollywood Life que Angie está com dificuldades em aceitar que Maddox irá embora em breve.

- Parece que foi ontem que ela trouxe para casa um menininho, e agora ele está crescido e indo embora. Claro, Angelina sabia que era apenas uma questão de tempo. Mas parece que tudo aconteceu tão rápido, e ela não pode deixar de desejar ter apenas mais alguns anos com Maddox antes de ele sair para fazer suas próprias coisas. Maddox sempre soube que ele queria estudar na Ásia, e isso nunca foi um problema, e é uma das razões pelas quais Angelina está tão impressionada com ele, porque ele já conhece sua própria mente e exatamente o que ele quer, mesmo que ele tenha apenas 17 anos. No final do dia, Angelina sabe que fez um ótimo trabalho criando Maddox, mas isso não torna fácil dizer adeus e deixá-lo ir. Porque não importa quantos anos ele tem, ele sempre será seu garotinho. É um momento confuso para Angelina agora. Ela tem muito orgulho de Maddox se tornar um jovem inteligente e independente que está deixando sua marca no mundo, mas ao mesmo tempo ela vai sentir muita falta dele.

Um tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU) ordenou hoje que os EUA suspendam as sanções que afetam o comércio de bens humanitários e a aviação civil com o Irã, decisão que Teerã alegou ter vencido sua batalha contra o governo Trump.

Não está claro se Washington seguirá a decisão da Corte Internacional de Justiça, o que complicaria seus esforços para aumentar a pressão econômica contra o Irã.

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Washington argumenta que o tribunal não tem jurisdição sobre suas medidas de sanções. Não houve comentários imediatos do Departamento de Estado.

A decisão de quarta-feira foi uma decisão provisória sobre um caso mais amplo em que o Irã questionou a legalidade das sanções dos EUA. Esse caso principal pode levar anos para ser resolvido.

Embora Washington tenha dito que suas sanções não terão como alvo a ajuda humanitária, a decisão pode minar sua estratégia de sanções, se implementada.

Os EUA está reimpondo amplas sanções a Teerã após a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, em maio de retirar os EUA do acordo nuclear iraniano de 2015.

O tribunal disse que os canais de pagamento necessários para realizar o comércio humanitário e de aviação devem estar disponíveis, o que significa que as poderosas sanções financeiras dos EUA podem precisar ser relaxadas. A ameaça dos EUA de cortar o acesso de empresas estrangeiras e bancos ao mercado do dólar e o sistema financeiro dos EUA é a principal ferramenta financeira que permitiu a Washington reduzir o comércio internacional com inimigos dos EUA, como Irã e Coreia do Norte.

A decisão também exigiria que os EUA suspendessem a revogação de licenças para a venda de aeronaves comerciais e peças para o Irã. Esse movimento foi parte de uma primeira rodada de sanções renovadas que entraram em vigor em agosto.

Fonte: Dow Jones Newswires.

No fórum da cidade de Vila Rica, no Mato Grosso, o réu Domingos Barros de Sá foi morto pelos seguranças do local após ter disparado contra o juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva. Domingos estava respondendo a um processo de homicídio qualificado. O caso aconteceu na tarde desta segunda-feira (1º) após o fim de uma Audiência de Custódia.

O advogado havia entrado na sala onde aconteceu a audiência seguido pelo seu cliente, o Domingos. Neste momento, agressor sacou a arma que estava escondida e ameaçou o promotor de justiça. O magistrado interveio na situação e após se aproximar do réu entrou em luta corporal quando, em seguida, houve o disparo.

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O tiro pegou no ombro esquerdo do juiz Carlos Eduardo, que foi encaminhado para o Pronto Socorro do município. Depois de constatado o quadro estável, o magistrado foi encaminhado ao hospital de Palmas, Tocantins, o mais próximo de Vila Rica. Lá ele fez a retirada do projétil.

A assessoria do Tribunal de Justiça do Mato Grosso informou que a polícia estava no local do fato e pediu para que Domingos largasse a arma. Na negativa, um agente disparou contra o agressor, que faleceu no local.

O Tribunal de Justiça ressaltou que "a integridade física dos magistrados, servidores, operadores do Direito e usuários da justiça é uma preocupação intensa do Poder Judiciário Mato-grossense que busca o aperfeiçoamento constante do sistema de segurança em todas as unidades do Poder Judiciário".

O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) aprovou a indenização para os familiares de Amarildo de Souza, morto por policiais militares na Rocinha em 2013. Quatro desembargadores votaram a favor do valor estipulado em 2016 e um foi contra.

Na época, a Justiça definiu que a viúva, Elisabete da Silva, e os seis filhos receberiam R$500 mil, cada um, e quatro irmãos da vítima seriam indenizados em R$100 mil, cada um. Além disso, a viúva receberia pensão mensal equivalente a dois terços do salário mínimo.

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O advogado da família, João Tancredo, acredita que durarão mais dois anos até o fim do caso. “Eu avalio de forma positiva. O caso Amarildo se distingue dos demais e, por isso, a indenização é diferenciada." Além disso, o advogado lembrou que a família ainda não está recebendo nada e que ainda existem recursos do estado.

“O caminho já está bem andado, mas o importante é [encontrar] os restos mortais, para a gente poder enterrar com dignidade. Fica uma sensação horrível, e isso não acaba para nossa família. Dinheiro nenhum vai trazer a vida de meu marido, mas eu quero que a Justiça seja feita. Que isso não aconteça com outros Amarildos, aqui e pelo Brasil”, afirmou Elizabete.

O procurador do estado, Flávio Wileman, disse depois da audiencia que o julgamento foi histórico e o estado irá pesquisar sobre a possibilidade de entrar com recurso futuramente. "Foi um julgamento emblemático, histórico, bastante intenso. O estado recebe com muita tranquilidade e respeito o posicionamento do Tribunal de Justiça do Rio, mas vai avaliar os votos redigidos para estudar cabimento de recurso aos tribunais superiores”, explicou o procurador.

Uma briga que aconteceu na semana passada entre dois grupos de militantes dos candidatos a governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) e Armando Monteiro (PTB) também deve ter motivado o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) a promover uma reunião, nesta terça (28), com representantes de partidos e coligações. O objetivo foi promover um “acordo de cavalheiros” para evitar conflitos de ruas durante a campanha, que apenas está iniciando. 

No pacto estabelecido no encontro, as coligações se comprometeram a orientar os seus militantes de modo que respeitem uma distância de 200 metros do comitê central dos adversários. Os partidos também deverão avisar à Polícia Militar, com uma antecedência de 24 horas, os eventos e caminhadas que serão realizados. 

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Para a utilização de grandes vias como a Avenida Agamenon Magalhães também será necessário um acordo para que a divulgação de campanhas não choquem com o grupo de opositores de outra sigla. O coordenador da Central de Denúncias (CD), Stênio Neiva, ressaltou a importância do respeito. “Queremos preservar a lisura da campanha eleitoral, queremos que os candidatos e os partidos exponham seus programas, suas ideias. E queremos também que um respeite o outro. Nosso propósito é garantir que as eleições transcorram com tranquilidade e paz", falou na ocasião. 

A campanha eleitoral começou no último dia 16 e vai até 6 de outubro, véspera do primeiro turno. Na reunião ainda foi avisado que a Justiça Eleitoral tem, legalmente, a prerrogativa de reprimir eventuais excessos cometidos durante a propaganda eleitoral.

    

 

    

Os desembargadores da Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3) confirmaram decisão liminar e indeferiram pedido de um cidadão português, que reside no Brasil há 10 anos, para participar do Programa Universidade para Todos (Prouni) do Ministério da Educação que oferece bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior.

As informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação Social do TRF-3 - Agravo de Instrumento 5005026-73.2017.4.03.0000.

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Ao ter a solicitação negada na primeira instância, ele ingressou com recurso no TRF-3, afirmando ser cidadão português residente no Brasil há dez anos e pai de duas filhas brasileiras, 'possuindo assim o direito de ser tratado em regime de igualdade perante os brasileiros natos'.

Em sua defesa, afirmou que os requisitos da Lei 11.096/2005 para a concessão da bolsa de 50% do Prouni foram todos preenchidos - renda máxima de até três salários mínimos e obtenção de nota suficiente para a sua classificação.

Também destacou a previsão expressa da Constituição e do Decreto que ratificou o Tratado de Amizade entre Brasil e Portugal, que equipara os Portugueses aos Brasileiros, por meio do Princípio da Reciprocidade ou a chamada 'quase nacionalidade'.

Ao negar o pedido, o relator do processo no TRF-3, desembargador Johonsom Di Salvo, confirmou a decisão liminar de primeiro grau no sentido de que a concessão de bolsa de 50% do Prouni para estudantes de cursos de graduação é voltada, exclusivamente, a estudantes brasileiros de baixa renda, de acordo com a Lei 11.096/2005.

"É inequívoco que o impetrante candidatou-se no processo seletivo do Prouni sem atender os requisitos previamente estabelecidos na Lei nº 11.096/2005, não havendo que se falar em ato coator a ser reparado em sede de mandado de segurança", anotou o magistrado.

Para o magistrado, ao ingressar no processo seletivo o aluno sabia de antemão que deveria submeter-se aos critérios expressamente previstos em lei para a obtenção da bolsa Prouni, sendo por isso descabida a posterior invocação de princípios constitucionais para suplantar a exigência legal.

O desembargador federal destacou que a reciprocidade prevista no artigo 12, parágrafo 1.º, da Constituição, depende de providência que não é tratada no processo.

Não é de hoje que o advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos, trava uma batalha para impedir que o governador Paulo Câmara não associe a família Arraes ao seu governo. Nesta semana, Antônio anunciou mais uma briga com o PSB de Pernambuco ao entrar com uma “cautelar incidental” na ação que move no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para tirar a imagem de Arraes da vinheta das redes sociais veiculadas pelo Paulo Câmara, conforme explicou.

O irmão de Eduardo avisou que vai pedir prioridade no julgamento do caso, já em tramitação no órgão. Ele, que é pré-candidato a deputado estadual, também falou que vai entrar “com representação contra um fake imitando a voz de Miguel Arraes, juntamente com o tio Marcos Arraes, apoiando a candidatura de Paulo Câmara e que foram veiculadas no WhatsApp e redes sociais ligadas aos grupos do PSB”. De acordo com o advogado, o áudio estaria em páginas ligadas à juventude socialista. 

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Apesar da insistência por parte de Antônio Campos, neste ano, a campanha eleitoral de Paulo Câmara deve fazer uma forte referência tanto a Miguel Arraes quanto a Eduardo Campos. No último domingo (5), durante a convenção estadual do PSB, chegou a ser exibido um vídeo de Eduardo apoiando Paulo Câmara. Na declaração, o ex-candidato a presidente do Brasil afirmou que o pessebista é um homem competente e sério. 

 

Nos eventos do grupo “Pernambuco Vai Mudar”, a presença dele tem sido constante. As indiretas para o governador são muitas. Recentemente, o pré-candidato disse que um verdadeiro Arraes não peca pela omissão. “O pior pecado é aquele da omissão, um verdadeiro Arraes, um verdadeiro Campos não peca pela opção. Quero dizer que vou lutar junto a coligação para ter uma harmonia das oposições em Pernambuco”, ressaltou. 

 

Uma adolescente de 15 anos estuprada por seu irmão mais velho foi condenada a seis meses de prisão na Indonésia por ter abortado, segundo informou uma fonte judicial neste sábado (21).

Ela foi condenada na quinta-feira em uma visita judicial na ilha de Sumatra, na qual também compareceu como acusado o seu irmão de 17 anos, assegurou o porta-voz do tribunal Listyo Arif Budiman.

"A menina é acusada sob a lei de proteção de menores por ter abortado", explicou à AFP.

O irmão foi condenado a dois anos de prisão por agressão sexual a uma menor.

Os dois foram presos em junho após descobrirem um feto em uma plantação de palmeiras de óleo na localidade de Pulau, na província de Jambi.

A lei indonésia proíbe o aborto, exceto em situações excepcionais nas quais a gravidez coloca em risco a vida da mãe, ou em alguns casos de estupro.

A legislação exige que o aborto aconteça durante as seis primeiras semanas da gravidez, na presença de um médico e a mulher que aborta deve receber assistência psicológica.

Não obstante, a menina de 15 anos abortou seis meses depois de ficar grávida, após ter sido estuprada até oito vezes por seu irmão desde setembro do ano passado.

Na Indonésia, entre 30% e 50% das mortes maternas são por aborto, segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicado em 2013.

Organizações internacionais e associações de defesa dos direitos das mulheres criticam as leis sobre a interrupção voluntária da gravidez na Indonésia, muito restritivas e que forçam as mulheres a abortar em clínicas ilegais.

O Facebook deverá conceder aos pais de uma menina morta em 2012 acesso à conta de usuário de sua filha, que estava bloqueada há cinco anos e meio, afirmou um tribunal federal alemão nesta quinta-feira (12).

No pronunciamento do veredicto, o juiz Ulrich Herrmann disse que cartas e diários normalmente são passados ​​para os herdeiros, e que não há razão para tratar o conteúdo digital de maneira diferente.

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Depois que a garota de 15 anos faleceu em 2012, seus pais pediram pela primeira vez ao Facebook acesso aos seus dados e histórico de mensagens, esperando que estes pudessem esclarecer se sua morte foi um acidente ou suicídio.

Um tribunal de primeira instância havia decidido a favor de conceder aos pais acesso total aos dados da conta de sua filha, mas o Facebook apelou contra a decisão.

A questão chegou então ao mais alto tribunal alemão de direito civil. Os pais argumentaram que o conteúdo da conta de sua filha no Facebook é legalmente idêntico a um diário privado ou cartas que podem ser devolvidas aos entes queridos após a morte de uma pessoa.

Os juízes do tribunal de primeira instância em Berlim concordaram que o contrato entre o falecido e o Facebook estava coberto pela lei de herança, incluindo o conteúdo digital criado na conta. E os pais de um menor de qualquer maneira tinham o direito de saber quando e com quem a filha se comunicou, acrescentaram.

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O Tribunal de Apelações da Nova Zelândia decidiu que Kim Dotcom é elegível para extradição para os Estados Unidos nesta quinta-feira, em um grande revés para o magnata da internet, que é acusado de pirataria online.

Dotcom tinha pedido ao tribunal para reverter duas decisões anteriores de que o fundador do Megaupload e outros três réus seriam enviados para os Estados Unidos para enfrentar acusações.

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Em vez disso, um painel de três juízes apoiou o caso liderado pelo FBI, que começou com uma batida na mansão de Dotcom em Auckland em janeiro de 2012 e durou mais de seis anos.

"As evidências fornecidas pelos Estados Unidos revelam um claro caso prima facie para apoiar as alegações de que os apelantes conspiraram e violaram direitos autorais intencionalmente e em escala maciça para ganhos comerciais", disse a corte em um comunicado.

O cidadão alemão é acusado de pirataria on-line em escala industrial através de seu império Megaupload, que as autoridades dos EUA fecharam na época da batida.

Se for enviado para os Estados Unidos, ele enfrentará acusações de crime organizado, fraude e lavagem de dinheiro, punidos com pena de prisão de até 20 anos.

Autoridades americanas alegam que o Megaupload lucrou mais de US$ 175 milhões com atividades criminosas e custou aos detentores de direitos autorais mais de US$ 500 milhões, ao oferecer conteúdo pirateado, incluindo filmes e músicas.

A Samsung venceu um processo judicial e não será forçada a continuar atualizando o sistema operacional de seus smartphones anos após o seu lançamento. Uma associação de consumidores argumentou que a companhia deveria atualizar seus telefones por pelo menos quatro anos depois de serem colocados à venda.

A Samsung produz alguns dos celulares mais vendidos no mundo com o sistema operacional Android. O Google produz regularmente atualizações de software que abordam falhas de segurança recém-descobertas e as oferece a fabricantes de telefones. Geralmente, cabe a cada empresa distribuir os novos recursos para seus clientes.

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O grupo de consumidores Consumentenbond disse que muitos dos aparelhos da Samsung não recebem mais nenhuma atualização de segurança. A entidade alegou que a fabricante deve oferecer suporte a telefones por pelo menos quatro anos depois de serem vendidos pela primeira vez - ou por pelo menos dois anos depois de serem retirados do mercado.

Em resposta, a Samsung disse que se compromete com atualizações de software por dois anos. "Estamos satisfeitos com a decisão. O juiz reconheceu que a Samsung está fazendo mais do que suficiente para garantir a segurança de seus produtos", disse a empresa, em nota enviada à BBC.

O grupo de consumidores, porém, disse que a decisão do tribunal holandês foi decepcionante. "A Samsung opta por lançar tantos modelos novos, e ninguém obriga a empresa a fazer isso. Um fabricante de automóveis também deve garantir que todos os seus modelos sejam seguros e confiáveis ​​e permaneçam assim. A Samsung tem a mesma obrigação", disse em uma declaração.

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O canadense que se declarou culpado no ano passado por ajudar agentes russos de inteligência a invadir a rede interna do Yahoo - ataque que resultou no comprometimento de 500 milhões de contas - foi sentenciado a cinco anos de prisão. Karim Baratov, de 23 anos, também foi condenado por um juiz federal em São Francisco, nos EUA, a pagar uma multa de US$ 250 mil.

"Ao condenar Baratov a cinco anos de prisão, o tribunal enviou uma mensagem clara para os hackers que participam de ataques cibernéticos patrocinados por estados-nação", informou em comunicado, o procurador-geral Alex Tse.

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O ataque permitiu que pelo menos quatro partidos russos obtivessem acesso direto às redes internas do Yahoo. A companhia, que agora pertence à Verizon, disse que os ladrões cibernéticos podem ter roubado dados como nomes, endereços de email, números de telefone, datas de nascimento e senhas criptografadas. Cidadão canadense nascido no Cazaquistão, Baratov é o único dos quatro acusados no caso que foi preso.

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O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o Tribunal da Lava Jato, negou nesta quarta-feira, 18, por unanimidade, exceção de suspeição movida pela defesa do ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha contra o juiz Sérgio Moro.

O pedido foi feito no âmbito da segunda ação penal ajuizada contra Cunha nos autos da Operação Lava Jato, que apura crimes de lavagem ou ocultação de bens provenientes de corrupção (5053013-30.2017.4.04.7000/PR).

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Eduardo Cunha já foi condenado em um primeiro processo pelo juiz Moro a 15 anos e 4 meses - pena reduzida pelo TRF-4 para 14 anos e seis meses - sobre suposta propina de US$ 1,5 milhão na compra de um campo petrolífero pela Petrobrás em Benin (África), em 2011.

A defesa do emedebista alega que o magistrado seria suspeito por decretar a prisão preventiva de Cunha, na primeira ação penal que o condenou em novembro de 2017, fundamentada 'em fatos e argumentos ilegítimos', por negar oitivas de testemunhas requeridas pela defesa, por escrever artigo e conceder entrevistas na imprensa sobre o tema e por transferir o réu da Polícia Federal para o Complexo Médico Penal, em Curitiba, 'com objetivo de forçar a colaboração premiada'.

Segundo o relator, juiz federal Nivaldo Brunoni, que substitui o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, em férias, 'não existe indicativo de que o juiz da 13.ª Vara Federal de Curitiba tenha agido com a finalidade particular de prejudicar Cunha'.

Brunoni ressaltou que o juiz pode indeferir provas que considerar impertinentes, irrelevantes ou protelatórias, que não gera impedimento a externalização das razões da decisão a respeito de diligências, prisões e recebimento da denúncia, e que eventual manifestação genérica do magistrado em textos jurídicos ou entrevistas a respeito de crimes de corrupção sem juízo de valor sobre processos em andamento não conduz à suspeição.

Quanto à alegação de que a transferência para o Complexo Médico Penal tornaria o juiz suspeito, Brunoni afirmou ser 'insustentável por se tratar de decisão de condução do processo devidamente fundamentada e confirmada pela Corte Recursal'.

O relator destacou que as delações premiadas são tratadas exclusivamente entre os colaboradores e o Ministério Público Federal, 'cabendo ao Judiciário somente a homologação'.

A situação do ex-presidente Lula se complicou ainda mais. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou o recurso do líder petista na segunda instância, por unanimidade. O TRF4 sequer analisou o chamado embargo do embargo. 

Apesar de não analisar o recurso, essa já é um costume dos desembargadores por considerarem protelatório. O próprio Moro já chegou a definir os embargos dos embargos como "patologia protelatória". Caso os advogados decidam recorrer, o processo será analisado pela vice-presidência do TRF4 e, depois, levado até o Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

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O TRF-4 foi também o responsável de aumentar a pena de Lula, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, para 12 anos e um mês de prisão. Antes, em julho de 2017, o juiz Sérgio Moro tinha condenado o petista a cumprir 9 anos e 6 meses de cadeia. 

Lula cumpre pena em uma cela especial, em Curitiba, desde o último dia 7 deste mês. O petista nega as acusações e vem afirmando que está tranquilo, embora “indignado”. 

A Apple perdeu a última rodada de uma disputa de patentes e foi condenada a pagar US$ 502 milhões à empresa de tecnologia VirnetX. Um tribunal nos EUA determinou que a fabricante do iPhone infringiu quatro patentes de mensagens em seus aplicativos iMessage, FaceTime e VPN On Demand. A batalha judicial já se arrasta por oito anos.

No ano passado, a Apple foi condenada a pagar US $ 440 milhões por danos à VirnetX, mas a gigante do iPhone recorreu repetidas vezes das decisões. A VirnetX, fundada por ex-engenheiros que desenvolveram tecnologia de segurança para o governo dos EUA, possui 80 patentes relacionadas a mensagens seguras.

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O CEO da VirnetX, Kendall Larsen, disse que o valor dos danos, baseado nas vendas de mais de 400 milhões de aparelhos da Apple, foi justo, segundo informações divulgadas pela agência Bloomberg. Os advogados da Apple se recusaram a comentar, mas a empresa ainda pode apelar desta última decisão.

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Um ex-padre foi condenado nesta quinta-feira por um tribunal alemão a oito anos e seis meses de prisão por ter cometido mais de 100 agressões sexuais contra cinco meninos e uma jovem.

O tribunal de Deggendorf (sul) decidiu que, antes de pagar a pena, o acusado, que já havia sido condenado no passado também por delitos sexuais, deverá se submeter a um tratamento psiquiátrico.

A futura colocação em liberdade do réu, que a imprensa chama de Thomas Maria B., 53 anos, dependerá da avaliação de seu grau de periculosidade.

Segundo as testemunhas de dois meninos, que tinham entre 10 e 14 anos quando ocorreram os fatos, e a confissão do acusado, ele agrediu sexualmente cinco meninos em 108 ocasiões. Também tentou estuprar uma jovem conhecida sua de 18 anos.

Os fatos ocorreram ao longo de sete anos na década de 1990 na Alemanha, Áustria, Itália, Polônia e Suíça.

O réu ficou preso de 2003 a 2009 por delitos sexuais e foi expulso, em 2008, da Igreja católica, segundo a agência DPA.

Um tribunal alemão descobriu que o Facebook está violando as regras de proteção de dados com suas configurações de privacidade ativadas por padrão ao exigir que os usuários usem seus nomes reais na plataforma, disse uma organização de direitos do consumidor na segunda-feira (12). De acordo com a legislação alemã, as informações pessoais só podem ser registradas e usadas por uma empresa com o consentimento explícito do indivíduo.

Os juízes decidiram que o Facebook deixa muitas configurações ativadas por padrão, não oferecendo às pessoas uma escolha significativa sobre como seus dados são usados. Os magistrados descobriram que pelo menos cinco configurações de privacidade da rede social ativadas por padrão são ilegais. Um delas, por exemplo, permite o compartilhamento da localização dos usuários com colegas de bate-papo.

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O tribunal também decidiu que oito parágrafos dos termos de uso do Facebook são inválidos, principalmente um que exige que as pessoas usem seus nomes reais na rede social. O Facebook pode enfrentar multas de até US$ 306 mil por infração se não corrigir suas condições na Alemanha, mas a empresa disse que apelaria a decisão.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin liberou para revisão seu voto em ação penal na qual a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, são réus pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, na Operação Lava Jato.

Com o despacho proferido ontem (1º), caberá ao ministro Celso de Mello concluir a revisão e liberar a ação para o julgamento, que deve ocorrer ainda neste ano na Segunda Turma da Corte.

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Em novembro do ano passado, ao apresentar as alegações finais no caso, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a condenação da senadora e de Paulo Bernardo. No processo, ambos são acusados de receber R$ 1 milhão para a campanha da senadora, em 2010.

Na manifestação, última fase do processo antes da sentença, Dodge pede que Gleisi e Paulo Bernardo também sejam condenados ao pagamento de R$ 4 milhões de indenização aos cofres públicos, valor quatro vezes maior do que o montante que teria sido desviado da Petrobras.

De acordo com depoimentos de delatores na Operação Lava Jato, o valor da suposta propina paga a Gleisi e Paulo Bernardo é oriundo de recursos desviados de contratos da Petrobras. O casal foi citado nas delações do doleiro Alberto Youssef.

Defesa

Procurado pela reportagem, o advogado Rodrigo Mudrovitsch, representante da senadora, ainda não retornou o contato.

Em documento encaminhado ao Supremo durante a fase de defesa, os advogados do casal afirmaram que as acusações são “meras conjecturas feitas às pressas” em função de acordos de delação premiada.

“A requerida [senadora] jamais praticou qualquer ato que pudesse ser caracterizado como ato ilícito, especialmente no bojo do pleito eleitoral ao Senado Federal no ano de 2010, na medida em que todas as suas contas de campanha foram declaradas e integralmente aprovadas pela Justiça Eleitoral”, afirmou a defesa, na ocasião.

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